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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós-graduação em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Previdenciário PETROBRAS É MULTADA EM R$ 10 MILHÕES PELA JUSTIÇA DO TRABALHO As consequências das condutas antissindicais e da violação ao direito de greve THAMIRIS DA SILVA COSTA Trabalho da Disciplina de Teoria Geral do Processo do Trabalho. Tutor(a): Gustavo Bastos de Andrade. FORTALEZA, CEARÁ 2017 PETROBRAS É MULTADA EM R$ 10 MILHÕES PELA JUSTIÇA DO TRABALHO As consequências das condutas antissindicais e da violação ao direito de greve REFERÊNCIAS: BARROS, Alice Monteiro. Condutas anti-sindicais – procedimento. Junho de 1999. Disponível em: <https://www.trt3.jus.br/escola/download/revista/rev_59/Alice_Barros.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2017. BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em: 02 nov. 2017. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 02 de nov. 2017. Petrobras é multada em R$10 milhões pela justiça do trabalho. 24 de janeiro de 2014. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,petrobras-e-condenada-a-pagar-r-10-milhoes-por-violar-direito-de-greve,176402e>. Acesso em: 01 nov. 2017. A reportagem apresentada pelo Estadão é de impressionar, pois apesar de a Petrobras ser uma grande empresa, especificamente a Refinaria de Duque de Caxias (REDUC), a quarta maior, já praticou condutas antissindicais e violou o direito de greve dos seus trabalhadores. A Carta Magna de 1988 assegura em seu artigo 8º a liberdade de associação sindical, a qual compreende não apenas o direito de constituir sindicato e nele ingressar ou retirar-se, mas também o exercício das atividades sindicais, em seu sentido amplo. Isso significa que a atitude da Petrobras acabou violando o artigo da Constituição Federal. A Petrobras foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar uma multa de 10 milhões de reais por manter os trabalhadores na Refinaria de Duque de Caxias, isso para deixar a empresa funcionando durante o período de greve, no ano de 2009. A decisão foi tomada pela 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, foi unânime e esse valor foi revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador. O relator do acórdão, juiz Leonardo Dias Borges, afirmou que os trabalhadores tiveram frustrado o exercício da liberdade de ir e vir. É importante ressaltar ainda que os empregados trabalharam além dos seus limites, sem locais apropriados para descanso, o que é inadmissível. A greve ocorre quando o empregado está insatisfeito com as condições de trabalho ou então quando estão querendo reivindicar algo que interessa. Está claro na legislação que todo empregado tem direito de realizar greve, conforme artigo 9º da Constituição Federal e Lei 7.783/1989, mas terá que seguir as orientações para suspender o serviço da maneira certa. O caso apresentado não demonstra que a greve foi ilegal, já as atitudes dos empregadores feriram diversos artigos da legislação brasileira. A greve é uma forma de suspender o contrato de trabalho, devendo a relação ser regida conforme acordo com convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho, como dispõe artigo 7º da Lei 7.783/1989. O grevista pode utilizar de meios pacíficos para persuadir a adesão à greve, bem como arrecadar fundos e divulgar a paralização, mas não poderá violar ou constranger os direitos e garantias dos outros. É proibido inclusive atos de vandalismo que causem danos ou ameaças. A Petrobras ainda ficou cientificada que caso desobedeça à ordem judicial, terá que pagar cem mil reais para cada obrigação descumprida, conforme decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. Com a fiscalização e aplicação da lei trabalhista, o surgimento de novo caso como esse poderá ser evitado. O direito de greve é assegurado por lei, desde que sejam respeitados os limites, isso para que as consequências sejam positivas para a classe trabalhadora. O empregador deve respeitar a ideia de grave que surgir por parte do empregado, mesmo não aceitando. Pode-se concluir que o que deveria ocorrer era uma espécie de reflexão por parte dos empregadores para dar aos trabalhadores o que é de direito, bem como condições dignas para que eles comecem a exercer as atividades de forma satisfeita. Quando o trabalhador é respeitado, ele produz mais e ambos ganham com esse fato nas relações de trabalho.
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