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1 Eletrônica A Aula 01 –Teoria de Semicondutores e Diodo Semicondutor Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Pato Branco Disciplina: Eletrônica A (EL25EL/EL25CP) Professor Diogo Vargas Conteúdo programático EMENTA CONTEÚDO 1. Teoria de semicondutores 1. Estrutura Atômica; Modelo de Bohr; 2. Materiais Semicondutores Intrínsecos e Extrínsecos P e N; 3. Material Semicondutor Extrínseco submetido a energias externas; 4. Propriedades da Junção PN; 5. Equacionamento. 2. Dispositivos Semicondutores 1. Introdução aos dispositivos semicondutores; 2. Principais tipos e suas aplicações. 3. Diodos Semicondutores e suas Aplicações 1. Características do diodo PN; 2. Curva Característica VxI; Folha de Especificação; Características dinâmicas: capacitância de transição e tempo de recuperação reversa; 3. Modelos Matemáticos de Análise dos diodos; Equação do Diodo; Reta de Carga; 4. Retificadores; Grampeadores e Limitadores; Multiplicadores de Tensão; 5. Diodo Emissor de Luz; 6. Diodo Zener; 7. Reguladores. 4. Transistores Bipolares de Junção, Polarização e Aplicações. 1. Estrutura e princípio de funcionamento; Folha de Especificação; 2. Configurações BC, EC e CC e suas características; 3. Polarizações DC e operação como chave; 4. Aplicações. 5. Transistores de Efeito de Campo, Polarização e Aplicações. 1. Estrutura e princípio de funcionamento; 2. MOSFET de depleção e de intensificação; Configurações e suas características; 3. Folha de Especificação; 4. Polarizações; 5. VMOS; CMOS; 6. Aplicações. 2 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A Sumário Teoria de Semicondutores 1. Materiais Elétricos 2. Semicondutores 3. Dopagem 4. Junção PN Diodo semicondutor 5. Polarização 3 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 1. Materiais elétricos • Principais: • Materiais condutores • Facilita o fluxo de carga elétrica • Baixa resistividade (10-2 a 10 Ωmm2/m) • Ex.: Cobre, Alumínio, Chumbo, Prata, Ouro, ... • Materiais isolantes • Dificulta o fluxo de carga elétrica • Alta resistividade (10+12 a 10+24 Ωmm2/m) • Ex.: Ar, Borracha, Cerâmica, Vidro, Mica, ... • Materiais semicondutores • Facilidade de fluxo de carga elétrica intermediário entre condutores e isolantes • Média resistividade (10 a 10+12 Ωmm2/m) • Ex.: Silício, Germânio, ... 4 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 2 1. Materiais elétricos • Principais: • Materiais condutores • Facilita o fluxo de carga elétrica • Baixa resistividade (10-2 a 10 Ωmm2/m) • Ex.: Cobre, Alumínio, Chumbo, Prata, Ouro, ... • Materiais isolantes • Dificulta o fluxo de carga elétrica • Alta resistividade (10+12 a 10+24 Ωmm2/m) • Ex.: Ar, Borracha, Cerâmica, Vidro, Mica, ... • Materiais semicondutores • Facilidade de fluxo de carga elétrica intermediário entre condutores e isolantes • Média resistividade (10 a 10+12 Ωmm2/m) • Ex.: Silício, Germânio, ... 5 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 1. Materiais elétricos Isolantes Semicondutores Metais Isolantes S em icond utores C ond utores Quar tzo Porcelana Vidro Arseneto de Gálio Sil ício Germânio Sil ício Dopado Metais Supercondutores (muito abaixo) Condut ividade 6 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 2. Semicondutores • Materiais comumente utilizados são: • Silício (Silicon, Si) • Germânio (Germanium, Ge) • Arseneto de Gálio (Gallium Arsenide, GaAs) 7 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A Materiais intrínsecos � Todo semicondutor em seu estado puro é chamado de intrínseco Fig 1 – estrutura atômica do silício 8 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 3 Materiais intrínsecos � Todo semicondutor em seu estado puro é chamado de intrínseco Fig 2 – átomo de silício apenas com a camada de valência Fig 1 – estrutura atômica do silício 9 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A Materiais intrínsecos � Todo semicondutor em seu estado puro é chamado de intrínseco Fig 3 – quando um átomo tetravalente liga-se outros quatro elétrons de um átomo vizinho, então eles formam uma ligação covalente, ou seja, existe um compartilhamento de elétrons. Dessa forma, cada átomo fica com 8 elétrons na camada de valência, configurando assim uma situação estável 10 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A Materiais intrínsecos � Fontes externas (calor, luz) podem levar os elétrons da camada de valência a adquirir energia cinética, quebrando uma ligação covalente 11 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A Materiais intrínsecos � Esse elétron pode “circular” pela estrutura. Nessa configuração Elétrons movem-se para a esquerda. As lacunas movem- se para a direita. 12 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 4 Materiais intrínsecos � Esse elétron pode “circular” pela estrutura. Nessa configuração Elétrons movem-se para a esquerda. As lacunas movem- se para a direita. 13 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A Sumário Teoria de Semicondutores 1. Materiais Elétricos 2. Semicondutores 3. Dopagem 4. Junção PN Diodo semicondutor 5. Polarização 14 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 3. Semicondutor extrínseco e Dopagem • As características elétricas dos semicondutores (e.g. Silício e Germânio) são melhoradas pela adição de materiais (impurezas). Esse processo é chamado de dopagem. • Aplicação de impurezas (cuidadosamente) para controlar a condutividade do material a partir de fontes elétricas, térmicas ou luminosas. 15 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 3. Semicondutor extrínseco e Dopagem • Existem dois tipos de dopagens: • Tipo n: Materiais do tipo n contém um excesso de elétrons na banda de condução; • Impurezas principais: • Fósforo, Antimônio (pentavalentes = 5 elétrons = “sobra” 1) • Tipo p: Materiais do tipo n contém um excesso de lacunas na banda de valência. • Impurezas principais: • Bóro (trivalente = 3 elétrons = “falta” 1) 16 U T F P R @ P a t o B r a n c o- E l e t r ô n i c a A 5 3. Dopagem • Estruturalmente a impureza pentavalente (e.g. Fósforo) gera: Si SiSi P SiSi Si SiSi - Elétron Livre 17 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 3. Dopagem • Estruturalmente a impureza trivalente (e.g. Boro) gera: Si SiSi B SiSi Si SiSi + Lacuna Livre 18 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 3. Dopagem � Impurezas pentavalentes acrescentam elétrons livres à estrutura, tornando-a mais negativa �Material tipo n � São doadores de elétrons � Impurezas trivalentes acrescentam lacunas livres à estrutura, tornando-a mais positiva �Material tipo p � São receptores de elétrons 19 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 3. Dopagem � Estruturalmente temos: �Material p: íons receptores + lacunas livres �Material n: íons doadores + elétrons livres - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - +- + + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + -+ - Material p Material n 20 Lacunas livres = portador majoritário Elétrons = portador minoritário Elétrons livres = portador majoritário Lacunas = portador minoritário U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 6 Sumário Teoria de Semicondutores 1. Materiais Elétricos 2. Semicondutores 3. Dopagem 4. Junção PN Diodo semicondutor 5. Polarização 21 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 4. Junção PN • Quando ligamos um material do tipo P com um material do tipo N produzimos uma junção PN. 22- + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - +- + + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + -+ - Material P Material N U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 1) Os elétrons na camada n migram através da junção para o material p (fluxo de elétrons). 3) O resultado é a formação de uma região de depleção na junção. 2) A migração de elétrons resulta em uma carga negativa no lado p da junção e em uma carga positiva no lado n da junção. 23 - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - +- + + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + -+ - Material P Material N U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 4. Junção PN � Próximo à junção, os elétrons livres do material do tipo N migram para (combinam com) as lacunas livres do material do tipo P (atração elétrica). - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - +- + + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + -+ - Material P Material N 24 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 7 4. Junção PN � Forma-se então uma zona de depleção onde há apenas íons negativos e positivos fixados pela estrutura cristalina. - + - + - + - + - + - + - + - + - - -- + + + + + - + - + - + - + - + - + - + -+ - Material P Material N 25 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 4. Junção PN � O tamanho da zona de depleção depende: � Do material intrínseco (e.g. Silício, Germânio) � Da quantidade de impurezas (dopagem) 26 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A Sumário Teoria de Semicondutores 1. Materiais Elétricos 2. Semicondutores 3. Dopagem 4. Junção PN Diodo semicondutor 5. Polarização 27 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A 5. Polarização (inversa) � Aplicando uma tensão com polaridade inversa � Elétrons são atraídos para o potencial positivo � Lacunas são atraídas para potencial negativo - + - + - + - + - + - + - + - + - - -- + + + + + - + - + - + - + - + - + - + -+ - Material P Material N 28 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A - + 8 5. Polarização (inversa) � Aumento da zona de depleção, impedindo que elétrons livres alcançarem lacunas livres através dessa zona. � Presença de corrente reversa (saturação) – Is � Devido a impurezas – minoritárias – dos materiais. - + - + - + - + - + - + - + - + - - --+ + + + + - + - + + - + - + - + - + -+ - Material P Material N Is 29 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A - + 5. Polarização (direta) � Aplicando uma tensão com polaridade direta � Elétrons são afastados pelo potencial negativo � Lacunas são afastados pelo potencial positivo - + - + - + - + - + - + - + - + - - -- + + + + + - + - + - + - + - + - + - + -+ - Material P Material N 30 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A + - 5. Polarização (direta) � Redução da zona de depleção, facilitando elétrons livres alcançarem lacunas livres através dessa zona. � Pouca energia necessária para que elétrons e lacunas livres cruzem a junção (corrente Imajoritários) IsImajoritários - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - +- + + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + -+ - Material P Material N 31 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A + - Bibliografia • Prof.Carlos Stein. Material da disciplina de Eletrônica A. UTFPR. 2013. • BOYLESTAD, Robert & NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos - Rio de Janeiro, Editora Prentice-Hall do Brasil Ltda; • MALVINO, Albert Paul. Eletrônica. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil. Vol. 1. • Prof.Carlos Pedroso. Apostila de Eletricidade Aplicada TE144. UTFPR. 2011. 32 U T F P R @ P a t o B r a n c o - E l e t r ô n i c a A
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