curso 13901 aula 01 v8

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Aula 01
Direito Civil p/ TRF 2ª Região (Analista Judiciário - Área Judiciária e Oficial) - Com
videoaulas 
Professor: Aline Santiago
02697927328 - ISABELLE PRATA
 
 
 
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DIREITO CIVIL ± TRF 2ª REGIÃO (AJAJ) 
Teoria e Questões 
Aula 01 ± Profa Aline Santiago / Prof. Jacson Panichi 
 
 
Aula 01 
Princípios do Direito 
Civil. Das Pessoas 
Naturais. 
 
 
 
Apresentação da Aula 01 .............................................................................................................. 2 
Cronograma da Aula - 01 .............................................................................................................. 3 
Relação dos Assuntos com o Código Civil ...................................................................................... 3 
Princípios Norteadores do Código Civil/2002. ............................................................................... 4 
Pessoas Naturais ........................................................................................................................ 11 
Pessoas Naturais: ....................................................................................................................... 12 
Início de sua existência e personalidade. .................................................................................... 12 
Capacidade ................................................................................................................................ 15 
Incapacidade .............................................................................................................................. 17 
Cessação da incapacidade. ......................................................................................................... 22 
Extinção da personalidade natural. ............................................................................................ 27 
Individualização da pessoa natural: ............................................................................................ 30 
Nome, Estado e domicílio. .......................................................................................................... 30 
¾ Nome ........................................................................................................................................ 30 
¾ Estado (status) da pessoa natural. .............................................................................................. 32 
¾ Domicílio. .................................................................................................................................. 34 
Direitos da Personalidade .......................................................................................................... 37 
Da ameaça ou lesão a direito da personalidade. ......................................................................... 39 
Da disposição do Corpo em vida e para depois da morte. ........................................................... 39 
Do constrangimento a tratamento médico ou intervenção cirúrgica. .......................................... 41 
Proteção ao nome ...................................................................................................................... 43 
Da produção intelectual e da imagem das pessoas. .................................................................... 43 
Da intimidade. ........................................................................................................................... 45 
Ausência. ................................................................................................................................... 45 
¾ Ausência (arts. 22 a 39) .............................................................................................................. 45 
Considerações Finais .................................................................................................................. 52 
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Resumo da Matéria .................................................................................................................... 53 
¾ Princípios do Direito Civil ........................................................................................................... 53 
Questões da CONSULPLAN/FCC .................................................................................................. 58 
Questões Comentadas ............................................................................................................... 59 
Lista de Questões ..................................................................................................................... 110 
Gabarito .................................................................................................................................. 129 
 
 
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35,1&Ë3,26�'2�',5(,72�&,9,/��'$6�3(662$6�1$785$,6 
Apresentação da Aula 01 
2Oi�DPLJRV�FRQFXUVHLURV� 
 
 
6H� QyV� HVWDPRV� WHQGR� HVWH� VHJXQGR� FRQWDWR� p� VLQDO� TXH� D� VXD�
FRQILDQoD�HP�QRVVR�WUDEDOKR� IRL�GHSRVLWDGD�H��SRUWDQWR��HVSHUDPRV�
SRGHU�FRUUHVSRQGHU�GD�PHOKRU�IRUPD�SRVVtYHO� 
 
3ULPHLUDPHQWH� JRVWDUtDPRV� GH� SHGLU� TXH� YRFr� QmR� VH� DVVXVWH� FRP� R�
Q~PHUR� GH� SiJLQDV� GHVWD� DXOD�-��QmR�VH� WUDWD�GH�XPD�DXOD� WHyULFD�PXLWR�
ORQJD�� PDV� LQFOXtPRV� PXLWDV� TXHVW}HV� H� GHWDOKDPRV� DV� H[SOLFDo}HV�
�WUDQVFUHYHQGR�RV�DUWLJRV�SDUD�IDFLOLWDU�D�VXD�YLGD�� 
 
1HVWD� DXOD� ��� YDPRV� DSUHQGHU� D� UHVSHLWR� GDV� SHVVRDV� QDWXUDLV�� SRQWR�
PXLWR� LPSRUWDQWH� GH� QRVVR� HVWXGR�� WHQGR� HP� YLVWD� TXH� R� RUGHQDPHQWR�
MXUtGLFR�� DV� UHODo}HV� SULYDGDV� H�� SRU� FRQVHTXrQFLD�� WDPEpP� R� &yGLJR� &LYLO��
³JLUDP´�HP�WRUQR�GDV�SHVVRDV� 
&RPR� HVWDV� SHVVRDV� SRVVXHP� GLUHLWRV� H� REULJDo}HV�� R� RUGHQDPHQWR�
MXUtGLFR�SURFXUD�QRUPDWL]DU��UHJXODPHQWDU��GDU�RUGHP��HQILP��EXVFD�RUJDQL]DU�D�
VRFLHGDGH�� 2UJDQL]DU�� SDUWLFXODUPHQWH�� D� YLGD� GH� FDGD� LQGLYtGXR� H�
FRQVHTXHQWHPHQWH�D�SUySULD�VRFLHGDGH� 
9DPRV� HVWXGDU� WDPEpP� RV� SULQFtSLRV� GR� GLUHLWR� FLYLO�� FREUDGR� HP� VHX�
HGLWDO� 
 
 
 
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Cronograma da Aula - 01 
 
AULA Tópicos abordados DATA 
AULA 01 Princípios do Direito Civil. Das Pessoas Naturais (06/12/2016) 
 
 
 
Relação dos Assuntos com o Código Civil 
 
A
U
L
A
 0
1
 Tópicos que serão abordados neste curso Artigos da Lei 
Das Pessoas Naturais Art. 1° ao 39 do CC 
Domicílio. Art. 70 ao 78 do CC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2%6(59$d­2� ,03257$17(�� HVWH� FXUVR� p� SURWHJLGR� SRU�GLUHLWRV� DXWRUDLV�
�FRS\ULJKW��� QRV� WHUPRV� GD� /HL� ���������� TXH� DOWHUD�� DWXDOL]D� H� FRQVROLGD� D�
OHJLVODomR�VREUH�GLUHLWRV�DXWRUDLV�H�Gi�RXWUDV�SURYLGrQFLDV� 
*UXSRV� GH� UDWHLR� H� SLUDWDULD� VmR� FODQGHVWLQRV�� YLRODP� D� OHL� H� SUHMXGLFDP� RV�
SURIHVVRUHV�TXH�HODERUDP�RV�FXUVRV��9DORUL]H� R� WUDEDOKR� GH� QRVVD� HTXLSH�
DGTXLULQGR� RV� FXUVRV� KRQHVWDPHQWH� DWUDYpV� GR� VLWH� (VWUDWpJLD�
&RQFXUVRV��-� 
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35,1&Ë3,26�'2�',5(,72�&,9,/� 
Princípios Norteadores do Código Civil/2002. 
O código civil de 2002 tem um sentido social e um aspecto de igualdade, 
que visa atender aos reclamos da nova realidade, acabando com instituições 
ultrapassadas, abrigando institutos dotados de certa estabilidade, apresentando 
desapego a formas jurídicas superadas, tendo um sentido operacional à luz do 
princípio da realizabilidade, traçando, tão somente, normas gerais definidoras 
de instituições e de suas finalidades, com o objetivo de garantir sua eficácia, 
reservando as particularidades às leis especiais, que estão expostas às 
variações dos fatos da existência cotidiana e das exigências 
sociocontemporâneas, e eliminando, ainda, normas processuais ao admitir 
apenas as intimamente ligadas ao direito material. Procura exprimir a 
importância da justiça social e o respeito da dignidade da pessoa humana (CF, 
art. 1º, III)1. Tem por diretriz os princípios da Socialidade, da Eticidade e da 
Operabilidade que surgiram com a edição do Código Civil atual. 
Esses princípios não estão previstos de forma explícita na Constituição 
Federal, mas como todo princípio, são de fundamental importância para o 
ordenamento jurídico brasileiro e para a preservação dos direitos fundamentais. 
 
Vamos estudar separadamente sobre cada um deles: 
Princípio da sociabilidade: prevê a prevalência dos valores coletivos sobre 
os individuais, mas sem detrimento do valor fundamental da pessoa humana. O 
princípio da sociabilidade busca afastar a visão individualista e totalmente 
privada que vigorava no Código Civil anterior (1916). 
Princípio da eticidade: funda-se no valor da pessoa humana, é neste 
princípio que estão baseados os valores da equidade, da boa-fé, da justa causa. 
Princípio da operabilidade: decorre das cláusulas gerais do direito civil. 
E prever que o direito é feito para ser efetivado e executado. 
Este princípio estabelece soluções facilitadoras da sua interpretação e aplicação, 
notadamente quanto à precisão dos conceitos. 
Um exemplo marcante é a distinção entre prescrição e decadência. O Código 
Civil de 1916 elencava em um só dispositivo prazos prescricionais e 
decadenciais. 
 
1 Maria Helena Diniz. Manual de Direito Civil. 
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O art. 206 do novo Código enumera os prazos prescricionais, sendo os 
decadenciais expressamente citados após a hipótese normativa prevista, como 
no art. 618. 
 
 
 
Princípio da Socialidade: reflete a prevalência do interesse 
coletivo sobre o individual, dando ênfase à função social da 
propriedade e do contrato e à posse-trabalho. 
Principio da Eticidade: fundado no respeito à dignidade humana, 
dando prioridade à boa-fé subjetiva e objetiva, à probidade e à 
equidade. 
Princípio da Operabilidade: conferindo ao órgão aplicador maior 
elastério, para que, em busca de solução mais justa (LINDB, art. 
5º), a norma possa, na análise de caso por caso, ser efetivamente 
aplicada. 
Todos os princípios norteadores do Código Civil de 2002, ora 
vigente, giram em torno da cidadania, da dignidade humana, 
dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa2. 
 
 
Veja como esse assunto foi cobrado em prova por outras bancas: 
MPE-MG 2014/ MPE-M/Promotor de Justiça. É possível afirmar que a 
adoção do sistema de cláusulas gerais no Código Civil de 2002 reverencia: 
a) O princípio da boa-fé objetiva. 
b) O princípio da eticidade. 
c) O princípio da sociabilidade. 
d) O princípio da operabilidade. 
Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³G´�HVWi�FRUUHWD 
É possível afirmar que a adoção do sistema de cláusulas gerais no Código Civil 
de 2002 reverencia o princípio da operabilidade. 
As cláusulas gerais decorrem do Princípio da operabilidade do direito civil 
que busca a efetividade do direito, sendo aplicado de forma mais dinâmica e 
mais simples. Este princípio estabelece soluções facilitadoras da sua 
interpretação e aplicação, notadamente quanto à precisão dos conceitos. 
Gabarito letra D 
 
 
2 Maria Helena Diniz. Curso de Direito Civil Brasileiro. 
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CESPE 2009/TRF - 1ª REGIÃO/Juiz Federal. Determinado indivíduo 
comprou um carro e, após dez dias utilizando-o, constatou defeito que diminuiu 
sensivelmente o valor do veículo. O adquirente desconhecia o defeito no 
momento da realização do negócio jurídico e, se dele tivesse conhecimento, não 
o teria celebrado. 
Foi considerado correto o seguinte enunciado: A hermenêutica contratual 
moderna impõe o princípio da sociabilidade dos contratos como limitação à 
liberdade contratual. 
Comentário: 
O princípio da sociabilidade reflete a prevalência do interesse coletivo sobre o 
individual, dando ênfase à função social da propriedade e do contrato. Trata-se 
da função social dos contratos, que traz o princípio da liberdade contratual. 
Vejamos o que diz o art. 421 do CC/2002: 
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social 
do contrato. 
 
CESPE 2013/DPE-TO/Defensor Público. Acerca do Direito Civil, 
assinale a opção correta. 
a) O princípio da eticidade, paradigma do atual direito civil constitucional, 
funda-se no valor da pessoa humana como fonte de todos os demais 
valores, tendo por base a equidade, boa-fé, justa causa e demais critérios 
éticos, o que possibilita, por exemplo, a relativização do princípio do pacta 
sunt servanda, quando o contrato estabelecer vantagens exageradas para 
um contratante em detrimento do outro. 
b) Cláusulas gerais, princípios e conceitos jurídicos indeterminados são 
expressões que designam o mesmo instituto jurídico. 
c) A operacionalidade do direito civil está relacionada à solução de 
problemas abstratamente previstos, independentemente de sua 
expressão concreta e simplificada. 
d) Na elaboração do Código Civil de 2002, o legislador adotou os paradigmas 
da socialidade, eticidade e operacionalidade, repudiando a adoção de 
cláusulas gerais, princípios e conceitos jurídicos indeterminados. 
e) No Código Civil de 2002, o princípio da socialidade reflete a prevalência 
dos valores coletivos sobre os individuais, razão pela qual o direito de 
propriedade individual, de matriz liberal, deve ceder lugar ao direito de 
propriedade coletiva, tal como preconizado no socialismo real. 
Comentário: 
$�DOWHUQDWLYD�³D´�HVtá correta 
O princípio da eticidade funda-se no valor da pessoa humana como fonte de 
todos os demais valores. Prioriza a equidade, a boa-fé, a justa causa e demais 
critérios éticos. Confere maior poder ao juiz para encontrar a solução mais justa 
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ou equitativa. Nesse sentido, é posto o princípio do equilíbrio econômico dos 
contratos como base ética de todo o direito obrigacional. 
Reconhece-se assim, a possibilidade de se resolver um contrato em virtude do 
advento de situações imprevisíveis, que inesperadamente venham a alterar os 
dados do problema, tornando a posição de um dos contratantesexcessivamente 
onerosa. 3 
$�DOWHUQDWLYD�³b´�HVWá errada 
Cláusulas gerais, princípios e conceitos jurídicos indeterminados embora sejam 
institutos parecidos, eles se divergem. 
³As cláusulas gerais resultaram basicamente do convencimento do legislador de 
que as leis rígidas, definidoras de tudo e para todos os casos, são 
necessariamente insuficientes e levam seguidamente a situações de grave 
injustiça. Embora tenham, num primeiro momento, gerado certa insegurança, 
convivem, no entanto, harmonicamente no sistema jurídico, respeitados os 
princípios constitucionais concernentes à organização jurídica e econômica da 
sociedade. Cabe destacar, dentre outras, a cláusula geral que exige um 
comportamento condizente com a probidade e boa-fé objetiva (CC, art. 422) e 
a que proclama a função social do contrato (art. 421). São janelas abertas 
deixadas pelo legislador, para que a doutrina e a jurisprudência definam o seu 
alcance, formulando o julgador a SUySULD�UHJUD�FRQFUHWD�GR�FDVR�´4 
Cláusulas gerais são janelas abertas deixadas pelo legislador para que a 
doutrina e a jurisprudência definam o seu alcance, cujos valores devem ser 
preenchidos pelo juiz. 
Princípios são fontes do direito e forma de integração e aplicabilidade 
supletiva. 
Conceito jurídico indeterminado são expressões imprecisas ou vagas 
contidas numa norma, de modo que a dúvida encontra-se no significado das 
mesmas, e não nas conseqüências legais de seu descumprimento. 
A alteUQDWLYD�³c´�HVWá errada 
A operacionalidade do direito civil está relacionada à solução de problemas de 
forma concreta e efetiva. 
O princípio da operabilidade leva em consideração que o direito é feito para ser 
efetivado, para ser executado. Por essa razão, o novo Código evitou o 
bizantino, o complicado, afastando as perplexidades e complexidades. Exemplo 
desse posicionamento, dentre muitos outros, encontra-se na adoção de critério 
seguro para distinguir prescrição de decadência, solucionando, assim, 
interminável dúvida. 5 
$�DOWHUQDWLYD�³d´�HVWá errada 
 
3 Carlos Roberto Gonçalves. Direito civil brasileiro. 
4 Idem 
5 Idem 
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Na elaboração do Código Civil de 2002, o legislador adotou os paradigmas da 
socialidade, eticidade e operacionalidade, e a adoção as cláusulas gerais, 
princípios e conceitos jurídicos indeterminados. 
A alternDWLYD�³e´�HVWá errada 
O princípio da socialidade reflete a prevalência dos valores coletivos sobre os 
individuais, sem perda, porém, do valor fundamental da pessoa humana. 
Gabarito letra A 
 
CESPE 2009/MPE-R/Promotor de Justiça. 
Foi considerado INCORRETO o seguinte enunciado: A função social da posse, 
prevista no Código Civil brasileiro - Lei n.º 10.406/2002 -, tipifica o princípio da 
eticidade, o qual proclama a compatibilização dos valores técnicos com os 
valores éticos, como mecanismo não só de imposição de limites, mas também 
de estabelecimento de deveres implícitos nas relações jurídicas patrimoniais. 
Comentário: 
Trta-se do principio da socialidade que permeia as relações privadas por força 
dos conceitos do abuso de direito, da função social da propriedade e do 
contrato. 
 
TRT 16 2015/TRT - 16ª REGIÃO (MA)/Juiz do Trabalho Substituto. 
Foi considerado correto o seguinte enunciado: O princípio da eticidade, 
utilizando-se de critérios éticos, tem como base o valor da pessoa humana 
como fonte de todos os demais valores, o que possibilita a relativização do 
princípio do pacta sunt servanda, quando o contrato estabelecer vantagens 
exageradas para um contratante em detrimento do outro. 
TRT 16 2015/TRT - 16ª REGIÃO (MA)/Juiz do Trabalho Substituto. 
Foi considerado INCORRETO o seguinte enunciado: O princípio da socialidade 
reflete a prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, razão pela qual 
o direito de propriedade individual, de matriz liberal, deve ceder lugar ao direito 
de propriedade coletiva, tal como preconizado no socialismo real. 
Comentário: 
O princípio da socialidade reflete a prevalência dos valores coletivos sobre os 
individuais, sem perda, porém, do valor fundamental da pessoa humana. 
 
 
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AOCP 2010/FESF-SUS/Advogado. 
Foi considerado correto o seguinte enunciado: A atual enumeração dos casos de 
prescrição, na Parte Geral do Código Civil, decorre do Princípio da 
Operabilidade. 
 
AOCP 2010/FESF-SUS/Advogado. 
Os princípios norteadores do atual Código Civil Brasileiro são 
a) Boa-fé, Eticidade e Operabilidade. 
b) Socialidade, Legalidade e Operabilidade. 
c) Socialidade, Eticidade e Operabilidade. 
d) Eticidade, Legalidade e Morabilidade. 
e) Efetividade, Adequação e Boa-fé. 
Comentário: 
Os princípios norteadores do atual Código Civil Brasileiro são da Socialidade, 
Eticidade e Operabilidade. 
Gabarito letra C 
 
VUNESP 2016/TJM-SP/Juiz de Direito Substituto. Buscando 
estabelecer a adequação e a aplicação do direito tal como previsto ao caso 
concreto, às circunstâncias do negócio jurídico no plano econômico e no plano 
de um determinado grupo social atingido pelo negócio jurídico concreto, o 
Código Civil privilegiou, com mais ênfase, o princípio norteador da 
a) operabilidade. 
b) eticidade. 
c) boa-fé objetiva. 
d) sociabilidade. 
e) autonomia privada. 
Comentário: 
O princípio norteador da operabilidade. 
Gabarito letra A 
 
NC-UFPR 2014/ DPE-PR/Defensor Público. A técnica legislativa 
moderna se caracteriza pela presença de conceitos jurídicos indeterminados e 
cláusulas gerais, que dão mobilidade ao sistema. Todavia, a codificação do 
Direito Civil exige, também, o trato da casuística, sob pena de se incorrer em 
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um vazio normativo específico para determinadas situações. Em relação ao 
Código Civil de 2002. 
Foi considerado correto o seguinte enunciado: O Código Civil de 2002 contém 
várias cláusulas gerais, das quais são exemplos a função social do contrato, a 
boa-fé objetiva e a probidade que devem reger os contratantes, a função social 
da propriedade e a ordem pública. 
 
NC-UFPR 2014/ DPE-PR/Defensor Público. A técnica legislativa 
moderna se caracteriza pela presença de conceitos jurídicos indeterminados e 
cláusulas gerais, que dão mobilidade ao sistema. Todavia, a codificação do 
Direito Civil exige, também, o trato da casuística, sob pena de se incorrer em 
um vazio normativo específico para determinadas situações. Em relação ao 
Código Civil de 2002. 
Foi considerado correto o seguinte enunciado: Os vetores estruturantes do 
Código Civil de 2002 são os da socialidade, da eticidade, da sistematicidade e 
da operabilidade. 
 
FCC 2012/DPE-PR/Defensor Público. Acerca das diretrizes regentes e 
estruturantes do processo de codificação do Código Civil de 2002, fundadas no 
pensamento culturalista de Miguel Reale. 
Foi considerado correto o seguinte enunciado: A operabilidade determinou a 
adoção de soluções normativas para a facilitação da interpretação, aplicação e 
adaptação do Direito, o que severifica na adoção das normas abertas como 
técnica legislativa. 
 
FCC 2012/DPE-PR/Defensor Público. Acerca das diretrizes regentes e 
estruturantes do processo de codificação do Código Civil de 2002, fundadas no 
pensamento culturalista de Miguel Reale. 
Foi considerado correto o seguinte enunciado: A socialidade implicou na 
funcionalização dos modelos jurídicos, fazendo prevalecer os valores coletivos 
sobre os individuais, sem que sejam desconsiderados os valores inerentes à 
pessoa, o que se verifica na previsão do instituto do abuso de direito. 
 
FCC 2012/DPE-PR/Defensor Público. Acerca das diretrizes regentes e 
estruturantes do processo de codificação do Código Civil de 2002, fundadas no 
pensamento culturalista de Miguel Reale. 
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Foi considerado correto o seguinte enunciado: A eticidade provocou a opção 
antropocêntrica da codificação civil, implicando na prevalência de critérios éticos 
sobre os de natureza formal, o que se verifica nos institutos da lesão e do 
estado de perigo. 
 
 
São três princípios básicos do CC/2002: 
Princípio da sociabilidade: prevê a prevalência dos 
valores coletivos sobre os individuais, mas sem detrimento 
do valor fundamental da pessoa humana. 
Princípio da eticidade: funda-se no valor da pessoa 
humana, é neste princípio que estão baseados os valores da 
equidade, da boa-fé da justa causa. 
Princípio da operabilidade: este princípio prevê que o 
direito é feito para ser efetivado, executado. 
 
Atenção! Não encontremos nenhuma questão da CONSULPLAN sobre 
esse tema! 
 
 
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Pessoas Naturais 
e�PXLWR�LPSRUWDQWH�TXH�H[LVWDP�PDQHLUDV�GH�VH�DJLU�H�GH�IRUPDU�UHODo}HV��
LVWR�SDUD�TXH�WXGR�VLJD�XPD�RUGHP��SRLV��D�YLGD�VHULD�XP�YHUGDGHLUR�FDRV�VHP�
HVWHV�SDUkPHWURV�GH�FRQGXWD� 
(QWmR��SRGHPRV�SHUFHEHU�TXH�DV�SHVVRDV�VmR�R�FRPHoR�GH�WXGR��(�SDUD�
TXH� FRQVLJDP� H[HUFHU� VHXV� GLUHLWRV� H� FXPSULU� FRP� VXDV� REULJDo}HV��
H[LVWHP�³UHJUDV´�TXH�YDPRV�HVWXGDU�D�SDUWLU�GH�DJRUD� 
 
³3URIHVVRUHV��PDV�SDUD�R�GLUHLWR�R�TXH�VmR�DV�SHVVRDV"�2�TXH�
HX�SUHFLVR�VDEHU"´ 
 
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9RFr� SUHFLVD� HQWHQGHU� TXH� HP� QRVVR� HVWXGR� LUHPRV� XWLOL]DU� D�
FRQFHLWXDomR� MXUtGLFD��RQGH�D�SHVVRD�p�R�HQWH� ItVLFR�RX�PRUDO��VXVFHSWtYHO�
GH� GLUHLWRV� H� REULJDo}HV�� p� R� VXMHLWR� GD� UHODomR� MXUtGLFD�� R� VXMHLWR� GH�
GLUHLWR� 
4XDQWR� jV� SHVVRDV�� GXDV� VmR� VXDV� DV� HVSpFLHV�� TXDLV� VHMDP�� D�
ïSHVVRD� QDWXUDO� �R� VHU� KXPDQR�� H� D� ðSHVVRD� MXUtGLFD� �DJUXSDPHQWR� GH� VHUHV�
KXPDQRV� FRP� ILQV� H� LQWHUHVVHV� FRPXQV��� 1HVWD� DXOD� WUDWDUHPRV� GD� SHVVRD�
QDWXUDO��GHL[DQGR�R�DVVXQWR�SHVVRD�MXUtGLFD�SDUD�D�QRVVD�SUy[LPD�DXOD� 
 
Pessoas Naturais: 
Início de sua existência e personalidade. 
2�SULPHLUR�FRQFHLWR�IXQGDPHQWDO�GR�GLUHLWR�SULYDGR�p�R�GH�SHVVRD��&RPR�
YLPRV�DFLPD��SHVVRD�QDWXUDO6�p�R�VHU�KXPDQR��R�~QLFR�VHU�YLYR�TXH�SRGH�
VHU� WLWXODU� GH� UHODo}HV� MXUtGLFDV�� VXMHLWR� GH� GLUHLWRV� H� REULJDo}HV��
(QWUHWDQWR��DSOLFD-VH�WDPEpP�jV�FKDPDGDV�SHVVRDV�MXUtGLFDV��DVVXQWR�GD�QRVVD�
SUy[LPD�DXOD���QR�TXH�FRXEHU��D�SURWHomR�GRV�GLUHLWRV�GD�SHUVRQDOLGDGH��&&�DUW��
���� 
$VVLP��ORJR�QR�DUWLJR��ž�GR�&yGLJR�&LYLO�WHPRV�R�VHJXLQWH�� 
$UW���ž�7RGD�SHVVRD�p�FDSD]�GH�GLUHLWRV�H�GHYHUHV�QD�RUGHP�FLYLO� 
 
4XDQGR� XWLOL]DPRV� D� H[SUHVVmR� ³WRGD� SHVVRD´� TXHUHPRV� GL]HU� KRPHP��
PXOKHU��LGRVR��FULDQoD�H�LQGHSHQGHQWH�GH�VXD�FRU��GH�VHX�FUHGR����e�R�VXMHLWR�GH�
GLUHLWR�H��SRUWDQWR��R�HQWH�GRWDGR�GH�SHUVRQDOLGDGH��FRPR�H[SUHVVR�ORJR�HP�
VHJXLGD��QR�DUWLJR��ž�GR�FyGLJR�FLYLO�TXH�GL]� 
$UW���ž��$�SHUVRQDOLGDGH�FLYLO�GD�SHVVRD�FRPHoD�GR�QDVFLPHQWR�FRP�YLGD��PDV�D�
OHL�S}H�D�VDOYR��GHVGH�D�FRQFHSomR�RV�GLUHLWRV�GR�QDVFLWXUR� 
 
e�LPSRUWDQWH�YRFr�REVHUYDU�TXH�D�SHUVRQDOLGDGH��TXDOLGDGH�GH�TXHP�p�
VXMHLWR� GH� GLUHLWRV�� p� DGTXLULGD� QR� H[DWR� PRPHQWR� GR� QDVFLPHQWR� FRP�
YLGD7�H�VH�HQFHUUD�FRP�D�PRUWH�GD�SHVVRD��4XHP�p�SHVVRD�WHP�SHUVRQDOLGDGH�
MXUtGLFD� 
 
6 Também pode ser encontrada a denominação, para a pessoa natural, de pessoa física. 
7 Quando acontece de a criança nascer morta (natimorto), não adquirindo assim a 
personalidade civil (qualidade de quem é sujeito de direito), ela não terá uma certidão de 
nascimento, será registrada em um livro auxiliar; se a criança nascer viva e depois vier a 
falecer, mesmo que seja por segundos, esta criança terá uma certidão de nascimento, pois 
adquiriu a personalidade civil (nasceu com vida) e posteriormente uma certidão de óbito. 
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³2N�� PDV� R� TXH� TXHU� GL]HU� H[DWDPHQWH� D� VHJXQGD� SDUWH� GR�
DUWLJR"�4XHP�p�R�QDVFLWXUR"´ 
1DVFLWXUR� p� R� IHWR�� TXH� HVWi� GHQWUR� GR� YHQWUH� GD� PmH� H� TXH� DLQGD� YDL�
QDVFHU��(OH�QmR�SRVVXL�SHUVRQDOLGDGH�MXUtGLFD�PDWHULDO��PDV�D� OHL�DVVHJXUD�
VHXV� GLUHLWRV� GHVGH� D� FRQFHSomR�� 2� QDVFLWXUR� SRVVXL� R� TXH� VH� FKDPD� GH�
SHUVRQDOLGDGH�MXUtGLFD�IRUPDO� 
e�XPD�H[SHFWDWLYD�GH�GLUHLWR��VH�QDVFHU�FRP�YLGD�RV�GLUHLWRV�UHWURDJHP�D�
VXD� FRQFHSomR�� (PERUD� QmR� WHQKD� SHUVRQDOLGDGH� p� GRWDGR� GD� FKDPDGD�
KXPDQLGDGH��WHP�QDWXUH]D�KXPDQD�� 
$VVLP��D�SHUVRQDOLGDGH�GH�XPD�SHVVRD�H�VXD�FRQVHTXHQWH�FDSDFLGDGH�GH�
GLUHLWRV�H�GHYHUHV�FRPHoD�QR�QDVFLPHQWR� FRP�YLGD�H��QHVWH�VHQWLGR�� WHPRV�D�
5HVROXomR�Q����GH������GR�&RQVHOKR�1DFLRQDO�GH�VD~GH�VREUH�QDVFLPHQWR�FRP�
YLGD��³H[SXOVmR�RX�H[WUDomR�FRPSOHWD�GR�SURGXWR�GD�FRQFHSomR�TXDQGR��DSyV�D�
VHSDUDomR��UHVSLUH�H�WHQKD�EDWLPHQWRV�FDUGtDFRV��WHQGR�VLGR�RX�QmR�FRUWDGR�R�
FRUGmR��HVWHMD�RX�QmR�GHVSUHQGLGD�D�SODFHQWD �´ 
 
Há três teorias associadas à questão do NASCITURO: 
���1DWDOLVWD ���'D�SHUVRQDOLGDGH�FRQGLFLRQDO ���&RQFHSFLRQLVWD 
 
Das teorias citadas apenas a CONCEPCIONISTA afirma que o 
nascituro teria personalidade jurídica. 
Esquecendo discussões doutrinárias e pensando em provas é preciso 
fazHUPRV�XPD�³PHVFOD´�GDV�WHRULDV� 
A PERSONALIDADE JURÍDICA da pessoa natural começa DO NASCIMENTO 
COM VIDA (teoria natalista). OU SEJA, antes do nascimento não há 
personalidade. 
NÃO SE PODE AFIRMAR QUE O NASCITURO POSSUI PERSONALIDADE 
JURIDICA (a palavra formal precisa constar expressamente na questão) ou, 
então, a afirmação deverá trazer informações acerca da teoria concepcionista 
(uma vez que é esta teoria que entende que o nascituro teria a personalidade 
formal, relacionada aos direitos da personalidade). 
A conclusão pela corrente concepcionista consta do Enunciado n. I da I 
JORNADA de Direito Civil: ³A PROTEÇÃO que o código confere ao nascituro 
ALCANÇA o natimorto, no que concerne aos direitos da personalidade, tais 
como nome, imagem e sepultura´. 
Embora a personalidade comece do nascimento com vida, tanto o nascituro 
quanto o natimorto terão seus direitos da personalidade resguardados. 
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Aula 01 ± Profa Aline Santiago / Prof. Jacson PanichiO nome é um direito de personalidade formal (que é aquela relacionada 
com os direitos de personalidade, o que o nascituro já tem desde a concepção), 
D� SHUVRQDOLGDGH� MXUtGLFD� PDWHULDO�� ³PDQWpP� UHODomR� FRP� RV� GLUHLWRV�
patrimoniais, e o nascituro só D�DGTXLUH�FRP�R�QDVFLPHQWR�FRP�YLGD�´8 
 
$�SHUVRQDOLGDGH�FLYLO�GD�SHVVRD�FRPHoD�GR�QDVFLPHQWR�FRP�YLGD��SRQGR�D�
OHL� D� VDOYR�� GHVGH� D� FRQFHSomR�� RV� GLUHLWRV� GR� QDVFLWXUR�� SRUpP�� QD� VXFHVVmR�
WHVWDPHQWiULD��SRGHP�VHU�FKDPDGRV�D�VXFHGHU�RV�ILOKRV��DLQGD�QmR�FRQFHELGRV��
GH� SHVVRDV� LQGLFDGDV� SHOR� WHVWDGRU�� GHVGH� TXH� YLYDV� HVWDV� DR� DEULU-VH� D�
VXFHVVmR� 
 
 
 
$� SURWHomR� FRQIHULGD� SHOR� &yGLJR� &LYLO� DR� QDVFLWXUR�
HP� UHODomR� DRV� GLUHLWRV� GD� SHUVRQDOLGDGH� DOFDQoD�
WDPEpP�R�QDWLPRUWR� 
 
Veja como esse assunto foi cobrado pela FCC: 
 
 
)&&� ����� �� 6()$=-3(� �� -XOJDGRU� $GPLQLVWUDWLYR� 7ULEXWiULR� GR�
7HVRXUR�(VWDGXDO 
)RL�FRQVLGHUDGR�FRUUHWR�R�VHJXLQWH�HQXQFLDGR�� $�SHUVRQDOLGDGH�FLYLO�GD�SHVVRD�
FRPHoD�GR�QDVFLPHQWR�FRP�YLGD��PDV�D�OHL�S}H�D�VDOYR��GHVGH�D�FRQFHSomR��RV�
GLUHLWRV�GR�QDVFLWXUR�H�SHUPLWH�TXH��SRU� WHVWDPHQWR�� VHMD� FKDPDGD�D� VXFHGHU�
SUROH� HYHQWXDO� GH� SHVVRDV� LQGLFDGDV� SHOR� WHVWDGRU�� GHVGH� TXH� YLYDV� HVWDV� DR�
DEULU-VH�D�VXFHVVmR� 
&RPHQWiULR� 
'H�DFRUGR�FRP�R�DUW���ƒ�GR�&&� 
$UW���ƒ��$�SHUVRQDOLGDGH�FLYLO�GD�SHVVRD�FRPHoD�GR�QDVFLPHQWR�FRP�YLGD��PDV�D�OHL�S}H�
D�VDOYR��GHVGH�D�FRQFHSomR��RV�GLUHLWRV�GR�QDVFLWXUR� 
 
 
 
3DUD� R� GLUHLWR� FLYLO� QDVFHU� FRP� YLGD� p� UHVSLUDU��
&RPSURYDGR�TXH�D�FULDQoD�UHVSLURX��QHP�TXH�VHMD�SRU�XP�
EUHYH�PRPHQWR��KRXYH�SHUVRQDOLGDGH� 
 
(�� LQGHSHQGHQWH�GH�GLVFXVV}HV�GRXWULQiULDV�DFHUFD�GH�TXDQGR� UHDOPHQWH�
VH� LQLFLD�D�SHUVRQDOLGDGH��SDUD� ILQV�GH�SURYD�VHJXH-VH�R�TXH�HVWi�GLVSRVWR�QR�
DUWLJR��ž��D�SHUVRQDOLGDGH�FRPHoD�GR�QDVFLPHQWR�FRP�YLGD�� 
 
8 Flávio Tartuce, Manual de Direito Civil, ed. Método, 2ª ed., pág. 72 
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7HQKD�� HQWUHWDQWR�� R� FXLGDGR� GH� HQWHQGHU� TXH� D�
SURWHomR�D�HVVHV�GLUHLWRV�H[LVWH�GHVGH�D�FRQFHSomR� 
 
Capacidade 
9ROWDQGR� DR� DUWLJR� �ž�� TXDQGR� HOH� GL]�� ³7RGD� SHVVRD� p� FDSD]� ���´� -� Mi�
SRGHPRV�SHUFHEHU�D�SULPHLUD�QRomR�GH�FDSDFLGDGH��TXH�YHP�D�VHU�D�PDLRU�RX�
PHQRU� H[WHQVmR� GRV� GLUHLWRV� H� REULJDo}HV�� �p� FRPR� VH� HVWLYpVVHPRV�
PHGLQGR�HVWHV�GLUHLWRV�H�REULJDo}HV�� 
(QWmR�YDPRV�SRU�SDUWHV� 
³&DSDFLGDGH� H[SULPH� SRGHUHV� RX� IDFXOGDGHV�� SHUVRQDOLGDGH� p� D� UHVXOWDQWH�
GHVVHV� SRGHUHV�� SHVVRD� p� R� HQWH� D� TXHP� D� RUGHP� MXUtGLFD� RXWRUJD� HVVHV�
SRGHUHV´�9 
$� SHUVRQDOLGDGH� WHP� VXD� PHGLGD� QD� FDSDFLGDGH� H� SDUD� WHUPRV� HVWD�
PHGLGD� VHUi� QHFHVViULR� GLIHUHQFLDUPRV� D� FDSDFLGDGH� GH� GLUHLWR� �GH� JR]R�� GD�
FDSDFLGDGH�GH�IDWR��GH�H[HUFtFLR�� 
 
À capacidade de adquirir direitos e contrair obrigações na vida civil se dá o 
nome de capacidade de gozo ou de direito. Ela é inerente à pessoa 
humana (sem isto se perde a qualidade de pessoa), neste sentido capacidade 
tem a mesma significação de personalidade. Porém, esta capacidade de direito 
pode vir a sofrer algumas restrições legais (limitações), por causas diversas, no 
seu exercício. 
À capacidade de exercer por si mesmo os atos da vida civil se dá o nome 
de capacidade de fato ou de exercício. 
 
 
 
³6mR� PXLWDV� LQIRUPDo}HV�� YRFrV� SRGHP� H[SOLFDU� PDLV�
GHYDJDU"´ 
&ODUR�� 9DPRV� FRP� FDOPD� HQWmR�� $Wp� R� PRPHQWR�� R� VHX� HQWHQGLPHQWR� D�
UHVSHLWR�GR�DVVXQWR�GHYH�WHU�VLGR�R�VHJXLQWH� 
$� SHVVRD� QDWXUDO� p� R� VHU� KXPDQR�� TXH� DR� QDVFHU� FRP� YLGD�� DGTXLUH�
SHUVRQDOLGDGH�FLYLO��FRQVLGHUDGR��HQWmR��FRPR�VXMHLWR�GH�GLUHLWRV�H�REULJDo}HV� 
 
9 Washington de Barros Monteiro, Ana Cristina de Barros Monteiro França Pinto, Curso de direito 
Civil 1, 43 ed. 
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&RPR�D�FDSDFLGDGH�p�OLPLWDGD��SDUD�WHUPRV�D�PHGLGD�GD�SHUVRQDOLGDGH�VH�
ID]�QHFHVViULR�GLVWLQJXLU�HVVD�FDSDFLGDGH��(OD�SRGH�VHU�GH�GXDV�HVSpFLHV��D�
SULPHLUD�� GHQRPLQDGD� ïGH� JR]R� RX� GH� GLUHLWR�� TXH� p� DTXHOD� RULXQGD� GD�
SHUVRQDOLGDGH��H�TXH�p�LQHUHQWH�j�SHVVRD��H�D�VHJXQGD��GHQRPLQDGD�ðGH�IDWR�
RX�GH�H[HUFtFLR��TXH�p�D�FDSDFLGDGH�GH�H[HUFHU�HVWHV�GLUHLWRV�SRU�VL�Vy�QD�
YLGD�FLYLO� 
(QWmR��XPD�SHVVRD�TXDQGR�QDVFH��DGTXLUH�SHUVRQDOLGDGH�H�WDPEpP��SRU�
FRQVHTXrQFLD�� D� FDSDFLGDGH� GH� JR]R� RX� GH� GLUHLWR�� QR� HQWDQWR�� DLQGD� QmR�
DGTXLUH� D� FDSDFLGDGH� GH� IDWR� RX� GH� H[HUFtFLR�� WHQGR� HP� YLVWD� TXH� XP�
UHFpP-QDVFLGR�QmR�FRQVHJXH�H[HUFHU�HVWHV�GLUHLWRV�SRU�FRQWD�SUySULD� 
4XDQGR� HVWD� SHVVRD� FUHVFHU�� VDXGiYHO� H� VHP� LPSHGLPHQWRV�� HOD� YDL�
SRVVXLU��HQWmR��DV�GXDV�FDSDFLGDGHV��ïD�LQHUHQWH�D�VXD�FRQGLomR�GH�VHU�KXPDQR�
�RULXQGD� GD� SHUVRQDOLGDGH�� H� ðD� SOHQD� FDSDFLGDGH� GH� H[HUFHU� SRU� HOD� PHVPD�
HVWHV�GLUHLWRV��,VWR��HP�UHJUD��RFRUUH�TXDQGR�D�SHVVRD�FRPSOHWD����DQRV� 
Tendo em vista o que acabamos de ver, podemos concluir que a 
capacidade jurídica de uma pessoa natural é limitada, pois a pessoa pode 
gozar de um direito, sem, no entanto, ter seu exercício. 
 
Capacidade de direito (ou de gozo) É inerente ao ser humano 
 
Já: 
 
 
A capacidade de direito precede a capacidade de fato e esta última 
não pode subsistir sem aquela. 
 
 
Se a capacidade é plena a pessoa estará conjugando tanto a capacidade de 
direito (gozo) como a de fato (exercício). 
 
A Capacidade de fato (ou de exercício) leva em conta critérios como: 
Idade Estado de saúde 
 
1º - Capacidade de gozo ou de 
direito 
2º - Capacidade de fato ou de 
exercício 
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Vamos agora, então, estudar os casos onde a pessoa natural 
possui o gozo de um direito, porém não possui a 
capacidade de exercê-lo por si mesma. 
 
Incapacidade 
,QFDSDFLGDGH� p� D� UHVWULomR� OHJDO� SDUD� GHWHUPLQDGRV� DWRV� GD� YLGD�
FLYLO�� 7RGDV�DV� LQFDSDFLGDGHV� HVWmR�SUHYLVWDV� HP� OHL�� QHVWH� VHQWLGR� WHPRV�
TXH� IDODU� TXH� D� FDSDFLGDGH� GD� SHVVRD� QDWXUDO� p� D� UHJUD�� VHQGR� D�
LQFDSDFLGDGH�D�H[FHomR� 
9RFr� SUHFLVD� HVWDU� DWHQGR� D� XP� GHWDOKH�� QmR� VH� GHYH� FRQIXQGLU� R�
LQVWLWXWR� GD� LQFDSDFLGDGH� FRP� D� SURLELomR� OHJDO� GH� HIHWXDU� FHUWRV� QHJyFLRV�
MXUtGLFRV10�FRP� FHUWDV� SHVVRDV� RX� FRP� UHODomR� DRV� EHQV� D� HODV� SHUWHQFHQWHV��
(VWD�SURLELomR�DWULEXL�IDOWD�GH�OHJLWLPLGDGH�D�SHVVRD�H�QmR�LQFDSDFLGDGH� 
3UHVWH� DWHQomR� QD� GLVWLQomR� GRV� FRQFHLWRV� GH� FDSDFLGDGH� H� GH�
OHJLWLPDomR��8PD�SHVVRD�TXH�SRVVXL� FDSDFLGDGH�GH� IDWR�SRGH�SRU�YH]HV�QmR�
WHU�OHJLWLPLGDGH�SDUD�SUDWLFDU�XP�QHJyFLR�MXUtGLFR��S�H[���D�SURLELomR�GH�XP�SDL�
YHQGHU�XP�EHP�SDUD�XP�ILOKR�VHP�D�DXWRUL]DomR�GRV�GHPDLV�ILOKRV��VH�RV�WLYHU��
H�GD�VXD�HVSRVD��3HUFHED�TXH��QR�H[HPSOR�GDGR��R�SDL�p�XPD�SHVVRD�QDWXUDO��
FRP�SOHQD�FDSDFLGDGH�� FRPR�YHUHPRV�PHOKRU�PDLV� DGLDQWH��HQWUHWDQWR��R�DWR�
GH�YHQGD�p�LOHJtWLPR��IDOWD�OHJLWLPLGDGH� 
 
9HMD�DOJXQV�H[HPSORV�GH�IDOWD�GH�OHJLWLPLGDGH�HQFRQWUDGRV�QR�FyGLJR�
FLYLO� 
$UW�������2V�WXWRUHV��FXUDGRUHV�H�HP�JHUDO� WRGRV�RV�DGPLQLVWUDGRUHV�GH�EHQV�DOKHLRV�
QmR� SRGHUmR� GDU� HP�FRPRGDWR�� VHP� DXWRUL]DomR� HVSHFLDO�� RV� EHQV� FRQILDGRV� j� VXD�
JXDUGD� 
$UW�� ������� 5HVVDOYDGR� R� GLVSRVWR� QR� DUW�� ������� QHQKXP� GRV� F{QMXJHV� SRGH�� VHP�
DXWRUL]DomR�GR�RXWUR��H[FHWR�QR�UHJLPH�GD�VHSDUDomR�DEVROXWD� 
,�-�DOLHQDU�RX�JUDYDU�GH�{QXV�UHDO�RV�EHQV�LPyYHLV� 
 
$� OHJLWLPDomR� DFDED� SRU� VHU� XPD� IRUPD� HVSHFtILFD� GH� LQFDSDFLGDGH� SDUD�
GHWHUPLQDGRV� DWRV� GD� YLGD� FLYLO�� (VWi� OHJLWLPDGR� SDUD� DJLU� HP� GHWHUPLQDGD�
VLWXDomR�MXUtGLFD�TXHP�D�OHL�GHWHUPLQDU11� 
 
 
10 Este assunto será abordado em nossas próximas aulas. 
11 Sílvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, Parte Geral, p. 135. 
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'H� DFRUGR� FRP� 0DULD� +HOHQD� 'LQL]12�� ³2� LQVWLWXWR� GD� LQFDSDFLGDGH� YLVD�
SURWHJHU� RV� TXH� VmR� SRUWDGRUHV� GH� XPD� GHILFLrQFLD� MXUtGLFD� DSUHFLiYHO��
JUDGXDQGR�D�IRUPD�GH�SURWHomR�TXH�SDUD�RV�DEVROXWDPHQWH� LQFDSD]HV��&&��
DUW��ž��DVVXPH�D�IHLomR�GH�UHSUHVHQWDomR��XPD�YH]�TXH�HVWmR�FRPSOHWDPHQWH�
SULYDGRV� GH� DJLU� MXULGLFDPHQWH�� H� SDUD� RV� UHODWLYDPHQWH� LQFDSD]HV� �&&��
DUW��ž�� R� DVSHFWR�GH�DVVLVWrQFLD�� Mi� TXH� WrP�R�SRGHU� GH�DWXDU� QD�YLGD� FLYLO��
GHVGH� TXH� DXWRUL]DGRV�� 3RU� PHLR� GD� UHSUHVHQWDomR� H� GD� DVVLVWrQFLD��
VXSUH-VH� D� LQFDSDFLGDGH�� H� RV� QHJyFLRV� MXUtGLFRV� UHDOL]DP-VH�
UHJXODUPHQWH´���JULIRV�QRVVRV� 
 
 
$EVROXWDPHQWH�LQFDSD]HV� ��VmR�5HSUHVHQWDGRV��$5� 
5HODWLYDPHQWH�FDSD]HV����� ��VmR�$VVLVWLGRV��5$� 
 
 
³'HYDJDU�� (QWmR� TXHU� GL]HU� TXH� Ki� PDLV� GH� XP� WLSR� GH�
LQFDSDFLGDGH"´ 
([DWDPHQWH�� H� HVWHV� GRLV� WLSRV� GLIHUHQFLDP-VH� EDVLFDPHQWH� SHOD� VXD�
JUDGDomR�� 7UDWD-VH� GD� LQFDSDFLGDGH� DEVROXWD� H� GD� LQFDSDFLGDGH� UHODWLYD��
9HMDPRV� 
 
���,QFDSDFLGDGH�$EVROXWD��$�LQFDSDFLGDGH�VHUi�DEVROXWD�TXDQGR�XPD�SHVVRD�
ILFDU�WRWDOPHQWH�SURLELGD�GH�H[HUFHU�SRU�VL�Vy�R�GLUHLWR��6H�HVWD�SURLELomR�QmR�
IRU�UHVSHLWDGD�VHUi�QXOR�TXDOTXHU�DWR�SUDWLFDGR�SHOR�LQFDSD]� 
1HVWH� WLSR� GH� LQFDSDFLGDGH�� D� SHVVRD� QDWXUDO� WHP� GLUHLWRV�� RX� VHMD�� WHP�
FDSDFLGDGH�GH�JR]R�RX�GH�GLUHLWR��PDV�QmR�SRVVXL�D�FDSDFLGDGH�GH�IDWR�RX�GH�
H[HUFtFLR�� SRUTXH� VR]LQKD�QmR�SRGHUi�SUDWLFDU� DWRV�GD� YLGD� FLYLO�� HOD� SUHFLVDUi�
SDUD�WDQWR�HVWDU�UHSUHVHQWDGD� 
$� LQFDSDFLGDGH� DEVROXWD� HVWi� QRUPDWL]DGD� QR� DUWLJR� �ž� GR� &&�� TXH� IRL�
UHFHQWHPHQWH� DOWHUDGR� SHOD� /HL� Qž� ���������� ±� (VWDWXWR� GD� 3HVVRD� FRP�
'HILFLrQFLD��ILFDQGR�FRP�D�VHJXLQWH�UHGDomR� 
$UW���ž��6mR�DEVROXWDPHQWH�LQFDSD]HV�GH�H[HUFHU�SHVVRDOPHQWH�RV�DWRV�GD�YLGD�FLYLO�
RV�PHQRUHV�GH�����GH]HVVHLV��DQRV����5HGDomR�GDGD�SHOD�/HL�Qž���������GH�������
�9LJrQFLD� 
,�-��5HYRJDGR����5HGDomR�GDGD�SHOD�/HL�Qž���������GH��������9LJrQFLD� 
,,�-��5HYRJDGR����5HGDomR�GDGD�SHOD�/HL�Qž���������GH��������9LJrQFLD� 
,,,�-��5HYRJDGR����5HGDomR�GDGD�SHOD�/HL�Qž���������GH��������9LJrQFLD� 
 
 
12 Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro 1. 
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 3RUWDQWR�� D� SDUWLU� GH� DJRUD�� Vy� VHUmR� FRQVLGHUDGRV� DEVROXWDPHQWH�
LQFDSD]HV��SHUDQWH�D�OHL��RV�PHQRUHV�GH����DQRV��SHORV�PHVPRV�PRWLYRV�
TXH� Mi� HUDP� DVVLP� FRQVLGHUDGRV�� QD� UHGDomR�DQWLJD�GR�DUW���ž�GR�&&�� RX�
VHMD��WHQGR�HP�YLVWD�VXD�SRXFD�LGDGH�H�UHGX]LGD�H[SHULrQFLD�GH�YLGD��DWp�HVWD�
LGDGH� MXOJD-VH� TXH� D� SHVVRD� QmR� WHP� R� FRUUHWR� GLVFHUQLPHQWR� SDUD� HVFROKDV��
SRGHQGR��HQWmR��VHU�IDFLOPHQWH�LQIOXHQFLDGD�SRU�RXWUHP� 
 2V�RXWURV�GRLV�FDVRV�GH�LQFDSDFLGDGH�DEVROXWD��GRV�TXH�SRU�HQIHUPLGDGH�
RX� GHILFLrQFLD� PHQWDO�� QmR� WLYHUHP� R� QHFHVViULR� GLVFHUQLPHQWR� SDUD� D�
SUiWLFD�GRV�DWRV�GD�YLGD�FLYLO��H�R�FDVR��GD�FKDPDGD� LQFDSDFLGDGH� DEVROXWD�
WUDQVLWyULD��TXH�p�D�LQFDSDFLGDGH�GDTXHOHV�TXH��PHVPR�SRU�FDXVD�WUDQVLWyULD��
QmR�SXGHUHP�H[SULPLU�VXD�YRQWDGH��IRUDP�UHYRJDGRV� 
 
 
$WRV�SUDWLFDGRV� GLUHWDPHQWH�SRU�DEVROXWDPHQWH� LQFDSD]�
VmR�QXORV��SRLV�HVWHV�GHYHULDP�VHU�UHSUHVHQWDGRV� 
 
��� ,QFDSDFLGDGH� UHODWLYD� ±� $V� SHVVRDV� UHODWLYDPHQWH� LQFDSD]HV� QmR� SRGHP�
H[HUFHU�DXWRQRPDPHQWH�RV�DWRV�GD�YLGD�FLYLO��HODV�QHFHVVLWDP�GH�DVVLVWrQFLD��
([LVWHP��SRUpP��GHWHUPLQDGRV�DWRV�TXH�HVWDV�SHVVRDV�SRGHP�SUDWLFDU�VR]LQKDV��
2V�PDLRUHV�GH����DQRV�H�PHQRUHV�GH����SRGHP��SRU�H[HPSOR��DFHLWDU�PDQGDWR��
ID]HU�WHVWDPHQWR��VHU�WHVWHPXQKD�HP�DWRV�MXUtGLFRV��YRWDU� 
 
9DPRV� FRPHoDU� SHOR� DUWLJR� �ž� GR� &&�� TXH� WDPEpP� WHYH� D� VXD� UHGDomR�
DOWHUDGD�SHOR�(VWDWXWR�GD�3HVVRD�FRP�'HILFLrQFLD��ILFDQGR�GD�VHJXLQWH�PDQHLUD� 
$UW�� �ž�� 6mR� LQFDSD]HV�� UHODWLYDPHQWH� D� FHUWRV� DWRV� RX� j�PDQHLUD� GH� RV� H[HUFHU��
�5HGDomR�GDGD�SHOD�/HL�Qž���������GH��������9LJrQFLD� 
,�-�RV�PDLRUHV�GH�GH]HVVHLV�H�PHQRUHV�GH�GH]RLWR�DQRV� 
,,� -� RV� pEULRV� KDELWXDLV� H� RV� YLFLDGRV� HP� Wy[LFR�� �5HGDomR� GDGD� SHOD� /HL� Qž�
��������GH��������9LJrQFLD� 
,,,�-�DTXHOHV�TXH��SRU�FDXVD�WUDQVLWyULD�RX�SHUPDQHQWH��QmR�SXGHUHP�H[SULPLU�
VXD�YRQWDGH���5HGDomR�GDGD�SHOD�/HL�Qž���������GH��������9LJrQFLD� 
,9�-�RV�SUyGLJRV� 
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I. O primeiro caso de incapacidade relativa é o dos maiores de 16 anos e 
menores de 18 anos, pois aos 18 anos, de acordo com o novo Código de 
2002, adquire-se a capacidade plena para os atos da vida civil. 
$� SHVVRD� UHODWLYDPHQWH� FDSD]� SDUD� SUDWLFDU� GHWHUPLQDGRV� DWRV� YDL�
SUHFLVDU� VHU� DVVLVWLGD� SRU� TXHP� D� OHL� DXWRUL]DU�� HP� UD]mR� GH� SDUHQWHVFR�� GH�
UHODomR�GH�RUGHP�FLYLO�RX�GHVLJQDomR�MXGLFLDO� 
0DV� DWHQomR�� &RPR� Mi� IDODGR�� R� PHQRU� UHODWLYDPHQWH� LQFDSD]�
SRGHUi� SUDWLFDU� OLYUHPHQWH� GLYHUVRV� DWRV� H� HTXLSDUDU-VH� DR� PDLRU� QR� TXH� VH�
UHIHUH� D� RXWURV�� YHMDPRV� FRPR� LOXVWUDomR� DOJXPDV� VLWXDo}HV� HQFRQWUDGDV� QR�
FyGLJR�FLYLO� 
$UW�� ����� 2� PDLRU� GH� GH]HVVHLV� H� PHQRU� GH� GH]RLWR� DQRV� QmR� HPDQFLSDGR� SRGH� VHU�
PDQGDWiULR��PDV�R�PDQGDQWH�QmR�WHP�DomR�FRQWUD�HOH�VHQmR�GH�FRQIRUPLGDGH�FRP�DV�UHJUDV�
JHUDLV��DSOLFiYHLV�jV�REULJDo}HV�FRQWUDtGDV�SRU�PHQRUHV� 
$UW�� ����� 2� PHQRU�� HQWUH� GH]HVVHLV� H� GH]RLWR� DQRV�� QmR� SRGH�� SDUD� H[LPLU-VH� GH� XPD�
REULJDomR��LQYRFDU�D�VXD�LGDGH�VH�GRORVDPHQWH�D�RFXOWRX�TXDQGR�LQTXLULGR�SHOD�RXWUD�SDUWH��
RX�VH��QR�DWR�GH�REULJDU-VH��GHFODURX-VH�PDLRU� 
$UW�� ����� 2� LQFDSD]� UHVSRQGH� SHORV� SUHMXt]RV� TXH� FDXVDU�� VH� DV� SHVVRDV� SRU� HOH�
UHVSRQViYHLV�QmR�WLYHUHP�REULJDomR�GH�ID]r-OR�RX�QmR�GLVSXVHUHP�GH�PHLRV�VXILFLHQWHV� 
3DUiJUDIR�~QLFR��$�LQGHQL]DomR�SUHYLVWD�QHVWH�DUWLJR��TXH�GHYHUi�VHU�HTXLWDWLYD��QmR�WHUi�OXJDU�
VH�SULYDU�GR�QHFHVViULR�R�LQFDSD]�RX�DV�SHVVRDV�TXH�GHOH�GHSHQGHP� 
$UW�� ������� $OpP� GRV� LQFDSD]HV�� QmR� SRGHP� WHVWDU� RV� TXH�� QR� DWR� GH� ID]r-OR�� QmR� WLYHUHP�
SOHQR�GLVFHUQLPHQWR� 
3DUiJUDIR�~QLFR��3RGHP�WHVWDU�RV�PDLRUHV�GH�GH]HVVHLV�DQRV� 
 
,,��2�VHJXQGR�FDVR�GH�LQFDSDFLGDGH�UHODWLYD�p�GRV�ïpEULRV�KDELWXDLV��GRV�
ðYLFLDGRV�HP�Wy[LFRV�TXH�WHQKDP�R�GLVFHUQLPHQWR�UHGX]LGR� 
Incapacidade Relativa 
I. maiores de 16 e menores 
de 18 anos 
II. ébrios habituais e os 
viciados em tóxico 
III. aqueles que, por causa 
transitória ou permanente, 
não puderem exprimir sua 
vontade 
IV. pródigos 
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4XDLVTXHU� TXH� VHMDP� DV� GURJDV�� iOFRRO�� FRFDtQD�� FUDFN�� PDFRQKD��
DQIHWDPLQD��SRLV�R�XVR� SURORQJDGR�±� FRPR� WRGRV�EHP�VDEHP��YLFLD�� SURGX]�
GHSHQGrQFLD�TXtPLFD�H�ItVLFD��FRPSURPHWHQGR�WDPEpP�D�FDSDFLGDGH�PHQWDO� 
,,,�� 2� WHUFHLUR� FDVR� GH� LQFDSDFLGDGH� UHODWLYD� p� GRV� TXH�� SRU� FDXVD�
WUDQVLWyULD�RX�SHUPDQHQWH��QmR�SXGHUHP�H[SULPLU�VXD�YRQWDGH� 
,9�� 3RU� ILP�� WHUPLQDQGR� R� URO� GDV� SHVVRDV� QDWXUDLV� TXH� SRVVXHP�
FDSDFLGDGH� UHODWLYD�� WHPRV� R� SUyGLJR�� (PERUD� R� FyGLJR� FLYLO� QmR� GHILQD�
H[DWDPHQWH�R�TXH�VHMD�R�SUyGLJR��HOH�p�DTXHOD�SHVVRD�TXH�GHVRUGHQDGDPHQWH�
JDVWD��DFDED�FRP�VHX�SDWULP{QLR��ILFDQGR�QD�PLVpULD� 
&DEH�UHVVDOWDU�TXH�HQTXDQWR�QmR�KRXYHU�XPD�VHQWHQoD�GHFODUDQGR�R�
HVWDGR� GH� SURGLJDOLGDGH� �H� WRUQDQGR-R� UHODWLYDPHQWH� LQFDSD]�� R� SUyGLJR� p�
FDSD]� GH� WRGRV� RV� DWRV� GD� YLGD� FLYLO�� &RP� D� VXD� LQWHUGLomR�� R� SUyGLJR� VHUi�
SULYDGR�� H[FOXVLYDPHQWH�� GRV� DWRV� TXH� SRVVDP� FRPSURPHWHU� VHX�
SDWULP{QLR��QmR�SRGHQGR��VHP�D�DVVLVWrQFLD�GH�VHX�FXUDGRU��DUWLJR��������9�
GR� &&��� DOLHQDU�� HPSUHVWDU�� GDU� TXLWDomR�� WUDQVLJLU�� KLSRWHFDU�� DJLU� HP� MXt]R� H�
SUDWLFDU�� HP� JHUDO�� DWRV� TXH� QmR� VHMDP� GH� PHUD� DGPLQLVWUDomR� �DUWLJR�
������GR�&&�� 
 
$UW���������(VWmR�VXMHLWRV�D�FXUDWHOD� 
,� -� DTXHOHV� TXH�� SRU� FDXVD� WUDQVLWyULD� RX� SHUPDQHQWH�� QmR� SXGHUHP� H[SULPLU� VXD�
YRQWDGH� 
,,�-��5HYRJDGR�� 
,,,�-�RV�pEULRV�KDELWXDLV�H�RV�YLFLDGRV�HP�Wy[LFR� 
,9�-��5HYRJDGR�� 
9�-�RV�SUyGLJRV� 
 
$UW����������2�SURFHVVR�TXH�GHILQH�RV�WHUPRV�GD�FXUDWHOD�GHYH�VHU�SURPRYLGR���������� 
,�-�SHORV�SDLV�RX�WXWRUHV� 
,,�-�SHOR�F{QMXJH��RX�SRU�TXDOTXHU�SDUHQWH����������� 
,,,�-�SHOR�0LQLVWpULR�3~EOLFR� 
�,9�-�SHOD�SUySULD�SHVVRD���(VWH�DUWLJR�IRL�5(92*$'2�SHOD�/HL�Qž����������� 
 
&RQWLQXDQGR� 
1R� SDUiJUDIR� ~QLFR� GR� DUW�� �ž� GR� &&� WHPRV� RV� tQGLRV�� UHJLGRV� SRU� OHJLVODomR�
HVSHFtILFD� ±� /HL� ����������� ±� (VWDWXWR� GR� ËQGLR�� (VWDV� SHVVRDV�� SRU� VXD�
³LQDFHVVLELOLGDGH�D�YLGD�QD�FLGDGH �´�SRVVXHP�XPD�HGXFDomR� OHQWD�H�GLItFLO�� SRU�
HVWH�PRWLYR�R�OHJLVODGRU�FULRX�XP�VLVWHPD�GH�SURWHomR� 
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$UW�� �ž�� 3DUiJUDIR� ~QLFR�� � $� FDSDFLGDGH� GRV� LQGtJHQDV� VHUi�
UHJXODGD� SRU� OHJLVODomR� HVSHFLDO�� � �5HGDomR� GDGD� SHOD� /HL� Qž�
��������GH������ 
 
 
³&RPR�ILFRX�D�TXHVWmR�GD�LQFDSDFLGDGH�HQWmR"´ 
 
,QFDSDFLGDGH� DEVROXWD� p� DTXHOD� RQGH� D� SHVVRD� p� LQFDSD]� GH�PDQLIHVWDU�
VXD� YRQWDGH�� VHUmR� UHSUHVHQWDGRV� SDUD� WRGRV� RV� DWRV� GD� YLGD� FLYLO��
DFDUUHWDQGR�D�QXOLGDGH�GR�DWR��DWR�QXOR��VH�SUDWLFDGR�VHP�VHX�UHSUHVHQWDQWH� 
,QFDSDFLGDGH�UHODWLYD�-�p�DTXHOD�RQGH�D�SHVVRD�SRGH�SUDWLFDU�DWRV�GD�YLGD�
FLYLO�� GHVGH� TXH� GHYLGDPHQWH� DVVLVWLGD� SRU� TXHP� D� UHSUHVHQWH� GH� GLUHLWR��
SRGHQGR�R�DWR�VHU�DQXOiYHO�VH�GHVUHVSHLWDGD�HVWD�QRUPD� 
 
(P�YiULDV� GDV� KLSyWHVHV�GH� LQFDSDFLGDGH�DSRQWDGDV� FDEHUi� DR� MXL]� DQDOLVDU� R�
FDVR� FRQFUHWR� DX[LOLDGR� SRU� SHUtFLDV� PpGLFDV�� TXH� GDUmR� R� JUDX� GH�
GLVFHUQLPHQWR� GD� SHVVRD� HP� FDGD� FDVR�� 'HVWD� IRUPD� p� QD� PHGLFLQD� TXH� VH�
HQFRQWUDUi�R�MXVWR�JUDX�GH�LQFDSDFLGDGH�GD�SHVVRD� 
 
$EVROXWDPHQWH�LQFDSD]� �GHYH�VHU�UHSUHVHQWDGR� �VH�QmR�IRU��R�DWR�p�QXOR� 
5HODWLYDPHQWH�FDSD]� �GHYH�YHU�DVVLVWLGR� �VH�QmR�IRU��R�DWR�p�DQXOiYHO� 
 
Cessação da incapacidade. 
(P� UHJUD�� D� LQFDSDFLGDGH� FHVVDUi� �WHUPLQDUi�� VH� DV� VLWXDo}HV� TXH� D�
GHWHUPLQDYDP�GHVDSDUHFHUHP��FDVR�FRQWUiULR�SHUPDQHFH�D�LQFDSDFLGDGH� 
 
9DPRV�DR�&&�DUWLJR��ž� 
$UW���ž��$�PHQRULGDGH�FHVVD�DRV�����GH]RLWR��DQRV�FRPSOHWRV��TXDQGR�D�SHVVRD�
ILFD�KDELOLWDGD�D�SUiWLFD�GH�WRGRV�RV�DWRV�GD�YLGD�FLYLO� 
3DUiJUDIR�~QLFR��&HVVDUi��SDUD�RV�PHQRUHV��D�LQFDSDFLGDGH� 
,� ±� SHOD� ïFRQFHVVmR� GRV� SDLV�� RX� GH� XP� GHOHV� QD� IDOWD� GR� RXWUR�� PHGLDQWH�
LQVWUXPHQWR� S~EOLFR�� LQGHSHQGHQWHPHQWH� GH� KRPRORJDomR� MXGLFLDO�� RX� ðSRU�
VHQWHQoD� GR� MXL]�� RXYLGR� R� WXWRU�� VH� R� PHQRU� WLYHU� ��� �GH]HVVHLV�� DQRV�
FRPSOHWRV� 
,,�±�SHOR�FDVDPHQWR� 
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,,,�±�SHOR�H[HUFtFLR�GH�HPSUHJR�S~EOLFR�HIHWLYR� 
,9�±�SHOD�FRODomR�GH�JUDX�HP�FXUVR�GH�HQVLQR�VXSHULRU� 
9� ±� SHOR� HVWDEHOHFLPHQWR� FLYLO� RX� FRPHUFLDO�� RX� SHOD� H[LVWrQFLD� GH� UHODomR� GH�
HPSUHJR�� GHVGH� TXH�� HP� IXQomR� GHOHV�� R� PHQRU� FRP� ��� �GH]HVVHLV�� DQRV�
FRPSOHWRV�WHQKD�HFRQRPLD�SUySULD� 
 
2�QRYR�&yGLJR�&LYLO�DQWHFLSRX�D�PDLRULGDGH�SDUD����DQRV��QR�&yGLJR�GH�
����� HVWD� HUD� GH� ��� DQRV��� FRP� LVVR� RV� MRYHQV� DVVXPHP�PDLV� FHGR� DV� VXDV�
UHVSRQVDELOLGDGHV��QmR�SUHFLVDP�PDLV� VHU� UHSUHVHQWDGRV�RX�DVVLVWLGRV�SDUD�RV�
DWRV� GD� YLGD� FLYLO�� DVVXPHP� WDPEpP� DV� UHVSRQVDELOLGDGHV� SHUDQWH� WHUFHLURV�
SHORV� GDQRV� TXH� YLHUHP� FDXVDU�� +RXYH� QR� FyGLJR� QRYR� D� HTXLSDUDomR� GD�
PDLRULGDGH�FLYLO�FRP�D�SHQDO��WUDEDOKLVWD�H�HOHLWRUDO� 
 
4XDQWR� j� UHVSRQVDELOLGDGH� GRV� SDLV� SDUD� FRP� VHXV� ILOKRV� WHPRV� R�
VHJXLQWH� 
$� 5(63216$%,/,'$'(� &,9,/� 3(/26� ),/+26� 0(125(6� e� '26� 3$,6��
VHQGR�� $OpP� 'LVVR�� REMHWLYD� �DUW������� $� UHVSRQVDELOLGDGH� GR� PHQRU� VHUi�
VXEVLGLiULD��126�7(5026�'2�$57������ 
12�&$62�'(�(0$1&,3$'26��1R�FDVR�GR�DUW���ž��,��D�UHVSRQVDELOLGDGH�GRV�
SDLV�p�VROLGiULD��1RV�GHPDLV�FDVRV�GR�†�~QLFR�GR�DUW�����D�UHVSRQVDELOLGDGH�FLYLO�
*(5$/0(17(�p�GR�PHQRU� 
1RV� FDVRV� UHODFLRQDGRV� j� ,1)5$d®(6� '(� 75$16,72�� 2� PHQRU� H� DV�
SHVVRDV� GLUHWDPHQWH� HQYROYLGDV� FRP� DV� LQIUDo}HV� D� SUHFHLWRV� OHJDLV� VHUmR�
VROLGDULDPHQWH�UHVSRQViYHLV� 
2� 67-� HQWHQGH� TXH� VRPHQWH� D� HPDQFLSDomR� OHJDO� RX� MXGLFLDO� H[FOXL� D�
UHVSRQVDELOLGDGH�FLYLO�GRV�SDLV�SHORV�DWRV�SUDWLFDGRV�SRU�VHXV�ILOKRV�PHQRUHV��$�
HPDQFLSDomR�YROXQWiULD�WHP�HVWH�HIHLWR�GH�H[FOXVmR�� 
 
 
³1R�SDUiJUDIR�~QLFR�p�IDODGR�GD�FHVVDomR�GD�LQFDSDFLGDGH�DQWHV�
GRV����DQRV�YRFrV�SRGHULDP�H[SOLFDU�PHOKRU�LVVR"´ 
&ODUR�� e� SRVVtYHO� TXH� FHVVH� D� LQFDSDFLGDGH� SDUD� RV� PDLRUHV� GH� ��� DQRV� H�
PHQRUHV� GH� ��� DQRV� SHOD� HPDQFLSDomR� GR� PHQRU�� (PDQFLSDU� p� DQWHFLSDU� RV�
GLUHLWRV�TXH�R�PHQRU�Vy�FRQTXLVWDULD�TXDQGR�FRPSOHWDVVH����DQRV��p�GDU-OKH�D�
FDSDFLGDGH�SOHQD��� 
 
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$�HPDQFLSDomR�SRGH�VHU�ï9ROXQWiULD��TXDQGR�VH�Gi�SRU�FRQFHVVmR�GH�
DPERV�RV�SDLV��DUW���ž�LQFLVR�,��SULPHLUD�SDUWH���ð-XGLFLDO��TXDQGR�SRU�VHQWHQoD�
GR� MXL]� �DUW�� �ž� LQFLVR� ,�� VHJXQGD� SDUWH��� H� SRGH� VHU� ñ/HJDO� TXH� p� TXDQGR� D�
LQFDSDFLGDGH�FHVVD�SRU�H[SUHVVD�GHWHUPLQDomR�GD�OHL��DUW���ž�LQFLVRV�,,��,,,��,9�H�
9�� 
 
$�HPDQFLSDomR�YROXQWiULD� p� D�GDGD� SHORV�SDLV�� RX�SRU� XP�GHOHV� QD� IDOWD� GR�
RXWUR�� DWUDYpV� GH� XP� LQVWUXPHQWR� S~EOLFR� IHLWR� HP� FDUWyULR�� QHVWH� FDVR�
GHYHPRV�IULVDU�TXH�p�GHVQHFHVViULD�D�KRPRORJDomR�MXGLFLDO� 
$� HPDQFLSDomR� YROXQWiULD� p� DWR� XQLODWHUDO� GH� FRQFHVVmR� UHDOL]DGR� SRU�
DPERV� RV� SDLV�� QmR� H[LJH� D� LQWHUYHQomR� GR� ILOKR� HPDQFLSDGR� SDUD�
DSHUIHLoRDPHQWR� H� YDOLGDGH� GR� DWR�� p� IHLWD� PHGLDQWH� LQVWUXPHQWR� S~EOLFR��
LQGHSHQGHQWH�GH�KRPRORJDomR�MXGLFLDO��GHVGH�TXH�R�PHQRU�Mi�WHQKD�FRPSOHWDGR����DQRV��2EVHUYH�TXH�R�DUW���ž� LQFLVR�,�IDOD�HP�³FRQFHVVmR �´�TXH�WUD]�HP�VL�D�
LGHLD�GH�XP�EHQHItFLR��RX�VHMD��D�HPDQFLSDomR�QmR�p�XP�GLUHLWR�GR�PHQRU� 
6HUi� MXGLFLDO� D� HPDQFLSDomR� TXH� RFRUUHU� SRU� XPD� VHQWHQoD� GR� MXL]�
FDVR�R�PHQRU�VHMD�WXWHODGR13 
 
 
7DQWR� D� HPDQFLSDomR� SRU� RXWRUJD� GRV� SDLV� TXDQWR� D�
HPDQFLSDomR�SRU�VHQWHQoD�GR�MXL]�VHUmR�UHJLVWUDGDV� HP�
UHJLVWUR�S~EOLFR� 
 
Esquematizando Emancipação ¹Voluntária e ²Judicial: 
¹Se pelos pais instrumento público desnecessária a homologação 
judicial. 
²Por sentença do juiz ouvido o tutor 
 
2V� FDVRV� DUURODGRV� QRV� LQFLVRV� ,,�� ,,,�� ,9� H� 9� VmR� RV� GH� HPDQFLSDomR�
OHJDO��DTXHOHV�GHWHUPLQDGRV�SRU�OHL��9DPRV�D�HOHV� 
 
 
13 Isto é assunto de Direito da Família. Neste caso o menor tutelado é aquele que possui um 
tutor, por terem os seus pais falecido, ou sido declarados ausentes, ou então, terem perdido o 
poder familiar. 
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&DVDPHQWR�-�1mR�p�FDEtYHO��TXH�XPD�SHVVRD��TXH�GH�DFRUGR�FRP�D�
OHL�� Mi�HVWHMD�DSWD�D�IRUPDU�XPD�IDPtOLD��DLQGD�ILTXH�VRE�D�WXWHOD�GH�
RXWUHP��3HOD�OHL��PHGLDQWH�DXWRUL]DomR�GRV�SDLV�SRGHP�RV�PDLRUHV�GH�
���DQRV�FDVDUHP� 
CC Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se 
autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida 
a maioridade civil. 
 
,PSRUWDQWH� GHVWDFDUPRV� TXH�� PHVPR� TXH� KDMD� YLXYH]�� VHSDUDomR� RX�
GLYyUFLR��DR�HPDQFLSDGR�QmR�UHWRUQD�D�LQFDSDFLGDGH14 
(QWmR�DWHQomR��'HSRLV�TXH�XPD�SHVVRD�p�HPDQFLSDGD�HOD�QmR�SRGHUi�
YROWDU� DR� VHX� HVWDGR� DQWHULRU� GH� LQFDSDFLGDGH�� $� HPDQFLSDomR� XPD� YH]�
FRQFHGLGD�p�LUUHYRJiYHO��QmR�YROWD�DWUiV��e��WDPEpP��GHILQLWLYD��D�SHVVRD�QmR�
SRGH� GHVLVWLU� GHOD� �p� FRPR� ID]HU� XPD� WDWXDJHP�� XPD� YH]� IHLWD� QmR� VH� SRGH�
YROWDU�DWUiV�H��WDPEpP��QmR�VH�SRGH�GHVLVWLU�GHSRLV�GH�SURQWD�� 
(QWUHWDQWR��VH�KRXYHU�DOJXPD�IDOKD�QD�FRQGLomR�H[LJLGD�SRU� OHL�QRV�
FDVRV� GH� HPDQFLSDomR� OHJDO�� HVWDUHPRV� GLDQWH� GH� XPD� QXOLGDGH� RX� GH� XPD�
DQXODELOLGDGH��GHSHQGHQGR�GR�FDVR���3RU�H[HPSOR��VH�QR�FDVR�GH�HPDQFLSDomR�
SHOR� FDVDPHQWR� �HPDQFLSDomR� OHJDO�� YHULILFDU-VH�� GHSRLV� GD� FHULP{QLD�� TXH� D�
DXWRUL]DomR� TXH� D� OHL� H[LJH� GRV� SDLV� HUD� IDOVD�� KDYHUi� QXOLGDGH� GR� DWR�� 2�
FDVDPHQWR� QmR� DFRQWHFHX� SDUD� R� GLUHLWR�� HQWmR�� SRU� FRQVHTXrQFLD�� D�
HPDQFLSDomR�WDPEpP�QmR� 
 
 
(PDQFLSDomR� SRU� HPSUHJR� S~EOLFR� -� 6y� VH� EHQHILFLDP� RV�
QRPHDGRV� HP� FDUiWHU� HIHWLYR�� &XULRVDPHQWH� YHMDPRV� R� TXH� GL]� D�
/HL� ���������� TXH� GLVS}H� VREUH� R� UHJLPH� MXUtGLFR� GRV� VHUYLGRUHV�
S~EOLFRV� FLYLV� GD� 8QLmR�� GDV� DXWDUTXLDV� H� GDV� IXQGDo}HV� S~EOLFDV�
IHGHUDLV� 
³$UW���ž�6mR�UHTXLVLWRV�EiVLFRV�SDUD�LQYHVWLGXUD em cargo público: 
V - D�LGDGH�PtQLPD�GH�GH]RLWR�DQRV�´ 
 
 
14�&DVR�R� FDVDPHQWR� VHMD�QXOR��QmR�Ki�GH�VH�IDODU�HP�UHWRUQR�GD�LQFDSDFLGDGH��SRLV�QHVVH�
FDVR� QmR� KRXYH� HPDQFLSDomR�� 2� DWR� QmR� IRL� YiOLGR� H� R� UHODWLYDPHQWH� LQFDSD]� DVVLP�
SHUPDQHFHX� 
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&RPR�(VWDGRV�H�0XQLFtSLRV��HP�UHJUD��WDPEpP��VHJXHP�R�UHTXLVLWR�LGDGH��
DFDED-VH�SRU�LQYLDELOL]DU��QD�PDLRULD�GRV�FDVRV��TXH�R�PHQRU�GH����DQRV�SRVVD�
DGTXLULU�D�PDLRULGDGH�SHOR�H[HUFtFLR�GH�HPSUHJR�S~EOLFR�HIHWLYR� 
 
 
(PDQFLSDomR� DGTXLULGD� SRU� PHLR� GH� FRODomR� GH� JUDX� HP� FXUVR�
VXSHULRU��'LILFLOPHQWH�VHUi�FRQVHJXLGD��WHQGR�HP�YLVWD�D�H[WHQVmR�GR�
HQVLQR� IXQGDPHQWDO� H� PpGLR�� PDV�� FDVR� RFRUUD�� LQGHSHQGH� GD�
LGDGH� 
 
 
3RU� ~OWLPR�� KDYHUi� HPDQFLSDomR� VH� R� PHQRU� FRP� ��� DQRV�
FRPSOHWRV�WHQKD�HFRQRPLD�SUySULD��ïSHOR�HVWDEHOHFLPHQWR�FLYLO�
RX�FRPHUFLDO��RX�ðSHOD�H[LVWrQFLD�GH�UHODomR�GH�HPSUHJR� 
 
4XDQWR�j�HPDQFLSDomR�WHPRV�GXDV�REVHUYDo}HV�LPSRUWDQWHV� 
 Em regra, a emancipação é irrevogável e definitiva. 
 Em qualquer dos casos a emancipação vale apenas na esfera civil. É irrelevante, por 
exemplo, na órbita penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário) A menoridade cessa 
aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à 
prática de todos os atos da vida civil. De acordo com o Código Civil 
Brasileiro, cessará, para os menores, a incapacidade pelo 
casamento. 
Comentário: 
 
 
O exercício do emprego público precisa ser efetivo. Na 
concessão dos pais o menor precisará 16 anos completos. A 
colação de grau deverá ser em ensino superior. Não há relação 
alguma com a aquisição de imóvel, há a possibilidade de 
emancipação se o menor com dezesseis anos completos tiver 
economia própria em função de relação de emprego ou 
estabelecimento civil ou comercial. 
Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos 
completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
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IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação 
de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos 
completos tenha economia própria. 
Este rol elencado no parágrafo único é taxativo, não comportando 
outras situações. 
Questão correta 
 
 
Extinção da personalidade natural. 
7RGD�H[LVWrQFLD��HP�SULQFtSLR��WHUi�XP�FRPHoR�H�XP�ILP��&RP�D�
SHUVRQDOLGDGH�QmR�p�GLIHUHQWH��-i�YLPRV�TXH�D�SHUVRQDOLGDGH�VH�LQLFLD�GR�
QDVFLPHQWR�FRP�YLGD��0DV�TXDQGR�HOD�WHUPLQD" 
$�UHVSRVWD�SDUD�HVWD�TXHVWmR�HVWi�QR�DUWLJR��ž�GR�&&� 
$UW�� �ž�� $� H[LVWrQFLD� GD� SHVVRD� QDWXUDO� WHUPLQD� FRP� D� PRUWH�� SUHVXPH-VH� HVWD��
TXDQWR� DRV� DXVHQWHV�� QRV� FDVRV� HP� TXH� D� OHL� DXWRUL]D� D� DEHUWXUD� GH� VXFHVVmR�
GHILQLWLYD� 
 
$�SHVVRD� QDWXUDO�� DVVLP� FRPR� D� VXD� SHUVRQDOLGDGH�� WHP� VHX� ILP� FRP�D�
PRUWH�� WHQGR� HP� YLVWD� TXH� HVWD� QDVFH� FRP� DTXHOD�� RX� VHMD�� D� SHUVRQDOLGDGH�
QDVFH�FRP�D�SHVVRD�QDWXUDO�H�WHP�R�VHX�ILP�MXQWDPHQWH�FRP�D�PRUWH� 
$� PRUWH� WHP� FRPR� FRQVHTXrQFLD� LPHGLDWD� D� FHVVDomR� GH� GLUHLWRV� H�
REULJDo}HV� GH� TXH� R� GH� FXMXV� �R� PRUWR�� HUD� WLWXODU�� 7RGDYLD�� VXD� YRQWDGH�
VREUHYLYH�SRU�PHLR�GH�VHX�WHVWDPHQWR��7DPEpP��QD�~OWLPD�SDUWH�GR�DUWLJR��ž��
WHPRV�D�PRUWH�SUHVXPLGD�UHODWLYD�DRV�DXVHQWHV15� 
2�DUWLJR��ž�DVVLP�GLVS}H�VREUH�D�PRUWH�SUHVXPLGD�VHP�D�GHFUHWDomR�GD�
DXVrQFLD� 
$UW���R 3RGH�VHU�GHFODUDGD�D�PRUWH�SUHVXPLGD��VHP�GHFUHWDomR�GH�DXVrQFLD� 
,�-�VH�IRU�H[WUHPDPHQWH�SURYiYHO�D�PRUWH�GH�TXHP�HVWDYD�HP�SHULJR�GH�YLGD� 
,,� -� VH� DOJXpP�� GHVDSDUHFLGR� HP� FDPSDQKD� RX� IHLWR� SULVLRQHLUR�� QmR� IRU�
HQFRQWUDGR�DWp�GRLV�DQRV�DSyV�R�WpUPLQR�GD�JXHUUD� 
3DUiJUDIR�~QLFR��$�GHFODUDomR�GD�PRUWH�SUHVXPLGD��QHVVHV�FDVRV��VRPHQWH�SRGHUi�VHU�
UHTXHULGD�GHSRLV�GH�HVJRWDGDV�DV�EXVFDV�H�DYHULJXDo}HV��GHYHQGR�D�VHQWHQoD�IL[DU�
D�GDWD�SURYiYHO�GR�IDOHFLPHQWR15 Ausentes são as pessoas que se ausentaram ou se afastaram de seu domicílio regular sem 
deixar procurador ou representante legal, e das quais não se tenha notícias. Porém não basta a 
simples não presença para configurar a ausência, é necessária a falta de notícia do ausente, de 
modo que haja dúvidas quanto a sua existência, bem como a declaração judicial desse estado. 
O instituto da ausência é um instrumento jurídico que tem por escopo proteger os interesses 
daquele que se ausentou, por meio da curadoria do ausente. 
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),0�'$�3(662$�1$785$/ 
$�PRUWH�SRGH�VHU�� 
��5HDO�� �TXDQGR�Ki�XP�FRUSR� 
��3UHVXPLGD�� ��QmR�Ki�XP�FRUSR� 
6H�SUHVXPLGD��RFRUUH� �FRP�RX�VHP�GHFUHWDomR�GH�DXVrQFLD� 
 
 
e� LPSRUWDQWH� YRFr� REVHUYDU� TXH� R� FyGLJR� DGPLWH� D� PRUWH� SUHVXPLGD�
FRP�RX�VHP�GHFUHWDomR�GH�DXVrQFLD� 
 
$� H[LVWrQFLD� GD� SHVVRD� QDWXUDO� FHVVD� FRP� D� PRUWH�� UHDO� RX� SUHVXPLGD��
GHYLGDPHQWH� UHJLVWUDGD� HP� UHJLVWUR� S~EOLFR�� DVVLP� FRPR� Mi� KDYLD� VLGR�
UHJLVWUDGR�DQWHULRUPHQWH�R�VHX�LQtFLR��R�QDVFLPHQWR�GD�SHVVRD�� 
 
$UW���ž��6HUmR�UHJLVWUDGRV�HP�UHJLVWUR�S~EOLFR� 
,�-�RV�QDVFLPHQWRV��FDVDPHQWRV�H�yELWRV� 
,,�-�D�HPDQFLSDomR�SRU�RXWRUJD�GRV�SDLV�RX�SRU�VHQWHQoD�GR�MXL]� 
,,,�-�D�LQWHUGLomR�SRU�LQFDSDFLGDGH�DEVROXWD�RX�UHODWLYD� 
,9�-�D�VHQWHQoD�GHFODUDWyULD�GH�DXVrQFLD�H�GH�PRUWH�SUHVXPLGD� 
 
$UW������)DU-VH-i�DYHUEDomR�HP�UHJLVWUR�S~EOLFR� 
,�-�GDV�VHQWHQoDV�TXH�GHFUHWDUHP�D�QXOLGDGH�RX�DQXODomR�GR�FDVDPHQWR��R�GLYyUFLR��D�
VHSDUDomR�MXGLFLDO�H�R�UHVWDEHOHFLPHQWR�GD�VRFLHGDGH�FRQMXJDO�� 
,,�-�GRV�DWRV�MXGLFLDLV�RX�H[WUDMXGLFLDLV�TXH�GHFODUDUHP�RX�UHFRQKHFHUHP�D�ILOLDomR� 
 
 0HPRUL]H� TXDQGR� RFRUUH� UHJLVWUR� H� TXDQGR� RFRUUH�
DYHUEDomR��LVWR�Mi�IRL�FREUDGR�HP�SURYDV� 
 
 2�DUWLJR��ž�GR�&&�ID]�UHIHUrQFLD�j�PRUWH� FRPRULrQFLD� �SUHVXQomR�GH�
PRUWH� VLPXOWkQHD��� PXLWR� FREUDGD� HP� FRQFXUVRV�� SRUWDQWR� SUHVWH� EDVWDQWH�
DWHQomR� 
$UW�� �ž� 6H� GRLV� RX� PDLV� LQGLYtGXRV� IDOHFHUHP� QD� PHVPD� RFDVLmR�� QmR� VH� SRGHQGR�
DYHULJXDU� VH� DOJXP� GRV� FRPRULHQWHV� SUHFHGHX� DRV� RXWURV�� SUHVXPLU-VH-mR�
VLPXOWDQHDPHQWH�PRUWRV� 
 
$�FRPRULrQFLD�HVWi�LQWLPDPHQWH�OLJDGD�DR�GLUHLWR�GH�IDPtOLD�H�DR�GLUHLWR�
VXFHVVyULR�� 3DUD� HVWH� ~OWLPR� VHUi� GH� VXPD� LPSRUWkQFLD� TXH� VH� VDLED� TXHP�
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PRUUHX� SULPHLUR�� RX� VH� RV� GRLV� PRUUHUDP� DR� PHVPR� WHPSR�� SDUD� DVVLP� VH�
GHWHUPLQDU�TXHP�VHUmR�RV�KHUGHLURV� 
2� DUWLJR� �ž� H[SUHVVD� D� LGHLD� GH� TXH� QD� G~YLGD� SUHVXPH-VH� R�
IDOHFLPHQWR�FRQMXQWR��1D�FRPRULrQFLD�RFRUUH�D�ïPRUWH�GH�GXDV�RX�PDLV�
SHVVRDV�ðQD� PHVPD� RFDVLmR�H�ñSRU� IRUoD� GR� PHVPR� HYHQWR��VHQGR�HODV�
UHFLSURFDPHQWH�KHUGHLUDV�XPDV�GDV�RXWUDV��e� LPSRUWDQWH�GHVWDFDU�TXH�QmR�Ki�
QHFHVVLGDGH��QHP�D�FLWDomR�QR�&&��GD�PRUWH�RFRUUHU�QR�PHVPR�OXJDU� 
 
$LQGD�WHPRV�HP�QRVVR�RUGHQDPHQWR�MXUtGLFR�DOJXQV�UHVTXtFLRV�GR�TXH�VH�
FKDPDYD� PRUWH� FLYLO� ±� DQWLJDPHQWH� RV� FRQGHQDGRV� D� SHQDV� SHUSpWXDV� H� RV�
UHOLJLRVRV�SURIHVVRV�HUDP�FRQVLGHUDGRV�PRUWRV�SDUD�R�PXQGR�H�DVVLP�WUDWDGRV�
SHOR�GLUHLWR��0HVPR�HVWDQGR�YLYRV��HUDP�FRQVLGHUDGRV�PRUWRV�DRV�ROKRV�GD�OHL��
8P�H[HPSOR�GHVWH�UHVTXtFLR�HVWi�QR�DUWLJR�������GR�&&� 
$UW��������6mR�SHVVRDLV�RV�HIHLWRV�GD�H[FOXVmR��RV�GHVFHQGHQWHV�GR�KHUGHLUR�H[FOXtGR�
VXFHGHP��FRPR�VH�HOH�PRUWR�IRVVH�DQWHV�GD�DEHUWXUD�GD�VXFHVVmR� 
 
 
(TRE-SE - Analista Judiciário) Mário, empresário com 52 anos 
de idade, resolveu viajar para a Europa com sua mulher Fábia, 
de 45 anos, doente, portadora de câncer em sua fase terminal, e 
com seus filhos gêmeos, Gabriel e Pedro, de 10 anos, e seu pai, 
Daniel, de 92 anos. O avião que levava a família caiu no mar, 
não havendo sobreviventes do acidente. De acordo com o Código 
Civil brasileiro, não se podendo averiguar se alguém dos 
comorientes precedeu aos outros, presumir-se-á que Mário, 
Fábia, Gabriel, Pedro e Daniel morreram simultaneamente. 
Comentário: 
 
Na comoriência não se consegue provar quem faleceu antes. 
Art. 8º. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, 
não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu 
aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. 
Questão correta 
 
1D�PRUWH�FLYLO��D�SHVVRD�DLQGD�WHP�YLGD��SRUpP�HVWi�³PRUWD´�SDUD�DOJXQV�
GLUHLWRV�H�REULJDo}HV�FLYLV��FRPR�QR�FDVR�GR�DUWLJR�YLVWR�DFLPD��4XDQGR�R�ILOKR�
IRL� H[FOXtGR� GD� KHUDQoD� SHOR� SDL�� RV� VHXV� KHUGHLURV�� RX� VHMD�� VHXV� ILOKRV��
UHFHEHUmR� D� KHUDQoD� GR� DY{� FRPR� VH� R� SDL� IRVVH� PRUWR�� e� XP� UHVTXtFLR� GD�
PRUWH�FLYLO��SRLV�D�SHVVRD�Vy�HVWi�³PRUWD´�SDUD�DOJXQV�GLUHLWRV�H�REULJDo}HV��2�
IDWR�p�TXH�H[LVWH�HVWD�SRVVLELOLGDGH�GH�XP�SDL�QHJDU�D�VHX�ILOKR�D�KHUDQoD��HVWi�
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QR�&&��PDV�QmR�YHP�DR�FDVR�VHX�HVWXGR�PDLV�GHWDOKDGR��SRU�QmR�FRQVWDU�GR�
VHX�HGLWDO�R�GLUHLWR�GDV�VXFHVV}HV� 
 
Individualização da pessoa natural: 
Nome, Estado e domicílio. 
1HVWH� LWHP� YDPRV� HVWXGDU� FRPR� RFRUUH� D� GLIHUHQFLDomR� GDV� SHVVRDV� QD�
YLGD� FLYLO�� RX� VHMD�� FRPR�VH� LQGLYLGXDOL]D�XP� LQGLYtGXR�SHUDQWH�D� VRFLHGDGH�� D�
IDPtOLD�H�QDV�VXDV�UHODo}HV�FLYLV� 
$� LGHQWLILFDomR� GD� SHVVRD� QDWXUDO� VH� Gi� VRE� WUrV� DVSHFWRV�� SHOR�
ïQRPH�� TXH� D� LQGLYLGXDOL]D� SURSULDPHQWH�� SHOR� ðHVWDGR�� TXH� GHILQH� VXD�
SRVLomR�QD�VRFLHGDGH�SROtWLFD�H�QD�IDPtOLD��H�SHOR�ñGRPLFtOLR��TXH�YHP�D�VHU�R�
OXJDU�GH�VXD�DWLYLGDGH�VRFLDO��VHQGR�GHILQLGR�HP�OHL��p�XP�FRQFHLWR�MXUtGLFR�� 
 
¾ Nome 
e� XP� GRV� PDLV� LPSRUWDQWHV� DWULEXWRV� H� WDPEpP� XP� GLUHLWR� GD�
SHUVRQDOLGDGH��SRU�VHU�R�HOHPHQWR�LGHQWLILFDGRU�SRU�H[FHOrQFLD�GDV�SHVVRDV��e�
R�VLQDO�H[WHULRU�SHOR�TXDO�VH� LGHQWLILFD��VH� UHFRQKHFH�D�SHVVRD�QD� IDPtOLD�H�QD�
VRFLHGDGH� 
2�DVSHFWR�S~EOLFR�GR�GLUHLWR�DR�QRPH�DGYpP�GR� IDWR�GH� HVWDU� OLJDGR�DR�
UHJLVWUR�GD�SHVVRD�QDWXUDO��Mi�R�DVSHFWR�LQGLYLGXDO�DGYpP�GD�DXWRUL]DomR�TXH�
WHP�D�SHVVRD�GH�XVi-OR�H�GH�VHU�FKDPDGD�SRU�HOH��1HVWH�VHQWLGR�p�SURLELGD�D�
XWLOL]DomR� VHP� DXWRUL]DomR�� GH� QRPH� DOKHLR� HP� SURSDJDQGD� FRPHUFLDO��
SURPRYHQGR� YHQGD� GH� EHQV� RX� VHUYLoRV� �DUWLJR� ��� GR� &&��� (VWD� SURWHomR�
WDPEpP� VH� HVWHQGH� DR� SVHXG{QLPR� RX� FRGLQRPH�� PXLWR� FRPXQV� QR� PHLR�
OLWHUiULR�H�DUWtVWLFR16� 
 
$UW������6HP�DXWRUL]DomR��QmR�VH�SRGH�XVDU�R�QRPH�DOKHLR�HP�SURSDJDQGD�FRPHUFLDO� 
$UW������2�SVHXG{QLPR�DGRWDGR�SDUD�DWLYLGDGHV�OtFLWDV�JR]D�GD�SURWHomR�TXH�VH�Gi�DR�
QRPH� 
 
%DVLFDPHQWH�RV�HOHPHQWRV�FRQVWLWXWLYRV�GR�QRPH�VmR�GRLV��R�ïSUHQRPH�
�LQGLYLGXDO� GH� FDGD� SHVVRD�� H� R� ðSDWURQtPLFR�� QRPH� GH� IDPtOLD� RX�
VREUHQRPH��FRPXP�D�WRGRV�TXH�SHUWHQFHP�j�PHVPD�IDPtOLD�� 
 
6REUH�HVWH�DVVXQWR�WHPRV�QR�&yGLJR�&LYLO�R�DUWLJR���� 
 
16 Há também o heterônimo que vem a ser nomes diferentes utilizados pela mesma pessoa, 
como casos de escritores que escrevem utilizando seu próprio nome, mas também publicam 
livros com um nome fictício, virtual. Ambos são nomes do mesmo autor e estão protegidos por 
lei. 
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$UW�� ���� 7RGD� SHVVRD� WHP� GLUHLWR� DR� QRPH�� QHOH� FRPSUHHQGLGR� R� SUHQRPH� H� R�
VREUHQRPH� 
 
3RU�YH]HV�VH�WHP�R�DJQRPH��TXH�p�R�VLQDO�GLVWLQWLYR�TXH�VH�DFUHVFHQWD�DR�
QRPH�FRPSOHWR��3RU�H[HPSOR��)LOKR��-~QLRU��1HWR��6REULQKR� 
$R�ODGR�GHVWHV�HOHPHQWRV�FRQVWLWXWLYRV�EiVLFRV�Ki�WDPEpP�RV�VHFXQGiULRV�
FRPR�� WtWXORV� QRELOLiUTXLFRV� RX� KRQRUtILFRV� �S�H[�� FRQGH�� GXTXH��� WtWXORV�
HFOHVLiVWLFRV� �SDGUH�� FDUGHDO��� TXDOLILFDWLYRV� GH� GLJQLGDGH� RX� LGHQWLGDGH� RILFLDO�
�VHQDGRU�� MXL]��� WtWXORV� DFDGrPLFRV� H� FLHQWtILFRV� �PHVWUH�� GRXWRU�� H� IRUPDV� GH�
WUDWDPHQWR�GH�FRUWHVLD�RX�GH�UHYHUrQFLD��9RVVD�6DQWLGDGH��9RVVD�([FHOrQFLD�� 
$OFXQKD� RX� HStWHWR� p� D� GHVLJQDomR� GDGD� D� DOJXpP� HP� YLUWXGH� GH�
DOJXPD�SDUWLFXODULGDGH�VXD�TXH�VH�LQWHJUD�GH�WDO�PDQHLUD�j�SHUVRQDOLGDGH�TXH��
VRE�FHUWDV� FRQGLo}HV�H� VH�QmR� IRU� MRFRVR��SRGH�VHU�DFUHVFHQWDGR�DR�QRPH�GD�
SHVVRD��8P�H[HPSOR�GLVVR�p�R�GR�QRVVR�H[-SUHVLGHQWH�/XOD� 
+LSRFRUtVWLFR� p� R� QRPH� TXH� VH� Gi� SDUD� H[SUHVVDU� FDULQKR�� FRPR� SRU�
H[HPSOR��1DQGR�SDUD�)HUQDQGR��H�QRPH�YRFDWyULR�p�R�HQFXUWDPHQWR�GR�QRPH�H�
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17 Direito da Família. Como é chamado o poder dos pais em relação a seus filhos 
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Teoria e Questões 
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