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Aula 03

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MERCADO FINANCEIRO
ADMINISTRAÇÃO – PROF. JOSÉ MORAIS
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RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Segundo Assaf Neto, “o risco no mercado financeiro pode ser entendido como a probabilidade de perda em razão de uma exposição ao mercado. 
Podemos também definir risco como sendo a volatilidade de resultados não esperados ou uma estimativa para as possíveis perdas de uma instituição financeira, devido às incertezas que envolvem suas atividades diárias.
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RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Um bom sistema de gerenciamento de risco compreende o conjunto de pessoas, equipamentos, softwares, normativos, processos, metodologias e bancos de dados, utilizados para medir e controlar os riscos inerentes às atividades diárias de uma instituição permitindo aumentar a competitividade instituições financeiras e o estabelecimento de estratégias de atuação.
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RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
A gestão de risco é importante para: identificar a exposição da empresa ao risco e identificar seus aspectos mais frágeis, minimizar perdas financeiras e imunizar o capital da empresa.
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RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Os principais riscos financeiros atualmente enfrentados pelos bancos em suas atividades de intermediação financeira são classificados da seguinte forma:
Risco de Variação das Taxas de Juros
Risco de Crédito
Risco de Mercado
Risco Operacional
Risco de Câmbio
Risco Soberano
Risco de Liquidez
Risco Legal
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Risco de variação da taxa de juros
Surge geralmente de descasamento de prazos e diferença de valores. O pressuposto básico é o risco que uma instituição financeira corre em ter o valor de seus títulos de renda fixa modificados, como conseqüência de variações nos juros de mercado. 
Se a taxa de juro subir no mercado, o valor dos papéis de renda fixa diminui.
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Risco de variação da taxa de juros
Quando este título for um crédito (ativo) da instituição, ocorre uma perda; no caso de ser uma obrigação (passivo) há um ganho, pois a dívida se desvaloriza. 
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Risco de variação da taxa de juros
O descasamento de ativos e passivos expõe o banco ao risco de variação das taxas de juros:
Um aumento dos juros permite que o banco renove seus créditos concedidos seguindo as taxas mais altas de mercado, reforçando seus resultados financeiros. 
Ao contrário, em cenário de queda nos juros as receitas dos ativos (créditos) diminuem, promovendo menor margem financeira. 
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RISCO DA VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS 
A gestão de risco de taxa de juros é feita através de operações com derivativos, como contratos futuros, opções, swaps e outros instrumentos financeiros como veremos adiante na lição 10.
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RISCO DE CRÉDITO
Esta forma de risco pode ser considerada como a dominante no mercado financeiro dos dias de hoje. Relacionam-se a prováveis perdas quando um dos contratantes não consegue honrar seus compromissos. As perdas, neste caso, correspondem aos recursos que não serão mais recebidos. 
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RISCO DE CRÉDITO
O alcance desse risco vai depender do tamanho da posição tomada, do tamanho do negócio em relação ao fechamento de um dia particular e se existem mecanismos contratados que garantam o cumprimento dos compromissos assumidos. O efeito desta operação é sentido pelo custo de reposição do fluxo de caixa, que será suportado pela parte lesada.
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RISCO DE CRÉDITO
Nas operações de concessão de crédito os juros cobrados pelas instituições financeiras concedentes devem atender a três objetivos:
Cobrir todas as despesas administrativas e de pessoal alocadas ao crédito;
Cobrir o risco de crédito determinado pela inadimplência esperada (provisão para devedores duvidosos);
Remunerar os acionistas pelo capital aplicado.
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RISCO DE CRÉDITO
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RISCO DE CRÉDITO
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RISCO DE CRÉDITO
O risco de crédito no mercado financeiro é explicado, entre outras, pelas seguintes importantes origens:
Não-pagamento da dívida (default risk) por parte do devedor;
Transações de instrumentos de crédito nos mercado futuros e de opções;
 Risco legal que envolve o compromisso das partes com a estrutura legal do contrato, legislação do país;
 Risco do país que deriva principalmente de aspectos regulatórios, políticos e econômicos;
 Carteira de crédito com baixa diversificação elevando o risco pela concentração dos contratos em termos de perfil do devedor, setor de atividade ou região.
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RISCOS DE MERCADO
Está relacionado com o preço que o mercado estipula para ativos e passivos negociados pelos intermediários financeiros, ou seja, com o comportamento verificado no preço de um bem no dia-a-dia. Este risco exprime quanto pode ser ganho ou perdido quando da aplicação em contratos e outros ativos diante de mudanças em seus preços de negociação. 
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RISCOS DE MERCADO
Em outras palavras, o risco de mercado pode ser entendido como as chances de perdas de uma instituição financeira decorrentes de comportamentos adversos nos índices de inflação, taxas de juros, indicadores de bolsas de valores, preços de commodities, etc.
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RISCOS DE MERCADO
Por exemplo, quando da venda de um grande lote ações, bem acima do que o mercado está acostumado a negociar. Se a oferta for de venda poderá influenciar os preços para baixo, impondo perdas ao vendedor. O problema se agrava com títulos sem liquidez.
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RISCOS DE MERCADO
Quanto mais voláteis se apresentarem os preços dos ativos (títulos de renda fixa, ações, derivativos, commodities, etc), mais altos serão os riscos de mercado das instituições financeiras que operam na expectativa de determinado comportamento em seus preços. Essa situação exige que se acompanhe diariamente o valor dos ativos negociáveis, atualizando sempre seus resultados e posições futuras. 
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RISCOS DE MERCADO
A metodologia amplamente adotada para a gestão do risco de mercado é o Valor no Risco (VaR) – Value at Risk .
O VaR , através de técnicas estatísticas, mensura em condições normais de mercado e considerando um certo grau de confiança num horizonte de tempo, a perda esperada máxima de um título ou de uma carteira de títulos. 
Pode-se entender o VaR como uma medida que evidencia a exposição da carteira ao risco de mercado, bem como suas chances de perda. 
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RISCO OPERACIONAL
É o risco de perdas (diretas ou indiretas) determinadas por erros humanos, falhas nos sistemas de informações e computadores, fraudes, eventos externos, entre outras. No contexto de atuação de um banco, o risco operacional pode se originar de três segmentos pessoas, processos e tecnologia.
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RISCO OPERACIONAL
O segmento pessoas representa uma das variáveis mais relevantes de risco. Situações que envolvem pessoas que por muitas das vezes encontram-se pressionadas por metas ambiciosas, manuseio de grandes quantidades de dinheiro, podem originar erros e fraudes durantes a realização destas transações. 
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RISCO OPERACIONAL
Outro fator que possui relevância na análise dos riscos operacionais é o que envolve os processos automatizados, isto é, os processos que introduzem inovações tecnológicas na realização das transações como uso da internet, por exemplo. 
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RISCO DE CÂMBIO
Pode-se entender ainda o risco cambial pelo descasamento de posições em moedas estrangeiras de ativos e passivos de uma instituição financeira.
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RISCO DE CÂMBIO
Por exemplo, manter ativos em euros e passivos em dólares traz um ganho financeiro adicional à instituição financeira na expectativa da moeda norte-americana se desvalorizar perante o euro. Caso esta previsão não ocorra devido a alguma crise ou volatilidade nos preços pode provocar pesadas perdas para a instituição financeira. 
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RISCO SOBERANO
Risco soberano é entendido como o risco que um investidor corre, ao aplicar seus recursos em um país estrangeiro, de proibições ou limitações internas legais dos residentes em fazer qualquer
pagamento a credores externos, de principal e juros.
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RISCO DE LIQUIDEZ
O risco de liquidez está associado a alguns fatores que têm origem externa e outros de origem interna. No que toca a origem externa podemos registrar, por exemplo, situações de instabilidade macroeconômica e de mercado, tal qual ocorreu no segundo semestre de 2008, em decorrência da crise imobiliária norte-americana. 
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RISCO DE LIQUIDEZ
Quanto às origens internas o risco de liquidez está associado a uma avaliação negativa da instituição financeira que pode gerar solicitações de saques em montante superior ao normal, ocasionando uma crise de liquidez na instituição.
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RISCO LEGAL
O risco legal está associado à problemas decorrentes de legislação desatualizada diante dos avanços e da sofisticação das operações realizadas no mercado financeiro. 
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RISCO LEGAL 
Algumas iniciativas que foram tomadas em conjunto pelas instituições financeiras visando aprimorar o controle de risco do setor. Dentre estas iniciativas encontra-se aquela que impõe às instituições financeiras uma área denominada de Compliance que representa um setor que supervisiona, faz cumprir as normas, os procedimentos, o código de conduta, o cumprimento das leis que regem o segmento de modo geral e a instituição financeira de modo específico. 
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