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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA QUÍMICA FORÇA DE ARRASTO NUM FLUIDO: VISCOSÍMETRO DE STOKES REIJANE COSTA ILHÉUS – BA 2017 REIJANE COSTA FORÇA DE ARRASTO NUM FLUIDO: VISCOSÍMETRO DE STOKES Relatório apresentado como parte dos critérios de avaliação da disciplina CET833 – Física Experimental II P (15), 09 de Fevereiro de 2017. Professora – Maria Jaqueline Vasconcelos ILHÉUS – BA 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 4 2. OBJETIVO ...................................................................................................................... 5 3. MATERIAIS E MÉTODO ................................................................................................ 5 3.1. Materiais ..................................................................................................................... 5 3.2. Método ........................................................................................................................ 6 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 6 5. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 14 6. REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 15 7. APÊNDICE 16 1. INTRODUÇÃO A viscosidade de um fluído é dada pela resistência que o mesmo oferece no escoamento. Pode- se que o movimento do fluido ocorre entre duas placas paralelas, a resistência é ocasionada pela força de atrito entre as diversas camadas em que o fluido é divido, as camadas são paralelas às placas. Todo fluído apresenta um coeficiente de viscosidade, pois quanto maior o coeficiente de viscosidade, maior é a força de atrito que o mesmo oferece. O corpo sólido quando liberado em um tubo contendo líquido, ele se movimente verticalmente com velocidade constante ao longo do tubo. Desta forma durante a queda do sólido há uma aderência do mesmo entre as camadas. A figura abaixo representa as forças atuantes no sólido: Figura 1: Viscosímetro de Stokes, e representação das forças no objeto em queda. A força peso é contrabalançada pela soma da força de empuxo e a força de arrasto, ou seja: 𝑃 = 𝐹𝐷 + 𝐸 (1) A força de arrasto é dada por: 𝐹𝐷 = 1 2 𝐶𝐷𝜌𝐴𝑣 2 (2) Em que CD é o coeficiente de arrasto, ρ é a densidade do fluido e A é a área da seção transversal do objeto. Utilizando o princípio denominado de lei de Stokes, a relação entre o número de Reynolds e o coeficiente de arrasto, quando o número de Reynolds é bem menor que 1, pode-se definir a força de arrasto como: 𝐹𝐷 = 3𝜋𝜂𝑑𝑣 (3) Sendo o número de Reynolds definido por: 𝑅𝑒 = 𝑣𝐿𝜌 𝜂 Onde v é a velocidade do corpo em relação ao fluido, η é a viscosidade do fluido e L é a dimensão do corpo. Portanto isolando 𝜂 na equação 3, e substituindo 𝐹𝐷 a equação 1, pode-se encontrar o coeficiente de viscosidade do fluído de acordo com a seguinte equação: η = (𝑚𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎. 𝑔) − (𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 . 𝑉. 𝑔) 3𝜋𝑑𝑣 (4) Em que 𝑚𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 é a massa da esfera, 𝜌𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 é a densidade do líquido e V é o volume da esfera. 2. OBJETIVOS Determinar o coeficiente de viscosidade do liquido utilizado no experimento, utilizando o viscosímetro de Stokes. 3. MATERIAIS E METÓDOS 3.1 MATERIAS Viscosímetro de Stokes; Esferas de aço de diferentes tamanhos; Régua; Sensores; Imãs. 3.2 MÉTODO Posicionou-se 5 sensores no conjunto do viscosímetro de Stokes separados por 10 centímetros. Mediu-se o diâmetro do tudo 5 vezes com o paquímetro; Anotou-se a densidade e a viscosidade do fluido em questão; Mediu-se o diâmetro de uma das esferas 5 vezes com o paquímetro; Abandonou-se a esfera do topo do tubo; Mediu-se o tempo de queda da esfera 5 vezes com o auxilio dos sensores; Repetiu-se o procedimento para as outras esferas de tamanhos diferentes. 4. RESULTADOS E DISCUSÕES Para obter o coeficiente de viscosidade do líquido utilizado no viscosímetro de Stokes mediu-se o diâmetro das quatro esferas e do tubo que continha o líquido. A tabela abaixo mostra os resultados obtidos: Tabela1: Dados experimentais do diâmetro das esferas. Corpo Diâm.1 (m) Diâm.2 (m) Diâm.3 (m) Diâm.4 (m) Diâm.5 (m) Esfera 1 0,00995 0,00995 0,00994 0,00994 0,00995 Esfera 2 0,00635 0,00634 0,00635 0,00635 0,00635 Esfera 3 0,0047 0,0047 0,0047 0,0047 0,0071 Esfera 4 0,0044 0,00441 0,00442 0,0044 0,0044 Tubo 0,0296 0,0297 0,0296 0,0296 0,0297 A partir dos dados da tabela 1, foi possível obter a média dos diâmetros medidos e as respectivas incertezas, como mostra a tabela a seguir: Tabela2: Cálculo da incerteza Corpo Média (m) σ_m (m) σ_B (m) In.Final Esfera 1 994,6𝑥10−5 2,4𝑥10−6 0,05𝑥10−3 5,0𝑥10−5 Esfera 2 634,8𝑥10−5 20𝑥10−7 0,05𝑥10−3 5,0𝑥10−5 Esfera 3 51,8𝑥10−4 0,48𝑥10−3 0,05𝑥10−3 4,8𝑥10−4 Esfera 4 441,0𝑥10−5 40𝑥10−7 0,05𝑥10−3 5,0𝑥10−5 Tubo 2964,0𝑥10−5 2,2𝑥10−5 0,05𝑥10−3 5,5𝑥10−5 Sabe-se que a força de arrasto é dada pela diferença do peso e do empuxo. Desta forma foi-se necessário obter o empuxo sofrido por cada esfera e o peso das mesmas. Inicialmente obteve-se o volume das esferas pela seguinte equação: 𝑉 = 𝜋𝐷3 6 Tabela3: Volume calculado das esferas. Corpo Volume m^3 Esfera 1 (515,2 ± 7,8)𝑥10−9 Esfera 2 (133,9 ± 3,2)𝑥10−9 Esfera 3 (7,3 ± 2,0)𝑥10−8 Esfera 4 (44,8 ± 1,5)𝑥10−9 Posteriormente, pôde-se calcular a força de arrasto com os resultados do empuxo e do peso. A tabela abaixo mostra os resultados e suas respectivas incertezas. Tabela4: peso, empuxo e força de arrasto sofrido por cada esfera. Corpo Peso (N) Empuxo (N) F.Arrasto(N) Esfera 1 (39,7 ± 0,6)𝑥10−3 (5690,5 ± 8,2)𝑥10−9 (39,7 ± 0,6)𝑥10−3 Esfera 2 (10,3 ± 0,2)𝑥10−3 (1479,5 ± 1,3)𝑥10−9 (10,3 ± 0,2)𝑥10−3 Esfera 3 (5,6 ± 1,6)𝑥10−3 (80,4 ± 5,1)𝑥10−8 (5,6 ± 1,6)𝑥10−3 Esfera 4 (3,4 ± 0,1)𝑥10−3 (4947,0 ± 2,9)𝑥10−10 (3,4 ± 0,1)𝑥10−3 Para a realização dos cálculos utilizou-se a densidade do liquido trietanolamina de (1,126 ± 0,001)𝑔/𝑐𝑚^3 e para o aço de (7,85)𝑔/𝑐𝑚^3. Mantendo-se a distância entre os sensores de 10 centímetros, abandonaram-se as esferas, e com o tempo de queda, foi possível obter a relação da altura pelo tempo, de forma a obter a velocidade de cada esfera, e assim calcular a viscosidade do liquido. I. Resultados da esfera 1 A tabela a seguir mostra o tempo de queda da esfera 1 com a incerteza de 50𝑥10−6, que é a incertezado tipo b: Tabela5: Tempo de queda da esfera 1 Tempo medida1 (s) medida2 (s) medida3 (s) medida4 (s) medida5 (s) 1 a 2 0,31920 0,32115 0,32300 0,32150 0,32180 1 a 3 0,62260 0,62525 0,62850 0,62705 0,62740 1 a 4 0,93305 0,93590 0,94030 0,93880 0,93955 1 a 5 1,23525 1,23845 1,24375 1,24215 1,24345 Para obter gráfico ℎ̅ 𝑋 ∆𝑡̅̅ ̅, tirou-se a média dos tempos. Segue a média dos tempos: Tabela6: Média dos tempos obtidos Gráfico1: Relação de ℎ̅ 𝑋 ∆𝑡̅̅ ̅ da esfera 1 y = 0,3254x - 0,0002 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 D is tâ n ci a (m ) Tempo(s) Gráfico 1 Tempo Média (s) 1 a 2 (3213,3 ± 6,2)𝑥10−4 1 a 3 (626,2 ± 1,0)𝑥10−3 1 a 4 (937,5 ± 1,3)𝑥10−3 1 a 5 (1240,6 ± 1,6)𝑥10−3 Pelo gráfico é possível observar o comportamento de queda da esfera, que a principio cai livremente pela aceleração da gravidade, até que a esfera atinja velocidade terminal, ou seja, velocidade nula. Desta forma, com o tempo médio de queda livre, como mostra a tabela 6, e com a equação linear descrita pelo gráfico, foi possível obter pelo coeficiente angular da reta que corresponde à velocidade média da esfera, de forma que a equação que descreve o gráfico é: 𝑦 = 𝑣𝑡 + 𝑏 (5) Em que v é a velocidade média. Logo se obteve o seguinte resultado para a viscosidade: (1,30 ± 0,02)𝑃𝑎. 𝑠 No entanto, sabe-se que a velocidade no interior do tubo não é uniforme, a velocidade mais alta que a esfera pode adquirir é no centro do tubo, pois nas proximidades do tubo a esfera sofre o efeito parede, em que diminui a velocidade mesma. Sendo assim é necessário utilizar a equação abaixo para corrigir tal erro. η𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = η𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜 × [1 − 2,104 ( 𝑑 𝐷 ) + 2,09 ( 𝑑 𝐷 ) 3 − 0,95 ( 𝑑 𝐷 ) 5 ] (6) Desta forma calculou-se o coeficiente de viscosidade corrido. (0,48 ± 0,01)𝑃𝑎. 𝑠 II. Resultados da esfera 2 A tabela abaixo mostra o tempo de queda da esfera obtido experimentalmente: Tabela6: Dados obtidos experimentalmente do tempo de queda da 2 esfera. Tempo medida 1 (s) medida 2 (s) medida 3 (s) medida 4 (s) medida 5 (s) 1 a 2 0,50190 0,50980 0,50730 0,49780 0,50180 1 a 3 0,97400 0,98775 0,98425 0,97335 0,97730 1 a 4 1,45855 1,47770 1,47315 1,46080 1,46435 1 a 5 1,93100 1,95500 1,95010 1,93710 1,94010 Logo calculou a média do tempo de queda: Tabela7: Média dos tempos obtidos Tempo Média (s) 1 a 2 (503,7 ± 2,1)𝑥10−3 1 a 3 (979,3 ± 2,9)𝑥10−3 1 a 4 (1466,9 ± 3,7)𝑥10−3 1 a 5 (1942,7 ± 4,4)𝑥10−3 Para obter a relação do tempo de queda pela altura, construiu-se o gráfico com o tempo médio e a altura média. Gráfico2: Relação de ℎ̅ 𝑋 ∆𝑡̅̅ ̅ da esfera 2 Pela equação dada no gráfico, calculou-se o coeficiente de viscosidade, onde o mesmo tempo foi corrigido, devido a velocidade de escoamento no fluido não ser a mesma. Tabela8: Coeficiente de viscosidade calculado Coeficiente de viscosidade (Pa.s) Observado 0,83 ± 0,02 Corrigido 0,47 ± 0,01 y = 0,2079x - 0,0002 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0 0,5 1 1,5 2 2,5 D is tâ n ci a (m ) Tempo(s) Gráfico 2 III. Resultados da esfera 3 Os dados obtidos experimentalmente do tempo de queda da esfera 3 é exibido na tabela abaixo: Tabela9: Tempos obtidos experimentalmente Tempo medida 1 (s) medida 2 (s) medida 3 (s) medida 4(s) medida 5 (s) 1 a 2 0,67205 0,59200 0,70915 0,7866 0,66140 1 a 3 1,30000 1,30865 1,29315 1,51175 1,28665 1 a 4 2,11055 2,05240 2,04115 2,15545 2,00065 1 a 5 2,77175 2,74835 2,71655 2,8185 2,6751 Da tabela 9, calculou-se o tempo médio correspondente a cada distância entre os sensores, e assim obteve-se o gráfico da relação do tempo de queda com a altura. Tabela10: Média dos tempos obtidos Tempo Média (s) 1 a 2 (68,4 ± 3,2)𝑥10−2 1 a 3 (134,0 ± 4,3)𝑥10−2 1 a 4 (207,2 ± 2,7)𝑥10−2 1 a 5 (274,6 ± 2,4)𝑥10−2 Grafico3: Relação de ℎ̅ 𝑋 ∆𝑡̅̅ ̅ da esfera 3 y = 0,1465x + 0,0028 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 D is tâ n ci a (m ) Tempo(s) Gráfico 3 Tendo os valores do diâmetro da esfera, a força de arrasto sofrida pela mesma e pelo coeficiente angular da equação dado no gráfico, que corresponde à velocidade média, foi possível obter os seguintes valores para o coeficiente de viscosidade, tanto o observado quanto o corrigido: Tabela11: Coeficiente de viscosidade calculado Coeficiente de viscosidade (Pa.s) Observado 0,78 ± 0,23 Corrigido 0,50 ± 0,15 IV. Resultados da esfera 4 O tempo de queda da esfera 4 obtido experimentalmente é exibo na tabela abaixo: Tabela12: Dados obtidos experimentalmente Tempo medida 1 (s) medida 2 (s) medida 3 (s) medida 4 (s) medida 5 (s) 1 a 2 0,65595 0,6406 0,72785 0,73405 0,7211 1 a 3 1,53705 1,55975 1,47345 1,51000 1,55815 1 a 4 2,15925 2,07965 2,20645 2,21345 2,1642 1 a 5 2,96251 2,9201 2,92645 2,96895 2,9772 De acordo com a tabela 12 foi possível calcular o tempo média de queda e obter o gráfico da relação do tempo de queda com a altura. Tabela13: Média dos tempos obtidos Tempo Médias(s) 1 a 2 (69,6 ± 2,0)𝑥10−2 1 a 3 (152,8 ± 1,6)𝑥10−2 1 a 4 (216,5 ± 2,4)𝑥10−2 1 a 5 (295,1 ± 1,2)𝑥10−2 Gráfico4: Relação de ℎ̅ 𝑋 ∆𝑡̅̅ ̅ da esfera 4 Com a equação obtida pelo gráfico, obteve-se a velocidade média de queda, e assim calculou-se a viscosidade do liquido em questão, tanto a observado quanto a corrigida. Tabela12: Coeficiente de viscosidade calculado Coeficiente de viscosidade (Pa.s) Observado 0,62 ± 0,02 Corrigido 0,42 ± 0,02 De acordo com os dados obtidos comparou-se o coeficiente de viscosidade com o valor teórico do liquido trietaolamina que corresponde a (0,59 ± 0,05)𝑃𝑎. 𝑠 a 25°C, pode-se perceber que o resultado se aproximou do valor esperado, basta verificar o erro relativo. Tabela13: Erro relativo de cada esfera na obtenção do coeficiente de viscosidade Corpo Erro relativo (%) Esfera 1 18,7 Esfera 2 20,0 Esfera 3 14,6 Esfera 4 28,5 y = 0,1366x + 0,0027 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0 1 2 3 4 D is tâ n ci a (m ) Tempo(s) Gráfico 4 É notável que o erro relativo entre o valor teórico e o obtido foi consideravelmente muito alto, pois apesar da correção feita na obtenção da viscosidade, outros fatores além do efeito parede podem ter influenciado em tal fato. Certamente, o maior erro relativo foi o da esfera 4, que pode ser explicado pela dificuldade dos sensores em detectar o movimento da mesma, devido ao seu tamanho, logo foi-se necessário acompanhar a queda da esfera com outro objeto. Outro fato que pode ter influenciado, foi no alinhamento da esfera no centro do tubo. 5. CONCLUSÃO A partir dos dados obtidos e calculados utilizando o viscosímetro de Stokes, e calculando o tempo de queda de cada esfera, foi possível obter o coeficiente de viscosidade do liquido trietanolamina e suas respectivas incertezas. Vale ressaltar que a prática realizada foi alcançada com êxito, pois apesar do erro relativo dos dados de cada esfera, fatores como a cronometragem, temperatura ambiente,imprecisão na obtenção do diâmetro das esferas e na distância entre os sensores, resultaram em erros consideráveis na obtenção do coeficiente de viscosidade. 6. REFERÊNCIAS FREEDMAN, R. A.; YOUNG, H. D. Física II: Termodinâmica e Ondas. 12ª Edição. São Paulo: Prentice Hall, 2008. HALLIDAY, D; RESNICK, R; KRANE, K. S. Física 2. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Jc, 1996; Sites BERTULANI,C. Viscosidade, turbulência e tensão superficial. 1999. Disponível em http://www.if.ufrj.br. Acessado em 01 de Janeiro de 2017. 7. APÊNDICE A Equação e incerteza do volume O volume de uma esfera é calculado por: 𝑉 = 4 3 𝜋𝑟3 = 𝜋𝐷3 6 A incerteza do volume é em relação ao diâmetro, dado por: 𝜎𝑉2 = ( 𝑑𝑉 𝑑𝐷 𝜎𝐷) 2 𝑑𝑉 𝑑𝐷 = 1 2 𝜋𝐷2 Portanto, 𝜎𝑉 = √( 1 2 𝜋𝐷2 ∗ 𝜎𝐷) 2 = 1 2 𝜋𝐷2 ∗ 𝜎𝐷 Equação e incerteza do peso e do empuxo O peso da esfera é dado por: 𝑃 = 𝑚𝑔 Onde m é a massa e g é a gravidade. Podemos escrever 𝑚 = 𝜌𝑉, em que 𝜌 é a densidade do aço e V é o volume da mesma. Logo: 𝑃 = 𝜌𝑉𝑔 A incerteza do peso é em relação a V e g. Desta forma: 𝜎𝑃2 = ( 𝜕𝑃 𝜕𝑉 𝜎𝑉) 2 + ( 𝜕𝑃 𝜕𝑔 𝜎𝑔) 2 𝜕𝑃 𝜕𝑉 = 𝜌𝑔 𝜕𝑃 𝜕𝑔 = 𝜌𝑉 Sendo assim: 𝜎𝑃 = √(𝜌𝑔 ∗ 𝜎𝑉)2 + (𝜌𝑉 ∗ 𝜎𝑔)2 O empuxo sofrido pela esfera é dado por: 𝐸 = 𝜌𝑉𝑔 Em que, 𝜌 é a densidade do líquido, V é o volume da esfera e g é a gravidade. A incerteza calculada para o empuxo é dada pela mesma incerteza do peso, e apenas acrescentando a incerteza do líquido, que resulta a seguinte equação: 𝜎𝐸 = √= (𝜌𝑔 ∗ 𝜎𝑉)2 + (𝜌𝑉 ∗ 𝜎𝑔)2 + (𝑉𝑔 ∗ 𝜎𝜌)2 Equação e incerteza da força de arrasto De acordo com a equação 1, podemos obter a força de arrasto. 𝐹𝐷 = 𝑃 − 𝐸 Onde P é o peso da esfera e E é o empuxo sofrido pela mesma. Desta forma pode-se calcular a incerteza da força de arrasto por: 𝜎𝐹𝐷 = √𝜎𝑃2 + 𝜎𝐸2 Equação e incerteza do coeficiente de viscosidade A equação do coeficiente de viscosidade é dado na equação 4, porém podemos simplificar: η = 𝐹𝐷 3𝜋𝑑𝑣 A incerteza do coeficiente é em relação a força de arrasto (𝐹𝐷), ao diâmetro da esfera (𝑑) e a velocidade (𝑣). Desta forma temos: 𝜎η2 = ( 𝜕η 𝜕𝐹𝐷 𝜎𝐹𝐷) 2 + ( 𝜕η 𝜕𝑑 𝜎𝑑) 2 + ( 𝜕η 𝜕𝑣 𝜎𝑣) 2 𝜕η 𝜕𝐹𝐷 = 1 3𝜋𝑑𝑣 𝜕η 𝜕𝑑 = − 𝐹𝐷 3𝜋𝑑2𝑣 𝜕η 𝜕𝑣 = − 𝐹𝐷 3𝜋𝑑𝑣2 Logo: 𝜎η = √( 1 3𝜋𝑑𝑣 𝜎𝐹𝐷) 2 + ( 𝐹𝐷 3𝜋𝑑2𝑣 𝜎𝑑) 2 + ( 𝐹𝐷 3𝜋𝑑𝑣2 𝜎𝑣) 2 Reduzindo a equação temos: 𝜎η = η√( 1 𝐹𝐷 𝜎𝐹𝐷) 2 + ( 1 𝑑 𝜎𝑑) 2 + ( 1 𝑣 𝜎𝑣) 2 Incerteza do coeficiente de viscosidade corrido A equação do coeficiente de viscosidade corrigido é dada por: η𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = η𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜 × [1 − 2,104 ( 𝑑 𝐷 ) + 2,09 ( 𝑑 𝐷 ) 3 − 0,95 ( 𝑑 𝐷 ) 5 ] A incerteza do coeficiente corrigido é em relação ao coeficiente observado, ao diâmetro da esfera (d) e ao diâmetro do tubo (D). 𝜎η𝑐 2 = ( 𝜕η𝑐 𝜕η𝑜 𝜎η𝑜) 2 + ( 𝜕η𝑐 𝜕𝑑 𝜎𝑑) 2 + ( 𝜕η𝑐 𝜕𝐷 𝜎𝐷) 2 𝜕η𝑐 𝜕η𝑜 = 1 − 2,104 ( 𝑑 𝐷 ) + 2,09 ( 𝑑 𝐷 ) 3 − 0,95 ( 𝑑 𝐷 ) 5 𝜕η𝑐 𝜕𝑑 = −η𝑜 ∗ 2,104 ∗ 1 𝐷 + η𝑜 ∗ 6,67 ∗ ( 𝑑2 𝐷3 ) − η𝑜 ∗ 4,75 ∗ ( 𝑑4 𝐷5 ) 𝜕η𝑐 𝜕𝐷 = η𝑜 ∗ 2,104 ∗ ( 𝑑 𝐷2 ) − η𝑜 ∗ 6,27 ( 𝑑3 𝐷4 ) + η𝑜 ∗ 4,75 ∗ ( 𝑑5 𝐷6 ) Portanto, 𝜎η𝑐 2 = [(1 − 2,104 ( 𝑑 𝐷 ) + 2,09 ( 𝑑 𝐷 ) 3 − 0,95 ( 𝑑 𝐷 ) 5 ) 𝜎η𝑜] 2 + [(η𝑜 ∗ (−2,104 ∗ 1 𝐷 + 6,67 ∗ ( 𝑑2 𝐷3 ) − 4,75 ∗ ( 𝑑4 𝐷5 ))) 𝜎𝑑] 2 + ((η𝑜 (2,104 ∗ ( 𝑑 𝐷2 ) − 6,27 ( 𝑑3 𝐷4 ) + 4,75 ∗ ( 𝑑5 𝐷6 ))) 𝜎𝐷) 2
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