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revisao av1 Organização Pedagogica em Espaços Não Escolares

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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
Aula de Revisão AV1
Tema da Apresentação
AULA DE REVISÃO AV1
PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
Conteúdo Programático desta aula:
O papel do Pedagogo nas Organizações.
O contexto econômico e político que condicionou a existência de mudanças no mundo do trabalho e, consequentemente, na vida dos trabalhadores e das organizações.
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
Conteúdo Programático desta aula:
A análise crítica sobre o papel que as organizações cumprem na sociedade capitalista nos paradigmas fordista e flexível.
A análise crítica sobre as formas compreender e praticar a gestão das organizações e as formas de entender e promover a formação profissional dos seus trabalhadores nos paradigmas fordista e flexível.
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
PEDAGOGIA: CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO
A pedagogia é uma área de conhecimento que investiga a realidade educativa. Tem como objeto de investigação a educação como prática social. Investiga a problemática educativa na sua totalidade e historicidade e busca elaborar uma diretriz orientadora para a ação educativa. É uma ciência prática. Parte da prática e a ela se dirige. Tem uma dimensão praxiológica.
Tem como campo de estudo os elementos da ação educativa e sua contextualização. Estuda o comportamento do educador e dos educandos, os saberes e os contextos em que se dá a prática educativa. 
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
A prática educativa é uma ação intencional, e inclui as finalidades da formação. Sempre estão presentes: a visão de mundo, os valores, os compromissos éticos do educador ou dos projetos dos quais faz parte. A pedagogia busca compreender as finalidades da ação educativa.
Todos os processos educativos intencionais, que envolvem a transmissão-apropriação ativa de saberes e modos de ação, constituem o objeto de investigação da pedagogia. Esta ciência busca: analisar os objetivos e as intencionalidades sociais e políticas desses processos, compreender/descrever sua especificidade, além de propor formas de intervenção metodológicas e organizacionais para implementar práticas educativas direcionadas à emancipação humana.
PEDAGOGIA: CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
PEDAGOGIA: CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO
Enquanto prática social, a educação só pode ser entendida a partir da sociedade da qual faz parte. Embora a educação seja uma prática voltada para a formação humana plena, se realiza em um contexto social marcado por relações de exploração e dominação. Isso faz com que a pedagogia tenha, necessariamente, um compromisso com a crítica e a transformação dessas relações conflitantes que impedem a humanização plena e a emancipação dos homens. 
A Pedagogia lida com o fenômeno educativo enquanto expressão de interesses sociais em conflito e, por isso, analisa as finalidades sociais e políticas presentes nas diferentes ações educativas. É nesse sentido que a pedagogia deve se posicionar sobre a direção social e política que a ação educativa deve tomar e sobre que tipo de homem pretende formar.
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
As DCN propõem uma formação do licenciado em pedagogia fundamentada no trabalho pedagógico realizado em espaços escolares e não-escolares, tendo a docência como base.
A formação prevista pelas DCN abrange de forma integrada a docência, a participação da gestão e avaliação de sistemas e instituições de ensino em geral, a elaboração, a execução, o acompanhamento de programas e as atividades educativas.
O curso de Pedagogia, na atualidade forma um profissional para atuar no sistema de ensino, nas escolas e em outras instituições educacionais, inclusive as não-escolares. Em todo espaço onde houver uma ação educativa intencional, existe ação pedagógica e, consequentemente, há lugar para a atuação do pedagogo.
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
A ação pedagógica corresponde ao processo intencional de transmissão/apropriação ativa de saberes e modos de ação, considerando os objetivos da formação humana em cada contexto histórico e social. 
O didático se refere especificamente ao trabalho docente, à teoria e prática do ensino e aprendizagem, considerando o ensino como um tipo de prática educativa, uma das modalidades da ação pedagógica.
AÇÃO PEDAGÓGICA DE AÇÃO DIDÁTICA. 
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
O trabalho pedagógico não se reduz ao trabalho escolar e docente, embora todo trabalho docente seja um trabalho pedagógico. 
A base da identidade profissional do educador, do pedagogo, é a ação pedagógica, não a ação docente. 
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
O trabalho do pedagogo está centrado nas atividades de: planejar, executar, coordenar, acompanhar e avaliar projetos e experiências educativas. 
Além destas atividades, é central na atuação do pedagogo a responsabilidade pela produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional. São estas as atividades a serem realizadas pelo profissional em educação, quer elas aconteçam em contextos escolares ou em contextos não-escolares.
ATRIBUIÇÕES DO PEDAGOGO
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O paradigma fordista ou fordismo pode ser entendido como um regime de acumulação assentado sobre um uma forma específica de organizar o trabalho: o chamado paradigma tecnológico fordista. Esse paradigma tecnológico estava fundamentado numa produção e num consumo de massas, em economias de escala e a produção se realizava em uma estrutura de base rígida, metal mecânica.
 
O regime de acumulação fordista estava associado a um determinado modo de regulação, a um marco institucional – o Estado de Bem-estar social, que implementava amplos sistemas de seguridade social e atendia a demandas sociais de vários tipos, regulando o processo de acumulação capitalista.
PARADIGMA FORDISTA - CONCEITUAÇÃO
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O PARADIGMA FORDISTA
O fordismo atingiu seu ápice nas décadas de 50 e 60, e foi fruto da articulação entre um padrão de estrutura produtiva e tecnológica (baseado nas conquistas da Segunda Revolução Industrial e em formas específicas de organização do trabalho) e a introdução de mudanças no papel e na estrutura do Estado.
No pós guerra, o Estado de Bem Estar Social, com seu modelo de gestão econômica e suas políticas sociais e de pleno emprego, é bem sucedido na regulação da acumulação capitalista, assegurando uma compatibilidade entre os níveis de produção, consumo e salários. Produção e consumo se equilibram. Anos Dourados.
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Intensificação da separação entre concepção e execução do processo de trabalho
A atividade de concepção do processo de trabalho se realiza fora de linha produção
A execução do trabalho se dá mediante a realização de um trabalho fragmentado e repetitivo, que traz uma real desqualificação operária
Presença de salários elevados
Controle e disciplina fabris para eliminar a autonomia e o tempo ocioso.
FORDISMO: CARACTERÍSTICAS
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Produção de lotes de produtos padronizados
Consumo de massa
Máquinas rígidas
Velocidade e ritmo do trabalho estabelecidos pelas máquinas
Mecanização da produção em larga escala, visando ao consumo de massas.
Presença da linha de montagem, com a esteira mecânica, que garante o fluxo contínuo de peças e a redução de tempos mortos.Tema da Apresentação
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Estado planejador, regulador do processo de acumulação fordista, articulador dos interesses conflitantes entre capital e trabalho. Atuava como um grande regulador da economia. Realizava de modo sistemático o planejamento e a administração econômica do país, de modo a garantir a reprodução ampliada do capital. 
De um lado, o Estado de Bem–estar Social realizava uma intervenção nos mercados, estabelecendo subsídios, preços mínimos, estoques reguladores
O ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL
Tema da Apresentação
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De outro lado, o Estado de Bem-estar Social desenvolvia uma política de pleno emprego e políticas sociais (tais como: saúde, habitação, educação, previdência social, etc). Promovia a redução das desigualdades sociais, através desta rede de serviços sociais. Sem ter que pagar por esses serviços, era possível que a classe trabalhadora ampliasse o consumo. Essas políticas sociais eram universais, isto é, valiam para todos. 
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A realidade do desenvolvimento das economias capitalistas dos anos dourados foi alterada pela crise que se iniciou nos anos 70. Deflagrada pelo esgotamento do bem-sucedido período de acumulação capitalista, a crise dos anos 70 inaugurou uma nova fase do capitalismo e determinou profundas transformações em todas as esferas da vida social. 
A CRISE DO FORDISMO
Tema da Apresentação
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A partir desta década, ocorre uma “nova configuração do sistema do capital”, caracterizada, principalmente, por seu acentuado processo de mundialização e pelo advento de um novo formato de regulação estatal: o Estado Neoliberal. A crise, no plano político, condicionou a reforma do Estado e uma redefinição das relações do Estado com a sociedade civil. No plano econômico, a crise teve como resposta uma série de mudanças na esfera da produção e do trabalho, marcando uma nova etapa do processo de acumulação do capital.
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Os neoliberais acusam o Estado de bem-estar de ser antieconômico, (porque provoca crise fiscal), antiprodutivo (porque desestimula o trabalho e o investimento), ineficaz (porque favorece o monopólio estatal e a tutela dos interesses particulares) e ineficiente (porque elimina as formas tradicionais –família e comunidade – de proteção social). Considerado pelos neoliberais como o vilão da crise, o Bem-estar social foi colocado em questão e por isso, são realizados cortes nas políticas sociais. As políticas sociais no neoliberalismo já não são mais para todos como no Bem-estar Social. 
A EXPLICAÇÂO NEOLIBERAL PARA A CRISE
Tema da Apresentação
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São políticas só para os mais carentes. Visando reduzir os gastos sociais, as políticas sociais neoliberais passam a ter um caráter mais pontual, assistencialista e compensatório. Só alguns se beneficiam dessas políticas. O Estado não “gasta” mais com todos. A lógica não é mais a universalidade, a igualdade, mas sim a equidade: “dar mais a quem tem menos”. Esta corresponde a uma estratégia para a manutenção da ordem social desigual.
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Nos anos 80, a ideologia neoliberal foi marcada por um caráter defensivo, no qual se pretendia vencer a crise pela negação dos princípios sociais-democratas da regulação econômico-social fordista. As políticas sociais foram redirecionadas para o corte dos gastos sociais, a desativação de programas, reduzindo o papel do Estado. Foram reduzidos a universalidade e os graus de cobertura dos programas sociais, retirando do campo dos direitos sociais muitos benefícios. Três teses como as que melhor traduziram as reformas dos programas sociais nesta primeira etapa: a descentralização, a focalização e a privatização.
AS POLÍTICAS SOCIAIS NEOLIBERAIS – ANOS 80 e 90
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Nos anos 90, com os governos neoliberais no poder e o desmonte do Bem-estar Social, a desigualdade se agravou e houve um incremento nas políticas sociais, que passam a ser utilizadas pelos governos neoliberais para frear as consequências do aumento da desigualdade social e suavizar as injustiças sociais, atuando no sentido de minimizar os efeitos do aumento da pobreza. 
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A ESFERA PÚBLICA NÃO-ESTATAL
Nos anos 90, o processo de reorganização do Estado faz com que este transfira parte da responsabilidade de suas ações para a iniciativa privada e reforme sua estrutura de funcionamento, estabelecendo novas formas de relação com a sociedade civil. Na relação Estado-sociedade é construído um espaço ocupado por uma série de instituições, denominado de esfera pública não-estatal, que abarca um conjunto de organizações da sociedade civil, entre elas ONGs. O Estado transfere parcelas de responsabilidades para as comunidades organizadas, em ações de parceria com as ONGs para oferta de serviços sociais de caráter público
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Essa nova esfera traz o estigma do assistencialismo, empregado para amenizar o impacto das políticas de ajuste econômico nas camadas populares. São programas de emergência focalizados sobre a população mais pobre, realizados de forma assistencialista, clientelista, sem referência aos direitos sociais de cidadania.
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Com a introdução da automação e a substituição da eletromecânica pela eletrônica são flexibilizados os antigos processos industriais fordistas e a estrutura produtiva ganha novas características: 
Integração (entre as etapas do processo produtivo, elevando os tempos de utilização da maquinaria – aumento da produtividade)
Flexibilidade (a) de máquinas e equipamentos, garantindo uma variação de processo e produto; b) no âmbito da organização do trabalho.
O NOVO PARADIGMA TECNOLÓGICO
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Descentralização (a) no interior da mesma unidade produtiva e/ou na subdivisão da indústria em várias outras de menores, interligadas.
Inovação.
Diluição dos contornos entre concepção e execução (novas formas de organização do trabalho, nas quais o trabalhador toma decisões relativas ao controle/qualidade dos produtos, sendo responsável pela introdução de aperfeiçoamentos e correções)
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Estoques mínimos, sem economias de escala, séries restritas.
Produção variada.
Produção orientada pela demanda.
just-in-time (diminuição dos estoques de matéria prima e dos diferentes componentes).
O TOYOTISMO
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Kanban – placas luminosas para reposição de peças. Sistema visual de informação para administrar o just in time, a reposição de peças. O kanban elimina a porosidade e dita o ritmo do trabalho produtivo. Intensifica o ritmo.
Automação.
Polivalência – homem opera várias máquinas (rompe com a relação homem máquina do fordismo).
Trabalho em equipe.
Número mínimo de trabalhadores (ampliado com horas extras, com os trabalhadores subcontratados e os temporários) 
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O paradigma flexível garantiu para os trabalhadores maior participação, mas não instituiu no interior da estrutura produtiva relações mais democráticas, pois a participação dos trabalhadores se restringe ao processode trabalho. As grandes decisões da empresa, as relações de poder, não são colocadas em questão. 
O novo paradigma introduz um processo de trabalho essencialmente capitalista. Modos mais flexíveis de acumulação do capital não modificam as regras básicas de acumulação capitalista. Fordismo e a automação flexível correspondem a perfis distintos, mas possuem uma identidade, na medida em que pertencem ao mesmo todo estruturado capitalista.
ANÁLISE CRÍTICA
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As mudanças no âmbito da estrutura produtiva devem ser compreendidas dentro do quadro do processo de valorização do capital. O foco do processo de valorização do capital agora é criatividade, a subjetividade e a capacidade intelectual do trabalhador. As mudanças introduzidas na produção também não eliminam a intensificação do trabalho, que ocorre, seja pelo exercício de múltiplas funções e pela operação de vários equipamentos ao mesmo tempo.
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O ESTUDO DAS ORGANIZAÇÕES: lócus de atuação do pedagogo. As organizações são geralmente estudadas em sua estrutura interna, o que inclui a análise da existência de maior ou menor especialização entre seus membros, e a verificação dos níveis hierárquicos (isto é, do maior ou menor grau de poder que diferencia os trabalhadores). Em que pesem as diferentes aplicabilidades dessas análises, as organizações foram tradicionalmente estudadas pelas teorias da administração tomando por referência elas mesmas. 
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Só mais tarde é que as teorias da Administração foram evoluindo em direção a uma concepção de organização menos fechada em si mesma. Apesar dessa mudança de enfoque trazido pela Abordagem Contingencial, as organizações continuaram a ser analisadas sem tomar por referência as relações sociais que condicionam a realidade econômica e política na qual estão inseridas e da qual fazem parte. Sem colocar no centro da análise as relações sociais e de poder mais amplas das quais as organizações são tributárias.
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Pagès e outros realizaram no final dos anos 70 uma pesquisa para analisar como ocorrem os fenômenos de poder nas organizações. Viram a organização como produto do sistema social, que se interpõe entre as contradições de classe, buscando evitar/atenuar os conflitos sociais existentes entre os interesses de trabalhadores e as finalidades da organização. Realiza mediações para impedir o surgimento dos conflitos, evitando que eles se transformem em conflitos coletivos, criando um sistema orientado para a subordinação, para o enquadramento do indivíduo a uma ordem global econômica, política e ideológica
ANÁLISE CRÍTICA DAS ORGANIZAÇÕES
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PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
A organização ao mesmo tempo em que precisa desenvolver as forças produtivas, isto é, um sistema de produção moderno, com trabalhadores cooperadores e capazes, precisa garantir a subordinação desses trabalhadores aos objetivos da empresa e do sistema capitalista. Entretanto, quanto mais a empresa desenvolve as forças produtivas, mais os trabalhadores se tornam capazes de lutar e se organizar contra a própria empresa e contra a dominação social e, por conseguinte, as empresas precisam desenvolver meios mais eficazes de controle e contenção. 
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econômicas. Possuem relações de clientela clássicas. Não oferecem vantagens econômicas significativas aos trabalhadores. 
políticas. Desenvolvem um sistema decisório centralizado, centrado na figura do chefe, que exerce um papel autoritário, atuando como um soberano local e como os intérpretes das regras da organização.
ORGANIZAÇÕES MODERNAS - SISTEMA DE MEDIAÇÕES POUCO DESENVOLVIDO.
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ideológicas. Trabalhadores desqualificados. Não são, portanto, construídos mecanismos de controle interno. Estas organizações buscam apoio nos aparelhos ideológicos da sociedade global: a família, a escola, a religião, de modo a conformar as mentes e os corpos dos trabalhadores.
psicológicas. Organizações paternalistas: a dominação psicológica e o controle são exercidos efetivamente pelo chefe. O chefe é o objeto da identificação, da projeção e introjeção dos trabalhadores. É amado/detestado. É o alvo das relações de submissão e revolta. 
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mediações econômicas mais amplas. Salários mais elevados, possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente, para que os trabalhadores aceitem o trabalho excessivo, os objetivos de lucro da empresa e a própria dominação capitalista.
mediações políticas. Sistema decisório, de autonomia controlada, impessoal e distante, sobre o qual os trabalhadores não têm domínio. As organizações substituem as ordens e interdições por regras e princípios interiorizados, mais sutis e sofisticados, que os trabalhadores internalizam de modo não autoritário, reproduzindo-os sem muita reflexão.
ORGANIZAÇÕES HIPERMODERNAS. VANTAGENS. PRIVILÉGIOS. MEDIAÇÕES MAIS DESENVOLVIDAS
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mediações psicológicas. Dominação psicológica realizada a nível inconsciente e exercida de modo diferenciado. A organização torna-se uma máquina de prazer e de angústia. O trabalhador desenvolve uma dependência psicológica da organização. Uma dependência despersonalizada, que não é encarnada na figura da chefia, mas que tem como foco a própria estrutura organizacional. O trabalhador não se identifica com pessoas, mas com a empresa. 
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mediações ideológicas. Em função da maior qualificação dos trabalhadores, a empresa não conta mais apenas com as instâncias produtoras de ideologia externas à instituição. Ela passa a produzir uma ideologia conformista, uma religião da empresa, na qual todos os trabalhadores devem acreditar e devem compartilhar e aderir.
Os empregados são permanentemente submetidos a uma evangelização representada pelos manuais, pelo treinamento, pelas regras que lhe são impostas, pela entrevista de avaliação através da qual fornecem ao empregado os parâmetros e as diretrizes de comportamento reconhecidos pela organização, os quais ela espera que as pessoas cumpram com devoção. A fé na organização é praticamente uma religião cultuada todos os dias. 
ORGANIZAÇÕES HIPERMODERNAS - SISTEMA DE MEDIAÇÕES MUITO DESENVOLVIDO
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A PSICOLOGIA E O SUPORTE TEÓRICO PARA CONCEBER E REALIZAR A FORMAÇÃO PROFISSIONAL 
A formação profissional sempre foi um tema central para a gestão das empresas. A prática administrativa e a psicologia se tornaram parceiras nesse processo, sendo responsáveis pela história da formação de profissionais das organizações. A administração buscou os conhecimentos da psicologia para fornecer informações sobre as condições e instrumentos de aprendizagem. Com base na psicologia foram construídas teorias e instrumentos que garantissem o controle da competência dos funcionários. 
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A psicologia industrial deu à Administração o suporte teórico para conceber e realizar a formação profissional.
Existência de dois diferentes modos que historicamente caracterizaram a análise conceitual e a prática da formação profissional realizada no interior das organizações: o paradigma tradicional de gestão (fordista) e novo paradigma de gestão (flexível).
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Administrar consistia em controlar o processo de produção, acreditando-se que o controle e o monitoramento de todos os eventos desse processo iria garantir a eficiência do resultado.
A formação dos indivíduos consistia em um dos atos regulatórios da administração. Sendo importante a monitorar essa formação para que os trabalhadores atuassem da forma prevista.
GESTÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL NO PARADIGMA FORDISTA: CARACTERÍSTICAS
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Cabia à gestão atuar no sentido de preparar os profissionais para o perfeito exercício da tarefa: para a posse do know how. O treinamento era composto por atividades de ensino voltadas para o adestramento nas habilidades previstas para o exercício das tarefas. 
O treinamento tinha como objetivo aproximar o desempenho do trabalhador do padrão esperado e definido previamente pelo planejamento.
O treinamento era um instrumento de alteração do comportamento das pessoas de uma situação de menor rendimento profissional para um comportamento de maior eficácia
A formação profissional não tinha compromisso com o desenvolvimento da pessoa, mas com o desenvolvimento dos traços previstos nos perfis
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O modelo de gestão incorporou quatro novos elementos: inovação, flexibilidade, descentralização e integração.
O novo modelo de eficiência rompe com os controles externos sobre as tarefas dos trabalhadores, agora autônomos e com capacidade de decisão sobre os processos de trabalho. 
A gestão depende da competência dos trabalhadores. Ela deixa de privilegiar o controle sobre o processo de trabalho para exercer o controle sobre os resultados desse processo.
GESTÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL NO PARADIGMA FLEXÍVEL: CARACTERÍSTICAS
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O desafio da administração não é mais o ajustamento das pessoas aos planos, mas o desenvolvimento das pessoas para enfrentar os imprevistos da realidade e da competitividade.
A formação profissional fica caracterizada como o know why.
A formação passa a ser vista como algo que vai além da aquisição de informações, atitudes e habilidades, para incluir a reelaboração de significados e referenciais de ação.
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Como pedagogo que atua no interior das organizações, entender como elas foram e são administradas é de fundamental importância quando se pretende adotar propostas comprometidas com os processos de emancipação humana. Compreender o contexto do mundo do trabalho, a função social das organizações, o modo como elas são geridas e o modo como são pensadas, praticadas e avaliadas as ações educativas a que os trabalhadores estão submetidos no interior das organizações é fundamental.
RESUMINDO E CONCLUINDO
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Para pensar uma atuação transformadora no interior das organizações, é importante, sobretudo, lembrar que as organizações, modernas e hipermodernas, são administradas com foco no aumento de produtividade, buscando evitar conflitos e assegurar a adesão dos trabalhadores ao processo de acumulação capitalista. Qualquer que seja a proposta de gestão adotada, qualquer que seja a teoria em que essa gestão esteja fundamentada... 
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