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Trabalho Ludmila Dourado

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SISTEMA DE ENSINO PR
ESE
NCIAL CONECTADO
 
SERVIÇO SOCIOA I SEMESTRE
 
 LUDMILA LÍRIA DE OLIVEIRA DOURADO 
 	 
 	 
 	 
 	 
 	 
 	 
 	 
 	 
 
 	 
 	 
 	 
 
 Preconceito com os Afrodescendentes 
 	 	 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ibotirama-Bahia
 2015
 
 LUDMILA LÍRIA DE OLIVEIRA DOURADO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Preconceito com os Afrodescendentes 
 	 
 	 
 
 
	
	
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Trabalho de produção textual apresentado á
Universidade Norte do Paraná- UNOPAR, como requisito para a obtenção de média nas disciplinas de Filosofia, Sociologia, FHTM do Serviço Social I e Ciências políticas. 
Orientadores: Jose Adir, Mariana de Oliveira, Sergio Goes e Rosane Ap. Belieiro Malvezzi.
 
 
 
 
 
 
	
	 
 
 
Ibotirama- Ba 
2015
 	
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO...........................................................................5
3. CONCLUSÃO........................................................................................8
4. REFERENCIAS......................................................................................9
 
 
INTRODUÇÃO 
À medida que a sociedade capitalista se desenvolve, rompe-se com a estratificação social e com a idéia de servidão, até então dominante. O homem passa a ser livre para dispor, como quiser, da sua propriedade, que significava, segundo o liberalismo nascente, a sua vida, a sua liberdade e os seus bens. Assim, o trabalhador do campo, ainda preso à terra, pode considerar-se proprietário da sua força de trabalho e vendê-la aos donos dos meios de produção (proprietários); pois a sociedade que estava se consolidando era uma sociedade de proprietários livres.
No que se refere ao trabalhador escravo negro no Brasil colonial, a situação era dramática e, ao contrário do que muita gente supõe, a abolição contribuiu para a extinção da escravidão, ao mesmo tempo, que colocou à procura de emprego, de uma só vez, mais de 7 milhões de habitantes, caracterizando o que poderia ser chamado de desemprego estrutural negro, fato que contribui para a explicação para a marginalidade negra dentro do mercado de trabalho, que ainda não consegue absorver toda a mão-de-obra dessa etnia. Os efeitos contra o povo negro se fazem sentir ainda hoje. Trata-se de um desemprego e subemprego permanentes.
As ocupações mais modestas, que pagam menos, sendo exercidas, principalmente, por pretos e pardos. O que agrava essa situação é o fato de que mesmo entre os trabalhadores de baixa renda os pretos e pardos recebem menos do que os brancos. Trata-se de pessoas que têm a mesma capacitação mas que, apesar disso, recebem salários diferentes. Dispomos de estudos estatísticos, hoje, que nos permitem calcular o preço que um determinado tipo de trabalhador paga por ser negro no Rio de Janeiro, Brasília ou Salvador. Veremos depois que o trabalhador negro em Porto Alegre, onde a colonização alemã se deu, é melhor tratado do que o trabalhador baiano, onde a população negra é franca maioria. Desde os anos 80, na região metropolitana de São Paulo, são feitas pesquisas para aferir aquilo que os economistas chamam de diferenciais de renda entre os grupos raciais. Quanto ao subemprego, observamos que a maioria dos bicos é feita pelos pretos e pardos. O subemprego negro antecede a Abolição. Os negros já libertos, em plena escravidão, já operavam assim: trabalha hoje; não trabalha amanhã nem depois; um dia aqui, depois acolá – nada fixo.
DESENVOLVIMENTO
Dentro do cotidiano brasileiro é visível a inexistência de uma série de cargos e funções que poderiam ser desempenhadas por negros.
Atendentes, garçons, garçonetes, vendedores, dentre outras funções, salvo raras exceções, são ocupadas por brancos ou até amarelos, mas não por negros. Nos Estados Unidos, país que a maioria dos brasileiros considera racista, e que apenas 12% da população é de afro-americanos, é impossível alguém ir a um restaurante ou a um shopping em que não haja diversos empregados negros. Apesar de ser quase a maioria da população brasileira, o negro é simplesmente excluído do mercado de trabalho na maioria das funções.
O Brasil tem a segunda maior população negra do mundo. De acordo com o Censo demográfico de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,3% dos 169,8 milhões de brasileiros são negros ou pardos. Os dados do IBGE mostram também que existe uma correlação entre as regiões mais pobres do país e aquelas com a maior densidade desses dois grupos. Enquanto os brancos são maioria nas regiões sul e sudeste, as mais desenvolvidas economicamente, os pardos estão presentes em maior número no Norte e Nordeste, as regiões mais pobres - no Centro-Oeste há um equilíbrio entre os dois grupos. Segundo o IBGE, os negros correspondem a 64% da população pobre do país. Outro estudo, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), mostrou que o número de negros chega a 69% da população indigente.
A falta de qualificação profissional deixou o negro às margens do processo produtivo brasileiro.
Com o fim da escravidão, o negro passou a disputar o mercado de trabalho totalmente despreparado. O resultado é que a população negra recebe salários bem inferiores ao da parcela branca da população. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos sócio-Econômicos (Dieese), em 2002 a renda média dos negros nas grandes cidades capitais foi bastante inferior à dos brancos: negros e pardos receberam 482 reais por mês, os brancos, 828.
Os poucos anos de estudo, além da discriminação, explicam o rendimento baixo e o desemprego, pois a educação formal pesa na conquista de emprego e salário. As diferenças de escolaridade...
A discriminação dos Afrodescendentes e sua influência na formação do mercado de trabalho brasileiro têm raízes bem antigas. Estas foram fincadas no período de transição do escravismo para o trabalho livre e trazem consigo a existência da precariedade, do subemprego e da informalidade. Assim, pode-se dizer que o mercado de trabalho nacional nasceu dentro de um ambiente de exclusão para com uma parte significativa ou outrora central da força de trabalho, criando condições para que se consolidasse a existência de um excedente estrutural de trabalhadores que hoje formam a grande parcela do “setor informal”.
Mesmo diante das modernizações e dos crescimentos econômicos, estereótipos e preconceitos persistem e continuam atuantes na sociedade brasileira, intervindo no processo de competição social e de acesso às oportunidades, restringindo o lugar social de muitos negros. A discriminação opera como um mecanismo de desqualificação dos não-brancos na competição pelas posições mais almejadas. Segundo SANTOS (1998), as barreiras à inserção produtiva dos negros são expressas nas elevadas taxas de desemprego e na sua presença desproporcional nas situações mais precárias de trabalho. Nesse respeito, os avanços construídos não foram suficientes para que os afro-descendentes deixassem de sofrer tais danos. Assim, o mercado de trabalho é, nesse sentindo, um local privilegiado para análise das desigualdades que podemos observar na sociedade brasileira.
No entanto, embora haja uma forte evidência, parece existir certa resistência a reconhecer as desigualdades de gênero e particularmente, de raça. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo refletir sobre alguns fatores que estão por detrás da construção social da discriminação e sobre a expressão que esta adquire no mercado detrabalho brasileiro, onde uma pboa parte da sua população é afrodescendente e boa parte deste contingente encontra-se no mercado informal.
Portanto, analisaremos de maneira mais ampla a estruturação do mercado informal, tendo como ponto de partida a discriminação sofrida pelos negros no mercado de trabalho, as características sócio-econômicas e a relação da “economia informal” com a dominação política e econômica que estão submetidos os trabalhadores desse setor.
O presente a seguir, busca analisar o racismo contra o Afro-descendente no Brasil, cujo mesmo, foi o último país a abolir formalmente o trabalho escravo.
Ressaltando que a abolição da escravatura, fruto do interesse burguês pôs no mercado de trabalho mão-de-obra não especializada, ou seja, ocupação informal.  Isso contribui para a gradativa desvalorização do grupo Afro ao longo da história. Herdamos do período colonial um mundo repleto de preconceitos, apesar do intenso processo de miscigenação. Os negros eram tratados como seres inferiores, verdadeiros animais ou objetos, eram ridicularizados por seu aspecto físico, crenças ou por seus costumes.
O passado do negro, explica sua posição social inferior na contemporaneidade, muitos resquícios das práticas escravistas vieram a contribuir para que ele passasse a ocupar os piores lugares no mercado de trabalho, as mais baixas remunerações e vestisse o manto de uma postura de malandragem e erotismo. Estereótipos construídos para criar uma ideia de negro enquanto sinônimo de indolente e não trabalhador. Essa realidade exige de toda a sociedade brasileira uma reflexão sobre a condição da população Afro-descendente no país.
O Brasil sempre procurou sustentar a imagem de um país sem preconceito racial, apesar das desigualdades estarem visíveis tanto na educação como no mercado de trabalho e no dia-a-dia. Este racismo enraizado, disfarçado, mas sempre presente e violento acontecem devido ao mito da democracia racial. Os homens brancos afirmam e reafirmam não serem racistas, que nada têm contra os negros, mas a sociedade brasileira branca, culta e educada, fala e até acreditam em suas palavras, porém suas ações não são bem assim.  Pode-se dizer que os mitos criados pelos racistas estão sendo apagados aos poucos, devido pela atuação brilhante de alguns Afro descendentes, em todos os níveis, estes têm provado em competência, capacidade e inteligência nos vários ramos de trabalho e em sua conduta ética perante a sociedade.
Precisamos ter em mente, de que o racismo e a discriminação são uma construção social, que foi sendo construída ao longo da história. Portanto, se foram construídas, podem ser desconstruídas, e é a partir desta desconstrução que vamos nos libertar da ideologia do embranquecimento.
Observando nosso meio, nota-se que o racismo camuflado, disfarçado de democracia racial ainda esta presente em nossa sociedade. Tal mentalidade, se pensarmos, é tão perigosa quanto à declarada. E no ambiente escolar não são raras as vezes que os alunos negros sofrem discriminação através de apelidos, exclusão dos grupos, piadas de mau gosto, músicas que inferiorizam sua imagem e outras situações constrangedoras. As redes de sociabilidade do negro foram todas submetidas a uma pressão às vezes intolerável, que parece ter-se intensificado com o avanço do século XIX, quando a elite brasileira optou na criação de uma sociedade europeia. Isso significava, para os europeus mais radicais, destroçar a cultura africana até erradicar o negro da população do país. Não com programas de genocídio, mas com a adoção de estratégias políticas públicas explícitas de branqueamento demográfico cultural.
CONCLUSÃO
Neste presente trabalho, concluo que, o preconceito contra os afrodescendentes existe e não pode ser ignorado, e que a melhor forma de prevenção contra o racismo é ensinando, desde cedo, nas escolas que o preconceito é crime e que se deve aceitar as diferenças. 
Todo cidadão deve saber que racismo é crime e deve ser denunciado. Com tudo isso, percebemos que o preconceito contra os afrodescendentes é um problemas grave, não só em todo o Brasil, mas em todo o mundo, e que as pessoas precisam se conhecerem melhor, independentemente de cor ou raça, sendo branco, preto, índio ou qualquer outro tipo, devemos respeitar e zelar pelo próximo.
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
GONÇALVES, Luiz Alberto; SILVA, Petronilha Beatriz. 2002 O jogo das diferenças, o multiculturalismo e seus contextos. 3. ed. Belo Horizonte : Autêntica.
HASENBALG, C. Discriminação e Desigualdades Raciais no Brasil, Rio de Janeiro, Graal, 1979.
MUNANGA, Kabengele (org) Superando o racismo na escola. Brasília : MEC/SECAD, 2005.
DIAS, L. R. Quantos passos já foram dados? A questão de raça nas leis educacionais – Maringá: Revista Espaço Acadêmico nº38, julho, 2005 .

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