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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIEˆNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE MATEMA´TICA AULA 1 - TUTORIA DE EQUAC¸O˜ES DIFERENCIAIS I Questa˜o 1. Verifique se a func¸a˜o indicada e´ uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o diferencial dada. Em caso afirmativo determine o intervalo de validade da soluc¸a˜o. (a) (y − x)y′ = y − x+ 8; y = x+ 4√x+ 2 . (b) y(4) − 4y(3) + 14y′′ + 44y′ + 25y = 0; y = 2e−t + t2 − t− 1. Resoluc¸a˜o: (a) Primeiro devemos determinar y′. Neste caso, y′(x) = 1 + 4 1 2 (x+ 2)−1/2 = 1 + 2(x+ 2)−1/2. Em seguida obtemos que (y − x)y′ = (x+ 4√x+ 2 − x)(1 + 2(x+ 2)−1/2) = 4√x+ 2 + 8 e y − x+ 8 = x+ 4√x+ 2 − x+ 8 = 4√x+ 2 + 8. Portanto (y−x)y′ = y−x+ 8 e a func¸a˜o dada e´ uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o diferencial. Ale´m disso, y(x) e´ uma soluc¸a˜o no intervalo (−2,∞) pois a derivada na˜o esta´ definida em -2. (b) Primeiro devemos determinar y′, y′′, y(3) e y(4). Neste caso, y′(t) = −2e−t + 2t− 1; y′′(t) = 2e−t + 2; y(3)(t) = −2e−t; y(4)(t) = 2e−t. Em seguida substituindo-se estas derivadas na equac¸a˜o diferencial obtemos que y(4) − 4y(3) + 14y′′ + 44y′ + 25y = = 2e−t − 4(−2e−t) + 14(2e−t + 2) + 44(−2e−t + 2t− 1) + 25(2e−t + t2 − t− 1) = = 2e−t + 8e−t + 28e−t + 28− 88e−t + 88t− 44 + 50e−t + 25t2 − 25t− 25 = = 25t2 + 63t− 41 6= 0. Portanto a func¸a˜o dada na˜o e´ uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o diferencial. Questa˜o 2. Resolva a equac¸a˜o (1− x2)dx dy = 2xy + 3 e determine o intervalo de validade das soluc¸o˜es obtidas. Resoluc¸a˜o: A equac¸a˜o dada pode ser reescrita na forma dy dx − 2x 1− x2y = 3 1− x2 , donde segue que ela e´ linear. O fator integrante da equac¸a˜o e´ µ(x) = e ∫ − 2x 1− x2dx = eln |1−x2| = |1− x2|. Vamos considerar o intervalo (−1, 1). Neste caso µ(x) = 1 − x2. Multiplicando-se a equac¸a˜o diferencial por µ obtemos (1− x2)dy dx − 2xy = 3, Portanto ∫ d dx [(1− x2)y(x)]dx = ∫ 3dx+ c, ou seja, (1− x2)y(x) = 3x+ c. Logo a soluc¸a˜o geral no intervalo (−1, 1) e´ y(x) = 3x+ c 1− x2 . Observe ainda que em cada um dos intervalos (∞,−1) e (1,∞) o fator integrante sera´ µ(x) = −(1−x2). Ale´m disso ao multiplicarmos a equac¸a˜o diferencial por este novo µ ela permanecera´ igual a estudada anteriormente. Logo a soluc¸a˜o nestes intervalos tambe´m sera´ y(x) = 3x+ c 1− x2 . Questa˜o 3. Determine, se poss´ıvel, uma soluc¸a˜o do PVI abaixo dy dt = 2 √ y + 1 cos t y(pi) = 0. Resoluc¸a˜o: Observe inicialmente que a equac¸a˜o e´ separa´vel. Temos que 1√ y + 1 dy dt = cos t e portanto a soluc¸a˜o e´ dada por∫ 1√ y + 1 dy = ∫ cos tdt+ c. Calculando-se as integrais obtemos a soluc¸a˜o geral√ y + 1 = sen t+ c. Para resolver o PVI impomos que √ 0 + 1 = sen pi + c. Portanto c = 1 e a soluc¸a˜o do PVI e´√ y + 1 = sen t+ 1. Questa˜o 4. Seja a uma constante real. Considere o PVI { y′ − y = eat y(0) = 0. (a) Encontre a soluc¸a˜o se a 6= 1. (b) Encontre a soluc¸a˜o se a = 1. Resoluc¸a˜o: O fator integrante da equac¸a˜o e´ µ(t) = e ∫ (−1)dt = e−t. Multiplicando-se a equac¸a˜o diferencial por µ(t) obtemos e−ty′ − e−ty = eat−t. Se a 6= 1, enta˜o d dt [e−ty] = eat−t. Portanto ∫ d dt [e−ty]dt = ∫ eat−tdt+ c, ou seja, e−ty = 1 a− 1e at−t + c. Logo a soluc¸a˜o geral e´ y(t) = 1 a− 1e at + cet. Para ser uma soluc¸a˜o c deve ser escolhido de modo que y(0) = 0. Logo 0 = 1 a−1e a0 + ce0. Portanto c = − 1 a−1 e a soluc¸a˜o do PVI e´ y(t) = 1 a− 1(e at − et). Se a = 1, enta˜o d dt [e−ty] = 1. Portanto ∫ d dt [e−ty]dt = ∫ dt+ c, ou seja, e−ty = t+ c. Logo a soluc¸a˜o geral e´ y(t) = (t+ c)et. Para ser uma soluc¸a˜o c deve ser escolhido de modo que y(0) = 0. Logo 0 = (0 + c)e0. Portanto c = 0 e a soluc¸a˜o do PVI e´ y(t) = tet.
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