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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIEˆNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE MATEMA´TICA AULA 3 - TUTORIA DE EQUAC¸O˜ES DIFERENCIAIS I Questa˜o 1. Determine o maior intervalo no qual o PVI a seguir tem uma soluc¸a˜o u´nica, duplamente deriva´vel. (na˜o precisa encontrar a soluc¸a˜o) (푥− 3)푦′′ + 푥푦 ′ + (푙푛∣푥∣)푦 = 0, 푦(1) = 0, 푦′(1) = 1. Soluc¸a˜o: A equac¸a˜o diferencial dada pode ser reescrita na forma 푦 ′′ + ( 푥 푥− 3 ) 푦 ′ + ( ln ∣푥∣ 푥− 3 ) 푦 = 0. As func¸o˜es 푝(푥) = 푥 푥− 3 e 푞(푥) = ln ∣푥∣ 푥− 3 esta˜o definidas e sa˜o cont´ınuas em ℝ − {0, 3}. Logo o maior intervalo contendo 푥0 = 1 no qual as func¸o˜es 푝(푥) e 푞(푥) sa˜o cont´ınuas e´ (0, 3). Portanto, pelo Teorema de existeˆncia e unicidade de soluc¸o˜es, o maior intervalo no qual o PVI tem soluc¸a˜o u´nica e´ (0, 3). Questa˜o 2. Encontre o conjunto fundamental de soluc¸o˜es da equac¸a˜o diferencial 푦′′ + 4푦′ + 3푦 = 0. Soluc¸a˜o: A equac¸a˜o caracter´ıstica de 푦′′ + 4푦′ + 3푦 = 0 e´ 푟2 + 4푟 + 3 = 0, cujas ra´ızes sa˜o 푟1 = −4 + 2 2 = −1 e 푟2 = −4− 2 2 = −3. Portanto 푦1(푡) = 푒 −푡 e 푦2(푡) = 푒−3푡 sa˜o soluc¸o˜es da equac¸a˜o diferencial. Para verificarmos que elas sa˜o soluc¸o˜es fundamentais precisamos determinar o Wronskiano dessas func¸o˜es. Temos 푊 [푦1, 푦2](푡) = det ( 푦1 푦2 푦′1 푦 ′ 2 ) = ∣∣∣∣ 푒−푡 푒−3푡−푒−푡 −3푒−3푡 ∣∣∣∣ = −3푒−4푡 + 푒−4푡 = −2푒−4푡 ∕= 0, para todo 푡 ∈ ℝ. Logo 푦1 e 푦2 formam um conjunto fundamental de soluc¸o˜es. Questa˜o 3. Dadas uma EDO e duas func¸o˜es, determine se as func¸o˜es formam um con- junto fundamental de soluc¸o˜es: 푥2푦′′ − 푥(푥 + 2)푦′ + (푥 + 2)푦 = 0, 푥 > 0; 푦1(푥) = 푥, 푦2(푥) = 푥푒푥. Soluc¸a˜o: Como 푦′1(푥) = 1, 푦 ′′ 1(푥) = 0 e 푥2푦′′1 − 푥(푥 + 2)푦′1 + (푥 + 2)푦1 = 푥2.0− 푥(푥 + 2).1 + (푥 + 2).푥 = 0, podemos afirmar que 푦1 e´ uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o. Como 푦′2(푥) = 푒 푥 + 푥푒푥, 푦′′2(푥) = 푒 푥 + 푒푥 + 푥푒푥 = 2푒푥 + 푥푒푥 e 푥2푦′′2 − 푥(푥 + 2)푦′2 + (푥 + 2)푦2 = 푥2(2푒푥 + 푥푒푥)− 푥(푥 + 2)(푒푥 + 푥푒푥) + (푥 + 2)푥푒푥 = 2푥2푒푥 + 푥3푒푥 − 푥2푒푥 − 푥3푒푥 − 2푥푒푥 − 2푥2푒푥 + 푥2푒푥 + 2푥푒푥 = 0 podemos afirmar que 푦2 tambe´m e´ uma soluc¸a˜o da equac¸a˜o. Para verificarmos que elas formam um conjunto fundamental de soluc¸o˜es precisamos de- terminar o Wronskiano dessas func¸o˜es. Temos 푊 [푦1, 푦2](푥) = det ( 푦1 푦2 푦′1 푦 ′ 2 ) = ∣∣∣∣ 푥 푥푒푥1 푥 + 푥푒푥 ∣∣∣∣ = 푥2 + 푥2푒푥− 푥푒푥 = 푥2 + (푥2− 푥)푒푥 ∕= 0, para todo 푥 > 0. Logo 푦1 e 푦2 formam um conjunto fundamental de soluc¸o˜es. Questa˜o 4. Determine duas soluc¸o˜es reais da EDO 푦′′ + 2푦′ + 3푦 = 0. Soluc¸a˜o: A equac¸a˜o caracter´ıstica de 푦′′ + 2푦′ + 3푦 = 0 e´ 푟2 + 2푟 + 3 = 0, cujas ra´ızes complexas sa˜o 푟1 = −2 + 2√2푖 2 = −1 + √ 2푖 e 푟2 = −2− 2√2푖 2 = −1− √ 2푖. Portanto 푦˜1(푡) = 푒 (−1+√2푖)푡 = 푒−푡푒 √ 2푡푖 = 푒−푡(cos( √ 2푡) + 푖sen( √ 2푡)) e 푦˜2(푡) = 푒 (−1−√2푖)푡 = 푒−푡푒− √ 2푡푖 = 푒−푡(cos( √ 2푡)− 푖sen(√2푡)) sa˜o soluc¸o˜es complexas da equac¸a˜o diferencial. Sejam 푦1 = 푦˜1 + 푦˜2 2 e 푦2 = 푦˜1 − 푦˜2 2푖 , enta˜o 푦1 = 푒 −푡cos( √ 2푡) e 푦2 = 푒 −푡sen( √ 2푡) sa˜o soluc¸o˜es reais da EDO. Exerc´ıcio: Verifique se 푦1 e 푦2 formam um conjunto fundamental de soluc¸o˜es.
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