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Professor Me: Lucas Corrêa de Almeida Cap7: Energia cinética e Trabalho Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Energia Um dos objetivos fundamentais da física é investigar algo que se fala muito hoje em dia: ENERGIA; Mas afinal o que é energia? A energia é uma propriedade de todos os corpos, que se manifesta de diferentes formas, sendo detectada pelos efeitos que produz. Ela é capaz de realizar movimento nos corpos. A energia é uma grandeza escalar que se exprime, no SI, em joule (J) A energia de um sistema pode ser medida ou calculada. Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Energia Manifestações: A energia manifesta-se de diferentes maneiras, e toma diferentes designações de acordo com os efeitos que produz: Energia radiante Energia eléctrica Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Energia Energia mecânica /motora Energia Química Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Energia Energia Sonora Energia Térmica Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Energia cinética Neste capítulo concentraremos nossa atenção em um único tipo de energia (a energia cinética) e a única forma de transferência de energia (o trabalho). Energia cinética: É a energia associada ao estado de movimento de um objeto. Quanto mais rápido o objeto se move, maior e a energia cinética. Quando um objeto está em repouso, sua energia cinética é nula. Para um objeto de massa 𝑚 cuja velocidade 𝑣 é muito menor que a velocidade da luz. Onde 𝐾 é a energia cinética e tem por unidade o Joule [J]. 𝐾 = 𝑚. 𝑣2 2 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Trabalho Em nosso cotidiano a palavra “trabalho” está relacionada a esforço físico ou mental, em física, porém, esse termo possui significado muito específico: o trabalho (W) é a medida das transformações de energia. O trabalho está sempre associado à atuação de uma força ao longo de um determinado deslocamento, portanto: Onde: 𝑑 → representa o deslocamento do corpo 𝜃 → representa o ângulo entre o deslocamento e a força Por ser uma manifestação de energia , tem por unidade o Joule [J]. 𝑊 = 𝐹 . 𝑑 . cos 𝜃 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplo Exemplo 1: Uma criança puxa seu caminhão de brinquedo por uma corda como mostra o esquema abaixo: Sabendo que a força aplicada no carrinho é sempre 15 N, calcule o trabalho realizado pelo caminhão para se deslocar 10 metros quanto aos ângulos de: a) 0° b)30° c) 45° d) 60° e) 90° f) Descreva o que ocorre com o trabalho realizado pelo caminhão enquanto o ângulo aumenta. 𝐹 𝜃 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Trabalho Observações: O trabalho independe da trajetória descrita pelo corpo, pois o mesmo só utiliza o deslocamento para sua determinação; Ex: considere um corpo recebendo a mesma força para realizar os dois movimentos de A para B: O trabalho realizado para os dois movimento é o mesmo, pois o trabalho considera o deslocamento, não a distância percorrida. A B B A Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 2: Um porco ensebado pode escolher entre três escorregas para descer. Ordene os escorregas de acordo com o trabalho da força peso sobre o porco durante cada descida, do maior para o menor. Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Trabalho realizado pela força gravitacional Trabalho Realizado pela Força Gravitacional Na subida o objeto é desacelerado por uma força gravitacional 𝐹𝑔 ou seja, a energia cinética do tomate diminui porque 𝐹𝑔 realiza trabalho sobre o tomate durante a subida. OBS: Devido a aceleração da gravidade, o trabalho possui sinais diferentes que depende do sentido de movimento: Subida: cos 𝜃 = cos 180° = −1 Descida: cos 𝜃 = cos 0° = 1 𝑊𝑔 = 𝑚. 𝑔. 𝑑 . cos 𝜃 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 3: Um elevador de massa 𝑚 = 500 kg esta descendo com velocidade 𝑉 = 4.0 𝑚/𝑠 quando o cabo de sustentação começa a deslizar, permitindo que o elevador caia com aceleração constante 𝑎 = 𝑔/5. a) Qual a energia cinética inicial do elevador antes do problema no cabo? b) Se 0 elevador cai de uma altura 𝑑 = 12 𝑚, qual e o trabalho 𝑊𝑔 realizado sobre o elevador pela força gravitacional 𝐹𝑔? d) Qual é o trabalho 𝑊𝑇 realizado sobre o elevador pela força de tração exercida pelo cabo? e) Qual o trabalho total do elevador? f) Qual a energia cinética final do elevador? Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Teorema trabalho e energia cinética E a relação entre o trabalho e a energia cinética. Como o trabalho é capaz de alterar o movimento de um corpo, podemos associa-lo com a variação da energia cinética Δ𝐾 da seguinte forma: 𝑊 = Δ𝐾 = 𝐾 − 𝐾0 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 4: A figura mostra dois espiões industriais arrastando um cofre de 225 𝑘𝑔 a partir do repouso e, assim, produzindo um deslocamento 𝑑 de módulo 8,50 𝑚 , em direção a um caminhão. O empurrão 𝐹 1 do espião 001 tem um módulo de 12,0 𝑁 e faz um ângulo de 30,0° para baixo com a horizontal; o empurrão 𝐹 2 do espião 002 tem um módulo de 10,0 N e faz um angulo de 40,0° para cima com a horizontal. Os módulos e orientações das forças não variam quando o cofre se desloca, e o atrito entre o cofre e o piso e desprezível. Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplo a) Represente o sistema de forças aplicadas no cofre. b) Qual é o trabalho total realizado pelas forças 𝐹 1 e 𝐹 2 sobre o cofre durante o deslocamento 𝑑 . Para 𝐹 1: Para 𝐹 2: Trabalho total: 𝑊1 = 𝐹1. 𝑑 . 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑊1 = 12 . 8,5. cos 30° 𝑊1 = 88,33 𝐽 𝑊2 = 𝐹2. 𝑑 . 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑊2 = 10 . 8,5. cos 40° 𝑊2 = 65,11 𝐽 𝑊 = 𝑊1 + 𝑊2 𝑊 = 88,33 + 65,11 𝑊 = 153,44 𝐽 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos c) Qual o trabalho 𝑊𝑔 realizado pela força gravitacional 𝐹 𝑔 sobre o cofre durante o deslocamento, e qual é o trabalho 𝑊𝑁 realizado pela força normal 𝐹 𝑁 sobre o cofre o deslocamento? Trabalho gravitacional Trabalho da Normal 𝑊𝑔 = 𝑚. 𝑔. 𝑑. 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑊𝑔 = 𝑚. 𝑔. 𝑑. cos (90) 𝑊𝑔 = 0 𝑊𝑁 = 𝐹𝑁. 𝑑. 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑊𝑁 = 𝐹𝑁. 𝑑. cos (90) 𝑊𝑁 = 0 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exercícios d) O cofre está inicialmente em repouso. Qual é sua velocidade 𝑉 após o deslocamento de 8,50 𝑚 ? 𝑊 = 𝐾 − 𝐾0 𝑊 = 𝑚. 𝑣² 2 − 𝑚 . 𝑣0 2 2 153,4 = 225. 𝑣² 2 − 225.0 2 𝑣 = 1,17 𝑚/𝑠 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 5: Um caixote desliza pelo piso escorregadio de um estacionamento. Em um certo instante, devido a uma tempestade, uma ventania passa atuar sobre o caixote aplicando uma força contrária 𝐹 . Sabendo que o deslocamento 𝑑 foi (−3,0 𝑚)𝑖 e a força do vento F = 2,0 𝑁 𝑖 + −6,0 𝑁 𝑗 , determine: a) o trabalho realizado pelo vento sobre o caixote? 𝑊 = 𝐹 . 𝑑 = (2,0 𝑁 î + (−6,0 𝑁)𝑗 ] . (−3,0 𝑚)𝑖 𝑊 = −6,0 𝐽 î . î + 18,0 𝐽 𝑗 . î 𝑊 = −6,0 𝐽 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos b) Se o caixote tem uma energia cinética de 10 𝐽 no inicio do deslocamento 𝑑, qual e a sua energia ao final do deslocamento? 𝑊 = ∆𝐾 𝑊 = 𝐾 − 𝐾0 𝐾 = 𝐾0 + 𝑊 𝐾 = 10 + −6,0 𝐾 = 4,0 J Prof Me.:Lucas Corrêade Almeida Exemplos Exemplo 6: Um caixote de queijo de 15,0 𝑘𝑔 , inicialmente em repouso, percorre uma distancia 𝑑 = 5,70 𝑚, puxado por um cabo em uma rampa sem atrito, ate uma altura ℎ de 2,50 𝑚 , parando em seguida. Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos a) Qual é o trabalho 𝑊𝑔 realizado pela força gravitacional 𝐹𝑔 sobre o caixote durante a subida? b) Qual foi o trabalho 𝑊𝑇 realizado sabre a caixote pela força T exercida pelo cabo durante a subida? 𝑤𝑔 = 𝑚𝑔𝑑. cos 𝜃 𝑤𝑔 = 𝑚𝑔ℎ. cos 𝜃 𝑤𝑔 = 15 . 9,8 . 2,5 . cos 180 𝑤𝑔 = −368 𝐽 ∆𝑘 = 𝑊𝑇 + 𝑊𝑔 + 𝑊𝑁 0 = 𝑊𝑇 − 368 + 0 𝑊𝑇 = 368 𝐽 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida A Força elástica Se alongarmos a mola puxando o bloco para a direita, a mola puxa o bloco para a esquerda. Se comprimirmos a mola empurrando o bloco para a esquerda, a mola empurra o bloco para a direita. A força elástica é dada por O sinal negativo indica que o sentido da força elástica é sempre oposto ao sentido do deslocamento da extremidade livre da mola. 𝑘 é chamada de constante elástica (ou constante de força), e é uma medida da rigidez da mola. 𝐹 𝑒 = −𝑘. 𝑥 (𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝐻𝑜𝑜𝑘𝑒) Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Trabalho realizado pela força elástica Quando aplicamos a uma mola uma força F, provocando na mesma uma determinada deformação x, verificamos que a intensidade da força é diretamente proporcional à deformação (∆𝑋) provocada. Assim, o trabalha total 𝑊, realizado pela mola é definido como: 𝑊𝑒 = − 𝑘. 𝑥2 2 𝑊𝑒 = 1 2 𝑘. 𝑥𝑖 2 − 1 2 𝑘. 𝑥𝑓 2 Supondo que 𝑥𝑖 = 0 e chamando a posição final de 𝑥, temos: 𝒙 = 𝟎 𝒙 > 𝟎 𝐹 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 4: Um pacote de amendoim esta sobre um piso sem atrito, preso a extremidade livre de uma mola. Uma força aplicada para a direita, de módulo 𝐹 = 4,9 𝑁, seria necessária para manter o pacote em 𝑥 = 12 𝑚𝑚 . Qual é o trabalho realizado sobre o bloco pela força elástica da mola se o bloco é puxado para a direita de 𝑥0 = 0 até 𝑥 = 17 𝑚𝑚? 𝑘 = − 𝐹𝑒 𝑥 = − (−4,9) 12𝑥10−3 = 408 𝑁/𝑚 𝑊 = − 1 2 𝑘. 𝑥2 = − 1 2 408 . 17𝑥10−3 2 𝑊 = −0,059 𝐽 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 5: Depois de deslizar sobre uma superfície horizontal sem atrito com velocidade 𝑣 = 0,50 𝑚/𝑠 . Um bloco de massa 𝑚 = 0,40 𝑘𝑔 colide com uma mola de constante elástica 𝑘 = 750 𝑁/𝑚 e começa a comprimi-la. No instante em que o bloco para momentaneamente por causa da força exercida pela mola, de que distancia 𝑑 a mola foi comprimida? Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Resolução: 𝑘 − 𝐾0 = − 1 2 𝐾. 𝑑2 0 − 1 2 𝑚. 𝑣2 = − 1 2 𝑘𝑑2 𝑑 = 𝑣 𝑚 𝑘 𝑑 = 0,5 0,40 750 𝑑 = 0,012 𝑚 𝑜𝑢 1,2 𝑐𝑚 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Trabalho de uma força variável Para calcular o trabalho de uma força que varia devemos empregar técnicas de integração, que é uma técnica matemática ainda não estudada por vocês, mas para simplificar este cálculo, podemos calcular este trabalho por meio do cálculo da área sob a curva no diagrama 𝐹𝑅 𝑥 𝑑. Calcular a área sob a curva é uma técnica válida para forças que não variam também 𝑤 = 𝐴1 + 𝐴2 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Potência A potência mede a taxa de variação de energia utilizada por unidade de tempo. No nosso caso a energia é o trabalho. A potência instantânea 𝑃 é a taxa de variação instantânea com a qual o trabalho é realizado, que pode ser escrita como: A unidade de potencia no SI é o joule por segundo (𝐽/𝑠), chamado de Watt (𝑊). 𝑝𝑚𝑒𝑑 = 𝑊 ∆𝑡 (𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎) 𝑝 = 𝑑𝑊 𝑑𝑡 (𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑎) Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Potência Para uma partícula que se move em linha reta sob a ação de uma força 𝐹 que faz um angulo 𝜙 na direção do movimento da partícula, temos 𝑝 = 𝑑𝑊 𝑑𝑡 = 𝐹. cos 𝜙 . 𝑑𝑥 𝑑𝑡 = 𝐹 cos𝜙 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑝 = 𝐹. 𝑣 . cos 𝜙 Se tivermos a velocidade média do movimento, podemos encontrar a potência média pela mesma equação anteior. 𝑝 = 𝐹 ∙ 𝑣 (𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑎) Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 5: A figura mostra as forças constantes 𝐹 1 e 𝐹 2 que agem sobre uma caixa enquanto ela desliza para a direita sobre um piso, sem atrito. A força 𝐹 1 é horizontal, de módulo 2,0 𝑁; a força 𝐹 2 está inclinada para cima de um ângulo de 60° em relação ao piso e tem um módulo de 4,0 𝑁. A velocidade escalar 𝑣 da caixa, em um certo instante é 3,0 𝑚/𝑠. Quais as potências desenvolvidas pelas duas forças que agem sobre a caixa nesse instante? Qual é a potência total? A potência total esta variando nesse instante? P1 = F1. v. cos 𝜃1 = 2 . 3. −1 = −6,0 𝑊 P2 = F2. v. cos 𝜃2 = 4 . 3. 0,5 = 6,0 𝑊 𝑃𝑡𝑜𝑡 = 𝑃1 + 𝑃2 = −6,0 + 6,0 = 0 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exercícios A partir da página 173 Números: 1/3/5/7/9/11/13/17/27/31/ Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Observações Links: https://phet.colorado.edu/sims/mass-spring-lab/mass-spring- lab_en.html
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