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PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 7 e 8

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PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 8
Aspectos Psicológicos das Relações Humanas. Comportamento: comportamento anti-social e violência.  
. A violência não está compreendida apenas nos atos de agressão física e crueldade praticados em conflitos ou guerras, a violência sob muitos aspectos está inserida em nosso cotidiano de maneira explicita ou disfarçada de muitas formas (agressão física, verbal, moral e quaisquer outros comportamentos que tragam prejuízo intencional a outras pessoas). 
A violência praticada sempre encontra uma justificativa ou motivo, seja pela luta pela sobrevivência, religião, defender causas ou ideologias, para obter poder ou dinheiro, etc. 
A violência está impregnada na nossa história e em nosso cotidiano.
AGRESSIVIDADE
Todo ser humano é agressivo, se entendermos que a agressividade faz parte dos nossos instintos mais elementares de sobrevivência.
O ser humano não reconhece apenas os riscos a sua integridade física como sendo ameaças a sua sobrevivência, reconhece também os riscos contra a sua integridade moral, ou contra sua integridade psicológica, ou seja, ameaças a sua sobrevivência como ser social.
AGRESSIVIDADE
A agressividade pode ser canalizada para produções socialmente construtivas, como se essa energia encontrasse canais, formas de expressar-se dentro dos limites das leis, das regras.
AGRESSIVIDADE
A agressividade pode evoluir para delinqüência e criminalidade, sendo necessário distinguir três conceitos ligados a essa questão: transgressão, infração e delinqüência.
TRANSGRESSÃO
Se considerarmos que o ser humano vive em grupos sociais, sendo que quando nascem dependendo da localidade, da família ou cultura, serão inseridos num grupo de pessoas que convivem com determinadas regras e leis. Irão, portanto, incorporar primeiramente as regras que envolvem as relações das pessoas que lhe cuidam, como por exemplo, a maneira como comunicam se, seus costumes, e demais outras normas que regulam as relações entre essas pessoas. O transgressor é aquele que transgride normas ou regras, sejam essas explicitas como, por exemplo, horários de refeição, sono, ir para aula, ou regras implícitas como, por exemplo, a de não se falar palavrões. Aquele que transgride essas regras, estará sujeito as conseqüências, dependendo do grupo ao qual está inserido, porém, vez ou outra todos nós somos transgressores.
INFRAÇÃO
Todas as sociedades são regidas por leis, o infrator é aquele que cometeu um ato que vai contra alguma lei tipificada no código penal ou no sistema de leis da sociedade em que vive, portanto, sujeito a uma penalidade corresponde. Podemos dizer desta forma que todos nós somos em algum momento da vida infratores, pois o fato de não atravessarmos a rua numa faixa de pedestre, por exemplo, corresponde a uma infração definida por uma lei específica, isso significa que nem sempre o indivíduo que comete uma infração é um criminoso.
DELINQUÊNCIA
 O delinqüente é aquele que não incorporou regras ou leis, ou as incorporou de uma forma distorcida de modo que passou a praticar diversos crimes, assumindo assim uma identidade criminosa. Acontece que uma pessoa dificilmente se torna um delinqüente se antes não foi um transgressor, ou infrator, o que indica haver um uso patológico da agressividade. A quantidade e/ou qualidade de eventos de vida negativos provenientes da família vêm sendo apontadas como particularmente prejudiciais ao desenvolvimento da criança e como um dos fatores que contribui para potencialização dos casos de delinquência.
A agressividade patológica aparece em alguns transtornos mentais, tais como: o distúrbio anti-social, transtorno desafiador opositivo, transtorno de conduta, além de outros cuja a agressividade também aparece como característica, e têm sido alvo de estudos epidemiológicos em todo mundo.
O transtorno da conduta (conduct disorder) e o transtorno desafiador opositivo (oppositional defiant disorder) são categorias diagnósticas usadas para crianças e adolescentes;
O transtorno de personalidade anti-social (antisocial personality disorder) aplica-se aos indivíduos com 18 anos ou mais. 
TRANSTORNO DESAFIADOR OPOSITIVO
A característica essencial do Transtorno Desafiador Opositivo é um padrão recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil para com figuras de autoridade, que persiste por pelo menos 6 meses e se caracteriza pela ocorrência freqüente de pelo menos quatro dos seguintes comportamentos: perder a paciência , discutir com adultos ,desafiar ativamente ou recusar-se a obedecer a solicitações ou regras dos adultos , deliberadamente fazer coisas que aborrecem outras pessoas ,responsabilizar outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento ,ser suscetível ou facilmente aborrecido pelos outros ,mostrar-se enraivecido e ressentido ,ou ser rancoroso ou vingativo.
TRANSTORNO DESAFIADOR OPOSITIVO
O Transtorno Desafiador Opositivo em geral se manifesta antes dos 8 anos de idade e habitualmente não depois do início da adolescência. Os sintomas opositivos freqüentemente emergem no contexto doméstico, mas com o tempo podem aparecer também em outras situações. 
O início é tipicamente gradual, em geral se estendendo por meses ou anos. Em uma proporção significativa dos casos, o Transtorno Desafiador Opositivo é um antecedente evolutivo do Transtorno da Conduta.
TRANSTORNO DE CONDUTA
Basicamente consiste numa série de comportamentos que perturbam quem está próximo, com atividades perigosas e até mesmo ilegais. Esses jovens e crianças não se importam com os sentimentos dos outros nem apresentam sofrimento psíquico por atos moralmente reprováveis. Assim o comportamento desses pacientes apresenta maior impacto nos outros do que nos próprios. O transtorno de conduta é uma espécie de personalidade anti-social na juventude. Como a personalidade não está completa, antes dos dezoito anos não se pode dar o diagnóstico de personalidade patológica para menores, mas a correspondência que existe entre a personalidade anti-social e o transtorno de conduta é muito próxima. 
TRANSTORNO DE CONDUTA
Certos comportamentos como mentir ou matar aula podem ocorrer em qualquer criança sem que isso signifique desvios do comportamento, contudo a partir de certos limites pode significar. Para se diferenciar o comportamento desviante do normal é necessário verificar a presença de outras características e comportamentos desviantes, a permanência deles ao longo do tempo. Além das circunstâncias em que o comportamento se dá, as companhias, o ambiente familiar, os valores e exemplos que são transmitidos devem ser avaliados para o diagnóstico. O transtorno de conduta é freqüente na infância e um dos maiores motivos de encaminhamento a psiquiatria infantil. 
TRANSTORNO DE CONDUTA
Os comportamentos específicos característicos do Transtorno da Conduta ajustam-se a uma dentre quatro categorias: agressão a pessoas e animais, destruição de propriedade, furto, ou séria violação de regras.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
Um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros, indicado por pelo menos três dos seguintes critérios: 
(1) fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais, indicado pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção
(2) propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer
(3) impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro
(4) irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas
(5) desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia
(6) irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras
(7) ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado outra pessoa 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTI-SOCIALOs indivíduos com Transtorno da Personalidade Anti-Social freqüentemente não possuem empatia e tendem a ser insensíveis e cínicos e a desprezar os sentimentos, direitos e sofrimentos alheios. Eles podem ter uma auto-estima acentuada e arrogante (por ex., achar que um trabalho comum não está à sua altura, ou não ter uma preocupação realista com seus problemas atuais ou seu futuro) e podem ser excessivamente auto-suficientes ou vaidosos. 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
Esses indivíduos podem também ser irresponsáveis e exploradores em seus relacionamentos sexuais. Eles podem ter uma história de múltiplos parceiros sexuais, sem jamais ter mantido um relacionamento monogâmico. 
Essas pessoas podem ser irresponsáveis na condição de pai ou mãe.
Alguns estudiosos afirmam que este transtorno existe em razão da disciplina paterna inconsistente
COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL
O termo anti-social também é aplicado erroneamente a pessoas com aversão ao convívio social, introvertidas, tímidas ou reservadas .
Clinicamente, antissocial aplica-se a atitudes contrárias e prejudiciais à sociedade ,não a inibições ou preferências pessoais. 
O comportamento anti-social pode ser sintoma de uma psicopatologia em psiquiatria: o transtorno de personalidade anti-social. 
PSICOPATIA x SOCIOPATIA
Existem infinitas dúvidas referente às diferenças entre o termo psicopatia e sociopatia. O fato é que, atualmente, ambos termos se referem ao indivíduo com transtorno de personalidade anti-social. 
AVALIAÇÃO
Escala Hare PCL-R. 
	Criada pelo psicólogo canadense Robert Hare, em 1991, trata-se de um checklist de 20 itens, que englobam as principais características de umpsicopata, como tendência a mentir e falta de culpa ou remorso. A avaliação, que só pode ser feita por psicólogos ou psiquiatras, também considera o histórico familiar e pessoal.
VIOLÊNCIA
A problemática da violência deve ser analisada profundamente, tanto para entendê-la no plano teórico, quanto para descobri-la na prática.
TIPOS DE VIOLÊNCIA:
1. Violência estrutural: nesse grupo de violência se enquadram aquelas que negam a cidadania para alguns indivíduos ou determinados grupos de pessoas, pautados principalmente na discriminação social contra os “diferentes”. “São obstáculos institucionais que impedem ou dificultam a realização das potencialidades humanas dos discriminados, sobretudo nas áreas da educação, do emprego e da saúde”
VIOLÊNCIA
TIPOS DE VIOLÊNCIA: 
2. Violência física: esse tipo de violência ocorre por meio de maus-tratos corporais (espancamentos, tapas, beliscões, castigos, queimaduras, etc.) ou negligência em termos de cuidados básicos A violência, cometida neste grupo, é a mais notável por causa dos danos causados ao corpo. No entanto, é alarmante que muitas pessoas já a vêem como normal e não buscam meios para superá-la .
VIOLÊNCIA
TIPOS DE VIOLÊNCIA:
3. Violência simbólica e psicológica: nesse grupo a violência acontece por coação e intermédio da força de símbolos, situações de constrangimento ou humilhação, ameaças, agressões verbais...Também “pela exploração de fatos ou de situações; pela negação de informações ou de um bem de necessidade imediata ou irrevogável; por chantagens e pela cultura do medo, entre outras formas.
VIDEO
http://www.youtube.com/watch?v=DRuGuUD6LSw

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