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Aula 01
Administração de Recursos Materiais p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo -
Com Videoaulas
Professor: Felipe Petrachini
Administração de Recursos Materiais para a Câmara dos Deputados 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 01 
 
 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br 
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AULA 01 ± 2. Gestão de Estoques 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Sumário 
3. Gestão de Estoques .................................................................................... 2 
3.1 Políticas de Estoque .............................................................................. 5 
3.2 Métodos de Previsão da Demanda ........................................................ 6 
3.3 Determinação dos Níveis de Estoque .................................................. 11 
3.4 Reposição de Estoques ....................................................................... 17 
3.4.1 Níveis de Estoque ± Tempo de Ressuprimento e Estoque de 
Segurança ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
3.5 Rotatividade ou giro dos estoques ....................................................... 26 
3.6 Nível de Serviço (nível de atendimento) .............................................. 29 
3.7 Economicidade na Função Suprimento - Lote Econômico de Compra 33 
3.7.1 Custos ........................................................................................... 33 
3.7.2 Lote Econômico de Compra .......................................................... 37 
3.8 Controle de Estoques .......................................................................... 38 
3.9 Métodos de avaliação de estoques ...................................................... 54 
3.10 Sistemas de Estocagem .................................................................... 59 
4. Classificação ABC ..................................................................................... 63 
4.1 Metodologia de cálculo da curva ABC ................................................. 63 
Dúvidas comuns sobre os pontos desta Aula ................................................ 72 
Questões Comentadas .................................................................................. 81 
Questões Propostas (Sem Comentários) .................................................... 137 
Administração de Recursos Materiais para a Câmara dos Deputados 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 01 
 
 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br 
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Bem vindo ao resto do curso . É com grande prazer que descubro que você 
resolveu confiar em mim para alcançar sua aprovação. Neste caso, farei por 
merecer tamanha honra :D. 
Está na hora da dor de cabeça . 
A aula 00 era apenas uma demonstração da mecânica da aula. Não se 
assuste se alguns temas aparecerem novamente aqui. Se acontecer, é 
simplesmente para manter o encadeamento do raciocínio. Pode até pular aquela 
parte se quiser (embora eu não recomende). 
3. Gestão de Estoques 
Para que servem os estoques? E como se administra um estoque? 
Os estoques servem para armazenar os materiais enquanto estes não são 
necessários ao processo produtivo. A gestão do estoque poderá assumir várias 
formas de acordo com o tipo de produção da empresa. 
Ao falar sobre a gestão de estoques, Chiavenato afirma TXH��³1R�VLVWHPD�GH�
gestão por encomenda, é quase sempre o produto que permanece imóvel, enquanto 
WXGR�R�PDLV�JLUD�HP�DR�UHGRU�GHOH�´�(VWD�SURGXomR�SRU�HQFRPHQGD�H�EDVHDGD�HP�
uma solicitação dos clientes, ou seja, o produto somente é produzido após o cliente 
ter solicitado. 
Seria simples para a administração de estoques se tudo se resumisse a 
produção por encomenda, não é mesmo? MAS A REALIDADE NÃO É ASSIM. 
Lembra o que eu falei sobre o setor financeiro da empresa? Se dependesse deles, a 
empresa esperaria um pedido de 100 unidades para comprar matéria prima para 
somente 100 unidades, fabricar estes produtos e entregá-los, sempre com o 
estoque zerado. 
Mas nem sempre é possível fazer desse jeito, pois existe também a 
produção em lotes (onde se produz quantidades limitadas de determinado produto 
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Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 01 
 
 
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SRUYH]�� SRU� LVWR� R� QRPH� ³HP� ORWHV´�� H� D� produção contínua (onde o produto e 
produzido sem paralisações e por um período longo de tempo). 
 Nestes dois modos de produção, a atenção se volta para o sistema produtivo 
(que foi apresentado na aula passada), porque nestes casos, diferentemente do que 
ocorre na produção por encomenda, a produção não para nunca, não podendo, 
deste modo, faltar materiais indispensáveis a ela. 
É neste momento é que a figura dos estoques será importante. 
Os estoques irão garantir a continuidade da produção. 
O estoque garante o abastecimento de materiais à empresa, de forma que 
atrasos no fornecimento ou sazonalidades (eventos que alteram a demanda de 
materiais sensivelmente de tempos em tempos) no suprimento não prejudicarão a 
produção. 
O estudo de estoques visa, basicamente,impedir que haja 
desabastecimentotanto de matérias-primas e semiacabados dentro da fábrica, 
bem como de produtos acabados no momento em que os clientes fazem o pedido. 
Imagine uma fábrica grande como a Nestlé. Se o Carrefour pedir 100 caixas 
de pudim de chocolate para daqui 10 dias, certamente a fábrica, se iniciar a 
produção hoje, conseguirá entregar o pedido. Mas imagine que a Nestlé tenha no 
seu portfólio mais de 300 produtos diferentes e que haja 2000 pedidos por semana, 
para serem entregues em poucos dias, como é que a empresa irá honrar esses 
pedidos se começar a produzir hoje? Provavelmente irá falhar miseravelmente. 
E como podemos conceituar o estoque? 
Quem melhor para definir isso do que uma banca de concursos né: 
Informação CESPE (2005/TRT 16ª Região): ³Estoque é toda porção 
armazenada de mercadoria, ou seja, aquilo que é reservado para ser utilizado 
em tempo oportuno.´ 
 
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O estoque total de uma empresa é a soma, a composição, de todos os 
elementos apresentados na aula passada. Relembrando: matérias-primas, 
materiais em processamento, materiais semiacabados, matérias acabados, 
produtos acabados. Relembrar é viver: 
 
Estes materiais estão armazenados para serem utilizados em momento 
oportuno. Seguindo definição, agora da doutrina: 
³2�HVWRTXH�FRQVWLWXL� WRGR�R�VRUWLPHQWR�GH�PDWHULDLV�TXH�D�HPSUHVD�SRVVXL�H�
XWLOL]D�QR�SURFHVVR�GH�SURGXomR�GH�VHXV�SURGXWRV�H�VHUYLoRV�´1 
Gestão do estoque é o gerenciamento, a própria administração, voltada 
aos materiais estocados. 
 
1Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, ed. Campus, pág. 67. 
Materias- 
primas 
Materiais em 
processamento 
Materiais 
semiacabados 
Materiais 
acabados ou 
componentes 
Produtos 
acabados 
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Antes de passarmos para o próximo ponto, vamos lembrar o que a 
Administração de Recursos Materiais busca controlar:
 
 
Agora começa a brincadeira . 
3.1 Políticas de Estoque 
Você acabou de ler que os estoques existem para garantir a continuidade da 
produção. 
Entretanto, organizar o estoque não envolve apenas a análise de quanto 
material a empresa precisará para determinado período, mas também o contexto 
em que ela está inserida. 
Por exemplo: uma empresa que opera em um mercado acometido por uma 
forte inflação terá de levar em consideração não só a sua própria produção, mas a 
constante revisão de preços dos produtos e matérias primas no mercado, bem como 
a retração do consumo de seus próprios produtos. E, no final das contas, pode ser 
que o lucro sobre as vendas realizadas termine por não superar o custo de 
reposição do estoque, resultando em desastre! 
Pois bem, para isto existem as políticas de estoque. 
No entender de DIAS: 
Dentro de um processo produtivo, a Administração de Materias 
(AM) precisa controlar: 
A Quantidade 
Evitar a falta ou o 
excesso de 
materiais 
O Tempo 
Momento em que os 
materias estarão 
disponíveis 
A Localização 
Disponibilidade no 
local certo 
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³$� DGPLQLVWUDoão deverá determinar ao departamento de materiais o 
programa de objetivos a serem atingidos, isto é, estabelecer certos padrões que 
sirvam de guia aos programadores e controladores, e também de critérios para 
medir o desempenho para medir desempenho do depDUWDPHQWR�´� 
Veja que, no meio de sua frase, DIAS já explica o que é política de estoque: o 
programa de objetivos a serem atingidos. Políticas de estoque são metas, ideais, 
propósitos, que a administração fixae que o departamento de materiais deve 
atingir. 
Veja algumas metas importantes a serem fixadas e atingidas: 
 
Todos os exemplos acima tem a mesma razão de ser: o que a Administração 
espera dos setores envolvidos com os materiais e como deseja que o fluxo de 
materiais opere. 
Desta forma, qualquer alternativa que trate de objetivos a serem atingidos 
tem enorme potencial para enquadrar-se na definição. 
3.2 Métodos de Previsão da Demanda 
As empresas, embora não possam adivinhar como funcionará a demanda de 
materiais no futuro, ainda assim, tentarão. E do mesmo modo que é impossível 
Metas quanto a tempo 
de entrega dos 
produtos 
Definição do número 
de depósitos e 
almoxarifados 
Níveis de flutuação dos 
estoques, para que 
atendam períodos de 
alta ou baixa na 
demanda 
Tolerância à especulação com 
os estoques (comprar mais em 
períodos de baixa ou em maior 
quantidade para obter 
desconto) 
Definição da 
Rotatividade dos 
estoques 
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descobrir com exatidão o número de materiais que serão demandados, também não 
se trata de exercício de premonição. 
Existem algumas variantes que podem ser levadas em consideração, a fim 
de tentar se aproximar do valor realde materiais a ser consumidos no futuro. 
Estas variantes podem ser divididas em dois grupos principais: 
Variáveis Quantitativas: 
São chamadas assim pois levam em consideração fatores que podem ser 
numericamente quantificados. Exemplos: 
-Evolução das vendas em períodos anteriores; 
- Variáveis ligadas diretamente às vendas; 
- Variáveis de fácil previsão ligadas às vendas, entre as quais, a renda do 
mercado consumidor, crescimento da população, e outras que sua imaginação se 
permitir pensar. 
- Variáveis Qualitativas: 
Estas levam em conta experiência dos profissionais envolvidos na produção, 
baseando-se em opiniões. Como estes profissionais estão envolvidos com alguma 
IDVH� GD� SURGXomR�� QmR� VH� WUDWD� GH� PHUR� SDOSLWH� RX� ³FKXWH´� GHVSURYLGR� GH�
compromisso com a realidade. Temos como exemplos: 
- Opinião de gerentes; 
- Opinião de vendedores; 
- Opinião de compradores; 
- Pesquisas de mercado(que normalmente sintetizam as opiniões dos 
compradores). 
Dito isto, as técnicas mais comuns de previsão de consumo são as seguintes: 
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- Explicação: Faz uso de regras estatísticas, explicando porque se acredita 
que o consumo será daquela determinada forma. Como fará uso de dados 
quantitativos para fazer esta análise, diz-se que este tipo de técnica tem natureza 
quantitativa. 
- Projeção: Através das vendas anteriores, busca-se tentar prever o 
consumo de épocas posteriores, acreditando-se que o futuro buscará imitar o 
passado, dele não se afastando. Também é uma técnica quantitativa. 
- Predileção: Aqui se busca, através da experiência dos envolvidos na 
produção, dimensionar o consumo dos novos períodos. É um método baseado 
principalmente na opinião dos envolvidos na produção, e assim sendo, é uma 
técnica qualitativa. 
As técnicas quantitativassão também chamadas matemáticas(não se 
importam com opiniões, apenas com números), ao passo que as 
técnicasqualitativas são chamadas de não-matemáticas. 
Mas não fiquemos por aí. Também devemos estudar os modelos de evolução 
do consumo. Aqui já adianto a vocês que são modelos muito melhor estudados em 
disciplinas de exatas, mas você tem de sair daqui pelo menos conhecendo os três 
principais modelos de evolução: 
 
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O modelo acima é o mais fácil de ser identificado. É o modelo de evolução 
horizontal de consumo. Note que, embora o consumo oscile ao longo do tempo, 
não há tendência de crescimento no mesmo, sempre oscilando em torno de uma 
quantidade fixa de materiais consumidos. A linha pontilhada representa tendência 
constante, ou invariável. 
 
Segundo participante . Agora estamos diante do Modelo de Evolução de 
Consumo Sujeito a Tendência. O nome é grande, mas não justifica pânico algum. 
Antes de qualquer coisa, definamos tendência, segundo os grandes sábios 
ancestrais: tendência é força pela qual um corpo é levado a mover-se em direção a 
alguma coisa. 
Nos nossos gráficos, a tal força é o consumo, ou ascendente, ou 
descendente, o que provocará oscilação no gráfico. Observem o exemplo acima: 
por mais que o consumo se reduza, ele não chega a ficar tão baixo quanto a queda 
do período anterior, o que é uma excelente pista para identificarmos o gráfico. 
Mas lembre-se: isto é só uma pista! O que define este modelo é a existência de uma 
força que impulsione a linha dográfico, para baixo, ou para cima, de maneira 
constante e gradual. 
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Agora conheça o monstrengo. Nosso terceiro modelo é o que talvez te traga 
mais dificuldades. Mas o tio ta aqui pra isso. Nome do monstro: Modelo de 
Evolução Sazonal de Consumo. 
Primeiro: até agora eu estava usando 50 unidades como exemplo, sempre. 
Agora, inventei de utilizar um tal de 50+25%. Porque fiz isso!!?? Porque este é o 
primeiro indicativo deste modelo. A sazonalidade se apresenta com desvios de 
ao menos 25% em torno do consumo médio. 
Mas este nem é o ponto mais importante. A sazonalidade é caracterizada 
pela oscilação regular e condicionada a determinadas causas. 
Para que não fique tão nebuloso, tome este exemplo: é normal, e 
perfeitamente justificável que as vendas de cobertores elétricos aumentem 
vertigionsamente nos meses de inverno, em relação aos meses de verão. 
Alias, quase ninguém estava comprando cobertores elétricos durante o 
verão, de maneira que, quando o inverno vem, as compras sobem para muito além 
dos tais 25%. Mas este frenesi de vendas não vai durar muito, e assim que o 
inverno acabar, haverá novo decréscimo no consumo. E isto tende a ocorrer 
ciclicamente, afinal, todo ano tem inverno . 
 
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3.3 Determinação dos Níveis de Estoque 
É fundamental que uma empresa possa dimensionar seus estoques e assim 
estabelecer níveis de estoque adequados(entenda-se, nem ter itens em excesso 
nem em número insuficiente). 
Daqui para frente, vamos trabalhar com esta hipotética tabela de unidades 
consumidas: 
2014 
Mês Unidades 
Janeiro 300 
Fevereiro 370 
Março 420 
Abril 460 
Maio 480 
Junho 490 
Julho 510 
Agosto 560 
Setembro 580 
Outubro 580 
Novembro 570 
Dezembro 560 
 
Pois bem: a empresa tem de chegar a uma conclusão de qual seria o nível 
adequado de estoque. Entretanto, como ela pode fazê-lo? 
Imagino que um dos motivos de você estar lendo o curso agora é porque 
gostaria de poder ir ao mercado todos os meses e abastecer a geladeira, sem ter 
usar cheques voadores na praça, em razão de deliberação de seu patrão, o qual, as 
cinco da tarde de uma sexta feira, decidiu que seus serviços não são mais 
necessários . To certo? 
Entretanto, você ainda vai ao mercado. Como é que você sabe quantos 
quilos de arroz, feijão, carne, tomate, banana e uma infinidade de outros itens você 
terá que comprar? Aposto que você planeja! Vê quanto arroz foi consumido no mês 
passado (consumo do último período), se estamos no mês de dezembro (que 
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devido ao incremento sazonal de consumo, vai precisar de uma geladeira mais 
cheia) e por aí vai. 
Mas essas coisas que você faz já foram estudas e documentadas! 
E seu examinador já leu os livros que documentaram e estudaram esse 
planejamento . 
Nós vamos trabalhar com os métodos mais comuns de previsão, analisando 
suas vantagens e desvantagens. 
Comecemos. 
Consumo do último período: Este método é bastante simples, consiste em 
se analisar a demanda (ou consumo) do período imediatamente anterior e, 
baseando nisto, prever-se o consumo do próximo período. 
Veja que esta previsão é bastante simples, mas estará sujeita às mais 
diversas sazonalidades, além de haver grandes possibilidades da demanda 
prevista, tendo por base o período anterior, não se refletir na demanda efetiva. 
No exemplo da nossa tabela (página 11), se fosse solicitada a previsão de 
consumo para julho de 2007utilizando o método doconsumo do último período, a 
previsãoseria de 490 unidades (o que corresponde ao consumo do último 
período, no caso junho de 2007). E o sujeito estaria errado! 
Este método é o responsável por você errar a compra de mercado em 
dezembro baseando-se no consumo de novembro. Dezembro é Natal, e você não 
compra chester todo o mês, nem castanhas, nem pernil, e aliás, nem presentes . 
Média Móvel: Este método não tem como base um único período, mas sim a 
média de consumo de mais de um período anterior. 
Parece mais razoável? De fato! Mas tudo tem seu preço 
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³$V� desvantagens residem no fato de que as médias móveis são 
influenciadas por valores extremose de que os períodos mais antigos têm o 
mesmo peso dos atuais.´�2 (grifos nossos) 
Influência devalores extremosno cálculo da média móvel: 
O valor muito altode um determinado período influencia para maiso 
resultado final, superestimando a demanda. 
 
O valor muito baixo de um determinado período influencia para 
menos o resultado final, subestimando a demanda. 
Vamos tomar a tabela anterior como exemplo. Imagine que o examinador 
solicitasse o consumo do mês de janeiro de 2008, com base na média móvel para 
cinco períodos: ૞૟૙ା૞ૡ૙ା૞ૡ૙ା૞ૠ૙ା૞૟૙૞ =570 
Neste exemplo não houve nenhuma influencia porque não há valores 
extremos.Todos os valores são muito próximos uns dos outros. 
Agora, imagine que no mês de setembro o consumo tenha sido de apenas 
100 unidades: ૞૟૙ା૚૙૙ା૞ૡ૙ା૞ૠ૙ା૞૟૙૞ =474 
 
2
Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, ed. Campus, pág. 74. 
 
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Nesta segunda situação, o mês de setembro, por apresentar um valor 
extremo, influenciou para menos o resultado final. Deste modo, a demanda pode 
estar subestimada. 
É inerente ao funcionamento da média que isso aconteça, sendo uma 
desvantagem do método. 
Média móvel ponderada:Neste método busca-se reduzir os problemas do 
método anterior (a presença de valores extremos e os períodos mais antigos de 
tempo), esta ponderação é feita atribuindo-se pesos diferentes para períodos de 
tempo diferentes, ficando os períodos mais recentes com maior peso. 
Vamos atribuir pesos maiores aos períodos mais recentes no nosso exemplo 
anterior: ሺ૚ ൈ ૞૟૙ሻ ൅ ሺ૛ ൈ ૞ૡ૙ሻ ൅ ሺ૜ ൈ ૞ૡ૙ሻ ൅ ሺ૝ ൈ ૞ૠ૙ሻ ൅ ሺ૞ ൈ ૞૟૙ሻ૚૞ �ൌ ૞૟ૢǡ ૜૜ 
Cuidado aqui: se você atribuiu pesos aos fatores, deve cuidar para que o 
denominador da fração seja igual ao número de "pesos" totais. No nosso caso, foi 5 
+ 4 + 3 + 2 + 1 = 15 
 
Média móvel exponencialmente ponderada: 
É uma fórmula tão pouco cobrada, que mesmo quando é, não nos é 
solicitado que façamos o cálculo (começamos bem hein :P). Mas você está aqui, 
então, observe: ? ?�ൌ � ? ?ି૚൅ � ? כ ൫ ? ?ି૚െ� ? ?ି૚ǡ ൯ǡ ? �૙ ൑ ? ൑ ૚�� 
Parece complicada? Um pouco, mas é justamente por isso que não se 
costuma exigir esta fórmula em prova, apenas o entendimento dela. Vamos aos 
parâmetros ܥ௧ ± Previsão de consumo para o próximo período 
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Página 15 de 152ܥ௧ିଵ ± Previsão de consumo para o período passado ܥ௧ିଵ ± Consumo efetivo no período passado ߙ ± Coeficiente de ajustamento 
ou mais claro: 
Próxima Previsão = Previsão anterior + Constante de amortecimento * Erro 
de Previsão 
Só por curiosidade, alfa costuma apresentar valor entre 0,1 e 0,3. 
O que você precisa saber desta fórmula? O que Dias já disse em suas obras: 
Apenas três valores são necessários para gerar a previsão do próximo 
período: 
- Previsão do último período; 
- Consumo ocorrido no último período; 
- Constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais 
recentes. 
A doutrina costuma apontar as seguintes vantagens: 
- As informações passadas recebem tratamento mais adequado: o 
coeficiente de ajustamento elimina parte da variação do consumo passado atribuível 
a eventos aleatórios, e que, portanto, provavelmente não irão se repetir; 
- Os dados mais recentes recebem destaque: A fórmula não trabalha com 
uma série de valores, mas apenas com o último período de consumo, o qual é a 
informação mais recente que possuímos ; 
- Menor manipulação de dados: Como você já notou, só precisamos 
trabalhar com três variáveis nesta fórmula, ao invés de ter de lidar com uma série 
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por vezes extensa de valores quando tentamos calcular a média ou média 
ponderada; 
- Minimiza a influência de valores aleatórios�� $� YDULiYHO� ³FRHILFLHQWH� GH�
DMXVWDPHQWR´� EXVFD� H[SXUJDU� GR� valor do consumo passado uma parcela deste 
consumo que se deveu a fatores aleatórios, de pouca probabilidade de repetição. 
Veja alguns episódios no qual esta fórmula foi cobrada: 
CESPE - 2008 - TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa Caso essa 
empresa tivesse empregado o método da média móvel com ponderação 
exponencial para previsão do seu consumo em janeiro de 2008, os dados de janeiro 
a dezembro de 2007 teriam sido utilizados nesse cálculo. 
Comentário: A questão utiliza a seguinte sHQWHQoD�� ³os dados de janeiro a 
dezembro de 2007 teriam sido utilizados nesse cálculo´�� 
Dá para afirmar isto com certeza? Não! A fórmula teria dado certo apenas 
com aquelas três variantes que citamos. 
Por esta razão o item está errado. 
CESPE - 2013 - STF - Técnico Judiciário - Área Administrativa A média 
com suavização exponencial é uma técnica para previsão de demanda de curto 
prazo adaptável, ou seja, se autocorrige de acordo com as alterações no 
comportamento das vendas. 
Comentário: O grande Marco Aurélio P. Dias, certa vez afirmou em sua obra: 
³Este método elimina muitas desvantagens dos métodos da média móvel e 
da média móvel ponderada. Além de dar mais valor aos dados mais recentes 
apresenta menor manuseio de informações passadas´ 
Veja que a fórmula traça sua previsão para o próximo período apenas em 
função do período passado. Ao contrário da média e da média ponderada, nós não 
trabalharemos com uma série de valores, mas uma única informação passada: o 
consumo do último período. 
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Quando passarmos para o próximo período, a fórmula vai buscar o período 
imediatamente anterior (que agora é o período atual), e assim sucessivamente. Por 
isto se diz que a fórmula tem a característica de se auto ajustar. 
Esta fórmula ainda tem a vantagem de utilizar o coeficiente de ajustamento, 
que busca eliminar o efeito de variações aleatórias no consumo. O coeficiente de 
ajustamento parte do pressuposto de que parte do consumo se deu em função de 
um fator aleatório e que, por tanto, não deve se repetir no período seguinte. 
Item Certo. 
3.4 Reposição de Estoques E Níveis de Estoque 
3.4.1 Estoque Mínimo (Estoque de Segurança) 
Seria muito bom se possível fazer previsões que informassem a demanda 
com precisão, no entanto, pelas mais diversas incertezas, na prática isto não é 
possível. 
Diante da imprevisibilidade é necessário se determinar um estoque adicional, 
um estoque de garantia, para que a empresa possa amortecer efeitos de 
acontecimentos não previstos quando estes ocorrerem. 
Você se recorda do diagrama da página 04. O item precisa estar na 
quantidade certa, na hora certa e no local certo. Uma forma de se permitir que isto 
aconteça e também de se proteger o sistema produtivo é tendo estoques de 
segurança. 
O estoque de segurança é o estoque mínimo que uma empresa deve 
dispor, estando intimamente ligado à demanda e velocidade de reposição de 
um determinado material. 
 É natural que todo sistema de produção esteja sujeito a 
contingências (situações não previstas, eventualidades), mas por meio de 
estoques de segurança uma empresa pode se proteger, reduzindo, por 
consequência, este risco. 
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Hora de apresentar a vocês o gráfico clássico da medição dos níveis de 
estoque: o Gráfico Dente de Serra: 
 
 
Olhando o gráfico, eu consigo concluir que não há estoque mínimo de 
material (pois o ressuprimento só ocorre quando o estoque chega a zero), e o 
estoque máximo é 140, já que a empresa adquire o material até este patamar, além 
de o ponto máximo do gráfico nunca ultrapassar este valor. 
Vivendo perigosamente! Contudo a empresa corre riscos decorrentes de 
atrasos nas entregas. O que pode ocorrer depois de um tempo é o gráfico ficar 
assim: 
 
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Observe a linha pontilhada agora. É justamente a linha pontilhada que 
indica a ruptura do gráfico dente de serra. 
A área da figura pontilhada no gráfico debaixo mostra o quanto a empresa 
precisou do estoque naquele período, e por consequência, o quanto deixou de 
ganhar com sua produção. 
Este gráfico é o favorito das bancas pois mostra, a um só tempo a situação 
de fornecimento normal (linha contínua) e a ruptura do gráfico (no caso da linha 
pontilhada). Obviamente, essas duas situações não ocorrem ao mesmo tempo: ou a 
produção continuou sem problemas (linha contínua), ou a ruptura do gráfico ocorreu 
(o que nos leva à linha pontilhada). 
Para evitar os problemas decorrentes da ruptura do gráfico dente de serra, a 
empresa pode estabelecer um Estoque Mínimo, tal como na figura abaixo: 
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A existência do estoque mínimo desloca todo o gráfico para cima e para a 
esquerda, fazendo com que o ressuprimento ocorra sempre que a quantidade de 
materiais em estoque atinja a quantidade estipulada pelo estoque mínimo (não mais 
aguardando o estoque zerar). 
No gráfico anterior, podemos ver que a empresa está operando com um 
estoquemínimo de 20 unidades. 
Mas, como a empresa fixa o valor do estoque mínimo? Esse número sai 
magicamente da cabeça do gestor? 
Quem dera . As questões de bancas ainda não se preocupam muito com 
as fórmulas de estoque mínimo. 
Raramente surge uma questão sobre o assunto. 
O grande problema é que este "raramente" está começando a se tornar "de 
vez em quando", e daí para "cai com frequência" ou "sempre cai" basta um 
empurrãozinho. 
Melhor a gente se resguardar, né? 
Pois bem, as formas pelas quais o estoque mínimo pode ser fixado são as 
seguintes: 
Fórmula Simples: 
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 ? ? ? ? � ?À ? ? � ൌ ? ? 
Para "C" sendo o Consumo Médio Mensal e "K" uma constante arbitrária, 
conhecida por "fator de segurança". 
Dizemos que esta constante é arbitrária pois será fixada única e 
exclusivamente em função do nível de segurança que a empresa pretende adotar. 
Se a empresa desejar manter um estoque de segurança capaz de suprir 
metade da sua produção em caso do estoque zerar, K = 50%, se ela achar que 75% 
é um número melhor, K = 75%. Se a empresa contentar com 10%, K= 10%. 
Simples desse jeito. 
Dado um consumo mensal de 100 unidades, e a empresa querendo adotar 
50% para K, teremos: ? ? ? ? � ?À ? ? � ൌ૚૙૙� �૙ǡ ૞� ൌ૞૙ 
Método da Raiz Quadrada: ? ? ? ? � ?À ? ? � ൌ � ? ?� � ? ? 
"C" você já conhece, e, em breve, você será apresentado a "TR", mas já 
posso te dar uma dica: 
Item da Fórmula Definição 
Tempo de Reposição 
Tempo que se gasta desde a constatação da 
necessidade de se adquirir um material e a 
sua efetiva chegada ao almoxarifado da 
empresa. Pode ser chamado também de 
Lead Time. Aqui deve ser levado em 
consideração o tempo e processamento do 
pedido, providencias do fornecedor e o 
próprio recebimento pela empresa 
 
Calma que tudo será esclarecido. 
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Concorda comigo que a empresa deve segurar a produção durante o tempo 
necessário para que uma nova entrega pelo fornecedor seja realizada? Entre a 
empresa pedir 100 unidades de um determinado material e receber estes mesmos 
materiais, demora um certo tempo, certo? 
E durante este tempo, a empresa não parou, Continuou produzindo com o 
estoque de que dispunha. 
Assim, o tempo que ela deve aguentar produzindo será justamente a 
multiplicação entre o tempo que ela deverá esperar e o material que irá consumir 
enquanto espera. 
Assim, o tempo de espera pode ser expresso por ?� � ? ? 
O método da raiz quadrada aposta que este tempo de reposição não 
varia mais do que a raiz quadrada de seu próprio valor. 
Como este é um palpite bastante corajoso, o método só costuma ser indicado 
quando: 
- O consumo de materiais durante TR for pequeno, normalmente inferior a 20 
unidades; 
- O consumo do material for irregular (poderíamos usar outra fórmula, bem 
mais precisa, caso o consumo fosse regular); 
- A quantidade de materiais requisitada ao almoxarifado for igual a 1. 
Usando o consumo de 100 unidades que mencionamos no outro exemplo, e 
adotando um Tempo de Reposição de 4 dias, estabeleceríamos o Estoque Mínimo 
da seguinte forma: ? ? ? ? � ?À ? ? � ൌ � ?૚૙૙� �૝�ൌ ૛૙ 
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O Estoque Mínimo por este método será de 20 unidades, justamente porque 
a fórmula parte do princípio que o Tempo de Reposição não será menor que 2 dias, 
tampouco maior que 6 dias, e 20 unidades cobre este cenário. 
Método da Porcentagem de Consumo: ? ?� ൌ ሺ ?� ?ž ? െ ?� ?± ? ? ሻ � ? ? 
Nós identificaremos (normalmente coletando dados em uma tabela fornecida 
pelo enunciado), qual foi o consumo máximo de materiais dentro de um determinado 
período, e qual foi o consumo médio dentro desse mesmo período. 
Isto nos permitirá estabelecer um Estoque Mínimo capaz de suprir nossa 
produção na maior parte dos cenários de falha de suprimento, já que leva em conta 
tanto um período de pico no consumo, quanto o consumo normal de materiais na 
entidade. 
Mas calma que as coisas não são tão simples. 
Veja a tabela abaixo, emprestada do livro do Marco Aurélio P. Dias: 
 
 
 
Consumo 
Diário 
Nº de dias em que o 
consumo ocorreu 
Porcentagem 
Acumulada 
90 4 2,12% 
80 8 5,91% 
70 12 10,87% 
65 28 21,63% 
60 49 39,00% 
50 80 62,64% 
40 110 88,85% 
30 44 96,45% 
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20 30 100,00% 
 
A tabela nos mostra um dado interessante: o consumo diário de materiais 
daquela empresa hipotética é de 90 peças em apenas pouco mais de 2% dos dias 
do ano. É uma porcentagem demasiadamente pequena para utilizarmos como 
consumo máximo. 
Entretanto, quando observamos a terceira linha, vemos que em quase 11% 
dos dias do ano o consumo da empresa ultrapassa 70 unidades por dia. 
Já é um valor bem mais substancial para adotarmos como Consumo Máximo. 
Mas professor, como é que vou saber qual valor utilizar como consumo 
máximo? Fique tranquilo, pois é o enunciado quem tem de dar a dica. Do contrário, 
você não tem como responder a questão . 
Existem ainda outros dois métodos, os quais não serão detalhados aqui. 
Caso você queira uma explicação, fique a vontade para perguntar no fórum. Porém, 
dada sua complexidade, creio que dificilmente serão objeto de questões em prova. 
Só para constar: 
- Estoque Mínimo considerando alteração de consumo e tempo de 
reposição 
- Estoque Mínimo com grau de atendimento definido. 
Além do que, tomariam mais de dez páginas deste PDF, que creio não 
valerem o esforço. Se você tiver de errar estas questões, garanto que vai valer a 
pena em função do tempo que gastaria para resolvê-las! . 
Podemos ir em frente. 
3.4.2 Tempo de Ressuprimento ou Tempo de Reposição. 
O tempo de reposição é o tempo que se gasta desde a constatação da 
necessidade de se adquirir um material e a sua efetiva chegada ao almoxarifado da 
empresa. 
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Para fins meramente didáticos, costuma-se dividir este tempo em três partes 
mais evidentes: 
a) emissão do pedido: tempo que leva desde a emissão do pedido de 
compra até ele chegar ao fornecedor; 
b) preparação do pedido: tempo que leva desde o fornecedor fabricar os 
produtos, separar os produtos, emitir faturamento até deixá-los em condições de 
serem transportados; 
c) transporte: tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento pela 
empresa dos materiais encomendados. 
3.4.3 Ponto de Pedido 
É o momento que, quando atingido, provoca um novopedido de compra, em 
função do consumo médio, do tempo de reposição e do estoque mínimo. É definido 
pela seguinte equação: 
Ponto do pedido (PP) = Consumo Médio X Tempo de Reposição + 
Estoque Mínimo.Segue o quadro dos itens da fórmula: 
Item da Fórmula Definição 
Ponto de Pedido (PP) 
Quantidade de um determinado produto em 
estoque que, sempre que atingida, deve 
gerar um novo pedido de compra. Com esta 
quantidade, a empresa deve ser capaz de 
continuar a produzir até que os novos 
produtos encomendados cheguem 
Tempo de Reposição 
Tempo que se gasta desde a constatação da 
necessidade de se adquirir um material e a 
sua efetiva chegada ao almoxarifado da 
empresa. Pode ser chamado também de 
Lead Time. Aqui deve ser levado em 
consideração o tempo e processamento do 
pedido, providencias do fornecedor e o 
próprio recebimento pela empresa 
Estoque Mínimo ou 
de Segurança (ES) 
Estoque adicional, a margem de segurança 
que a empresa tem para se proteger de 
atrasos na reposição, ou aumentos 
imprevistos no consumo 
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Consumo Médio 
Quantidade de produto consumido por 
unidade de tempo pela empresa. Por isso 
multiplicamos pelo tempo de reposição. 
 
Basta aplicar a fórmula, encaixando os dados dos enunciados com os 
conceitos acima. Tranquilo. 
-i� DOHUWR�� DV� H[SUHVV}HV� ³SRQWR�GH� SHGLGR´�H� ³SRQWR�GH� UHVVXSULPHQWR´� VmR�
tratadas como sinônimas na maior parte dos livros sobre o assunto. Mas, em uma 
única questão, pude notar que a banca fez a seguinte diferenciação: 
PONTO DE PEDIDO ± Nível de controle frente ao saldo em estoque 
monitorado. Quando a quantidade em estoque diminui chegando ao limite ou abaixo 
dele, adota-se ação para reabastecimento do estoque. O ponto de pedido é 
determinado a partir do lead time de entrega do Fornecedor e estoque de 
segurança. 
PONTO DE RESSUPRIMENTO - Quantidade determinada para que 
ocorra o acionamento da solicitação do Pedido de Compra. Também 
determinado "Estoque Mínimo". 
Diferenças nestas duas definições? O ponto de ressuprimento trabalharia 
H[FOXVLYDPHQWH� FRP� D� YDULiYHO� ³TXDQWLGDGH� HP� HVWRTXH´. Se o ponto de 
ressuprimento for dez unidades, e este for o nível do estoque, hora de comprar. 
2�3RQWR�GH�3HGLGR��SRU�VXD�YH]��OHYDULD�HP�FRQVLGHUDomR�³TXDQWR�WHPSR�
o fornecedor leva para entrHJDU� R� PDWHULDO´, devendo a compra ser realizada 
quando a empresa constatar que precisará do material daqui a x dias, e que o 
fornecedor também leva estes mesmos x dias para entregar o material. 
Fique atento! 
3.5 Rotatividade ou giro dos estoques 
Um ponto importante que é cobrado em concursos é a rotatividade de 
estoques, esta nada mais é do que uma avaliação que é feita comparando dois 
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números do processo produtivo: o do estoque e o do custo de vendas em período 
(valor consumido). Assim podemos ter: 
Rotatividade = Custo de Vendas / Estoque Médio. 
Exemplificando: 
Imagine uma empresa que teve um custo anual de vendas de R$100.000 e 
investimento em estoques de R$ 50.000. A rotatividade dos estoques é dada por ±-- 
R = Custo de Vendas / Estoque Médio ? ? ? ? ? ? ? ? � ൌ � ? ?�૚૙૙Ǥ ૙૙૙ǡ ૙૙ ? ?�૞૙Ǥ ૙૙૙ǡ ૙૙ 
 
Ou seja, o estoque da empresa gira 2 (duas) vezes no ano. 
,03257$17(��³Quanto maior for o número da rotatividade, melhor será a 
administração logística da empresa, menores serão seus custos e maior será a sua 
competiWLYLGDGH�´ 
Lembre-se de que estocar implica imobilizar capital. Se a rotatividade é alta, 
significa que a empresa consegue operar com um estoque menor, e assim, terá 
mais dinheiro disponível para investir em outros locais. 
Professor: e se eu não tiver nem o valor do Custo de Vendas, nem do 
Estoque Médio? A banca me informou apenas o consumo do período e o estoque! 
Essa é a maravilha de dominar o conceito . Veja: desde que você respeite o 
raciocínio, dá para usar outras variáveis. 
A princípio, a melhor maneira de se calcular a rotatividade dos estoques seria 
trabalhar com o número de unidades de determinado material em estoque, e com o 
estoque máximo possível de ser estocado. 
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Se só cabem 10 sacos de arroz em um almoxarifado, e nós vendemos 20, 
20/10 = 2, e assim, o estoque de sacos de arroz girou duas vezes. Esta é a maneira 
mais simples de compreender o próprio conceito de rotatividade, afinal, vemos o 
saco de arroz sair do almoxarifado e outro entrar. 
 
Só que, quase sempre, não dá para trabalhar com esse conceito "físico" de 
rotatividade. Queremos uma avaliação geral da rotatividade, e mais importante do 
que o saco de arroz em si, é seu valor expresso em termos monetários. 
Ademais, se ao invés de sacos de arroz, tivéssemos também sacos de feijão, 
de soja, de farinha e o que quer que fosse, tudo junto, calcular a rotatividade 
trabalhando com o conceito de "unidade" tornar-se-ia inútil. Sabendo disso, 
resolveram converter "unidades" em "valor monetário". 
O estoque comporta "R$ 10,00" em mercadorias, e foi vendido "R$ 20,00" em 
mercadorias. Assim, 20/10 = 2, e novamente, o estoque girou 2 vezes. Todavia, o 
estoque máximo não é muito útil para o cálculo da rotatividade. Não importa muito 
"quantas mercadorias cabem no estoque", mas, muito melhor seria "quantas 
mercadorias ESTIVERAM no estoque" neste tempo. 
Entretanto, a posição do estoque não é fixa, e assim, oscila ao longo de 
determinado período. Convencionou-se, então, trabalhar com o conceito de 
"estoque médio", pois corresponderia ao número de unidades em estoque de 
determinado conjunto de materiais ao longo de terminado período, e isto expresso 
não em unidades, mas sim em "valores monetários", por conta do que expliquei 
anteriormente (farinha, feijão, arroz e soja ). Assim, se for para responder 
secamente, toda vez que a fórmula faz menção a "estoques" sem especificar do que 
está falando, presuma que a banca está tratando do "estoque médio" 
Na outra ponta da fórmula (falamos do estoque médio), qual seja, a do 
número de unidades efetivamente vendidas (que você já sabe que deve ser 
expresso em unidades monetárias), temos um outro problema: as vezes, não 
sabemos quantas unidades foram consumidas pelo estoque em determinado 
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momento. Se soubéssemos, maravilha, pegamos o valor consumido, e dividimos 
pelo estoque médio e BOOM, resposta. Agora, se esta informação não te é dada, 
como é que você pode achar a resposta? 
Já que não conseguimos olhar a ponta do consumo de unidades de material 
expressada em valores monetários, podemos tentar olhar a ponta de saída, qual 
seja, a de venda. Afinal, a venda só existe porque o consumo ocorreu 
anteriormente. 
Seja flexível e a banca não vai conseguirpuxar seu tapete 
Existe ainda outro conceito que seria recomendável que você tivesse na 
cabeça: antigiro oX�³taxa de cobertura´� 
Taxa de Cobertura, ou Antigiro, segundo DIAS, é o período de tempo em que 
um dado estoque é capaz de atender à demanda da empresa. Seu cálculo é feito da 
seguinte forma: 
Antigiro = Estoque Médio/Consumo. 
É simples:Fechamos a porta da empresa, não deixamos material algum 
entrar e esperamos para ver quanto tempo a empresa sobreviverá assim. 
Basicamente: queremos saber quanto tempo, em caso de um desastre, a 
empresa é capaz de sobreviver e manter sua produção, ou por quanto tempo está 
³FREHUWD´�HP�XP�DPELHQWH�GH�FRPSOHWD�DXVrQFLD�GH�UHVVXSULPHQWR 
São conceitos complementares: a giro de estoques indica o número de 
renovações do estoque, ao passo que o antigirodemonstra por quanto tempo o 
estoque da empresa sobrevive se não houver mais nenhuma renovação. 
3.6 Nível de Serviço (nível de atendimento) 
Determina se o estoque foi ou não eficaz para atender as requisições dos 
setores de produção. Relaciona deste modo o número de requisições atendidas 
com o número de requisições efetuadas: 
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ܰÀݒ݈݁�݀݁�ܵ݁ݎݒ݅­݋ ൌ ܰ ?�݀ ݁�ܴ݁ݍݑ݅ݏ݅­Ù݁ݏ�ܽݐ݁݊݀݅݀ܽݏܰ ?�݀ ݁�ܴ݁ݍݑ݅ݏ݅­Ù݁ݏ�݂݁݁ݐݑܽ݀ܽݏ 
Um nível de serviço perfeito será igual a 1. 
Mas, pode ser que sua prova queira uma abordagem mais profunda do Nível 
de Serviço. E neste caso, meu caro, vem teoria . 
Nos primórdios, as empresas estavam interessadas apenas em cumprir suas 
obrigações contratuais com seus clientes. Restaurantes somente estavam 
interessados em produzir comida e entregar a comida a você. O táxi se 
comprometia apenas a levar você de um lado a outro da cidade. Você 
encomendava 200 brigadeiros na padaria, e recebia 200 brigadeiros. 
Parece ser suficiente, não é mesmo? Você tem na mão aquilo que pagou. 
Mas suponha que o garçom do restaurante te trate mal, e seu prato seja colocado 
na sua mesa mais ou menos uma hora e meia depois de você ter entrado no 
restaurante. 
Suponha que o taxista, a fim de engordar o taxímetro, leve você do ponto A 
ao ponto B passando antes por absolutamente todas as letras do alfabeto, até que 
você chega no ponto final, 4 horas e meia depois, e de quebra, ele já avisa que está 
sem troco. 
Mais ainda: você, logo depois de fazer o pedido de 200 brigadeiros, liga para 
a padaria perguntando se pode acrescentar mais 50, e que não se incomoda em 
pagar a diferença. Imagine que você receba como resposta: Você pediu 200, então 
200 serão, e nem mais um brigadeiro a mais! (fora o fato de ter se dirigido a você 
VHP�R�XVR�GR�SURQRPH�GH�WUDWDPHQWR�³6HQKRU´�� 
Notou a diferença? Você não quer somente o bem ou serviço, você quer o 
bem ou serviço de maneira ágil, sendo bem atendido, e notando o cuidado e 
desvelo da instituição para com você cliente! 
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Pois bem, a evolução do mercado gerou nas empresas uma nova 
preocupação: como propiciar um nível de serviço elevado a seus clientes? 
A partir daí, buscou-se identificar e quantificar fatores necessários para um 
nível de serviço compatível com as exigências de mercado. A doutrina aponta 
alguns exemplos, tais como: 
- Prazo de execuçãoe respectivo nível de confiabilidade; 
- Tempo de processamento de tarefas; 
-Disponibilidade de pessoale dos equipamentos solicitados; 
- Facilidade em sanar erros e falhas; 
- Agilidadee precisãoem fornecer informações sobre os serviços em 
processamento; 
- Agilidade e precisão no rastreamento de cargas em processamento ou 
em trânsito; 
- Agilidadeno atendimento de reclamaçõese no encaminhamento de 
soluções; estrutura tarifária fácil de entender e simples de aplicar. 
Costuma-se cobrar três aspectos do Nível de Serviço: 
- Atendimento: este aspecto diz respeito à capacidade que possui a 
empresa em atender às demandas de seus clientes. Consiste em dar ao cliente não 
só aquilo que ele contratou, mas a capacidade também de prestar informações 
rapidamente a respeito da posição ou andamento da entrega. 
- Pontualidade: Esse é fácil . Consiste em ser capaz de entregar o objeto 
contratado dentro do prazo combinado. 
- Flexibilidade: É a capacidade de corrigir falhas, atender reclamações e 
fazer pequenas correções nos parâmetros do produto ou serviço, sem comprometer 
a logística da empresa. 
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Uma empresa que se preocupa com estes itens tem mais chances de cativar 
YRFr�� QmR� DFKD"� e� SRU� LVWR� TXH� R� WHPD� ³1tYHO� GH� 6HUYLoR´� VH� WRUQRX� WmR� FDUR� jV�
instituições (e bancas de concurso também ). 
Pois bem, os fatores que compõem o nível de serviço costumam ser divididos 
em três categorias, conforme o momento em que as variáveis atuam em relação à 
transação desenvolvida entre cliente e empresa. Muito enrolado? Então 
acompanhe. 
O primeiro grupo de elementos compõe o que se convencionou chamar de 
elementos pré-transação. Obviamente, são fatores anteriores a qualquer 
relacionamento com o cliente. 
Por conta desta característica, os elementos pré-transação representam as 
políticas da empresa, ou em outras palavras, representam regras que a empresa 
buscará seguir em todas as contratações que fizer. 
Exemplos: fixação do prazo em que as mercadorias devem se entregues, 
procedimentos a serem adotados em caso de perda da mercadoria, política de 
devolução de produtos, regras para aceitação de determinada modalidade de 
pagamento, entre várias outras opções. 
O que tem de ficar claro é que os elementos pré-transação refletem a 
postura da empresa antes de qualquer cliente se relacionar com ela. Uma boa 
política de nível de serviço busca evitar a criação de falsas expectativasem seus 
clientes. Desta forma, todos sabem o que esperar da empresa. 
Passando adiante, temos os elementos de transação. Estes elementos 
representam quais resultados foram obtidos com a entrega do produto ao 
cliente. Conseguiu-se fazer a entrega no prazo? A mercadoria chegou sem 
avarias? A mercadoria que chegou ao cliente foi a solicitada? 
Aqui se costuma observar se as ordensde encomendas de mercadorias 
foram preenchidas corretamente, se o meio de transporte utilizado era 
adequado para a entrega, se aquele vaso Ming caríssimo não chegou dividido em 
três pedaços na mão do cliente. 
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Por fim, temos os elementos pós-transação. Eles estão relacionados a 
devoluções, solicitações e reclamações que os clientes possam ter com 
relação ao objeto contratado. Embora sejam todas considerações posteriores à 
entrega, nem preciso dizer que o ideal é que a política da empresa já tenha todos os 
procedimentos previstos. 
Pois bem, todas estas variáveis compõem o nível de serviço. Simples deste 
jeito!3.7 Economicidade na Função Suprimento - Lote Econômico de 
Compra 
3.7.1 Custos 
Pois bem, se você já vai ver o tópico "Lote Econômico de Compra", e 
descobrirá que existe um volume ideal de determinado material que a organização 
pode adquirir. 
Só para apresentar o assunto, a fórmula que veremos a seguir é a seguinte: ܮܧܥଶ ൌ ?Ǥ ܦǤܲܥ 
Sendo que: 
LEC = Lote Econômico de Compra 
D = demanda no período (em unidades) 
P = custo unitário do pedido 
C = custo unitário de armazenagem 
Esta fórmula, acredite você ou não, é uma equação de segundo grau. Como 
sei disso? Ela segue o modelo geral: ܽݔଶ ൅ ܾݔ ൅ ܿ ൌ ? 
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Não que seja do meu interesse confundir você com noções de matemática, 
mas acredito que vai ficar bem mais fácil entender os custos depois dessa 
explicação. 
Se eu passar o Lote Econômico de Compra para "o outro lado" da equação, 
ela vai igualar a zero, e o nosso coeficiente ܽݔଶ vai assumir valor negativo. 
Passando para o plano cartesiano, essa equação de 2º grau forma uma 
parábola "invertida", com um único valor máximo (topo da parábola), razão pela qual 
o Lote Econômico de Compra assume apenas um único valor "ótimo". 
O gráfico decorrente desta equação assume o seguinte formato: 
 
Como você pode observar, existe um valor máximo para a equação (o ponto 
mais alto alcançado pela linha vermelha). É justamente isto que o LEC se propõe a 
identificar. Mas ainda não vou falar sobre isso 
Pois bem, qual a razão disso tudo? 
É que existem alguns custos que não oscilam em função da quantidade 
demandada, produzida ou estocada pela organização. Outros, inclusive, diminuem à 
medida que o número de unidades produzidas ou demandadas aumenta. 
Entretanto, embora esse raciocínio dê a falsa ilusão de "quanto mais, melhor", 
lembre-se que estocar é custo, havendo limites para o aproveitamento de 
"pechinchas". É isso que veremos agora. 
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Os custos, na disciplina de Administração de Recursos Materiais, são 
divididos em três categorias: 
- Custos fixos (ou independentes) 
- Custos de carregamento (diretamente proporcionais) 
- Custos inversamente proporcionais 
Falemos dos três. 
Os custos fixos são aqueles que não variam com a quantidade de itens 
estocados. Se a empresa estiver com o estoque zerado, ou se estiver abarrotada 
de itens armazenados, estes custos serão sempre os mesmos. Pense aqui no 
aluguel do prédio onde os produtos são estocados: o dono do imóvel não quer saber 
se o prédio está cheio de mercadorias ou de ar, ele quer receber o valor pactuado. 
Em uma aula de contabilidade de custos, eu diria que a apropriação destes 
custos nas mercadorias dependeria do volume de mercadorias em estoque, já que 
com mais mercadorias, eu posso ratear este custo fixo um pouquinho em cada 
produto, ao invés de apropriá-lo integralmente em único item, ou amargar o prejuízo 
nos casos em que não tenho mercadoria no estoque. Mas como não é aula de 
contabilidade, lembre-se: o custo fixo não varia com a quantidade de itens de 
estoque. O valor a ser pago por ele é sempre o mesmo. 
Os custos diretamente proporcionais (de carregamento) são aqueles 
que aumentam na medida em que aumentam os itens em estoque.Quanto mais 
itens eu tiver no estoque, maiores serão estes custos. Se eu tenho mais produtos, 
preciso de mais espaço para guardá-los, mais prateleiras no almoxarifado, mais 
gente para vigiar o local contra roubos. Os exemplos são infinitos, então, ao olhar a 
questão, veja se a variação de determinado fator provocaria um aumento no custo 
da empresa. 
E para acabar, os custos inversamente proporcionais são aqueles que 
diminuem à medida que o número de itens no estoque aumenta (sim, isso 
também é possível). 
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Quer um exemplo? Eu pago meus funcionários em dia, eu já tenho os 
computadores na empresa, mas eles consomem energia e já pago a conta de 
telefone. 
Quando o dono da empresa ordena a requisição de novos pedidos, esse 
funcionário vai usar o computador para pesquisar na internet e pegar o telefone para 
solicitar a quantidade de itens. Concorda comigo que não há diferença no dispêndio 
desses recursos se ele marcar 1 unidade ou 1000? Entretanto, como eu já gastei 
com conta de luz e telefone e salário, este gasto tem de ser direcionado para as 
mercadorias (o dono da empresa não quer prejuízo). Se ele comprou só um item, 
este custo de estoque vai todo para este item, mas se comprou 1000, é possível 
ratear a despesa, e assim, o custo de estoque diminuiu. 
E tem mais uma possibilidade. Comprar no atacado dá desconto. Se eu 
compro vários itens, é bem provável que eu vá pagar menos por cada item 
individualmente (experimentem fazer compras em um mercado atacadista, é 
sensacional ver isso funcionar ). 
Como os custos fixos são, por definição, invariáveis, uma produção com 
poucos itens fará com que cada produto sofra um rateio maior destes custos, ao 
passo que, com mais itens, cada produto tem de suportar uma parcela menor do 
custo. Qualquer dúvida, estou no fórum para isso. 
Professor: os custos inversamente proporcionais não seriam custos fixos por 
definição? Afinal, tanto a conta telefônica como o aluguel do prédio são pagos 
independentemente da produção, não havendo diferença prática entre os exemplos. 
Sim, meu caro aluno, é uma observação pertinente. Contudo, 
doutrinariamente, os custos inversamente proporcionais estão ligados diretamente à 
obtenção dos materiais. A linha telefônica foi utilizada diretamente para solicitar 
materiais para o estoque, ao passo que o aluguel do prédio não tem essa 
característica. Aliás, os "custos de obtenção de materiais" são os frequentemente 
citados como exemplos de custos inversamente proporcionais. 
Para fins de prova, sugiro que fique bastante atento a essa peculiaridade. 
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3.7.2 Lote Econômico de Compra 
O lote econômico de compra, como o próprio nome remete, consiste no 
cálculo do lote otimizado de compra para determinado produto (Ex: matéria-prima). 
Por otimizado, você deve entender: lote de compra com a melhor 
combinação entre o custo de armazenagem do produto e o custo do pedido, 
para certa demanda. Não entendeu coisa alguma? . Acompanhe, caro aluno: 
Lembra o que eu falei sobre custos fixos, diretamenteproporcionais e 
inversamente proporcionais? Tenha-os em mente nos próximos passos. 
Por exemplo, na fabricação de camisetas do Atibaia Futebol Clube, uma das 
matérias-primas é o tecido do manto sagrado. Supondo que o fornecedor faça a 
entrega deum rolo de tecido e cobre R$200 de frete. No entanto, se a organização 
pedir cinco rolos, o fornecedor cobraria (neste exemplo) o mesmo frete. 
Entãoo que compensa mais, a organização solicitar: um rolo ou cinco rolos? 
Aparentemente, compensaria pedir os cinco rolos de uma vez, não? 
$�UHVSRVWD�p�³GHSHQGH´� 
Não podemos nos esquecer da máxima da Administração de Materiais: 
³estoque parado é dinheiro parado´��,VWR quer dizer que se a organização comprar 
muitos rolos, é possível que, com isso, deixe dinheiro parado, que poderia circular 
para propósitos mais importantes, sobretudo geração de mais dinheiro. 
Então, para que todas as variantes encontrem o seu equilíbrio, devemos 
inseri-las na fórmula que vou mostrar a vocês. ܮܧܥଶ ൌ ?Ǥ ܦǤܲܥ 
Sendo que: 
LEC = Lote Econômico de Compra 
D = demanda no período (em unidades) 
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P = custo unitário do pedido 
C = custo unitário de armazenagem 
Observação Importante: o custo unitário do pedido engloba todos os custos 
nos quaisa organização incorrerá ao comprar o produto, excluído o custo do próprio 
material (que já se encontra representado na variante D). Pagou seguro? Custo 
unitário do pedido! Frete? Custo unitário do pedido! Escolta armada? Custo unitário 
do pedido 
3.8 Controle de Estoques 
Ok, a empresa já planejou quanto de estoque de cada item pretende ter. Mas 
planejamento é só uma ideia. Precisamos verificar se aquilo que foi planejado está 
se realizando. Em outras palavras, a empresa precisa controlar seu estoque para ter 
certeza de que este se manter nos níveis pretendidos. 
A doutrina identifica quatro métodos principais de controle de estoques (o 
Just in Time não é propriamente um método de controle de estoques, como 
veremos mais à frente): 
1 ± Sistema de duas gavetas 
2 ± Sistema dos máximos-mínimos 
3 ± Sistema das reposições periódicas 
4 ± Planejamento das necessidades materiais (MRP e MRPII) 
5 - Just in Time 
Comecemos: 
Sistema de duas gavetas:É o método mais simples de controle de 
estoques, e você já verá a razão. 
Imagine duas gavetas (é dessa ideia que vem o nome do método). Na gaveta 
A eu guardarei uma quantidade de itens suficiente para atender o consumo do 
período planejado. Toda vez que o almoxarifado precisa enviar itens ao processo 
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produtivo, ele retirará os itens requisitados desta gaveta A, até que ela fique 
completamente vazia. 
Quando a gaveta A ficar completamente vazia, o almoxarifado enviará ao 
setor de compras um pedido com uma nova quantidade de itens, para satisfazer as 
necessidades do próximo período. 
Enquanto se aguarda a chegada dos novos materiais(para encher a 
gaveta A de novo), toda vez que o almoxarifado receber uma solicitação de 
materiais, ele enviará materiais que estavam acondicionados na gaveta B, de 
maneira que o abastecimento não fica prejudicado. A gaveta B contém uma 
quantidade de materiais suficiente para atender a demanda durante o tempo 
necessário à reposição do estoque, adicionado do estoque de segurança. 
Assim sendo, a gaveta B é o estoque de reserva, e mais, se você lembrar-
se do gráfico dente de serra, o estoque de segurança. 
Quando o material solicitado do setor de compras for entregue no 
almoxarifado, se reporá o material da gaveta B de novo, e o resto do material irá 
para a gaveta A, recomeçando o ciclo. 
Se a separação entre as gavetas não for física (se eu não tiver, realmente, 
duas gavetas no almoxarifado), o sistema será chamado de estoque mínimo, 
havendo "separação" entre uma "gaveta" e outra apenas na ficha de estoque. 
O sistema de duas gavetas é ideal para controlar os itens da Classe C, 
devido a grande variedade de itens de pequeno valor que compôem esta classe 
(tais como porcas, arruelas, parafusos, e o que mais você achar que deve ir em uma 
gaveta ), sendo encontrado principalmente no comércio varejista de pequeno porte. 
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Sistema dos máximos-mínimos: 
Também conhecido por sistema de quantidades fixas. A empresa pode se 
utilizar deste método em situações em que for muito difícil determinar o consumo de 
maneira precisa, ou ainda, em casos nos quais ocorreu variação no tempo de 
reposição. 
Só relembrando: tempo de reposição é o tempo gasto desde o momento 
em que se verificou a necessidade de repor o estoque até a chegada do 
material fornecido no almoxarifado da empresa. 
E no que consiste este sistema? A empresa estimará seus estoques 
máximos e mínimos para todos os itens que desejar manter em estoque, em 
função de sua expectativa de consumo para aquele determinado período. O estoque 
oscilará entre estes limites (máximo e mínimo). 
A partir daí, calculamos o Ponto de Pedido. Você já viu este tópico na parte 
de Níveis de Estoque, e é essencialmente a mesma coisa aqui: 
Ponto do pedido (PP) = Consumo médio do material X Tempode 
Reposição do material+ Estoque Mínimo do material. 
Segue o quadro dos itens da fórmula: 
Item da Fórmula Definição 
Ponto de Pedido 
(PP) 
Quantidade de um determinado produto em 
estoque que, sempre que atingida, deve 
gerar um novo pedido de compra. Com esta 
quantidade, a empresa deve ser capaz de 
continuar a produzir até que os novos 
produtos encomendados cheguem 
Gaveta A (estoque 
normal de 
atendimento) 
Gaveta B (estoque 
reserva + estoque de 
segurança) 
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Tempo de 
Reposição 
Tempo que se gasta desde a constatação da 
necessidade de se adquirir um material e a 
sua efetiva chegada ao almoxarifado da 
empresa. Pode ser chamado também de 
Lead Time. Aqui deve ser levado em 
consideração o tempo e processamento do 
pedido, providencias do fornecedor e o 
próprio recebimento pela empresa 
Estoque Mínimo 
ou de Segurança 
(ES) 
Estoque adicional, a margem de segurança 
que a empresa tem para se proteger de 
atrasos na reposição, ou aumentos 
imprevistos no consumo 
Consumo Médio 
Quantidade de produto consumido por 
unidade de tempo pela empresa. Por isso 
multiplicamos pelo tempo de reposição. 
Lembre-se apenas de que as unidades utilizadas na fórmula devem ser 
sempre as mesmas. Se o enunciado falar em dias em uma parte e anos em outra, 
você terá de converter essas unidades de medida para uma delas. Se falar em 
arrobas e quilos, mesma coisa e assim por diante. 
O Estoque Mínimo já foi conceituado na tabela, mas não falamos do Estoque 
Máximo. O estoque máximo é simplesmente a soma do Estoque Mínimo com o Lote 
de Compra. E o lote de compra, intuitivamente, é a quantidade de material adquirida 
pelo setor de compras, a mando do almoxarifado. É também a quantidade máxima 
de itens que a empresa pretende ter em estoque. 
E a fórmula é bem simples: 
Estoque Máximo= Estoque Mínimo+Lote de Compra 
E não por acaso, o gráfico do consumo de materiais ao longo do tempo 
seguindo essametodologia forma a nossa curva dente de serra: 
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Só retomando rapidamente: olhando o gráfico, eu consigo concluir quenão há 
estoque mínimo de material(pois o ressuprimento só ocorre quando o estoque 
chega a zero), e o estoque máximo é 140, já que a empresa adquire o material até 
este patamar, além de o ponto máximo do gráfico nunca ultrapassar este valor. 
O Lote de compra é simplesmente um valor menos o outro: no nosso 
caso, 140 unidades. 
O ponto de pedido é calculado segundo a fórmula que já mostrei a vocês, 
deixando o gráfico muito próximo da figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
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Fonte: Chiavenato, Idalberto 
Sistema das reposições periódicas 
A premissa deste método consiste em fazer pedidos de preposição dos 
materiais em um intervalo de tempo pré-estabelecido para cada item. Desta 
forma, cada item possui seu período de reposição, sempre em ciclos iguais, 
FKDPDGRV�GH�³SHUtRGRV�GH�UHSRVLomR´� 
A quantidade de material solicitada é igual à demanda do próximo período de 
tempo. Tal como o sistema dos Máximos-Mínimos, é também baseado em um 
estoque mínimo, que previne o consumo acima do normal, ou ainda, eventuais 
atrasos nas entregas. 
Não tem muito segredo: a empresa compra uma determinada quantia de 
materiais necessária para satisfazer suas necessidades a cada 15 dias, dois meses, 
seis meses, um ano, e assim por diante. O ciclo de tempo é sempre igual. 
Veja o gráfico: 
 
 
 
 
 
 
Só esclarecendo: PR neste gráfico é o Ponto de Reposição (o mesmo que 
Ponto de Pedido). Q equivale a quantidade de material em estoque e T é o decorrer 
do tempo. Veja que os intervalos em T são sempre iguais. 
Planejamento das necessidades materiais (MRP E MRP II): 
Este é o sistema mais complexo a ser estudado aqui. A sigla em inglês 
significa Material Requirements Plannings. Alias, se compararem este tópico da 
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aula com os capítulos dedicados a este tema na literatura, vão ter certeza de que o 
que fiz aqui é uma simplificação do método. 
Para elaborar este método e aplica-lo sobre os estoques da empresa, deve-
se partir da previsão de vendas. A princípio, queremos produzir o mesmo número 
de unidades que pretendemos vender. Quero vender 10, produzirei 10. 
Entretanto, a empresa já possui alguns materiais estocados, de maneira que 
devo subtraí-los da previsão e assim, obter o valor da previsão líquida de vendas. 
E faz sentido, a empresa não precisará produzir todos os produtos previstos para 
venda, vez que alguns deles já estão estocados no depósito, prontos para ser 
entregues. 
Se quero vender 10, mas já tenho 2 em estoque, então, em verdade, só 
precisarei produzir 8. 
É com base na previsão líquida de vendas que a empresa elabora o 
planejamento. E aqui a coisa começa a ficar interessante . 
A empresa elaborará um programa de produção, e a partir deste 
programa serão feitos os pedidos de compra e abastecimento do almoxarifado. 
Em linhas gerais, pegamos a programação de produção e se multiplica 
pela lista de materiais, resultando nas necessidades (brutas) de materiais. Veja 
o esquema abaixo: 
Fonte: Chiavenato, Idalberto 
Muito bem, o que isto quer dizer? 
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Primeiro: A Previsão de Vendas menos o Estoque de Produtos Acabados 
no Depósito corresponde à nossa Previsão Lìquida de Vendas. É a quantidade de 
Produtos Acabados que devemos produzir para atender à nossa demanda. 
Só que cada Produto Acabado é uma composição de materiais diferentes. 
Para cada produto produzido (e essa redundância é importante), temos outros 
tantos materiais envolvidos. 
Pense em um veículo. Precisamos de x undiades de vidro (para as janelas), 
tantas toneladas de aço (para o chassis), mais sei lá quantas toneladas de borracha 
(para os pneus). Então, para cada "w" unidades de carros a serem produzidas para 
atenderem à previsão líquida de vendas, preciso de "x" unidadades do material "A", 
"y" unidades do material "B" e "z" unidades do material "C". 
Veja que é uma conta de multiplicação (como sugere o quadro acima). 
Feito tudo isto, teremos finalmente uma lista de Necessidade de Materiais, 
que é o que devemos comprar para suprir a produção. 
Só que, para isto tudo funcionar, precisamos entender o produto final a ser 
fabricado de maneira a conhecermos qual a real necessidade de material da 
empresa. 
No exemplo utilizado anteriormente, o carro é composto de uma infinidade de 
peças que precisam ser todas adquiridas ou fabricadas, a fim de ao final, a empresa 
ter um veículo pronto. 
Neste momento surge o ³JUiILFR� GH� H[SORVmR� GR� SURGXWR´� ou ainda a 
³iUYRUH�GH�HVWUXWXUD�GR�SURGXWR´. Estes gráficos discriminam todos os materiais 
constitutivos do produto, em suas quantidades e qualidades. Não se importe tanto 
com a aparência ou estrutura dele, o importante é que o gráfico possua todos os 
itens necessários à fabricação do produto final. Veja um exemplo: 
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Neste esquema em árvore, podemos entender como o Produto X é 
produzido. Precisamos de 1 unidade do material A e de 2 unidades do material B 
para sermos capazes de produzi-lo. 
Entretanto, para produzir o material A, precisaremos de duas unidades do 
material C e três undiades do Material D para fabricar esse componente. 
Espero que não tenha se esquecido do que estamos falando: 
X (1 unidade) 
A (1 unidade) 
C (2 unidades) D (3 unidades) 
B (2 unidades) 
E (1 unidade) 
Nível 0 
Nível 1 
Nível 2 
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Naquele nosso exemplo, C, D e E provavelmente são matérias primas dos 
componentes A e B, os quais servem para produzir o produto acabado X. 
E agora você está pronto para sorver o gráfico completo: 
 
 
Este quadro abrange tudo que você precisa saber para dominar o tema de 
MRP para fins de prova (ou iniciar seus estudos em MRP para fins de doutorado ). 
As primeiras linhas você já conhece. Resta explicar a última delas. 
Precisar de 10 e comprar 10 é operar sem estoque de segurança. Talvez a 
empresa não goste disso . Por outro lado, pode ser que percamos parte do material, 
justamente em função

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