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competencia no processo penal

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AULA AO
VIVO
Competência no 
Processo Penal
Competência
A competência é a medida e o limite da jurisdição, dentro dos 
quais o órgão judicial poderá dizer o direito.
É a delimitação do poder jurisdicional (fixa os limites dentro dos 
quais o juiz pode prestar jurisdição). Aponta quais os casos que 
podem ser julgados pelo órgão do Poder Judiciário. É, portanto, 
uma verdadeira medida da extensão do poder de julgar.
Espécies de competência
A doutrina tradicionalmente distribui a competência considerando 
três aspectos diferentes: 
a) ratione materiae: estabelecida em razão da natureza do crime 
praticado;
b) ratione personae: de acordo com a qualidade das pessoas 
incriminadas;
c) ratione loci: de acordo com o local em que foi praticado ou 
consumou-se o crime, ou o local da residência do seu autor.
Como saber qual o juízo competente? 
Em primeiro lugar, cumpre determinar qual o juízo competente em 
razão da matéria, isto é, em razão da natureza da infração penal. 
Para a fixação dessa competência ratione materiae importa 
verificar se o julgamento compete à jurisdição comum ou especial 
(subdividida em eleitoral, militar e política).
Ao lado dessas jurisdições especiais (típicas ou não), a Constituição 
prevê a jurisdição comum estadual ou federal:
a) à justiça federal (art. 109, IV) compete processar e julgar os cri-
mes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de 
bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades 
autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções 
penais de qualquer natureza (que sempre serão da competência 
da justiça estadual, nos exatos termos da Súmula 38 do STJ: 
“compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição 
de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada 
em detrimento de bens, serviços ou interesses da União ou de 
suas entidades”);
b) à justiça comum estadual compete tudo o que não for de 
competência das jurisdições especiais e federal (competência 
residual).
Finalmente, no que diz respeito aos crimes dolosos contra a vida, 
e outros a que o legislador infraconstitucional posteriormente vier 
a fazer expressa referência, a competência para o julgamento será 
do tribunal do Júri, da jurisdição comum estadual ou federal, 
dependendo do caso (art. 5º, XXXVIII, d).
Fixada a competência em razão da matéria, cumpre verificar o 
grau do órgão jurisdicional competente, ou seja, se o órgão 
incumbido do julgamento é juiz, tribunal ou tribunal superior.
Essa delimitação de competência é feita pela Constituição Federal, 
de acordo com a prerrogativa de função, que é a chamada 
competência ratione personae.
A competência ratione personae está assim distribuída:
a) Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, b e c);
b) Superior Tribunal de Justiça (art. 105, I, a); 
c) Tribunais Regionais Federais (art. 108, I, a);
d) Tribunal de Justiça 
O foro por prerrogativa de função assim se apresenta:
Presidente da República crime comum STF
Presidente da República crime de responsabilidade Senado Federal
Vice-Presidente crime comum STF
Vice-Presidente crime de responsabilidade Senado Federal
Deputados federais e senadores crime comum STF
Deputados federais e senadores crime de responsabilidade Casa correspondente
Ministros do STF crime comum STF
Ministros do STF crime de responsabilidade Senado Federal
Procurador-Geral da República crime comum STF
Procurador-Geral da República crime de responsabilidade Senado Federal
Ministros de Estado crime comum e de responsabilidade STF
Ministros de Estado crime comum e de responsabilidade STF
Ministros de Estado 
crime de responsabilidade conexo 
com o de Presidente da República
Senado Federal
Ministros de Tribunais 
Superiores (STJ, TSE, STM e TST) 
e diplomatas
crime comum e de responsabilidade STF
Governador de Estado crime comum ou eleitoral STJ
Governador de Estado crime de responsabilidade
depende da Constituição 
Estadual
Desembargadores crime comum e de responsabilidade STJ
Procurador-Geral de Justiça crime comum TJ
Procurador-Geral de Justiça crime de responsabilidade Poder Legislativo Estadual
Membros do Ministério Público 
e juízes estaduais 
crime comum, de responsabilidade e 
doloso contra a vida 
TJ
Membros do Ministério Público 
e juízes estaduais 
crime eleitoral TRE
Membros do Ministério Público 
e juízes federais 
crime comum, de responsabilidade e 
doloso contra a vida 
TRF
Membros do Ministério Público 
e juízes federais 
crime eleitoral TRE
Deputados estaduais crime comum TJ
Deputados estaduais crime doloso contra a vida Tribunal do Júri
Deputados estaduais crime de responsabilidade Poder Legislativo Estadual
Prefeitos municipais crime comum e doloso contra a vida TJ
Prefeitos municipais crime federal TRF
Prefeitos municipais crime eleitoral TER
Prefeitos municipais crime de responsabilidade Poder Legislativo Municipal
Outros critérios para se saber qual o juiz competente
Os autores Grinover, Scarance e Magalhães (As nulidades no processo penal, cit., p. 40) 
apontam o caminho para se detectar qual o juiz competente. Devem ser formuladas as 
seguintes indagações:
Qual a jurisdição competente? Justiça comum ou justiça especial?
Qual o órgão jurisdicional hierarquicamente competente? O acusado tem foro 
privilegiado por prerrogativa de função?
Qual o foro territorialmente competente? Competência ratione loci (lugar da infração ou 
domicílio do réu?).
Qual o juízo competente? Qual a vara competente, de acordo com a natureza da 
infração penal? Vara comum ou vara do Júri? É a chamada competência de juízo.
Qual o juiz competente? (competência interna).
Qual o órgão competente para julgar o recurso?
Competência absoluta e relativa
Nos casos de competência ratione materiae e personae e competência funcional, cumpre 
observar que é o interesse público que dita a distribuição de competência. Assim, por exemplo, 
no caso da jurisdição comum e especial, dos juízes superiores e inferiores (competência 
originária e competência recursal) e segundo a natureza da infração penal, a competência é 
fixada muito mais por imposição de ordem pública do que no interesse de uma das partes. 
Trata-se, aí, de competência absoluta, que não pode ser prorrogada nem modificada pelas 
partes, sob pena de implicar nulidade absoluta.
No caso de competência de foro (territorial), porém, o legislador pensa preponderantemente 
no interesse de uma das partes. Costuma-se falar, nesses casos, em competência relativa, 
prorrogável, capaz de gerar, no máximo, se comprovado prejuízo, nulidade relativa. A 
prorrogação de competência consiste na possibilidade de substituição da competência de um 
juízo por outro, sem gerar vício processual. Como já se disse, a competência inderrogável é 
chamada de absoluta. Ao contrário, quando a lei possibilitar às partes que se submetam a juiz 
originariamente incompetente, a competência é tida como relativa.
A competência territorial é relativa; não alegada no momento oportuno, ocorre a preclusão. 
Por conseguinte, é prorrogável (STF, Tribunal Pleno, HC-AgR 88.759/ES, rel. Min. Ellen Gracie, j. 
31-3-2008).
Prorrogação de competência necessária e voluntária
A necessária ocorre nas hipóteses de conexão e continência 
(arts. 76 e 77).
A voluntária ocorre nos casos de competência territorial, 
quando não alegada no momento processual oportuno (art. 
108), ou no caso de ação penal exclusivamente privada, onde 
o querelante pode optar pelo foro do domicílio do réu, em vez 
do foro do local da infração (art. 73).
Competência “ratione materiae” na Constituição Federal
a) Jurisdições especiais: justiça do trabalho (arts. 111 a 116), justiça 
eleitoral (arts. 118 a 121), justiça militar (arts. 122 a 124) e a 
chamada jurisdiçãopolítica, no caso de crimes de responsabilidade 
praticados por certas autoridades (julgamento pelo Poder 
Legislativo).
Obs.: A proibição da existência de tribunais de exceção não abrange 
a justiça especializada, na medida em que esta representa divisão da 
atividade jurisdicional do Estado. Este é o entendimento de Celso 
Bastos e Ives Gandra (Comentários à Constituição do Brasil, Saraiva, 
p. 204-5).
b) Jurisdição comum ou ordinária: justiça dos Estados (arts. 125 e 
126), Justiça Federal (arts. 106 a 110).
Competência por distribuição
Havendo mais de um juiz competente no foro do processo, a 
competência será determinada pelo critério da distribuição. 
Nesse caso, existem dois ou mais juízes igualmente 
competentes, por qualquer dos critérios, para o julgamento 
da causa. A distribuição de inquérito policial e a decretação de 
prisão preventiva, a concessão de fiança ou a determinação 
de qualquer diligência (p. ex.: busca e apreensão), antes 
mesmo da distribuição do inquérito, tornam o juízo 
competente para a futura ação penal.
15.19. Competência por conexão
Conexão é o vínculo, o liame, o nexo que se estabelece entre 
dois ou mais fatos, que os torna entrelaçados por algum 
motivo, sugerindo a sua reunião no mesmo processo, a fim de 
que sejam julgados pelo mesmo juiz, diante do mesmo 
compêndio probatório e com isso se evitem decisões 
contraditórias. São efeitos da conexão: a reunião de ações 
penais em um mesmo processo e a prorrogação de 
competência.
15.19.1. Espécies de conexão
a) Intersubjetiva, que se subdivide em:
– Conexão intersubjetiva por simultaneidade (CPP, art. 76, I, primeira 
parte): quando duas ou mais infrações são praticadas, ao mesmo 
tempo, por várias pessoas reunidas, sem que exista liame subjetivo 
entre elas, ou seja, sem que estejam atuando em concurso de 
agentes. É o caso da autoria colateral. Por exemplo: ao final do jogo 
entre Corinthians e Portuguesa, em setembro de 1980, após o árbitro 
ter apitado um pênalti contra o Corinthians, seus torcedores, 
impulsivamente, sem ajuste prévio e de inopino, começaram a 
destruir todo o estádio do Pacaembu. O ideal é que o mesmo juiz 
julgue todos os infratores.
– Conexão intersubjetiva concursal ou por concurso (CPP, art. 76, I, segunda 
parte): quando duas ou mais infrações são praticadas por várias pessoas em 
concurso, embora diversos o tempo e o lugar. Nesse caso, os agentes estão 
unidos pela identidade de propósitos, resultando os crimes de um acerto de 
vontades visando ao mesmo fim. Ao contrário da primeira hipótese, não há 
reunião ocasional, mas um vínculo subjetivo unindo todos os agentes. É o 
caso, por exemplo, das grandes quadrilhas de sequestradores, em que um 
executa o sequestro, outro vigia o local, um terceiro planeja a ação, outro 
negocia o resgate e assim por diante. Todos devem ser julgados pelo 
mesmo juiz.
– Conexão intersubjetiva por reciprocidade (CPP, art. 76, I, parte final): 
quando duas ou mais infrações são praticadas por várias pessoas, umas 
contra as outras. É o caso das lesões corporais recíprocas, em que dois 
grupos rivais bem identificados se agridem. Os fatos são conexos e devem 
ser reunidos em um mesmo processo.
b) Conexão objetiva, lógica ou material: quando uma infração é praticada 
para facilitar a execução de outra (conexão objetiva teleológica) ou para 
ocultar, garantir vantagem ou impunidade a outra (conexão objetiva 
consequencial). No primeiro caso, tomemos como exemplo o traficante que 
mata policial para garantir a venda de entorpecentes a seus clientes. Outro 
exemplo é o do agente que falsifica cartão de crédito e com ele pratica 
inúmeros estelionatos (não há absorção porque o crime-meio não se 
exauriu no crime-fim, já que o documento falsificado continuou sendo 
usado após o primeiro golpe). Na hipótese da conexão consequencial, o 
sujeito, após matar a esposa, incinera o cadáver, ocultando as cinzas, ou 
mata a empregada, testemunha ocular do homicídio (garantindo sua 
impunidade).
c) Instrumental ou probatória: quando a prova de uma infração influir na 
outra. A questão, aqui, é de exclusiva conveniência da apuração da verdade 
real.
Competência por continência
Na continência não é possível a cisão em processos diferentes, porque 
uma causa está contida na outra.
Hipóteses de continência:
a) Quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração 
(CPP, art. 77, I): nesse caso, existe um único crime (e não vários), 
cometido por dois ou mais agentes em concurso, isto é, em coautoria 
ou em participação, nos termos do art. 29, caput, do CP. Aqui o 
vínculo se estabelece entre os agentes e não entre as infrações. É o 
caso da rixa (crime plurissubjetivo de condutas contrapostas), em que 
se torna conveniente o simultaneus processus entre todos os 
acusados. Há um só crime praticado, necessariamente, por três ou 
mais agentes em concurso.
b) No caso de concurso formal (CP, art. 70), aberratio ictus (CP, art. 73) 
e aberratio delicti (CP, art. 74): aqui, existe pluralidade de infrações, 
mas unidade de conduta. No concurso formal, o sujeito pratica uma 
única conduta, dando causa a dois ou mais resultados. Por exemplo: 
motorista imprudente, dirigindo perigosamente (única conduta), 
perde o controle e atropela nove pedestres, matando-os (nove 
homicídios culposos). Na aberratio ictus, o sujeito erra na execução e 
atinge pessoa diversa da pretendida ou, ainda, atinge quem pretendia 
e, além dele, terceiro inocente. Na aberratio delicti, o sujeito quer 
praticar um crime, mas, por erro na execução, realiza outro, ou, ainda, 
realiza o crime pretendido e o não querido. Exemplo: irritado com o 
preço elevado de um terno, o sujeito joga uma pedra na vitrine, para 
produzir um dano na loja; quebra o vidro e, por erro, fere a vendedora 
(dano e lesão corporal culposa). Em todos esses casos, as causas são 
continentes e devem ser julgadas pelo mesmo juiz.
Competência por prevenção
Prevenção significa prevenir, antecipar.
Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que houver dois ou mais juízes igualmente 
competentes, em todos os critérios, para o julgamento da causa. Neste caso, a prevenção surge 
como uma solução para determinar qual o juízo competente.
Trata-se de uma prefixação da competência, que ocorre quando o juiz toma conhecimento da 
prática de uma infração penal antes de qualquer outro igualmente competente, sendo necessário 
que determine alguma medida ou pratique algum ato no processo ou inquérito.
Exemplos de prevenção: decretação da prisão preventiva, concessão da fiança, pedido de 
explicações em juízo, diligência de busca e apreensão no processo dos crimes contra a 
propriedade imaterial, distribuição de inquérito policial para concessão ou denegação de pedido 
de liberdade provisória etc.
Casos em que não ocorre a prevenção: pedido de habeas corpus, remessa de cópia de auto de 
prisão em flagrante, decisão do tribunal que anula processo etc.
A nulidade decorrente da não observância da regra da prevenção é relativa, considerando-se 
sanada, quando não alegada no momento oportuno, uma vez que não se vislumbra, aqui, ofensa 
direta a princípio constitucional do processo. Esse entendimento, inclusive, é objeto da Súmula 
706 do STF: “É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por 
prevenção”.
Súmulas STJ 
Súmula 6 - Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar delito decorrente de acidente de 
trânsito envolvendo viatura de polícia militar, salvo se autor e vítima forem policiais militares em 
situação de atividade. (Súmula 6, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 07/06/1990, DJ 15/06/1990)
Súmula 47 - Compete a Justiça Militar processar e julgar crime cometido por militar contra civil, 
com emprego de arma pertencente a corporação, mesmo não estando em serviço. (Súmula 47, 
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em20/08/1992, DJ 25/08/1992)
Súmula 48 - Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar crime de 
estelionato cometido mediante falsificação de cheque. (Súmula 48, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 
20/08/1992, DJ 25/08/1992)
Súmula 53 - Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar civil acusado de prática de 
crime contra instituições militares estaduais. (Súmula 53, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 
17/09/1992, DJ 24/09/1992)
Súmula 59 - Não há conflito de competência se já existe sentença com trânsito em julgado, 
proferida por um dos juízos conflitantes. (Súmula 59, CORTE ESPECIAL, julgado em 08/10/1992, DJ 
14/10/1992 p. 17850)
Súmula 62 - Compete a Justiça Estadual processar e julgar o crime de falsa anotação na carteira de 
trabalho e previdência social, atribuído a empresa privada. (Súmula 62, TERCEIRA SEÇÃO, julgado 
em 19/11/1992, DJ 26/11/1992 p. 22212)
Súmula 75 - Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar o policial militar por crime de 
promover ou facilitar a fuga de preso de estabelecimento penal. (Súmula 75, TERCEIRA SEÇÃO, 
julgado em 15/04/1993, DJ 20/04/1993 p. 6769)
Súmula 78 - Compete a Justiça Militar processar e julgar policial de corporação estadual, ainda que 
o delito tenha sido praticado em outra unidade federativa. (Súmula 78, TERCEIRA SEÇÃO, julgado 
em 08/06/1993, DJ 16/06/1993)
Súmula 90 - Compete a Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela prática do 
crime militar, e a comum pela prática do crime comum simultâneo aquele. (Súmula 90, TERCEIRA 
SEÇÃO, julgado em 21/10/1993, DJ 26/10/1993)
Súmula 91 - Compete a Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra a fauna.(*) 
(*) Na sessão de 08/11/2000, a Terceira Seção deliberou pelo CANCELAMENTO da Súmula n. 91. 
(Súmula 91, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 21/10/1993, DJ 23/11/2000)
Súmula 104 - Compete a Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso 
de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino. (Súmula 104, TERCEIRA 
SEÇÃO, julgado em 19/05/1994, DJ 26/05/1994 p. 13088)
Súmula 107 - Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime de estelionato praticado 
mediante falsificação das guias de recolhimento das contribuições previdenciárias, quando não 
ocorrente lesão à autarquia federal. (Súmula 107, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 16/06/1994, DJ 
22/06/1994 p. 16427)
Súmula 122 - Compete a justiça federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de 
competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, "a", do Código de Processo 
Penal. (Súmula 122, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 01/12/1994, DJ 07/12/1994 p. 33970)
Súmula 140 - Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena 
figure como autor ou vítima. (Súmula 140, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 18/05/1995, DJ 
24/05/1995 p. 14853)
Súmula 147 - Compete a Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário 
público federal, quando relacionados com o exercício da função. (Súmula 147, TERCEIRA SEÇÃO, 
julgado em 07/12/1995, DJ 18/12/1995 p. 44864)
Súmula 151 - A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou 
descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens. (Súmula 
151, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/02/1996, DJ 26/02/1996 p. 4192)
Súmula 164 - O prefeito municipal, após a extinção do mandato, continua sujeito a processo por 
crime previsto no art. 1. do Decreto-lei n. 201, de 27/02/67. (Súmula 164, TERCEIRA SEÇÃO, 
julgado em 14/08/1996, DJ 23/08/1996)
Súmula 165 - Compete à justiça federal processar e julgar crime de falso testemunho cometido no 
processo trabalhista. (Súmula 165, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/08/1996, DJ 23/08/1996 p. 
29382)
Súmula 172 - Compete a Justiça Comum processar e julgar militar por crime de abuso de 
autoridade, ainda que praticado em serviço. (Súmula 172, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 
23/10/1996, DJ 31/10/1996)
Súmula 200 - O juízo federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de 
passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou. (Súmula 200, TERCEIRA SEÇÃO, julgado 
em 22/10/1997, DJ 29/10/1997)
Súmula 208 - Compete a Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba 
sujeita a prestação de contas perante órgão federal. (Súmula 208, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 
27/05/1998, DJ 03/06/1998)
Súmula 209 - Compete a Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba 
transferida e incorporada ao patrimônio municipal. (Súmula 209, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 
27/05/1998, DJ 03/06/1998)
Súmula 244 - Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato 
mediante cheque sem provisão de fundos. (Súmula 244, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/12/2000, 
DJ 01/02/2001 p. 302)
M U I T O O B R I G A D O !
CAPEZ
Fernando Capez
www.fernandocapez.com.br

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