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Aluno: Patrick da penha cordeiro Disciplica: Direito Civil III Matrícula: 201601596766 CASO CONCRETO: Caio ajuizou uma demanda buscando o ressarcimento de danos materiais e morais advindos da perda da propriedade de dois lotes de terra urbanos adquiridos da empresa “Da Terra Ltda.", no ano de 2004, decorrentes da evicção. Alega Caio que, tão logo se imitiu na posse dos bens adquiridos, foi deles retirado por credor do alienante. O credor do alienante apresentou escritura particular demonstrando que os lotes que Caio acabara de adquirir lhe foram entregues em dação em pagamento. Considerando os dados fornecidos, esse pedido será julgado procedente ou improcedente? Por quê? Fundamente sua resposta. R: Para que a evicção se opere é necessário que a perda do bem imóvel ocorra por sentença judicial transitada em julgado o que não afasta a possibilidade do evicto ajuizar ação de indenização contra o alienante do bem. JURISPRUDÊNCIA: 1ª Ementa Des(a). CELSO LUIZ DE MATOS PERES - Julgamento: 26/09/2017 - DÉCIMA CÂMARA CÍVEL Apelação cível. Ação de imissão de posse. Imóvel adjudicado extrajudicialmente pela CEF e posteriormente alienado a terceiros. Reconhecimento de nulidade de tal cadeia dominial perante a Justiça Federal. Evicção. Pretensão da antiga mutuária, atualmente sem posse, em face da possuidora sem propriedade. Direito de propriedade devidamente comprovado nos autos, sendo faculdade da proprietária o uso, gozo e disposição da coisa. Sentença de procedência que não merece reforma. Pretensão recursal manifestamente improcedente, o que permite a aplicação do artigo 932 do NCPC. Recurso improvido. INTEIRO TEOR Decisao monocratica - Data de Julgamento: 26/09/2017 (*) DOUTRINA: Segundo Carlos Roberto Gonçalves, Evicção é a perda da coisa em virtude de sentença judicial, que a atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato. Ela se configura, por exemplo, na compra feita de quem não era dono. Se o verdadeiro proprietário da coisa vendida a reclama judicialmente e alcança êxito na lide, o comprador sofre evicção. Há, na evicção três personagens: o alienante, que responde pelos riscos da evicção;o evicto, que é o adquirente vencido na demanda movida por terceiro; e o evictor, que é o terceiro reivindicante e vencedor da ação. Logo, trada-se da perda da coisa em função de sentença judicial. Mesmo que o contrato seja omisso a esse respeito (vício oculto), ela existirá “ex vi legis”, em todo contrato onero, pelo qual se transfere o domínio, posse ou uso. Assim, o alienante, além de pagar o valor da coisa, ao tempo em que se evenceu, comporá todo o dano derivado de comportamento censurável. (arts. 449 e seguintes do CC).
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