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Os efeitos da talidomida em gestantes

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SIMON AMADO BORGES
ODONTOLOGIA 1ªFASE - M
EMBRIOLOGIA
 OS EFEITOS DO USO DA TALIDOMIDA EM GESTANTES
LAGES
2016
SIMON AMADO BORGES
OS EFEITOS DO USO DA TALIDOMIDA EM GESTANTES
Trabalho de graduação apresentado na
 disciplina de Embriologia do Curso
 de Odontologia do Centro 
Universitário UNIFACVEST.
Prof. ÉVERTON LUIZ PATRÍCIO.
LAGES
2016
1. INTRODUÇÃO
	Durante a gestação, o feto é completamente dependente da mãe. Seus nutrientes, anticorpos e outras substâncias atravessam a placenta e chegam ao feto pelo cordão umbilical. Além disso, os fármacos ingeridos pela mãe também influenciam direta e indiretamente na formação do feto. Enquanto alguns medicamentos ou suplementos são imprescindíveis para o bem estar do embrião, outros podem causar anomalias em virtudes de efeitos teratogênicos, ou seja, compostos que induzem a má formação de membros ou órgãos, por isso é fundamental um acompanhamento médico a fim de orientar corretamente a mãe a cerca da sua medicação. Um exemplo disso é a Talidomida. 
	A Talidomida obteve um efeito tão grande de anomalias em fetos, que ficou conhecida no mundo todo pela área farmacêutica e da saúde, e seu uso é extremamente proibido em gestantes. Seu uso era indicado para diversas condições como irritabilidade, ansiedade, insônia, enjôos e entre outras , mas por ser um isômero óptico, ela pode existir na forma de enantiômeros -S ou -R. Somente um dos isômeros da Talidomida possui os efeitos terapêuticos desejados (R - Talidomida), enquanto o outro (S - Talidomida) possui efeitos teratogênicos. 
	Por esse motivo, o objetivo desta pesquisa é informar, relatar e conhecer um pouco mais sobre os efeitos que a Talidomida causou e pode causar em mulheres gestantes ao ingerirem a droga, e também visa alertar a população sobre o uso de medicamentos sem a prescrição médica, onde ao perderem seus benefícios, acabam tornando-se um perigo para o organismo do indivíduo. 
2. DESENVOLVIMENTO 
	Nos dias atuais, frequentemente as pessoas ingerem seus próprios medicamentos em casa sem prescrição médica, e isso é bastante comum com gestantes também, mas é extremamente perigoso para o feto. Por esse motivo, as gestantes acabaram ganhando mais atenção pela aréa da saúde, após muitas mulheres grávidas terem passado pela epidemia da Talidomida. 
	Por volta de 1950, no período de pós guerra, uma companhia farmacêutica alemã passou a pesquisar e produzir novos antibióticos. Em uma das tentativas, no ano de 1957, uma substância nova foi produzida, a ftalimido-glutarimida, mais conhecida como talidomida. No entanto, ela não apresentava as características anti-bacterianas desejadas, mas sim propriedades capazes de controlar a ansiedade e náuseas. 
	Os primeiros testes da Talidomida foram realizados em roedores, aplicando diretamente a substância em dosagens altas, onde não foi manifestado efeitos colaterais. Por esse motivo, o medicamento entrou no mercado e fez um grande sucesso principalmente pelas gestantes. Logo, a droga já estava nas prateleiras de mais de 140 países, principalmente no Canadá e na Europa, e podia ser encontrada por diversos nomes: Contergan, Distaval, Talimol, Nibrol, Neurocedin, entre outras. 
	No final da década de 50, surgiu a primeira geração de vítimas da Talidomida. Na Alemanha, Reino Unido e Austrália, foram descritos os primeiros casos de focomelia. A focomelia é caracterizada pela má formação e encurtamento dos membros, sendo de 65 a 75% mutação nos membros superiores, 10 a 25% mutação nos membros inferiores e 2 a 5% mutações apenas nas pernas. Os bebês nascidos com esse problema ficaram conhecidos como os bebês da Talidomida ou "geração Talidomida".
	Em 1960, o obstreta australiano William McBride suspeitou da relação do uso do remédio durante a gravidez e os efeitos dos recém - nascidos. No entanto, apenas em novembro de 1961 foi conseguido comprovar os efeitos teratogênicos da Talidomida, quando mais de 10 mil casos já haviam sidos registrados. Nesta época, a droga foi imediatamente retirada de circulação do mundo todo menos no Brasil, onde permaneceu por mais 4 anos. Mesmo sabendo do perigo, ainda era usada no Brasil de forma ilegal, o que desencadeou a segunda geração da Talidomida. 
	Os efeitos teratogênicos da Talidomida podem causar má formações que incluem focomelia, como dito anteriormente, ausência de lábios, aumento do número de dedos, ocorrência de dedos colados, hidrocefalia, anomalias intestinais, cardiovasculares, renais e defeitos nervoso-cranial, uterino, genital e nos olhos e orelhas. Com o avanço das pesquisas e dos estudos sobre a droga, a Talidomida foi e é utilizada hoje em dia para o tratamento de doenças como lúpus, câncer na medula óssea e a hanseníase. 
3. CONCLUSÃO
	O uso de medicamentos na gravidez é um fato real e de grande importância para a área da saúde. Por mais que tenha seus benefícios, os medicamentos são considerados um tipo de droga. Medicamentos são substâncias que possuem a finalidade de curar ou reduzir os efeitos de doenças causadas no organismo, e drogas são substâncias com propriedades de realizar modificações nos sistemas orgânicos ou nos processos patológicos, não necessáriamente trazendo beneficios, pois podem produzir efeitos deletérios. Droga é um termo muito amplo pois incui todos os farmácos e outras substâncias como os alucinógenos, onde são drogas, todavia, não são fármacos nem medicamentos.
	Por um desatento da ciência, a Talidomida, criada com a intenção de ser utilizada como um método eficaz contra ansiedade e náuseas, causou consequências gravíssimas para as gestantes que a utilizaram. Uma droga onde gerou uma epidemía de anomalias pelo mundo todo. Sem saberem dos seus efeitos, o medicamento era utilizado com receita médica, e mesmo após os registros dos casos e a proibição do uso por gestantes, ele ainda continuou sendo utilizado sem prescrição médica, causando novas gerações da Talidomida. 
	A saúde da gestante como a do feto devem ser observadas durante toda a gestação, e sempre que possível deve evitar o uso de medicamentos durante a fase gestacional. A pesquisa mostra também a grande importância de nunca utilizar medicamentos quaisquer sem a prescrição de um médico, pois muitas vezes o que era para melhorar, pode causar consequências desastrosas.
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Video: Vítimas da Talidomida. https://www.youtube.com/watch?v=46dIgH24up0
Os perigos da Talidomida: https://www.youtube.com/watch?v=9yTjbE2jJU4
http://talidomida-anvisa.blogspot.com.br/p/historico.html
http://www2.fcfar.unesp.br/Home/Pos-graduacao/CienciasFarmaceuticas/rafael-consolin-chelucci---me.pdf
http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=-ebtJyBCgCh3VNKDFzCFkgxxI2YEF8S_PxwCiKgCB6TnwLq9Y5DAjpR2te9ZMQUQBQzSuJpQJ90YzL9Tyqq7Qw==
http://helpfarmacia.blogspot.com.br/2015/01/qual-diferenca-entre-medicamento.html
http://mulhercomsaude.com.br/gestantes/uso-de-medicamentos-durante-a-gravidez/

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