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Direitos e obrigações do segurado e do segurador

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Direitos e obrigações do segurado e do segurador.
 O Contrato de seguro é um contrato que tem como partes o segurador e o segurado, sendo que ao segurado compete o pagamento do prêmio, que é a contraprestação ao segurador, em virtude do risco que este assume, e ao segurador compete pagar a indenização prevista ao segurado de seus prejuízos, na hipótese de ocorrer o risco previsto contratualmente. É um contrato bilateral, oneroso, aleatório e de adesão.
O contrato de seguro traz os princípios de probidade e boa-fé e ambas as partes devem agir de boa-fé. O segurado deve ser honesto e prestar informações verdadeiras, sob o risco de, ao agir de má-fé, isentar o segurador das suas obrigações contratuais. A má-fé, todavia, tem que ser patente. Comprovando-se má-fé do segurado a seguradora se exime do pagamento. Os princípios de boa-fé são amplos e significam honestidade e lealdade, o que se pretende é que as partes se portem segundo esses princípios para a manutenção do equilíbrio contratual. A boa-fé é objetiva e a seguradora deve considerar como verdadeiras as declarações do segurado.
A importância socioeconômica dos contratos de seguro nos dias atuais resulta da imensa quantidade de contratações de diversas modalidades, pois estes garantem aos seus consumidores tranquilidade e segurança, eis que, ocorrido o sinistro coberto pelo contrato de seguro, o prejuízo que teria o segurado será suportado pela segurador, pois com o recebimento dos prêmios de seus segurados, este forma um fundo que propicia o pagamento das indenizações.
 Um exemplo de má-fé seria contratar o seguro residencial contra incêndio em uma seguradora e contra desastres naturais junto a outra seguradora. A má-fé ocorreria ao não comunicar, na vigência do contrato, o novo seguro contra o mesmo risco e pelo mesmo valor ao segurador. Isto porque contrato de seguro não é instrumento de lucro. Comprovando-se má-fé do segurado a seguradora se exime do pagamento, nesse exemplo, se desobriga a pagar seguro da mesma coisa pelo mesmo valor. Ou pagar por uma cobertura inexistente no contrato; quando houver caducidade da apólice pelo não pagamento do prêmio; descumprimento de obrigações por parte do segurado inclusive a falta de comunicação do agravamento dos riscos e de ocorrência do sinistro, ou ainda, se o segurado agrava o risco intencionalmente. No caso de não pagamento da apólice, o segurado que honrar o débito acrescido dos juros, volta a ter o direito de indenização, isso se o sinistro não ocorrer antes da quitação total de dívida.
 Por todas essas particularidades a recomendação é sempre ler com atenção as cláusulas do contrato antes de assiná-lo. Em caso de dúvida peça ajuda ao corretor ou a um advogado e só assine quando tiver entendido tudo que consta no documento. Se for contratar um seguro saúde, preste atenção às especialidades, hospitais, enfermidades, cirurgias e despesas extras que não estão incluídas no plano, da mesma forma, atenção as condições de reajuste, período de cobertura e carência. No caso do seguro auto, lembre-se que no fechamento do contrato, a seguradora analisa o risco de boa-fé, mas na hora de pagar, vai analisar se o que foi informado é verdadeiro ou não, e vai descontar no valor do prêmio a ser pago a vantagem indevida que o segurado obteve no preço caso tenha mentido ou omitido alguma informação para baratear o seguro.
A função social do seguro confere, ainda, ao homem a certeza de poder prevenir-se contra a destruição das coisas e o perecimento das pessoas, em suas múltiplas formas, oferecendo a cada pessoa física, ou jurídica, a garantia econômica de que necessita.
Obrigações do segurado
– Veracidade das informações;
– Pagar o prêmio;
– Não agravar os riscos do contrato;
– Comunicar ao segurador qualquer fato que possa aumentar o risco do bem sob pena de perder o direito à garantia (Art. 769).
Art. 769. O segurado é obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à garantia, se provar que silenciou de má-fé.
§ 1o O segurador, desde que o faça nos quinze dias seguintes ao recebimento do aviso da agravação do risco sem culpa do segurado, poderá dar-lhe ciência, por escrito, de sua decisão de resolver o contrato.
§ 2o A resolução só será eficaz trinta dias após a notificação, devendo ser restituída pelo segurador a diferença do prêmio.
Obrigações do segurador
A principal obrigação do segurador é pagar ao segurado os prejuízos decorrentes do sinistro.
Comprovação: Art. 758 – Bilhete do seguro.
Art. 758. O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio.
Art. 768 – Perda da garantia:
Art. 768. O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato.
Art. 770 – Revisão do prêmio ou resolução do contrato.
Art. 770. Salvo disposição em contrário, a diminuição do risco no curso do contrato não acarreta a redução do prêmio estipulado; mas, se a redução do risco for considerável, o segurado poderá exigir a revisão do prêmio, ou a resolução do contrato.
Art. 157 – Lesão:
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
Art. 156 – Estado de Perigo:
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
Art. 478 – onerosidade excessiva:
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Ação indenizatória
Prazo prescricional: 3 anos.
Art. 206, §3º, inc. IX
*Data do conhecimento do dano e não de sua ocorrência.
Art. 206. Prescreve:
§ 3o Em três anos:
IX – a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
Art. 206 §1º, inc. II:
Prazo prescricional: 1 ano.
Art. 206. Prescreve:
§ 1o Em um ano:
II – a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
REFERÊNCIAS:
Disponível em: http://www.lopesperret.com.br/2013/06/17/legislacao-doutrina-direitos-e-obrigacoes-no-contrato-de-seguro/ Acesso em 05 de mar. 2016 ás 01:31min
Disponível em: http://cotandoseguro.com/blog-seguro-auto/dicas-gerais-sobre-seguro/direitos-e-deveres-em-um-contrato-de-seguro/ Acesso em 08 de mar. 2016 ás 14:31min
Disponível em: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4025 Acesso em 13de mar. 2016 ás 18:16min

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