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Metodologia de Projeto: Ciência e Comunicação

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SEMANA 1
2
Sumário
Boas-vindas ..............................................................................................3
Introdução ................................................................................................3
Introdução à metodologia de projeto ........................................................4
Ciência e comunicação ............................................................................4
O trabalho científico e o perfil do pesquisador .........................................5
A pesquisa científica .................................................................................6
Tipologia da pesquisa...............................................................................8
O planejamento da pesquisa ....................................................................9
Metodologia científica .............................................................................10
Recursos para pesquisa ......................................................................... 11
Procedimentos de pesquisa ................................................................... 11
Estrutura do projeto: tema e título ..........................................................14
Estrutura de projeto: objetivos ................................................................15
Estrutura de projeto: justificativa ............................................................16
Estrutura do projeto: formulação do problema .......................................17
3
Boas-vindas
Olá! Seja bem-vindo à disciplina Metodologia de Projeto !
Esperamos que você possa aproveitar ao máximo este conteúdo e adicionar à sua vida mais 
qualificação profissional e conhecimentos. 
Introdução
 
O componente Metodologia de Projeto tem como objetivo fornecer os conhecimentos básicos 
necessários para a condução de pesquisas. Veremos:
• metodologias científicas básicas;
• elaboração de projetos e de processos;
• noções técnicas de redação;
• apresentação e uso correto das normas básicas da ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas) para a elaboração de projetos e traba-
4
lhos. 
Assim sendo, daremos início aos nossos estudos abordando o primeiro assunto. Contextualiza-
remos a metodologia de projetos, apresentaremos um breve histórico de suas relações com as 
diferentes áreas do saber e discutiremos o seu significado e a sua importância para a construção 
e o desenvolvimento do conhecimento. 
Introdução à metodologia de projeto
A ciência se desenvolve graças a um processo de crescimento contínuo do conhecimento cien-
tífico, o qual é transferido ao longo das gerações e arquivado nos variados sistemas. 
A construção desse conhecimento perpassa uma série de etapas, as quais contribuem para a 
manutenção de uma sequência lógica de raciocínio e de padronizações, possibilitando a replica-
ção dos procedimentos a serem desenvolvidos pelos pesquisadores. 
A percepção de repetição de ações faz da construção da ciência um mecanismo testável e repli-
cável. Assim, é possível corroborar certos conhecimentos ou trazer novas interpretações sobre 
aspectos relacionados a eles.
Desde o início da sociedade humana, o homem vem construindo, acumulando e transmitindo 
conhecimentos. Essa é a base de todo o avanço científico que temos hoje e que tem servi-
do para fortalecer aspectos importantes da nossa sociedade, em especial aqueles capazes de 
beneficiá-la com melhores condições de vida e com um uso mais eficiente dos recursos naturais 
disponíveis. 
Ciência e comunicação
A ciência tem dois canais de comunicação, os quais apresentam conjuntos específicos de rela-
ções entre si e entre a sociedade que receberá as informações produzidas ou construídas. Esses 
canais são o formal e o não formal. 
Canal formal
No canal formal, o processo de comunicação das informações científicas produzidas ou des-
cobertas é relativamente lento. Ao mesmo tempo, é extremamente necessário, pois permite a 
manutenção de um memorial de conhecimento e uma lógica de difusão das informações para o 
público em geral. 
O canal de divulgação formal é tido como oficial e geralmente é público e controlado por uma 
organização específica. Ele se destina à transferência de informações a uma comunidade, e não 
5
apenas a um indivíduo específico, tornando público o conhecimento produzido. 
Um canal formal tende a ser permanente, e suas informações são veiculadas na forma de regis-
tros, o que as torna mais acessíveis e duradouras.
Canal informal
Em um canal não formal, o processo de comunicação relacionado à divulgação do conhecimento 
é relativamente ágil, mas também é seletivo. A informação que circula por esta via tende a ser 
mais atual e mais relevante, porque é obtida pela interação efetiva entre os pesquisadores. 
Um canal não formal não pode ser considerado uma via oficial de divulgação, tampouco pode ser 
controlado. É usado por poucos indivíduos, fazendo a informação circular entre participantes de 
um mesmo grupo de interação. Assim, a informação é seletiva e direcionada.
Antes de ser de domínio público, a maior parte dos conhecimentos científicos, em especial aque-
les relacionados com tecnologias inovadoras ou potencialmente geradoras de patentes, passa 
um longo tempo perambulando entre pequenos grupos de pesquisadores, sendo divulgada de 
maneira não formal. Esses conhecimentos percorrem um longo caminho até que estejam “pron-
tos” para serem divulgados em uma via formal. 
Da mesma forma que a ciência como um todo avançou significativamente nos últimos tempos, as 
formas de divulgação também avançaram. Isso tem feito com que os dois canais de divulgação 
se sobreponham em alguns pontos, em especial pelo avanço da divulgação, e as redes sociais 
têm um peso importante nisso.
O trabalho científico e o perfil do pesquisador
A avaliação do trabalho científico se baseia na sua qualidade política e na sua qualidade for-
mal. 
A qualidade política diz respeito fundamentalmente aos conteúdos, aos fins e ao resultado do 
trabalho científico. Já a qualidade formal está relacionada às formas e aos meios utilizados 
para produzir o trabalho. 
A qualidade formal envolve o domínio de técnicas de coleta e de interpretação de dados, a mani-
pulação das fontes de informação, o conhecimento demonstrado na apresentação do referencial 
teórico básico e a apresentação escrita ou oral de acordo com as normas e os ritos técnicos 
básicos.
6
O sucesso de um pesquisador está vinculado à sua própria capacidade, em especial de captar 
recursos, de encontrar pessoas para trabalhar em sua equipe e de fazer alianças que proporcio-
nem a tecnologia e os equipamentos necessários para que desenvolva sua pesquisa. 
Quanto maiores forem o prestígio do pesquisador e seu reconhecimento, obtido principalmente 
devido às suas publicações, maior será o seu poder de persuasão e de sedução no processo de 
fazer aliados.
Como é possível saber se uma pesquisa é científica ou não?
Pessoas comuns, independentemente de sua formação escolar, corriqueiramente 
realizam algum tipo de pesquisa não científica. Fazer compras em um super-
mercado pesquisando as marcas com melhor preço já se configura como uma 
pesquisa não científica. Até mesmo a inclusão de uma palavra-chave no Google 
nos remete a várias opções de textos, comentários e imagens (CASARIN, 2012).
A pesquisa científica, por sua vez, tem o objetivo de responder a problemas pro-
postos em um projeto de pesquisa. Para isso, são necessários uma sistemática 
de trabalho e o desenvolvimento de alguns passos para consolidar tal pesquisa. 
A partir dos conhecimentos existentes sobre o tema, adotam-se procedimentos 
sistematizados e segue-se rigorosamente uma metodologia científica (CASARIN, 
2012).
A pesquisa científica
 
A pesquisa científica é a busca por respostas a questões específicas com ouso de técnicas e de 
ferramentas próprias e formais, destinadas à construção do conhecimento ou à busca de infor-
7
mações que possam contribuir para o ganho da sociedade como um todo. 
A formalidade da pesquisa científica está na utilização sistemática do método científico como nor-
teador dos procedimentos necessários a serem adotados para alcançar os objetivos propostos 
previamente.
A pesquisa pode ser entendida como um conjunto de ações que é proposto para que se possa 
encontrar a solução para um problema qualquer, tendo por base procedimentos racionais e sis-
temáticos. A pesquisa tende ser realizada quando se tem um problema e não há informações 
básicas ou claras para a sua solução. 
As diferentes abordagens de uma pesquisa podem conduzi-la a várias interpretações. Ela pode 
ser classificada de acordo com a sua natureza.
A classificação quanto à abordagem pode assim subdividir as formas de pesquisa:
8
Tipologia da pesquisa
As pesquisas geralmente têm características peculiares de acordo com seus objetivos e proce-
dimentos técnicos. 
De acordo com os objetivos que buscam alcançar, as pesquisas podem ser assim divididas:
Pesquisa exploratória, ou de exploração
Objetiva proporcionar uma maior familiaridade com os problemas de maneira a torná-los explíci-
tos ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que ti-
veram experiências práticas com o problema pes¬quisado e análise de exemplos que estimulem 
a compreensão. Este tipo de pesquisa geralmente assume as formas de pesquisas bibliográficas 
e de estudos de caso. 
Pesquisa descritiva, ou de descrição
Objetiva descrever as características de determinadas populações e fenômenos ou estabelecer 
relações entre variáveis tipificadas. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados 
(questionário e/ou observação sistemática), assumindo a forma de um levantamento. 
Pesquisa explicativa, ou de explicação
Objetiva identificar os fatores que determinam a ocorrência dos fenômenos ou que contribuem 
para ela. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas. 
Quando é realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental; já nas ciências 
sociais, requer o uso do método observacional. Assume, em geral, a formas de pesquisa experi-
mental e pesquisa ex post facto. 
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, as pesquisas podem ser assim tipificadas:
Pesquisa bibliográfica
É elaborada a partir de material já publicado, constituído prin¬cipalmente de livros, de artigos e 
de periódicos. Atualmente, utiliza-se bastante material disponibilizado na internet. 
Pesquisa documental
É elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. 
Pesquisa experimental
Determina-se um objeto de estudo, selecionam-se as variá¬veis que seriam capazes de influen-
ciá-lo, e definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no 
9
objeto. 
Levantamento
Envolve a interrogação direta das pessoas cujo comporta¬mento se deseja conhecer. 
Estudo de caso
Envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos de maneira que se permita 
o seu amplo e detalhado conhecimento. 
Pesquisa ex post facto
Realiza-se o “experimento” depois da ocorrência dos eventos. 
Pesquisa-ação
É concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um proble-
ma coletivo. Os pesquisadores e os participantes representativos da situa¬ção ou do problema 
estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. 
Pesquisa participante
Desenvolve-se a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas.
O planejamento da pesquisa
Pesquisa é a construção de um conhecimento original com base nas exigências da meto-
dologia científica, devendo obedecer aos critérios de coerência, consistência, originalida-
de e objetivação. 
Espera-se que uma pesquisa científica adequada preencha os seguintes requisitos: 
1. a existência de uma pergunta a que se deseja responder; 
2. a elaboração de um conjunto de passos que permita chegar a uma resposta; 
3. a indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida. 
O planejamento de uma pesquisa depende destas três fases:
10
Fase decisória
Envolve a escolha do tema e a definição e a delimitação do problema da pesquisa.
Fase construtiva
Envolve a construção de um plano de pesquisa e a execução da pesquisa propriamente dita.
Fase da redação
Envolve a análise dos dados e das informações obtidas. É nesta fase que ocorre a organização 
das ideias, para que se possa elaborar o relatório final.
Metodologia científica
 
Compreende um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos que permite que os 
objetivos propostos sejam atingidos ao longo da investigação. 
De forma resumida, pode-se dizer que o método científico é a linha de raciocínio adotada no 
processo de pesquisa, fornecendo as bases lógicas à investigação.
É a explicação do tipo de pesquisa a ser empregado e dos instrumentos a serem utilizados, 
sejam eles questionários, entrevistas ou quaisquer outros. É a descrição do tempo previsto, da 
equipe de pesquisadores que estará envolvida na divisão do trabalho, das formas de tabulação e 
11
de tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. 
Na descrição dos procedimentos metodológicos, o pesquisador deverá dar ênfase aos detalhes 
que podem ser relevantes para a adequada obtenção dos dados. Dessa forma, ele permite que 
o leitor identifique claramente os procedimentos que possibilitaram a aquisição das informações 
do modo como estão sendo divulgadas. 
Em muitas situações, a metodologia de pesquisa apresenta-se como uma excelente ferramenta 
de coleta de dados, servindo, deste ponto em diante, como uma metodologia básica para este 
tipo de trabalho. Pode ser um modelo de coleta a ser replicado em trabalhos futuros e que muitas 
vezes traz notoriedade ao pesquisador, uma vez que seus métodos passam a ser de domínio 
geral.
Recursos para pesquisa
Um dos principais aspectos relacionados à pesquisa como um todo é a obtenção de dados 
adequados à construção da fundamentação teórica mínima exigida para a argumentação 
sobre determinados temas em investigação. Tais dados/informações devem ser buscados em 
fontes idôneas e que possam salvaguardar o pesquisador/estudante de situações que possam 
pôr em xeque a veracidade das informações prestadas ou que possam comprometer a qualida-
de daquilo que vem sendo informado em seus resultados, especialmente quando se comparam 
estes a dados obtidos por outros pesquisadores.
Definir fontes de recursos para a obtenção dos dados a serem discutidos faz parte do processo 
metodológico básico da produção técnica inicial. Para tanto, fazem-se necessárias fontes ade-
quadas de obtenção de recursos para conduzir o processo de investigação científico. 
Os recursos disponíveis hoje, em geral, estão relacionados a sistemas de divulgação on-line, 
em que as informações técnicas e científicas estão disponíveis na internet, por meio de acessos 
a repositórios específicos, cada um deles relacionado a determinada área do conhecimento.
Procedimentos de pesquisa
Os procedimentos básicos para qualquer base inicial de pesquisa sempre versam sobre a con-
sulta e a checagem das bases bibliográficas que já vêm discutindo o assunto, sejam porme-
nores ou quaisquer relatos básicos que tratem, mesmo que de forma indireta, dos tópicos que 
permeiam o assunto foco da pesquisa. 
São muitos os procedimentos de um objeto de pesquisa. No entanto, há um conjunto básico de 
regras que devem ser seguidas, especialmente aquelas que derivam da metodologia científica 
12
básica, a qual é a fundamentação dos procedimentos de investigação que devem ser adotados 
desde os ensaiosiniciais de planejamento da pesquisa. 
São elementos constituintes da metodologia científica: 
• Caracterização: observação, quantificações e demais medidas possí-
veis a serem tomadas. 
• Hipóteses: explicações hipotéticas das observações e medidas. 
• Previsões: formas de deduções lógicas obtidas a partir de hipóteses. 
• Experimentos: testes a que são submetidos os três outros elementos. 
O método científico consiste ainda destes seis aspectos fundamentais:
O projeto é uma das primeiras etapas relativas à elaboração, à execução e à apresentação de 
uma pesquisa, a qual precisa ser planejada com extremo rigor. Se isso não for feito, o pesquisa-
dor estará sujeito a perder o foco de suas ações, aumentando os custos de execução da pesqui-
sa. Ainda poderá perder dados e confundir resultados.
Na pesquisa, todos os procedimentos são predefinidos. Nada deve acontecer ao acaso. A esco-
lha do tema; a determinação dos objetivos e da metodologia; a coleta de dados, a análise e a in-
terpretação; e, por fim, a elaboração do relatório final: todas essas etapas devem estar previstas 
em um roteiro de execução, o qual chamamos de projeto. 
Um projeto deve conter respostas a sete perguntas clássicas.
O quê? 
Trata-se do assunto (tema). Deve ser o título do projeto. 
13
Para quê? 
Abrange os objetivos, tanto o geral quanto os específicos.
Por quê? 
É mais abrangente, uma vez que lida com as justificativas, com a formulação do problema e com 
as hipóteses.
Como? 
Trata-se das metodologias, dos processos e dos procedimentos que serão empregados.
Onde? 
Trata-se dos locais em que a pesquisa será conduzida.
Quando? 
Em ordem cronológica, são apresentadas as etapas que serão empreendidas para que os obje-
tivos sejam atingidos (cronograma). 
Quanto? 
Evidencia o custo de execução do projeto, por meio de um orçamento discriminativo. 
A resposta a todas as perguntas inicia-se com a compreensão do indivíduo como pesquisador, 
ou seja, inicia-se com a própria inserção do indivíduo no contexto do assunto e na compreensão 
de sua formação técnica e científica.
• Tema a ser pesquisado: define-se o tema a ser pesquisado levando em 
consideração a área em que o tema se encontra, a sua área de pesquisa 
e conhecimentos prévios, bem como os direcionamentos do pesquisa-
dor com relação à área do tema que pretende seguir.
• Palavras-chave: são as palavras que direcionam a pesquisa e que po-
dem ser cruzadas no âmbito do trabalho. 
• Proposta: é a definição clara da proposição específica do trabalho, com 
base no objetivo geral (objetivo macro). 
• Método para avaliar: é o conjunto de técnicas e de ferramentas a ser 
utilizado para que os objetivos possam ser alcançados e validados cien-
tificamente. 
14
Estrutura do projeto: tema e título
O tema de um projeto relaciona-se ao assunto que se pretende desenvolver ou testar (provar), 
podendo originar-se de um problema previamente evidenciado, de uma necessidade de ade-
quação de um modelo ou de uma proposta de ação, de uma dificuldade evidenciada pelo pes-
quisador, de uma percepção de condição distinta na natureza, da discordância de certos pontos 
de vista evidenciados em outros trabalhos ou, ainda, como uma derivação da própria teoria de 
contextualização do tema.
15
Estrutura de projeto: objetivos
A apresentação dos objetivos deve compreender duas formas distintas: objetivo(s) específico(s) 
e objetivo(s) geral(ais). 
• Objetivo geral: define uma visão global e abrangente do tema abordado 
e está relacionado ao conteúdo intrínseco, tanto das ocorrências eviden-
ciadas quanto dos conceitos abordados. O objetivo exprime ação, então 
sempre deve ser expresso com um verbo. 
• Objetivo específico: tem aspecto menos abrangente e mais direto e 
focado no tema de estudo. Deve ser proposto de maneira a interligar o(s) 
objetivo(s) geral(ais) com situações particulares e específicas que serão 
detalhadas no corpo do trabalho. 
Exemplos aplicáveis a objetos:
1. Quando a pesquisa objetiva o conhecimento: apontar, citar, classificar, conhecer, 
definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar.
2. Quando a pesquisa objetiva a compreensão: compreender, concluir, deduzir, de-
monstrar, determinar, diferenciar, discutir, interpretar, localizar, reafirmar.
3. Quando a pesquisa objetiva a aplicação: desenvolver, empregar, estruturar, operar, 
organizar, praticar, selecionar, traçar, otimizar, melhorar.
4. Quando a pesquisa objetiva a análise: comparar, criticar, debater, diferenciar, discrimi-
nar, examinar, investigar, provar, ensaiar, medir, testar, monitorar, experimentar.
5. Quando a pesquisa objetiva a síntese: compor, construir, documentar, especificar, 
esquematizar, formular, produzir, propor, reunir, sintetizar.
16
6. Quando a pesquisa objetiva a avaliação: argumentar, avaliar, contrastar, decidir, es-
colher, estimar, julgar, medir, selecionar.
Estrutura de projeto: justificativa
 
A justificativa é considerada por muitos autores o elemento mais importante do projeto porque 
é o que dá a resposta ao “por quê?” do trabalho. 
Trata-se de um dos principais elementos relacionados ao fomento financeiro de trabalhos. As 
instituições patrocinadoras costumam avaliar melhor os projetos com boas justificativas de exe-
cução. 
A justificativa deve ser sucinta, mas completa, expondo os motivos por que a realização da pes-
quisa é importante. 
Uma boa justificativa deve salientar: 
o estágio de desenvolvimento científico e técnico das teorias que envolvem o tema abor-
dado; 
as contribuições teóricas que o trabalho pode apresentar; 
a importância do tema, de modo amplo e geral; 
a importância do tema quando se consideram os casos particulares; 
a possibilidade de sugerir modificações às compreensões científicas e filosóficas que cer-
cam o tema; 
17
a descoberta de novidades, de soluções, de respostas ou de novas técnicas para casos 
específicos ou gerais. 
É preciso ter em mente que, de maneira geral, não deve haver citações biblio-
gráficas na justificativa. Elas devem ser apresentadas no tópico “embasamento 
teórico”.
Estrutura do projeto: formulação do problema
Durante os procedimentos de formulação do problema proposto, devemos esclarecer a dificulda-
de específica com a qual nos deparamos e que pretendemos resolver com a pesquisa proposta. 
Um problema, para ser considerado cientificamente válido, precisa passar pela análise das se-
guintes questões: 
1. O problema pode ser apresentado em forma de pergunta? 
2. O problema corresponde aos interesses de conteúdo e de metodologia? Esses interesses 
estão relacionados? 
3. O problema é uma questão científica tradicional, ou seja, relaciona ao menos duas variáveis? 
4. O problema pode servir de base para investigações sistemáticas, controladas e críticas? 
5. O problema pode ser empiricamente testado? 
18
O problema deve ser entendido como um enunciado explícito, apresentado de 
forma clara, operacional e compreensível, e pode ser resolvido por meio da apli-
cação dos métodos científicos adequados.

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