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a) A doutrina e a jurisprudência atual entende que os atos de improbidade administrativa possuem natureza cível.
A Constituição Federal, em seu art. 37, parágrafo 4.5, menciona, sobre as penas de improbidade, que serão "sem prejuízo da ação penal cabível".
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também,
ao seguinte: [...]
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e na gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.”
 a responsabilidade civil (artigos 927 e seguintes do Código Civil –
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002) ocorre quando a conduta (dolosa ou
culposa) do servidor causa prejuízo patrimonial a alguém. A principal
consequência é a reparação do dano causado a outrem, cuja pena atinge o
patrimônio do transgressor 
b) Estando a petição inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de 15 dias (§ 7º do art. 17). Essa manifestação por escrito é chamada por alguns de “defesa prévia” ou “defesa preliminar”.
 
Recebida a manifestação por escrito, o juiz, no prazo de 30 dias, em decisão fundamentada, fará um juízo preliminar (juízo de delibação) sobre o que foi alegado na petição inicial e na defesa e poderá adotar uma das seguintes providências: a) rejeitar a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita; b) receber a petição inicial, determinando a citação do réu para apresentar contestação (note que, somente após a defesa prévia e o recebimento da inicial, é que haverá a contestação).
 
Isso porque, “as ações judiciais calcadas em dispositivos legais insertos no domínio do Direito Sancionador, ramo do Direito Público que formula os princípios, as normas e as regras de aplicação na atividade estatal punitiva de crimes e outros delitos, devem observar um procedimento que lhe é peculiar, como é o caso da ação de improbidade administrativa, que deve seguir rito próprio, previsto na Lei 8.429/92, que a sujeita a condições específicas que não se exigem para os demais processos cíveis.”
c) Em relação a ação de improbidade administrativa, deve-se esclarecer que a aplicação do instituto da legitimidade bifronte ocorre somente na hipótese de o Ministério Público ser o autor da ação, é que se extrai da leitura do disposto no § 3º do artigo 17 da LIA.
Assim, em uma ação de improbidade na qual o MP seja o autor, faculta-se a pessoa jurídica de direito público, a prerrogativa de abster-se de contestar o pedido ou atuar ao lado do autor da demanda, caso seja útil ao interesse público.
Insta salientar que não há prazo processual fixo para essa manifestação do Poder Público. A partir do momento que a Procuradoria entenda que está caracterizada utilidade para o interesse público, o uso da intervenção móvel(também conhecida como legitimidade bifronte), dele decorrerá um litisconsórcio facultativo posterior.
d) Não, pois como Nuno provou que não houve dano ao erário, nem que se beneficiou ou a terceiros, não há que se falar em indisponibilidade dos bens por medida cautelar.
8.429/1992 consagrou, nos arts. 7º, 16 e 20, três medidas cautelares, compreende-se em: a indisponibilidade; o sequestro de bens; e o afastamento cautelar do agente público. 
O art 5º, da lei de improbidade administrativa prevê “Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiros, dar-se-á o integral ressarcimento do dano”
Não há presunção de lesão, para haver ressarcimento deve haver comprovação do prejuízo ao patrimônio público.

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