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CURSO DE PSICOLOGIA 
DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO PENSAMENTO E DA LIGUAGEM 
NOME: JESSICA AMARAL DA SILVA 
MATRÍCULA: 2015.02.46322-9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PESQUISA SOBRE A PSICOGÊNESE NA LÍNGUA ESCRITA 
 
 
 
 
 
 Rio de Janeiro 
Novembro / 2017 
A psicogênese, na psicologia, trata de estudar a origem, o início dos processos mentais 
que irão gerar alterações comportamentais e a aquisição da leitura e da escrita é uma alteração 
mental na qual o indivíduo vai assimilando algo novo, algo que ele ainda não domina. 
O termo psicogênese é definido como um estudo das causas psíquicas susceptíveis de 
explicar uma neurose ou uma psicose ou como o estudo da origem e desenvolvimento dos 
processos mentais ou psicológicos, da mente ou da personalidade. Sendo assim, podemos dizer 
que o termo psicogênese, em suas diversas interpretações vem retratar uma mesma realidade, 
psicomente / gênese: início, começo; seria então o início, o princípio das ações mentais que 
resultarão em uma alteração de pensamento ou comportamento. 
O termo psicogênese vem acrescentar aos estudos ligados a alfabetização a ideia de que 
esta leitura e escrita antes de ser escrita e utilizada oralmente, foi processada através de 
processos psicológicos de apropriação do novo ao que já se possui sobre esta linguagem, e que 
essa associação dá origem ao que chamamos de leitura e escrita. Esta associação psicológica 
irá ocorrer através de sucessivas tentativas, onde o processo de escrita vai sendo construído pela 
criança, com inúmeras tentativas e elaborando hipóteses a medida que vão se desenvolvendo e 
o que por muitos anos foi considerado como problemas, acreditando-se que a criança escrevia 
palavras sem sentido ou faltando letras, nada mais eram do que os “processos psicológicos de 
tentativas”, o início da transformação psicológica de apropriação da leitura e escrita. 
Por vários anos o processo de aquisição da leitura e escrita foi visto e reduzido ao 
domínio de correspondências grafo-fonéticas - decodificação e codificação -, onde o mesmo 
era realizado apenas através de escritas e repetições mecânicas sem nenhum sentido social para 
o educando. A partir da década de 1980 é que o cenário educacional passou a se modificar, 
ocorrendo o que chamamos de “desmetodização”, onde passou a surgir uma ausência de 
métodos para se alfabetizar, devido ao surgimento de pesquisas e publicações que discutiam 
sobre a Teoria Construtivista de Jean Piaget, sobre as teorias sócio interacionistas de Lev 
Vigotsky e Henri Wallon, e também sobre os estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre 
a psicogênese da língua escrita. 
Tais pesquisas suscitaram a compreensão de que o conhecimento produzido não está 
nem no sujeito e nem no objeto, mas sim no processo de interação que ocorre entre eles e aonde 
ambos irão se transformar. Esses ideais construtivistas fizeram com que os educadores 
repensassem a sua didática de trabalho em sala e que buscassem novas formas de trabalho que 
considerassem esse educando como um ser pensante, e com um conteúdo próprio a ser 
assimilado ao que ele iria adquirir. 
 Por isso que a psicogênese da língua escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky é uma 
abordagem psicológica de como a criança se apropria da língua escrita e não pode ser 
considerada como um método de ensino. Portanto, cabe aos profissionais de educação fazer uso 
dessa abordagem em sala de aula ao desenvolverem suas atividades pedagógicas. 
Para Ferreiro, o desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente 
social, mas as práticas sociais assim como as informações sociais não são recebidas 
passivamente pelas crianças. Atualmente, muitos educadores definem o processo de 
alfabetização de forma equivocada, reduzindo-o a uma técnica. No entanto, Ferreiro (1996) em 
suas experiências com crianças esquematiza algumas propostas fundamentais sobre o processo 
de alfabetização inicial. Dentre esses, são destacáveis: 
- Restituir a língua escrita o seu caráter de objeto social; 
- Desde o início, inclusive na pré-escola se aceitar que todos na escola podem produzir e 
interpretar escritas, cada qual em seu nível; 
- Permitir-se e estimular-se que a criança tenha interação com a língua escrita, nos mais variados 
contextos; 
- Permitir-se o acesso o quanto antes possível à escrita do nome próprio; 
- Não se supervalorizar a criança, supondo que de imediato ela irá compreender a relação entre 
a escrita e a linguagem; 
- Não se pode imediatamente, ocorrer correlação gráfica nem correlação ortográfica. 
No processo de alfabetização inicial nem sempre esses critérios são utilizados. É 
compreensível que a maioria dos educadores ensinam da mesma maneira que aprenderam 
quando eram alunos, e, dessa forma, não aceitam os erros que seus alunos cometem. Além 
disso, Ferreiro (2007) aprofunda um aspecto importante no processo de construção da leitura e 
escrita: problema cognitivo que envolve o estabelecimento da relação entre o todo e as partes 
que o constituem. A autora nos mostra através deste argumento que a criança elabora uma série 
de hipóteses trabalhadas através da construção de princípios organizadores, que são resultantes 
não só de vivências externas, mas também por um processo interno. 
Ferreiro (2007) mostra também como a criança assimila seletivamente as informações 
disponíveis e como interpreta textos escritos antes de compreender a relação entre as letras e os 
sons da linguagem, pois, a alfabetização inicial é considerada em função da relação entre o 
método utilizado e o estado de maturidade da criança. Sendo assim, os dois polos do processo 
de aprendizagem no qual quem ensina e quem aprende têm sido caracterizados sem que se leve 
em conta o terceiro elemento da relação: a natureza do objeto de conhecimento envolvendo esta 
aprendizagem. 
Portanto, a escrita pode ser considerada como uma representação da linguagem ou como 
um código de transcrição gráfica das unidades sonoras visto que a invenção da escrita foi um 
processo histórico de construção de um sistema de representação, não um processo de 
codificação. Por isso que Ferreiro (2007) ainda diz que quando uma criança escreve tal como 
acredita que poderia ou deveria escrever certo conjunto de palavras, está nos oferecendo algo 
que deve ser interpretado e avaliado. 
Ferreiro (1996) diz que a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mão um 
processo cujo início é na maioria dos casos anterior a escola e que não termina ao finalizar a 
escola primária. A autora defende que, de todos os grupos populacionais as crianças são as mais 
facilmente alfabetizáveis e estão em processo continuo de aprendizagem, enquanto que os 
adultos já fixaram formas de ação e de conhecimento mais difíceis de modificar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: 
A EVOLUÇÃO DA ESCRITA: A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA. Disponível em: 
https://www.webartigos.com/artigos/a-evolucao-da-escrita-a-psicogenese-da-lingua-
escrita/95930#ixzz4yG4z0pmi – Acessado em 10/11/2017

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