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Revisão de Metodologia e Prática de Alfabetização e Letramento

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METODOLOGIA E PRÁTICA DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
TAISA COSTA VLIESE 
EAD – PEDAGOGIA - CAMPUS VIRTUAL
REVISÃO
A FORMAÇÃO DE LEITORES E ESCRITORES NO BRASIL
AULA 1
HISTÓRIA
MÉTODO
ANALFABETISMO
 FUNCIONAL
FORMAÇÃO 
DE 
PROFESSORES
LETRAMENTO
Não nascemos gostando de ler ou de escrever.
Esta formação depende dos estímulos e das significações que são construídas pelo sujeito leitor/escritor ao longo da vida
Como a escola pode contribuir para a 
formação de bons leitores e escritores?
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HISTORICAMENTE NOSSO PAÍS NÃO 
PRIORIZOU A ALFABETIZAÇÃO PARA AS 
GRANDES MASSAS POPULACIONIAS.
Se hoje, ainda temos um número grande de analfabetos funcionais e pessoas não alfabetizadas/grau rudimentar de letramento –
Isso pode ser explicado pela nossa trajetória histórica. 
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Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, (...) e mal pagos:
Que não são, embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos. (...)
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não têm cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número. 
OS NINGUÉNS 
Eduardo Galeano – O Livro dos Abraços
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CONSEQUÊNCIAS SÓCIO-POLÍTICAS DE UM PAÍS QUE AINDA MANTÉM SEU POVO EM BAIXOS NÍVEIS DE LETRAMENTO.
Desigualdade na distribuição de renda e na mobilidade social, pois com pouco estudo é mais difícil melhorar a qualidade de vida.
E o que a escola pode fazer pode fazer para mudar este quadro?
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Para Carvalho (2001) é preciso mostrar aos alunos o que se ganha com a leitura, através de atividades que façam sentido, atividades de compreensão da leitura desde as etapas inicias da alfabetização.
Ensinar o mecanismo da decodificação juntamente com a interpretação/produção de significado
“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.” Paulo Freire
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ANALFABETISMO FUNCIONAL
O termo alfabetismo funcional foi usado nos Estados Unidos na década de 30 para indicar a incapacidade de entender instruções escritas necessárias para a realização de tarefas. 
Atualmente é usado para designar a capacidade de utilizar a leitura e escrita para fins pragmáticos, em contextos cotidianos, domésticos ou de trabalho, muitas vezes colocado em contraposição a uma concepção mais tradicional e acadêmica.
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TIPOS DE ALFABETISMO
ANALFABETISMO - não conseguem realizar tarefas simples 
que envolvem a leitura de palavras e frases. 
Podem se orientar com números
ALFABETISMO RUDIMENTAR - capazes de localizar uma informação explícita em textos curtos e familiares, ler e escrever números usuais e realizar operações simples, com números e dinheiro. 
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ALFABETISMO BÁSICO – são funcionalmente alfabetizadas, pois já lêem e compreendem textos de média extensão, localizam informações, lêem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma seqüência simples de operações e têm noção de proporcionalidade. 
ALFABETISMO PLENO -não apresentam restrições para compreender e interpretar: lêem textos mais longos, relacionando suas partes, comparam e interpretam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas de dupla entrada mapas e gráficos.
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AULA 2
METODOS DE ALFABETIZAÇÃO
MÉTODO SINTÉTICO
Os métodos 
sintéticos levam 
o aluno a perceber
 partes isoladas, 
sem significado, 
truncando sua
 percepção e 
compreensão
Princípio - As unidades significativas da língua – sons e letras – são o
ponto de partida.
Crítica – Lemos deforma global
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METODO ANALÍTICO
O processo de análise da língua se dá do todo para as partes. 
Ênfase à compreensão da leitura desde a
sua fase inicial.
Maior ênfase no significado dos textos e palavras lidos e escritos.
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Método de Silabação 
Aprendizagem das famílias silábicas: 
ba be bi bo bu.
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METODO DA PALAVRAÇÃO
O aluno aprende palavras. 
Depois que o aluno reconhece as palavras ele as separa em sílabas e usa essas sílabas para formar novas palavras.
A palavra geradora nem sempre está ligada a um contexto discursivo.
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CRÍTICA ÀS CARTILHAS COMO ÚNICO MATERIALPARA A ALFABETIZAÇÃO ESCOLAR 
A linguagem utilizada apresenta características especificamente voltadas para a situação de ensino e aprendizagem escolares. Nem sempre há um contexto discursivo. Sintaxe confusa. Textos sem sentido.
Leitura – decodificação ou sonorização
Escrita – cópia de modelos corretos
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AULA 3
TEORIAS DO CONHECIMENTO E SUA
 RELAÇÃO COM A ALFABETIZAÇÃO
Será que a concepção que o professor apresenta de 
aprendizagem e desenvolvimento vai influenciar na sua forma ensinar?
Qual foi a concepção de conhecimento que fez parte da sua vida acadêmica? 
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CONCEPÇÃO EMPIRISTA
O aluno é considerado um sujeito passivo que chega
 à escola sem conhecimentos prévios sobre o 
processo de alfabetização e vai treinar várias habilidades
 viso-motoras a fim de que possa ler e escrever.
Escrita é uma atividade motora
EXERCÍCIO MECANICISTA,
 IMPESSOAL E ARTIFICIAL
A leitura é uma sonorização dos elementos gráficos.
Primeiro lê-se , depois, interpreta-se o texto.
Cópias, ditados, caligrafia e vários instrumentos priorizam a forma em detrimento do conteúdo da escrita.
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CONCEPÇÃO CONSTRUTIVISTA
O aluno é um sujeito que participa ativamente do 
seu processo de alfabetização, refletindo e elaborando hipóteses cada vez mais sofisticadas de escrita e leitura 
a escrita não é mais concebida como simples transcrição do sonoro para um código visual;
 a linguagem não é reduzida a uma série de sons.
os programas de preparação para a leitura e a escrita não ficam centrados na discriminação das formas audiovisuais e auditivas : observa-se a natureza da escrita.
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CONCEPÇÃO SÓCIO-INTERACIONISTA
O aluno é um sujeito ativo que constrói conhecimento sobre a língua nas interações sociais e nas práticas discursivas que vivencia. A leitura e a escrita são aprendidos dentro da função social que apresentam na sociedade e as variações dialetais são aceitas como forma de comunicação.
A escola é um ambiente em que os gêneros textuais e as possibilidades de produção textual para comunicação, registro, leitura e lazer são tão grandes e colaboram na formação do gosto e das competências necessárias para ler, escrever e oralizar.
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O QUE PAULO FREIRE TEM A NOS 
DIZER SOBRE A CONCEPÇÃO DE
 CONHECIMENTO E DE FORMAÇÃO 
HUMANA?
Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.
Paulo Freire
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E QUANDO NÃO HOUVER MAIS ARGUMENTOS PARA A TENTATIVA DE APRESENTAR UMA PRÁTICA MAIS LIBERTADORA PARA OS NOSSOS ALUNOS APRENDEREM A LER, ESCREVER E ESTAREM DE FORMA MAIS EMANCIAPADA NO MUNDO?
“Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina.”
Paulo Freire
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AULA 4
O CONSTRUTIVISMO E A ALFABETIZAÇÃO
O construtivismo condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do aluno.
Novo paradigma que compreende a criança como ativa no processo de formulação de hipóteses para leitura e a aquisição da escrita
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FASES DA CONSTRUÇÃO DA ESCRITA 
Fase pré-silábica: a criança não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada e se agarra a uma letra mais simpática para "escrever“. 
Fase silábica: já interpreta
a letra à sua maneira, atribuindo valor silábico a cada uma.
Fase silábico-alfabética:mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas propriamente ditas. 
Fase alfabética: passa a dominar plenamente o valor das letras e silabas.
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EXEMPLOS
Pré- silábica
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Silábica
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Silábico-alfabética
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Alfabética
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De nuestros miedos nacen nuestros corajes y en nuestras dudas viven nuestras certezas. Los sueños anuncian otra realidad posible y los delirios otra razón. En los extravios nos esperan hallazgos, porque es preciso perderse para volver a encontrarse
Eduardo Galeano
De nossos medos nascem nossas coragens e em nossas dúvidas vivem nossas certezas.
Os sonhos anunciam outra realidade possível e os delírios outra razão. 
Nos desvios nos esperam descobrimentos porque é preciso de perder para voltar a se encontrar.
Vamos construir uma nova história de leitura e escrita para a nossa vida?
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