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UNIVERSIDADE VILA VELHA Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho Introdução a Engenharia de Segurança do Trabalho Professora: Marisleide Garcia de Souza TRABALHO 1: Analise da Peação e outros itens do TPS Porto de Praia Mole, Serra - ES Anderson Dias Balbino Cássio Rigo Altoé Lucas Pacheco Barbosa Serra – ES Novembro/2017 Anderson Dias Balbino Cássio Rigo Altoé Lucas Pacheco Barbosa TRABALHO 1: Analise da Peação e outros itens do TPS Porto de Praia Mole, Serra - ES Trabalho avaliativo do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho na disciplina de Introdução a Engenharia de Segurança do Trabalho na Universidade Vila Velha. Professora: Marisleide Garcia de Souza Serra – ES Novembro/2017 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 4 2 OBJETIVO ................................................................................................... 5 3 DESENVOLVIMENTO ................................................................................. 6 3.1 Dimensionamento da CIPA. ................................................................ 24 3.2 Dimensionamento do SESMT ............................................................. 25 3.3 Bancos de dados de acidentes ........................................................... 28 4 CONCLUSÃO ............................................................................................ 33 5 REFERÊNCIA ............................................................................................ 34 4 1 - INTRODUÇÃO Esse trabalho irá mostrar como funciona a atividade dentro de um terminal portuário. Será detalhada uma empresa e suas atividades. Dessas o foco ficara na no setor de peação, que é o modo de fixar a carga nos porões do navio, a fim de que a mesma não de danifique pelo balanço das águas do mar, junto com fotos que ajudam a descrever a situação. Dentro da atividade abordada será abordada as sub atividades realizadas na peação (como por exemplo o escoramento da carga) e os perigos e riscos que envolve essa atividade. Por fim iremos apresentar um modelo de CIPA e SESMT da empresa de acordo com o numero de funcionário e sua classificação CNAE. E no final mostrarem a realidade do setor no que diz respeito a acidente de trabalho. 5 2 - OBJETIVO O objetivo principal desse trabalho é fazer o detalhamento de uma atividade especifica que é realizada dentro de um terminal portuário (atividade de peação) e apresentar quais os perigos e riscos o trabalhador fica exporto mostrando também uma medida de controle. 6 3 - DESENVOLVIMENTO A empresa onde o trabalho será realizado é um Terminal de Produtos Siderúrgicos (TPS). O TPS é um condomínio, isto é, pertence a mais de uma empresa, e é gerido por um conselho diretivo, constituído por representantes da alta direção de outras 3 empresas. As operações no TPS foram iniciadas no ano de 1984 e, desde então, já foram exportados aproximadamente 124,7 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos. O TPS opera com Produtos Siderúrgicos das três empresas que constituem o condomínio e outras cargas de terceiros, tais como: bobinas, chapas, granito, tubos, etc. A figura abaixo mostra os principais produtos exportados pelo TPS. 7 No seu programa de exportação, cada proprietária é totalmente dependente do TPS. O TPS está operando próximo da sua capacidade máxima, com índice de ocupação superior a 75% (setenta e cinco por cento). Este valor é extremamente alto para os padrões de operação de Instalações Portuárias. Os tempos médios de espera para atracação das embarcações para o ano de 2007 e de janeiro a junho de 2008 foram, respectivamente, de 15,5 h e 25,75 h. As principais estruturas que compõem o TPS atualmente são os galpões e pátios para armazenamento dos produtos, os berços de atracação dos navios e os prédios administrativos das empresas que operam o terminal. Ainda há um trecho de linha férrea, aonde chegam às cargas das empresas localizadas em outros estados. A imagem abaixo mostra essa estrutura do terminal. O TPS apresenta os seguintes parâmetros operacionais: 100 trabalhadores prestadores de serviço permanentes; 400 empregados próprios no terminal; 330 navios atendidos/ano em média; 6.500.000 ton. exportadas/ano em média; 3.100 vagões/mês em média; 350 caminhões/dia em média; 8 Operação de 24 horas/dia e 365 dias por ano; Dentro do terminal são realizadas diversas atividades desde o recebimento dos produtos até seu carregamento nos navios. Para realização desse trabalho os principais serviços desenvolvidos no terminal são transportes interno de mercadorias, administração, operações portuárias (movimentação e armazenagem de mercadorias), serviço com empilhadeira e peação (fixação da carga nos porões ou conveses da embarcação). Essas atividades são realizadas aproximadamente nas seguintes proporções: 23% - Transporte interno; 3% - Administração; 20% - Operações portuárias; 26% - Empilhadeira; 28% - Peação; Como podemos ver na distribuição acima a peação representa a maior parte dos serviços realizados dentro do terminal TPS. Por isso, abaixo será feito um detalhamento dessa atividade, mostrando também seus perigos e riscos. Pear uma carga é amarrá-la com cabos, correntes, fitas metálicas, etc., e mantê-la sujeita contra certos membros e acessórios do navio, evitando que ela se desloque ou tombe com o movimento da embarcação no mar (SENAI- RJ, 2011). Para realizar uma boa e segura peação é necessário ter todos os equipamentos adequados para execução do trabalho. Os principais equipamentos, materiais e ferramentas, utilizados são: caixa metálica para embarque de material, calça de segurança para o uso de motosserras, carrinho para suporte das fitas, compressor de ar e mangueiras, cunha, fitas de aço 3s /2s, fitas de aço 3a /2ª, madeiras, marretas, martelo, motosserras, pregos, plataforma, protetor facial, rádio comunicador, ripa, roletes, selador, selos, tábuas, tensor, tesoura para corte de fita metálica; e tocos l. 9 A execução do serviço de peação vai variar de acordo com as características do produto a ser alocado, seu peso e suas dimensões. No TPS, grande parte das exportações é de produtos siderúrgicos que possuem vários formatos e tamanhos. O primeiro critério a ser observado é o comprimento das placas. Placas com até 7 metros de comprimento se devem fazer dois escoramentos, sendo cada escoramento a 1metro das extremidades. Placas acima de 7 metros de comprimento devem fazer três escoramentos, sendo um no centro e a 1metro de distância de cada extremidade. O espaçamento entre as placas estivadas também devem ser observados, em espaçamento de até 35 centímetros fazer o escoramento por cheio, espaçamento acima de 35 centímetros fazer o escoramento por caixote, espaçamento acima de 1 metro fazer o escoramento por cavalete e saldo de cargas onde há desnível fazer o escoramento por mão francesa. Quando o espaçamento entre as placas for de até 35 cm (três madeiras de 10 cm e uma cunha), deve ser feito escoramento tipo ―cheio‖, onde são colocadas as madeiras de 10x10 cm ou 5x10 cm verticalmentepreenchendo todo o espaço e posteriormente posiciona-se a cunha para o travamento das madeiras. A cunha deve ser posicionada com a parte reta virada para a placa e a parte chanfrada virada para a madeira. Como na foto abaixo: Escoramento por cheio no Popa/proa. Escoramento por cheio no bombordo/boreste 10 Travamento no escoramento por cheio No escoramento por caixote devem ser posicionadas duas madeiras paralelas às placas e duas madeiras menores na posição transversal formando o caixote, logo após é realizado o travamento com a cunha de madeira. Como mostrado na imagem abaixo: Escoramento por caixote Outro tipo de escoramento é o cavalete. Os cavaletes devem ser travados de dois em dois com uma tábua ou ripa de 05x10cm, com travamento central. Como na imagem abaixo: Escoramento por cavalete com travamento central 11 O escoramento por mão francesa deve ser realizado nos saldos de carga onde há desnível. Escoramento por mão Francesa no saldo de carga Depois de escorado os produtos segue para próxima etapa de peação, a passagem das fitas. A passagem de fitas ocorre ao final do processo de peação e durante o escoramento. Para a realização desta etapa é necessário posicionar um compressor em frente ao porão da atividade lado terra ou no costado. Todos os equipamentos de travamento de fitas são pneumáticos, sendo de responsabilidade do embarcador, fornecer o compressor. Abaixo as ilustrações da atividade de passagem de fitas: Tencionamento da fita Peação olímpica A peação pode ser feita de varias maneiras de acordo com a quantidade do material a ser colocado ou de acordo com o porão do navio. A peação e escoramento com porão nivelado ocorrem quando a estivagem é finalizada e nivelada, é realizado somente o escoramento da carga. Se o comandante do navio solicitar a peação da carga com fitas de aço, o operador de peação deve solicitar a autorização do embarcador. 12 Porão nivelado com escoramento e sem utilização de fitas de aço A peação nos saldos de carga deve ser realizada com duas fitas em cada extremidade das placas e uma no meio, sendo que estas fitas deverão ser passadas pegando duas placas de alto. Peação olímpica Peação amarrando duas placas de alto Normalmente a peação e o escoramento com vante e/ou ré vazia ocorre nos porões das extremidades. Deve ser passada duas fitas de aço nas cabeças. Se o comando do navio solicitar o acréscimo de mais fitas, o operador de peação deve solicitar a autorização do Embarcador. Peação e escoramento em porões com vante ou ré vazia 13 Por fim, se tem a peação e escoramento em navios do cliente CSI (EUA) com porão nivelado. As fitas deverão ser passadas nas placas de 3x3 fazendo peação olímpica, sendo duas fitas de aço nas cabeças e uma simples no meio, pegando com duas placas de alto. O escoramento deve ser realizado conforme o item Escoramento de Placa, entretanto todos devem ser pregados. Peação em navio CSI Escoramento em navio CSI Para Sanders e McCormick (1993), risco é a probabilidade ou chance de lesão ou morte, e perigo é uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte. Partindo dessa ideia e associando ao terminal em estudo na atividade de peação, podemos relacionar os seguintes perigos e risco para o trabalhador: 14 PERIGO RISCO MEDIDA DE CONTROLE Máquinas/ Empilhadeiras em movimento Atropelamento Utilizar a faixa de segurança para locomover- se na área. - Uso obrigatório do colete refletivo. - Transitar e posicionar-se sempre em local visível ao operador de equipamentos móveis. - Não invadir a área isolada para movimentação de equipamentos. - Não passar por trás da empilhadeira, sempre que for se aproximar da máquina, avisar ao operador. “Antes de se aproximar da empilhadeira tenha certeza de ter sido visto pelo operador”. - Cortar a fita de peação fora da área de manobra da Empilhadeira. Movimento inadequado com o corpo Risco ergonômico - Manter postura ergonomicamente correta ao abaixar e ao levantar para movimentação. - manual de materiais. - Eliminar excesso de peso. - Revezar movimento repetitivo. Combustível/ centelha. Incêndio, explosão - Desligue a máquina para reabastecer. - Depois de abastecer, apertar a tampa do tanque verificando se não há vazamentos. - Caso derramar combustível, limpe a máquina imediatamente. Ruído Perda auditiva - Uso obrigatório do protetor auricular tipo plug ou concha durante operação da motosserra, e em locais com excesso de ruídos constantes. Altura Queda de homem ao mar - Acessar a escada do navio somente quando a mesma estiver apoiada no cais ou com a passarela de acesso instalada. Em ambos os casos a rede de proteção deve está montada (NR-29). - Utilizar o cinto de segurança com talabarte. - Ter uma bóia próxima ao local de passagem para resgate em caso de queda ao mar. - Não ultrapassar a linha do limite de segurança do cais sem o colete salva vidas. 15 Piso com obstáculo/ irregular Queda de mesmo nível - Visualizar com antecedência o caminho a ser percorrido, focando obstáculos, espaço entre cargas e desníveis do piso. - Redobrar a atenção no escoramento e peação de placas com espaçamentos, normalmente encontrada nos porões “Buracos”, devido à condições de estivagem desfavoráveis. Carga suspensa Queda da carga suspensa - Não ficar exposto à carga suspensa. - Passar informações para os colaboradores no porão do navio no lado mar (convés). Compressor em funcionamento Choque elétrico - Não intervir em equipamentos energizados, tais como: Fios dos Compressores desencapados ou em curto na área operacional. Poeira metálica/ carepa/ oxidação. Projeção de Partículas - Utilizar o óculos de segurança. - Utilizar o protetor facial quando estiver manuseando fita metálica e motosserra. - Manter porão limpo. Iluminamento inadequada Ambiente escuro/ penumbra. - Observar as condições de iluminação no porão do navio, e caso esteja com a iluminação inadequada solicitar ao Embarcador a adequação da iluminação. Emissão de fumaça Inalação de gases/ fumaça - Verificar o excesso de fumaça durante a operação de empilhadeiras no porão do navio e informar imediatamente ao Embarcador para as devidas providências. Material/ ferramenta cortante Contato com objeto perfurante - Observar a existência de pregos e outros objetos cortantes durante o manuseio de madeiras. - Perneira. - Utilizar luva de proteção. - Utilizar botina de segurança com composite. - Utilizar dispositivo de segurança com mono filamento de aço mangote. - Recolher toda a madeira com prego exposto e providenciar o descarte. Manuseio de ferramenta/produto/ madeira. Prensamento - Não utilizar as mãos para apoio no local de impacto da marreta. - Utilizar haste de segurança. - Utilizar madeira toco “L”. - Durante a operação com a marreta, somente é permitido a presença do executante no local da atividade. 16 O organograma da empresa é dividido da seguinte maneira: Para a realização da peação não é emitida uma ordem de serviço especifica, mas simum passo a passo das atividades que devem ser seguidas na realização dos serviços. O operador de peação, antes de iniciar os serviços realiza um levantamento e analise dos riscos que está sujeito. Segundo a NBR ISSO 31000 (2009), a análise de riscos envolve desenvolver a compreensão dos riscos. A análise de riscos fornece uma entrada para a avaliação de riscos e para as decisões sobre a necessidade dos riscos serem tratados, e sobre as estratégias e métodos mais adequados de tratamento de riscos. A análise de riscos também pode fornecer uma entrada para a tomada de decisões em que escolhas precisam ser feitas e as opções envolvem diferentes tipos e níveis de risco. Seguindo a mesma ideia da NBR, nas atividades de peação, o operador faz uma analise geral dos riscos, preenchendo três formulários que indicam os possíveis riscos e suas medidas de controle. Essas análises são as seguintes: 17 Analise de risco 1: 18 19 Analise de risco 2: 20 21 Analise de risco 3: (na hora de imprimir eu acerto aqui colocando na horizontal) ANÁLISE DE RISCO NO LOCAL (1) Tubarão - Órgão: EMPRESA: TÍTULO DO SERVIÇO: Data: / / LOCAL: RAMAL DE EMERGÊNCIA - 1122 PONTO DE AMBULÂNCIA: Todos os riscos foram identificados na AR Completa/ Dirigida? Sim Não Todas as medidas de controle foram identificadas e estão adequadas? Sim Não Respondendo NÃO a uma das perguntas, deve-se preencher os campos abaixo. RISCOS AVALIADOS MEDIDAS DE CONTROLE (2) Data e horário: Data: ______/_____/______ Hora: ____:____ (3) Matrícula / Nome: (3) Assinatura: (4) As pessoas relacionadas abaixo estão de acordo com os riscos e medidas de controles contidos na Análise de Risco e/ou Padrão e/ou Análise de Riscos no Local MATRÍCULA ASSINATURA MATRÍCULA ASSINATURA MATRÍCULA ASSINATURA MATRÍCULA ASSINATURA (5) ITENS OBRIGATÓRIOS QUE DEVEM SER VERIFICADOS IMEDIATAMENTE ANTES DO INÍCIO DO SERVIÇO 1 - A equipe tem pleno conhecimento dos riscos e medidas de controles contidos neste documento, na análise de risco e/ou padrão? A equipe está preparada para executar este serviço? SIM NÃO 6 – Foi analisado e implantado o adequado isolamento e sinalização para o serviço? SIM NÃO NA 2 – Foi verificada a interferência com outras equipes e possíveis riscos? SIM NÃO 7 – Foi realizada a inspeção de pré-uso nas ferramentas/equipamentos? SIM NÃO NA 3 – Todas as medidas de controle estão implantadas e checadas ou devidamente planejadas? SIM NÃO 8 - Os equipamentos necessários estão impedidos e foi realizado Teste de Energia Zero? SIM NÃO NA 4 – Foi verificado se as condições dos EPI e seu adequado uso por parte dos membros da equipe? SIM NÃO 9 – Verificado se o serviço será executado no equipamento correto? SIM NÃO NA 5 - A AS/RERE está preenchida e liberada pelo responsável da área / operação? SIM NÃO 10 – Os detectores de gases estão calibrados e na quantidade adequada conforme AR Completa/ Dirigida e/ou Padrão operacional? SIM NÃO NA Se alguma das questões acima teve NÃO como resposta, solucione a anomalia antes de iniciar o serviço. Registro do PIT STOP (6) Primeiro Pit Stop ____:____ Segundo Pit Stop ____:____ Terceiro Pit Stop ____:____ 22 Responsável pelo PIT STOP (Nome / Visto): Responsável pelo PIT STOP (Nome / Visto): Responsável pelo PIT STOP (Nome / Visto): Assunto Abordado: _____________________________ _____________________________ _____________________________ _____________________________ _____________________________ Assunto Abordado: _____________________________ _____________________________ _____________________________ _____________________________ _____________________________ Assunto Abordado: _____________________________ _____________________________ _____________________________ _____________________________ _____________________________ CAMPO INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO Nº NOME 1 Análise de riscos no local imediatamente antes do início do serviço - 1ª pagina frente da ARL e 2ª pagina verso do documento. - Deve ser preenchido imediatamente antes do início do serviço com objetivo de checar se há riscos que não foram identificados na fase de planejamento e/ou se há algum risco novo que surgiu após o início das atividades. - Para serviços com duração maior que um dia e/ou com mudança de equipe deve ser preenchido a cada dia e/ou por equipe. - O risco avaliado deve ser preenchido caso seja identificado algum risco e/ou medida de controle no início ou durante a execução do serviço. - Não havendo necessidade de preenchimento dos campos riscos avaliados e/ou medidas de controle, deve-se anular os campos, usando por exemplo um traço. 2 Data da análise Data referente ao início serviço e/ou início do turno e/ou dia de trabalho. 3 Identificação Matrícula, nome e assinatura do encarregado/supervisor ou pessoa 23 designada por fazer a análise de riscos local. 4 Componentes da Equipe Cada um dos executantes do serviço deve registrar o respectivo número de matrícula e assinar no campo próprio. 2 Itens que devem ser verificados imediatamente antes do início do serviço Deve ser preenchido antes do início do serviço e/ou antes do início do turno e/ou antes do dia de trabalho. 6 PIT STOP Deve ser realizado um PIT STOP, no mínimo, a cada 03 horas trabalhadas, registrando no campo a hora e o assunto abordado. O Pit Stop deve ser realizado no mínimo, a cada 03 horas trabalhadas, com intuito da equipe verificar se houve alteração no ambiente de trabalho e, se os riscos avaliados e medidas de controle implantadas no inicio da atividade continuam suficientes para eliminar/ controlar os riscos. 24 3.1 - Dimensionamento da CIPA A comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) é um instrumento que os trabalhadores dispõem para tratar da prevenção de acidentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança. Ela é composta por representantes dos trabalhadores e do empregador, sendo essas cotas iguais de participantes, tendo como objetivo principal aperfeiçoar atividades voltadas para prevenção de acidentes do trabalho e proteção à saúde dos trabalhadores diante dos riscos existentes no local de trabalho. Observa-se que a constituição de órgãos dessa natureza dentro das empresas foi determinada pela alta ocorrência de acidentes e doenças típicas do trabalho em todos os países que se industrializaram. A CIPA é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos artigos 162 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5) contida na portaria 3.214 de 08 de junho de 1978 baixada pela Ministério do Trabalho. O principal objetivo da CIPA é fazer com que empregadores e empregados trabalhem conjuntamente no encargo de precaver acidentes e melhorar a qualidade do ambiente de trabalho. A organização da CIPA é obrigatória nos locais de trabalho seja qual for a área, desde que tenham o mínimo legal de empregados regidos pela CLT conforme o quadro 1 da NR-5. Para iniciar o dimensionamento da CIPA é necessário conhecerqual é o grupo de setor econômico definido pela Classificação nacional de atividades econômicas (CNAE), das empresas em estudo. Para isso, o Quadro II e o Quadro III da NR 5 trazem o agrupamento de setores econômicos pela CNAE da atividade. No caso do presente trabalho, a TPS, faz parte do grupo C-24ª. Quadro 1: Relação da classificação nacional de atividades econômicas - CNAE, com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA. Código Descrição CNAE Grupo 52.31-1 Gestão de portos e terminais C-24a Fonte: Adaptado de NR 5, 2011. 25 O numero de funcionários do porto foi dado no escopo do trabalho e é de 500 empregados. A partir do agrupamento definido anteriormente e das informações contidas no Quadro I da NR 5, foi possível realizar o dimensionamento da CIPA. O quadro em questão faz o cruzamento do grupo da CIPA da empresa com a quantidade de funcionários que ela possui. A figura 1 mostra o dimensionamento da CIPA para o porto, onde a marcação em vermelho relaciona o agrupamento referente á atividade com o número de funcionários. A comissão deve ser composta por dois (02) efetivos e dois (02) suplementes. Como mostrado na figura abaixo. Fonte: Adaptado de NR 5, 2011. 3.2 - Dimensionamento do SESMT Uma das áreas mais importantes para os trabalhadores do porto, empresa em estudo, é o Serviço Especializado em engenharia e em Medicina do Trabalho. Este serviço consiste num grupo de pessoas especializadas em ações para prevenir problemas com os funcionários dentro da empresa, visando garantir a total integridade física e mental dos trabalhadores durante sua jornada de trabalho. Para cada atividade comercial existe uma denominação e um grau de risco, que deve ser levado em consideração para estabelecer um número 26 mínimo de especialistas em SESMT para prover tais ações a favor da saúde humana. Em 1967 foi criado o SESMT a partir do Decreto-lei Nº229, de 28/02/67. E posteriormente foi regulamentado, mas precisamente em 1972 pela Portaria Nº3237. Em 1990 o quadro do SESMT foi alterado, sendo introduzidos todos os profissionais que participam dele atualmente. Segundo a NR 4.4.2, os profissionais abaixo compõem o SESMT: Médico do Trabalho: Médico portador de curso em nível de pós graduação em Medicina do Trabalho ou portador de certificado de residência médica em área relacionada á saúde do trabalhador. Engenheiro de Segurança do Trabalho; Engenheiro, Arquiteto portador do curso em nível de pós graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho conforme lei 7410 de 29/11/85. Enfermeiro do Trabalho: É o Enfermeiro que possui especialização em nível de pós-graduação em Enfermagem do Trabalho. Técnico em Segurança do Trabalho: Profissional com registro no Ministério do trabalho. Profissional formado em nível Técnico conforme lei 7410 de 29/11/85. Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. Portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação. O dimensionamento do SESMT, é realizado com base na Norma reguladora 4, do Ministério do Trabalho. Para tal, é necessário que se conheça o ramo de atuação da empresa e da sua contratada, o número de funcionários dos mesmas e seus respectivos graus de risco. Segundo o Quadro I – Classificação Nacional De Atividades Econômicas, da NR 4, o porto possui grau de risco 3 como pode ser vista no Quadro 2. 27 Quadro 2: Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, com correspondente Grau de Risco – GR para fins de dimensionamento do SESMT. Códigos Denominação GR 52.31-1 Gestão de portos e terminais 3 Fonte: Adaptado de NR 4, 2016. Os números de funcionários do porto foram dados no escopo do trabalho. Segundo o item 4.2.5.2 da NR 4, para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4 deve-se considerar o somatório dos empregados de todos os estabelecimentos. Portanto, o dimensionamento será baseado no somatório de todos os funcionários do porto, totalizando um valor de 500 empregados. A partir dos dados supracitados e das informações encontradas no Quadro II da NR 4 foi possível realizar o dimensionamento do SESMT. A Figura 2 mostra o dimensionamento do SESMT, obtido através do cruzamento entre o nível de risco das empresas e a quantidade de funcionários que ela possui. O dimensionamento do SESMT para o Porto será composto por: dois (02) técnicos de Segurança do trabalho. Como mostrado na figura abaixo. 28 3.3 - Bancos de dados de acidentes Os bancos de dados de acidentes ocorridos nas atividades portuárias servem como base para uma pesquisa mais eficiente sobra as causas mais frequentes, incidência e gravidade dos acidentes ocorridos. Com essas informações é possível realizar um estudo mais completo, a fim de entender como foram ocasionados e quais medidas devem ser tomadas para evitar que acidentes semelhantes ocorram novamente. Os acidentes levantados serão apresentados a seguir e estão classificados por atividades. BANCO DE DADOS - ATRACAÇÃO E DESATRACAÇÃO DO NAVIO Colisão Entre Navios – Navios Djanet e o Hua Qiang (PORTAL DO PORTO, 2014). LOCAL: Porto de Santos, Brasil. DATA: 04 de Abril de 2014 EMBARCAÇÕES ENVOLVIDAS: Navios GLP Djanet e o Graneleiro Hua Qiang. CAUSA: Erro durante o procedimento de manobra de entrada no canal de acesso ao Porto de Santos. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O ACIDENTE: Ninguém ficou ferido e nem poluição hídrica. Ambos navios sofreram avarias em suas proas, meia-nau e próximo a superestrutura. Colisão do Navio em um Cais – Navio Kydon (MAIL ONLINE, 2017) LOCAL: Porto de Santo Domingo, Republica Dominicana DATA: 19 de Maio de 2017 EMBARCAÇÕES ENVOLVIDAS: Navio cargueiro Kydon, operado pela Ferries Del Caribe. 29 CAUSA: De acordo com relatos, as cordas na balsa do Caribe 'Kydon' entraram em colapso quando a rampa estava sendo baixada, mas foi empurrada pela corrente e colidiu com o cais, batendo nos containers. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O ACIDENTE: O impacto resultou em deslocamento de alguns contêineres causando danos à infra-estrutura do portão perimetral da porta e danos à propriedade. Nem a equipe nem os passageiros ficaram feridos e todos a bordo do navio conseguiram evacuar o barco sem incidentes. Segundo o presidente da empresa Ferries Del Caribe, o protocolo de emergência foi ativado e funcionou corretamente o que impediu que alguém estivesse ferido. Colisão de um navio de contâneir em um cais. Fonte: Daily Online, 2017. BANCO DE DADOS – CARGA E DESCARGA DOS NAVIOS Tombamento de Navio – Navio Repubblica di Genova (PORTOGENTE, 2007). LOCAL: Porto de Antuérpia, na Bélgica DATA: 12 de Março de 2007 EMBARCAÇÕES ENVOLVIDAS: O navio Repubblica di Genova da Grimaldi Lines. 30 CAUSA: A investigação portuária apontou que o problema de estabilidade e o tombamento pode ter sido causado pelo excesso de carga nos contêineres. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O ACIDENTE: O navio atuava no transporte de carros e de contêineres para a Europa e o acidente aconteceu enquanto era finalizado o seu carregamento. Nenhuma poluição foi relatada e mesmo assim o navio foi cercado com uma barreira flutuante para prevenir problemas ambientais. Todos os 34 membros da tripulação que estavam a bordo e aos nove passageiros se salvaram. Alguns contêiners que caíram no mar foram recuperados. Tombamento de navio na operaçãode carga e descarga. Fonte: Portogente, 2007. Acidente com pessoas em espaço confinado – Navio “UBC TOKYO” (MARINHA DO BRASIL, 2014) LOCAL: Terminal de Praia Mole, Espirito Santo, Brasil DATA: 27 de junho de 2014 EMBARCAÇÕES ENVOLVIDAS: Navio mercante UBC TOKYO CAUSA: A investigação apontou que não houve sequer uma evidência de que os procedimentos de segurança foram seguidos. Ficou constatado que as vítimas não utilizavam os equipamentos de proteção individual adequados para 31 a entrada em espaços confinados e que não dispunham de permissão para entrar no compartimento (MARINHA DO BRASIL,2014). INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O ACIDENTE: No período em que se realizava a descarga do carvão do navio mercante UBC TOKYO, então atracado no Terminal de Praia Mole, um tripulante morreu e outros dois sofreram danos físicos, num dos acessos ao porão de carga nº 5. O navio em questão é um cargueiro de dez anos empregado na navegação internacional, arvorando a bandeira do Chipre. Não houve perda ou alijamento da carga, não houve avarias e não houve danos para o navio (MARINHA DO BRASIL, 2014). Queda shiploader sobre navio – Navio Hokuetsu Hope 2 (EXAME, 2014). LOCAL: Terminal Tergrasa, em Rio Grande do Sul DATA: 24 de Fevereiro de 2014 EMBARCAÇÕES ENVOLVIDAS: Navio Hokuetsu Hope 2 INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O ACIDENTE: A queda de uma estrutura de carregamento (shiploader) sobre o navio graneleiro Hokuetsu Hope 2, ocorreu no terminal Tergrasa (RS). O equipamento ficou preso a embarcação e o carregamento foi interrompido. Não houveram vítimas. Queda de contêineres – Navio Maersk Lima (G1 SANTOS, 2017) LOCAL: Porto de Santos, Brasil. DATA: 16 de Junho de 2017 EMBARCAÇÕES ENVOLVIDAS: O navio Maersk Lima. CAUSA: Segunda a empresa e a Capitania dos Portos de São Paulo, o incidente ocorreu por falha humana, devido ao não cumprimento do procedimento para embarque e desembarque de contêineres. 32 INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O ACIDENTE: Quatro contêineres frigoríficos (reefers) caíram de um navio no Canal do Estuário do Porto de Santos. O acidente ocorreu durante operações na Brasil Terminal Portuário (BTP), que admitiu um erro operacional. As quatro caixas metálicas de 40 pés estavam vazias e caíram presas umas às outras pelas travas de segurança. O impacto com a água danificou um dos contêineres, que foram rebocados até o costado da empresa duas horas depois. A retirada das caixas metálicas da água ocorreu com o auxílio de um portêiner. Não houve feridos. 33 4 - CONCLUSÃO Após o termino desse trabalho podemos perceber a importância da gestão da segurança do trabalho dentro de uma empresa demostra se preocupar com o trabalhador. A empresa possui uma tabela, onde é mostrado o risco prévio que cada atividade poderá ter, depois é feito um levantamento e analise tentando eliminar os fatores de risco por meio dos formulários preenchidos pelo Operador de Peação, e quando não é possível eliminar o risco, o trabalhador e protegido por meio do EPI. Dessa maneira podemos perceber um modo eficaz de impedir que aconteça um acidente, conhecendo e controlar os risco e perigos que envolvem a atividade. Com essa politica de segurança a chance de acontecer um acidente é reduzida ao mínimo. 34 5 - REFERENCIA EXAME. Acidente interrompe carregamentos no porto de Rio Grande. 2014. Tergrasa – RS. Acesso em: 05 de nov. 2017. Disponível em: < https://exame.abril.com.br/brasil/acidente-interrompe-carregamento-de-graos- em-berco-do-porto-de-rio-grande/#>. G1 SANTOS. Navios de contêineres ficam presos no Porto de Santos por falta de profundidade. 2017. Acesso em: 06 de nov. 2017. Disponível em: < https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/porto-mar/noticia/navios-de-conteineres- ficam-presos-no-porto-de-santos-por-falta-de-profundidade.ghtml>. MARINHA DO BRASIL. Diretoria de portos e costas. Acidente com pessoas em espaço confinado no navio mercante ―ubc tokyo‖. Relatório de investigação de segurança marinha. Acesso em: 06 de nov. 2017. Disponível em: < https://www.dpc.mar.mil.br/sites/default/files/diian/rel_acidentes/ubctokyo.pdf>. NBR ISO 31000. Gestão de riscos — Princípios e diretrizes. 2009. NR. Norma Regulamentadora. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-4-Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. 2009. NR. Norma Regulamentadora. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 2011. PORTAL DO PORTO. Reportagem. Navios se colidem durante manobra no canal de acesso ao Porto de Santos. Santos – SP. 2014. Acesso em: 06 de nov. 2017. 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