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1 2 Farmacologia Benzodiazepínicos (BZDs) 3 Benzodiazepínicos • Histórico – os primeiros BZDs foram sintetizados em meados da década de 1950 por Sternbach. – o clordiazepóxido foi sintetizado por acidente em 1961 nos laboratórios da Hoffmann – La Roche. – a atividade farmacológica foi comprovada numa triagem de rotina Benzodiazepínicos • Ações dos BZDs – redução da ansiedade e da agressão; – sedação, resultando em melhora da insônia; – relaxamento muscular e perda da coordenação motora; – supressão das convulsões. 4 Benzodiazepínicos • Particularidades – mecanismos subjacentes e aspectos particulares da ação, ainda não foram totalmente elucidados. – todos induzem esses efeitos em maior ou menor grau, as diferenças são quantitativas. – a indicação de um ou outro BZD é baseada na relação entre as intensidades desses efeitos. Benzodiazepínicos – a classificação hipnótico ou sedativo obedece aos critérios do uso clínico mais freqüente. – o conhecimento da farmacologia desses composto não é suficiente para determinar a utilidade clínica, mas auxilia a determinação do perfil de ação. – os BZDs exibem diferenças de início, intensidade e duração de seus efeitos. Estas diferenças podem ser explicadas por sua propriedades farmacocinéticas. – todos os BZDs são altamente lipossolúveis e são rapidamente absorvidos, independentemente da via de administração. 5 Benzodiazepínicos – por serem altamente lipossolúveis, os BZDs distribuem-se extensivamente por todos os tecidos. – atravessam a barreira hematoencefálica c/ relativa facilidade. – atravessam a barreira placentária – há probabilidade de anomalias congênitas e problemas neonatais. – passam para o leite materno – causam sedação no recém-nascido. Benzodiazepínicos – ligam-se extensivamente às proteínas plasmáticas e teciduais, atingindo taxas de ligação de 82 – 98 %. – a biotransformação dos BZDs ocorre principalmente por ação de enzimas dos microssomos hepáticos, isoenzimas pertencentes ao sistema do citocromo P-450. – a maioria apresenta metabólitos ativos. 6 Benzodiazepínicos • Os BZDs de ação curta – lorazepam (t1/2 8-12h) são metabolizados em compostos inativos, usados assim como hipnóticos. • Os BZDs de ação mais longa – diazepam e clordiazepóxido (t1/2 20 – 40 h) são convertidos em um metabólito ativo com uma duração de ação mais prolongada. Benzodiazepínicos – os BZDs mais apropriados p/ uso como ansiolíticos e anticonvulsivantes são aqueles que atingem o pico plasmático mais lentamente e com declínio gradual da concentração. – para indução do sono os mais lipossolúveis são mais indicados devido a seu rápido início de ação. 7 Benzodiazepínicos • Farmacodinâmica – os efeitos farmacológicos dos BZDs são mediados por sua interação c/ sítios de reconhecimento no SNC. – existem pelo menos 2 categorias de sítios p/ BZDs: • tipo A (GABAA) – funcional e espacialmente associada a receptores do GABA. • Receptor Periférico de BZDs – independente do receptor GABA. Benzodiazepínicos • GABA e Receptores GABAA – o ácido - aminobutírico (GABA) é considerado o principal neurotransmissor inibitório do SNC. – os receptores GABAA formam o principal complexo molecular que expressa atividade inibitória do GABA. – o receptor GABAA possui sítios de reconhecimento para diversas substâncias – BZDs, barbitúricos, esteróides, avermectina... 8 Benzodiazepínicos • Receptores Centrais de BZDs – a interação dos BZDs c/ sítios específicos de ligação no SNC, localizados próximos aos receptores de GABA, potencializa a ação do GABA, promovendo aumento da freqüência de abertura do canal de cloro. – na ausência de GABA os BZDs são inativos. Benzodiazepínicos • Principais ligantes: – agonistas – antagonistas – agonistas inversos 9 Benzodiazepínicos • Indicações Clínicas dos Benzodiazepínicos – como hipnóticos – como ansiolíticos – para sedação pré-operatória – para abstinência alcoólica aguda – como anticonvulsivantes – como relaxantes musculares 10
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