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SUMÁRIO 1. Características da doença 03 2. Causas 03 3. Doenças relacionadas com o Hipotireoidismo 05 4. Sintomas 04 5. Diagnóstico 05 6. Tratamento 06 7. Atuação do Psicólogo 07 8. Prevenção 07 9. Incidência da população 07 10. Bibliografia e fontes 08 Hipotireoidismo Característica da doença A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço e próxima a traqueia. É um órgão do nosso sistema endócrino responsável pela produção dos hormônios que controlam o metabolismo. O processo começa na hipófise ou glândula pituária, que envia o TSH (hormônio tiroestimulante), em quantidades que estimulam a tireoide a produzir os niveis necessários de T3 (hormônio triiodotironina) o T4 (hormônio tetraiodotironina) para manter o perfeito funcionamento das funções metabólicas. Quando o T3 e o T4 estão em baixa, o TSH aumenta, e quando o T3 e T4 estão em alta, a hipófise deixa de produzir TSH. O Hipotireoidismo é uma doença causada por um distúrbio da glândula tireoide, que consequentemente não produz hormônios em quantidades satisfatórias ao organismo humano. Essa disfunção da tireoide pode ser subclínica (aguda), ou clínica (crônica). A forma clínica mais comum é o hipotireoidismo primário, ocasionado pela falência absoluta da glândula, por autoimunização, onde os próprios anticorpos atacam e destroem a glândula, conhecida também como Tireoidite de Hashimoto. Em menor escala, temos também o hipotireoidismo central, resultante de prejuízos na produção do TSH pela hipófise. A forma subclínica da doença, também conhecida como hipotireoidismo mínimo, se verifica quando a taxa de TSH está elevada, mas os níveis de T3 e T4 estão normais. Também se verifica a versão congênita da doença. Causas Tireoidite de Hashimoto Doença autoimune, ocasionada por um erro cometido pelo nosso sistema imunológico, que fabrica anticorpos para atacar e destruir as células da tireoide, acarreando diminuição na produção dos hormônios T3 e T4 ou falência total da glândula. Recebe esse nome devido ao médico japonês Y. Hashimoto responsável pelos estudos na área publicados em 1909 na revista alemã "Arkiv von Pathologie". De origem genética, esse tipo de doença incide oito vezes mais em mulheres do que em homens, provavelmente devido a oscilações hormonais na gestação e menopausa. Existem vários gatilhos que podem desencadear a Tireoidite de Hashimoto, como a deficiência de iodo, exposição a radiação, câncer, infecções graves e intervenções cirúrgicas. Hipotireoidismo congênito O problema se inicia na gestação, decorrente da má formação da tireoide no feto. Em alguns casos, a criança pode não apresentar nenhum sintoma da doença logo após o nascimento, ocasionando até uma deficiência cognitiva severa. Por isso e outros motivos o teste do pezinho é primordial, pois nele é possível detectar de imediato o hipotireoidismo congênito e iniciar o tratamento adequado o quanto antes. Gestação A mulher que possui o hipotireoidismo e ainda não trata da maneira correta, provavelmente terá problemas de fertilidade. E caso a fecundação venha acontecer, é grande o risco de prejuízos no desenvolvimento do cérebro do feto, e também de eclampsia e parto prematuro. Se a doença estiver sobre controle, nem a mamãe e nem o bebê correrão risco. O pós-parto pode também desencadear o hipotireoidismo, principalmente se houver predisposição genética. Iodo A deficiência desse mineral é um gatilho para o hipotireoidismo subclínico. No Brasil, devido a lei nº 6.150 de 3 de dezembro de 1974, é obrigatório a adição de iodo no sal de cozinha e proibido a comercialização do produto sem que ele esteja iodado. Antes dessa lei, casos de bócio eram bem comuns, devido ao aumento significativo da tireoide que precisa do iodo para manter seu funcionamento. Lítio Transtornos psiquiátricos e hipotireoidismo se estreitam na medida em que utiliza-se medicação a base de lítio a longo prazo, principalmente em casos de transtorno bipolar. Verifica-se duas possibilidades, a primeira seria que de fato causaria a autoimunização e a segunda que ele retiraria anticorpos de seus sítios de ligação na tireoide, tornando-os detectáveis. Depressão, fobia social e desordens de sono. Foi descoberta uma ligação entre a tireoidite de Hashimoto e altas frequências de episódios depressivos ao longo da vida, transtorno de ansiedade generalizada, fobia social e desordens de sono (insônia). Transtorno bipolar. Um estudo realizado em gêmeos comparou os irmãos bipolares com os irmãos saudáveis e mostrou que a tireoidite autoimune está relacionada com o transtorno bipolar, mas também a uma vulnerabilidade genética para desenvolver a doença. Ansiedade generalizada e outros transtornos de humor. Existe uma ligação entre a autoimunidade da tireoide, especificamente a presença de anticorpos antitiroperoxidase (TPO Ab+), com transtornos de ansiedade e de humor. Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. Outro estudo associou os sintomas do TDAH aos níveis de TSH em crianças. Altas concentrações de TSH (mesmo ainda na faixa considerada normal) e T4 livre baixo estão associadas a uma função cognitiva menor em crianças pré-escolares saudáveis. As diferenças estatisticamente significativas foram observadas nos maiores quartis de TSH, o que sugere a necessidade de uma reavaliação do limite superior do intervalo normal do TSH. Doenças Relacionadas com a Tireoide Colesterol Alto A hipercolesterolemia está relacionada com a tireoide lenta. Diabetes Tipo 2 e Tipo 1 A diabetes afeta a tireoide e o tratamento das duas doenças. Gordura no Fígado A esteatose hepática é a acumulação de gordura no fígado. É mais frequente em pacientes com hipotireoidismo e é causado pela resistência à insulina. Nódulos na Tireoide Os nódulos e cistos da tireoide são muitas vezes uma razão para fazer uma tireoidectomia parcial ou total. Muitas vezes as tireoidectomias são desnecessárias. Osteoporose O hipertireoidismo pode causar osteoporose. Os pacientes com hipotireoidismo também desenvolvem esta doença quando tomam uma dosagem de levotiroxina sódica demasiado elevada. Candidíase O crescimento excessivo do fungo candida albicans causa esta infecção fúngica que pode ser recorrente em pacientes com a tireoide lenta. Sintomas Independente de qual seja o tipo e a causa do hipotireoidismo, a maioria dos casos pode apresentar os mesmos sintomas como: Bócio Ganho de peso Depressão Ansiedade Insônia Perda de memória Cansaço Queda de cabelo Acne Sensibilidade ao frio Constipação intestinal Alterações de perfil lipídico e glicêmico Desaceleração de batimentos cardíacos Pele seca Diminuição da libido Disfunção erétil Complicações graves Neuropatia periférica Mixedema Cardiopatias Diabetes Transtornos psicológicos Infertilidade Defeitos congênitos Coma mixedematoso O coma mixedematoso é uma forma grave que ocorre em pacientes com hipotireoidismo severo, de longa duração e sem tratamento. A mortalidade no passado chegou a altos níveis, aproximadamente 70% levava ao óbito. Hoje esse valor gira em torno de 15%. Diagnóstico Diagnosticar a doença envolve exames clínicos, de imagem e laboratoriais. Identificar os sintomas e encaminhar para dosagem hormonal e para ultrassonografia é papel do endocrinologista, médico especialista do sistema endócrino. O teste do pezinho, que é obrigatório em recém-nascidos, pode confirmar o hipotireoidismo congênito. Os valores de referência dos hormônios tireoidianos ainda são muito questionados e dependem do método e reagente utilizados na análise, e variam também de acordo com a idade e período gestacional. No laudo laboratorial é obrigatório constar esses valores de referência em relação à metodologia utilizada que pode ser radioimunoensaio, ensaio imunoenzimáticoe quimioluminescência. Na ultrassonografia, verifica-se as dimensões da glândula e presença de nódulos. Tratamento Basicamente o tratamento consiste na reposição hormonal temporária ou permanente de levotiroxina, versão sintética do T4. O que varia entre os pacientes é a dosagem que deve ser estabelecida pelo médico a partir dos exames clínicos e laboratoriais. Devido à interação medicamentosa e alimentar, o comprimido de levotiroxina deve ser tomado em jejum. Nem todos os pacientes respondem positivamente ao tratamento. A levotiroxina não é bioidêntica ao T4 e seu uso incorreto pode suprimir a produção do organismo, pois ele compete com o hormônio natural. O tratamento convencional só substitui o T4 que ainda precisa ser convertido para T3. A maioria das pessoas não consegue converter de forma efetiva o T4 sintético para T3 natural, o que pode explicar a conclusão de estudos que mostram que uma combinação de T4 e T3 é muitas vezes mais efetiva do que só o T4. A conversão de T4 para T3 pode ser dificultada por carências nutricionais como a falta de selênio, ácidos graxos Omega 3 inadequados e falta de zinco. A poluição e o estresse também são fatores importantes. Por estas razões a levotiroxina pode ser só uma parte do tratamento da tireoide. Além de conquistar taxas hormonais dentro dos valores de referência, é de extrema importância esse paciente conseguir anular os sintomas da doença. Por isso pode-se utilizar também a versão sintética do T3, mudar hábitos alimentares e emocionais, fazer suplementação e também praticar exercícios físicos. Atuação do psicólogo Devido aos transtornos psicológicos que podem ocorrer paralelamente ao hipotireoidismo, o paciente deve recorrer a ajuda profissional de outras áreas, inclusive da psicologia. O quadro depressivo e de ansiedade que são ocasionados biologicamente e emocionalmente, ou seja, tanto pela deficiência hormonal e seus sintomas, podem e devem ser acompanhados pelo psicólogo. Prevenção Infelizmente, não existem formas de se prevenir o hipotireoidismo. Apenas podemos exercer práticas de vida mais saudáveis e recorrer ao médico e a exames laboratoriais sempre que possível, a fim de detectar a doença precocemente. Incidência na população No Brasil o hipotireoidismo acomete cerca de 8% na população, sendo maioria dos casos mulheres no pós-parto e pós-menopausa. A proporção de mulheres afetadas é de 4 para cada 1 homem. Dados mundiais indicam que o hipotireoidismo atinge 11% da população, sendo 80% mulheres a partir dos 35 anos. No entanto, muitos casos ficam sem diagnóstico, porque os sintomas nem sempre são reconhecidos. Bibliografia e fontes Artigos acadêmicos: Ultimo acesso dia 12/05/2015 http://pt.slideshare.net/adrianomedico/frequencia-de-hipotireoidismo-em-pacientes-com-distrbio-bipolar-tratados-com-carbonato-de-ltio http://www.projetodiretrizes.org.br/ans/diretrizes/hipotireoidismo-diagnostico.pdf http://www.polbr.med.br/ano01/artigo0601_b.php http://www.cpementalhealth.com/content/1/1/23 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17141745 http://www.biomedcentral.com/1471-244X/4/25 http://www.proyectoinma.org/media/upload/pdf/_elvarez-pedrerol-clinendocrinol2007_editora_9_2_1.pdf http://sbac.org.br/rbac/015/231.pdf http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3956 Sites: Ultimo acesso dia 12/05/2015 http://hipotireoidismo.net/ http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hipotireoidismo http://www.indatir.org.br/p/tireoidite-hashimoto.html http://drauziovarella.com.br/letras/h/tireoidite-de-hashimoto/
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