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CME.modificado

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CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
MsC Cosete Rodrigues Coutinho
CME
CONCEITO
A Central de Material e Esterilização (CME) é a área responsável pela limpeza e processamento de artigos e instrumentais médico-hospitalares. 
É na CME que se realiza o controle, o preparo, a esterilização e a distribuição dos materiais hospitalares. 
Material crítico
entra em contato com
vasos sanguíneos ou tecidos livres de microorganismos
Ex: instrumental
Material semi-crítico
entra em contato com
mucosa ou pele não 
íntegra. Ex: inaladores 
Material não crítico
entra em contato com
pele íntegra. Ex: comadre
Esterilização
Desinfecção
Limpeza
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
OBJETIVOS DA ENFERMAGEM
Fornecer o material esterilizado a todo hospital;
Promover a interação entre as áreas: expurgo, preparo e montagem de instrumental;
Adequar as condições ambientais às necessidades do trabalho na área; 
 Planejar e implementar programas de treinamento e reciclagem que atendam às necessidades da área junto à Educação Continuada;
 Promover o envolvimento e compromisso de toda a equipe com os objetivos e finalidades do serviço;
 Favorecer o bom relacionamento interpessoal;
    Prover materiais e equipamentos que atendam às necessidades do trabalho na área.
RDC nº.50 da ANVISA de 21 de fevereiro de 2002 / RDC nº.307 de 14 de novembro de 2002/2009.
A unidade pode se localizar fora do Estabelecimento de Assistência à Saúde.
Dimensionamento:
CME:40m2 para hosp. Geral com 50 leitos
CME:66 m2 para hosp.geral com 150 leitos.
REGULAMENTO TÉCNICO
DIVISÃO DA CME
ESTRUTURA FÍSICA
 Expurgo 
 Preparo de Materiais 
 Preparo de Instrumentais Cirúrgicos 
 Esterilização
 Montagem de carros para cirurgia
 Distribuição de materiais esterilizados
Dimensionamento
CME:40m2 para hosp. Geral com 50 leitos
CME:66 m2 para hosp.geral com 150 leitos.
Sendo:
18% para recepção e expurgo;
43% para preparo de artigos;
24% para esterilização;
15% para área de guarda e distribuição dos artigos esterilizados.
CARACTERÍSTICAS DA CONSTRUÇÃO DO CME
Piso 
Cor clara, resistente ao calor, umidade e soluções corrosivas;
Não pode ser poroso, sonoro, absorvente da luz;
Deve ser durável, lavável e de fácil limpeza;
Boa condutibilidade.
Paredes 
Lisas e planas, sem saliências, cantos ou quinas;
Material lavável, durável e de cor clara.
CARACTERÍSTICAS DA CONSTRUÇÃO DO CME
Forro
Acústico 
Janelas
Amplas, altas e teladas;
Nem sempre é necessário.
Portas 
Material lavável, durável e de boa qualidade.
CARACTERÍSTICAS DA CONSTRUÇÃO DO CME
Iluminação
Deve existir uma geral e pontos de iluminação direta.
Sistema de exaustão de calor
Ventilação 
A limpeza concorrente do CME deve ser realizada diariamente no piso, nas pias, nas mesas e nos balcões, e pelo menos uma vez na semana, precisa ser feito a limpeza terminal.
FLUXOGRAMA UNIDIRECIONAL DO CME
FLUXOGRAMA DOS ARTIGOS PROCESSADOS NO CME
RECURSOS HUMANOS DO CME
ENFERMEIRA(O)
AUXILIAR DE ENFERMAGEM
TÉCNICA (O) DE ENFERMAGEM
RECURSOS HUMANOS DO CME
ATIVIDADES DO ENFERMEIRO
 Estocar, esterilizar, selecionar e guardar materiais;
Avaliar condições de instrumentais em uso na instituição solicitando substituição sempre que possível;
Controlar todo o material de síntese consignado e esterilizado no hospital;
Realizar controle biológico de 3h no material de síntese antes da liberação de uso;
Elaborar relatórios mensais das atividades realizadas e do movimento estatístico de todo o material;
 
Atribuições do Enfermeiro(a):
Preparar, esterilizar e distribuir material e dar soluções
adequadas para as salas de operação, unidade de internação, UTI, emergência e demais setores;
Fazer o levantamento periódico do material, instrumental e equipamentos;
Manter sigilo profissional e conduta ética com todo o pessoal, a fim de manter um ambiente de trabalho seguro e harmonioso;
Fazer pesquisa em relação a aparelhos e materiais esterilizados;
Aplicar testes de esterilização para verificar o resultado das técnicas;
 
Realizar e fazer leitura dos indicadores biológicos , de acordo com as rotinas estabelecidas pela instituição;
Receber, conferir , liberar os materiais consignados;
Realizar limpeza, preparo, esterilização, guarda e distribuição de materiais , de acordo com a solicitação;
Preparar os carros para cirurgias;
Atribuições do Técnico de enfermagem na CME:
Preparar as caixas cirúrgicas;
Realizar cuidados de materiais endoscópicos;
Monitorar o lote e carga do processo de esterilização;
Revisar listagem de caixas cirúrgicas, bem como reposição das mesmas;
Fazer listagem e encaminhamento de materiais e instrumentais para conserto;
Participar de reuniões de enfermagem e de avaliações , de acordo com a solicitação do enfermeiro(a).
Critérios mínimos recomendados para o processamento dos artigos segundo SOBECC:
Artigos: Compreendem instrumentos de naturezas diversas utilizados na assistência médico hospitalar, compreendendo materiais ou instrumentais cirúrgicos, utensílios de refeição, acessórios de equipamentos, materiais de assistência respiratória e outros.
Os Artigos para serem processados devem seguir uma classificação conforme ao risco que apresentam de transmissão de infecções.
Artigos Críticos- São os utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes . O processo empregado deverá ser sempre o de esterilização.Ex:Implantes e Instrumentais cirúrgicos.
Artigos Semi críticos- Artigos que entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras.Requerem limpeza e desinfecção de baixo e médio nível.Ex:Sonda nasogástrica e equipamentos respiratórios.
Artigos não Críticos – Artigos que não entram em contato direto com o paciente ou que entra em contato com pele íntegra. Ex:Termômetro e Comadre.
Reprocessamento – Técnica empregada aos artigos que necessitem ser reutilizados (exceto os de uso único), será realizado a limpeza,desinfecção,peparo,embalagem, testes.
Reesterilização – Técnica utilizada aos artigos já esterilizados anteriormente porém não utilizados (perda da validade).
CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO
Histórico:
Década de 40:
Materiais eram preparados nas unidades e esterilizados na central de Materiais;
Década de 50:
Eram parcialmente Centralizados
Últimas décadas: 
Houve a necessidade de centralizar com o intuito de racionalizar o preparo a guarda e a distribuição dos materiais, padronizar procedimentos.
O centro de esterilização de materiais tornou-se portanto uma unidade hospitalar
LOCALIZAÇÃO
O CME é uma unidade autônoma e independente do CC.
Pode está localizada fora ou dentro do CC.
O ideal que seja localizada nas proximidades dos centros fornecedores ( almoxarifados e rouparia)
E tenha comunicação e transporte fáceis para os centros consumidores ( CC, CO, UTI, Emergência).
Segundo da Resolução SS-374/95
O CME deve está localizado distante da circulação do público e de uso restrito de funcionários do setor.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO CME
Receber, desinfetar e esterilizar artigos;
Lavar os artigos;
Receber as roupas advindas da lavanderia;
Preparar artigos e roupas em pacotes;
Esterilizar artigos e roupas por meio físico e/ou químico;
Realizar controle microbiológico e de validade de artigos esterilizados;
Armazenar e distribuir os artigos e roupas esterilizadas;
Zelar pela proteção e pela segurança dos operadores.
Planejar, organizar, coordenar, orientar, supervisionar, fazer escala mensal e realizar treinamento e educação continuada.
EXPURGO
EXPURGO
Setor responsável por receber, conferir , lavar e secar os materiais provenientes do Centro Cirúrgico e Unidades de Internação. 
Os funcionários desta área utilizam EPIs (Equipamentos de proteção individual) para se protegerem de se contaminarem com sangue e fluidos corpóreos, quando lavam os instrumentais. 
As lavadoras ultrassônicas auxiliam na lavagem dos instrumentais através
da vibração do som adicionado com solução desincrostante, promovendo uma limpeza mais eficaz e maior segurança para o funcionário.
Destina-se à recepção, descontaminação, lavagem e separação de artigos utilizados pelas unidades consumidoras.
Área insalubre por concentrar:
Sangue, 
Secreções ( vaginais, uretrais, salivares) e 
Excreções ( fezes, urina, suor).
Área de Recepção e Expurgo
Medidas de proteção aos trabalhadores (epi)
Uso de EPIs : 
É imprescindível o uso correto dos EPI para o desenvolvimento das técnicas de limpeza e desinfecção. São eles: aventais impermeáveis, luvas anti-derrapantes de cano longo, óculos de proteção, máscaras.
Limpeza de artigos
Definição:
É o procedimento de remoção de sujidades, realizado com água, adicionada ou não com soluções detergentes, desincrostantes ou produtos enzimáticos, num determinado tempo, de forma manual ou mecânica.
Utilizado em todos os artigos Críticos, semicríticos e não críticos.
Precede a desinfecção e/ou esterilização pois a matéria orgânica impede que o agente esterilizante ou desinfetante entre em contato com o artigo.
Objetivos:
Reduzir a carga microbiana natural dos artigos;
Remoção, redução ou destruição dos microorganismos patogênicos;
Remover a sujidade dos artigos.
6 passos do processo de Limpeza:
Agrupar por tipo de artigo
Imergir ou embeber em solução
Limpar
Enxaguar em água potável
Enxaguar em água deionizada ou desmineralizada
Secar
A água fria é eficiente na limpeza de resíduos de sangue;
A água quente é utilizada para todos os outros tipos de sujidades.
Água insatisfatória:
Oxida a câmara das lavadoras;
Modifica a coloração dos componentes das lavadoras;
Oxida os instrumentais cirúrgicos.
QUALIDADE DA ÁGUA
Limpeza de artigos
Qualidade da água
A concentração de cloreto de sódio, presença de alguns elementos e desequilíbrio no pH pode deteriorar o instrumental durante o processo de limpeza.
Incrustação de precipitados minerais 
Corrosão do aço inoxidável
Consequências da má qualidade da água:
Oxidação das câmaras lavadoras,
Mudança na coloração dos componentes de polietileno das lavadoras;
Oxidação no instrumental cirúrgico.
Limpeza de artigos
Valores normais da qualidadeda água
Elemento
Valores
Metais pesados
<0,1mg/L
pH
6,5 a 8UpH
Ferro total
<0,2mg/L
Cloretos
<0,3mg/L
Limpeza de artigos
Recomendações para melhorar a qualidade da água e do vapor:
Instalar filtros de vapor em todas as lavadoras;
Providenciar um sistema de filtragem de água e vapor na área de lavagem dos artigos;
Trocar a tubulação de vapor de ferro para cobre;
Utilizar água destilada ou desmineralizada.
Limpeza de artigos
Seleção de produtos de limpeza para artigos
Detergente que facilite a remoção da matéria orgânica sem danificar o artigo;
Produto de fácil enxágüe;
Detergente com pH menor que 7 são indicados para a remoção de matéria inorgânica e água dura, enquanto os que tem pH maior que 7 removem matéria orgânica.
Instrumental cirúrgico de aço inoxidável utilizar detergentes com pH entre 7 e 10.
Tipos de Limpadores:
Limpadores Enzimáticos:
Compostos de enzimas, surfactantes, solubilizantes e álcool isopropílico. Esta combinação propicia a remoção da matéria orgânica em até 3 minutos.
Enzimas –As enzimas agem sobre a matéria orgânica, que decompõe o sangue e os fluídos corpóreos. Para utilizarmos estes limpadores temos que avaliar a relação custo benefício. Utilizar sempre em materiais com pequeno lúmen ou endoscópico.
Verificar Diluição , prazo de validade , tempo de imersão , presença de registro no Ministério da saúde e sua utilização de mecânica ou manual.
Tipos:
Proteases: decompõem as proteínas;
Amilases: decompõem os polissacarídeos e carboidratos;
Lipases: decompõem as gorduras e lipídeos.
Limpeza de artigos
Recomendações para o uso dos limpadores enzimáticos:
Observar relação custo-benefício;
Verificar o modo de diluição, prazo de validade após a diluição, tempo de imersão e o método de utilização;
Selecionar apenas produtos que possuam registro do MS;
Remover completamente esses limpadores com água abundante corrente;
Utilizar obrigatoriamente os limpadores enzimáticos para a limpeza de instrumentos endoscópicos;
Selecionar o tipo de limpeza (manual ou mecânica).
Detergentes e Desincrostantes:
Utiliza-se em artigos com pouca sujidade , tem a ação de umectação , dispersão e suspensão de partículas.
Baixo custo 
Comparado ao enzimático pode ser mais corrosivo.
Importante saber que todo o desincrostante é detergente porém o inverso não ocorre.
Limpeza de artigos
Detergentes 
Tem em sua formulação um tensoativo para reduzir a tensão superficial da água e promover a umectação, dispersão e suspensão das partículas.
Desincrustantes
Detergentes voltados ao uso por imersão
Indicado quando há pouca matéria orgânica
Limpeza de artigos
Recomendações para o uso de detergentes e desincrostantes
Empregar detergentes em artigos cujo volume de matéria orgânica seja pequeno ou desprezível;
Remover completamente o produto em água corrente abundante;
Utilizar apenas um tipo de agente limpante;
Não usar detergentes em instrumentos cirúrgicos, pois podem provocar pontos de corrosão.
Limpeza de artigos
Métodos de limpeza de artigos
Limpeza manual
É o processo executado por meio de fricção com escovas e de uso de soluções de limpeza.
Limpeza mecânica
É desenvolvida por meio de equipamentos, como a lavadora ultra-sônica, lavadora esterilizadora, termodesinfetadora, lavadora de descarga e lavadora pausterizadora.
LIMPEZA MANUAL DE ARTIGOS
Recomendações:
Restringir aos artigos delicados, desmontáveis 
Preferencial solução enzimática
Utilizar EPI apropriado: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental, bota, gorro, protetor facial, máscara e óculos de proteção
Utilizar escovas não-abrasivas e sempre inspecioná-las e trocá-las
Friccionar artigos sob a água para evitar aerossóis 
Enxaguar as peças abundantemente com água
Mecânicas
Podem ser da seguinte forma:
Lavadora Ultrassônica
Utiliza o processo de cavitação (inúmeras bolhas produzem oscilações de ondas ultrassônicas) e remoção da sujidade. Utiliza energia química ( detergentes), mecânica (vibração) e térmica (temp. 35-60C).
Tempo de exposição entre 2 a 10 minutos.
 
Lavadora desinfectora
A limpeza ocorre por jatos de água associados a detergentes tem várias etapas o ciclo com água fria e quente e secagem dos artigos
Preferencialmente água deionizada no enxágue final.
Há necessidade de inspeção visual.
LIMPEZA MECÂNICA
Recomendações:
Observar bem a escolha do equipamento;
Manter a água em torno de 43ºC para ajudar a remover sujidades;
Prever o tratamento específico da água;
Promover o enxágue abundante;
Realizar o último enxágue com água deionizada.
Controle microbiológico da limpeza
Realizado em termodesinfectora
após o processo de lavagem é encaminhado para realizar cultura em laboratório em 36 C e 7 dias. Os controles biológicos em intervalos de 3 a 6 meses.
Controle visual da limpeza dos artigos
Inspeção visual após a limpeza dos artigos 
Pode ser feito a olho nú ou com lupa.
Controle Químico
Mistura-se um pó(Soil test) que misturado com água simula o sangue aplica-se sobre o instrumental 
Integrador químico utilizado em termodesinfectoras
Resiste aos esforços químicos, mecânicos e à corrente de ar quente encontrados durante o processo normal da lavadora-desinfetadora.
Recomendações para limpeza 
de material cirúrgico
Submeter a limpeza o mais rápido possível;
Evitar o ressecamento da matéria orgânica (enzima em spray, gel ou espuma);
Usar EPIs;
Adotar o processo de limpeza mecânica;
Lavar peça por peça;
Lavar manualmente o instrumental cirúrgico delicado;
Separar o material cirúrgico cortante e pesado, colocando sempre o material mais leve por cima;
Desmontar o material sempre que possível.
Abrir pinças;
Organizar o instrumental em cestos aramados, para que todos fiquem expostos;
Utilizar produtos e escovas não-abrasivas;
Em artigos canulados, utilizar pistolas de água sob pressão e ar comprimido;
Limpar o material antes do primeiro uso;
Realizar secagem rigorosa;
Lubrificar as articulações do instrumental cirúrgicos com lubrificantes minerais e permeáveis ao vapor.
Validar o processo de limpeza (inspeção e testes químicos)
Remover os resíduos do agente de limpeza, partículas agregadas.
Enxague abundante;
Deve ser realizada preferencialmente com água destilada para evitar formação de manchas e pontos de oxidação dos artigos.
Recomenda-se água estéril para os broncoscópios, cistoscópios, laparoscópios e artroscópios quando submetidos à desinfecção de alto nível.
Álcool a 70%;
ENXÁGUE
ÁREA DE SECAGEM E PREPARO
Realizada de forma rápida e rigorosa
 para prevenção crescimento microbiano.
Tipos:
Pano limpo
Ar comprimido
SECAGEM DOS ARTIGOS
PREPARO DE MATERIAIS
Setor responsável por preparar e acondicionar os materiais. São utilizados invólucros especiais que permitam a passagem do agente esterilizante e impeçam a passagem dos microorganismos. 
 
PREPARO DE INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
Setor responsável por conferir, preparar e acondicionar caixas para as diversas especialidades cirúrgicas.
“Processo pelo qual as embalagens são hermeticamente fechadas, garantindo a sua esterilidade desde o momento da esterilização até o momento do uso”.
“A largura total da área de selagem não deverá ser inferior a 6mm”.
SELAGEM
NBR 13386: 1995
PREPARO E EMPACOTAMENTO DE ARTIGOS
Preparo do artigo de acordo com a sua classificação
Acondicionamento em invólucro compatível.
Recomendações
Lavar as mãos
Inspecionar o artigo antes
Selecionar a embalagem
Avaliar a necessidade de utilização de embalagens duplas
Realizar o ajuste perfeito
PREPARO E EMPACOTAMENTO DE ARTIGOS
Recomendações
Identificar a embalagem (nome do produto, método de esterilização, lote, data da esterilização, data da validade e nome do preparador);
Observar se a selagem está íntegra
Remover o ar do interior das embalagens compostas de papel grau cirúrgico ou filme plástico antes da selagem;
EMBALAGENS
Tipos de embalagem
Objetivo
É permitir que os artigos críticos esterilizados sejam transportados e armazenados com a garantia de conservação de sua esterilidade até o seu uso , e que permitam abertura de forma a manter o artigo estéril
As propriedades principais para as embalagens segundo a ABNT:
Ser permeável ao ar e ao agente esterilizante
Permitir a secagem do conteúdo e da embalagem
Ser barreira efetiva
Não tóxica
Permitir a selagem resistente
Resistente a tração e a rasgos
Relação custo benefício
Indicador químico integrado
Dimensões variadas
Tecido de Algodão
Estrutura produzida pelo entrelaçamento de fios no sentido longitudinal e no sentido transversal, formando um ângulo de aproximadamente 90º.
Importante: monitorizar a vida útil de aventais e campos cirúrgicos reutilizáveis.
Tecido de Algodão
Problemas:
Dificuldade no monitoramento
Baixa vida útil
Baixo grau de eficiência como barreira microbiana
Ausência de resistência a umidade (devem ser mantidos em temperatura ambiente de 18º a 22º e umidade relativa de 35% a 70%).
Grau Cirúrgico
É permeável ao agente esterilizante e impermeável aos microorganismos.
Resiste a temperatura de 160ºC.
Isento de alvejantes e corantes.
Pode apresentar-se com duas faces de papel ou uma de papel e outra de 
 filme transparente.
Papel Crepado
100% de celulose tratada;
Eficiente na esterilização por 
vapor e óxido de etileno;
Alta eficiência de filtragem (BFE);
Flexibilidade e facilidade para amoldar-se;
Porosidade controlada e gramatura mínima;
Resistência a ruptura;
Ausência de toxidade e de memória e incapacidade de causar irritação.
Papel kraft
Não se utiliza mais
Contém amido, microfuros, corantes, produtos tóxicos, não resiste a umidade, tem efeito memória, 
Sua gramatura é irregular
Frágil
Filmes Transparentes
Polietileno, propileno, poliéster, nylon, etil vinil acetato (EVA), etc...
Vantagem: permitir a visualização
Utilizado juntamente com o grau cirúrgico
TYVEK
Esterilização por Plasma de Peróxido de Hidrogênio e ETO (Óxido de Etileno).
Suporta altas temperaturas; Longa durabilidade
Alta resistência a tração e perfuração;
Indicadores precisos mostram uma mudança de cor nítida do amarelo para o azul.
Excelente barreira 
Alto custo
Sistema de contêineres rígidos
Caixa de metal termorresistente, plástico termorresistente ou recipientes de alumínio.
Utilizado com frequência para acomodar instrumentos cirúrgicos
Finalidade:
Estocar artigos;
Economizar espaço;
Manter a esterilidade do artigo durante o transporte;
Separar os artigos de acordo com a especialidade médica.
Não-tecidos
Estrutura plana, flexível e porosa, constituída por véu ou mantas de fibras ou filamentos.
Vantagens:
Alta barreira (99 a 100%) –
tempo prolongado;
Artigos pesados, com 
pontas.
Uso único
Recomendações para a seleção das embalagens
Ter registro no Ministério da Saúde;
Ser apropriado para o artigo e para o método de esterilização;
Prover integridade adequada para a selagem;
Funcionar como barreira;
Permitir a secagem do conteúdo;
Proporcionar apropriada remoção de ar;
Recomendações para a seleção das embalagens
Permitir a penetração e remoção do agente esterilizante;
Proteger contra danos físicos;
Resistir a rasgos e perfurações
Ser livre de furos e microfuros;
Manter a esterilidade do artigo;
Não conter ingredientes tóxicos;
Relação custo-benefício;
Possuir data de validade.
Validades variam conforme a instituição:
Autoclave-
 Tecido algodão 14 dias
Não tecido 60 dias
Grau cirúrgico – 4 meses
Papel crepado 1 mês
Formaldeído – 1 ano
Peróxido de Hidrogênio – 1 ano
Local onde ocorre o processo de esterilização e desinfecção através de equipamentos específicos.
Área de Esterilização e Desinfecção
ESTERILIZAÇÃO
O setor de esterilização da Central de Material e Esterilização (CME) é responsável pela esterilização dos materiais. Esta área destina-se à instalação dos equipamentos utilizados para a esterilização de materiais pelos métodos físicos e químicos. 
Desinfecção 
Eliminação ou destruição de microorganimos na forma vegetativa através da aplicação de agentes físicos e químicos.
Desinfecção de alto nível:
Destrói todas as formas vegetativas de bactérias, vírus, fungos.
O enxágue deverá ocorrer com água estéril e a manipulação deverá seguir as normas assépticas.
Utiliza-se agentes químicos como o Glutaraldeído (30 minutos) ou Ácido Peracético (10 minutos)
Indicado: lâminas de laringoscópio, equipamento respiratório e de anestesia e endoscópio 
Artigos críticos, semicríticos e termossensíveis.
DEFINIÇÃO DE ESTERILIZAÇÃO
Esterilização é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou físicos 
TIPOS DE ESTERILIZAÇÃO
Esterilização por meios físicos:
Vapor saturado sob pressão - Autoclavação
Calor seco - estufas
Radiação ionizante – raios gama: cobalto 60 ou iodo 131
Radiação não ionizante – luz ultravioleta
Esterilização por meios químicos:
Formaldeído
Glutaraldeído
Óxido de etileno 
Peróxido de hidrogênio – desinfetante ou esterilizante
Ácido peracético - CH3CO3H - esterilizantes, fungicidas, viricidas, bactericidas e esporicidas. 
MONITORAMENTO DE ESTERILIZAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS
MONITORAÇÃO MECÂNICA
INDICADORES QUÍMICOS
INDICADORES BIOLÓGICOS
MONTAGEM DE CARROS PARA CIRURGIA
Setor responsável por separar os materiais a serem utilizados em uma cirurgia.
DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS
Setor responsável por distribuir materiais esterilizados para as Unidades de Internação e Ambulatórios.
ESTERILIZANTES FÍSICOS
Autoclaves – vapor saturado sob pressão
AUTOCLAVES
O equipamento
consiste em uma câmara
 de aço inoxidável, comum ou duas portas,
 contendo válvula de segurança, manômetro de pressão e indicador de temperatura. É o processo mais utilizado em hospitais e é o mais econômico para esterilização de artigos termorresistentes.
Autoclaves – vapor saturado sob pressão
INDICADORES BIOLÓGICOS:
Preparações padronizadas de esporos bactericanos 
Baciillllus sttearotthermophiillus que validam a esterilização;
Indicadores Químicos:
O teste de Bowie-Dick é utilizado para testar a eficácia do sistema de vácuo da autoclave prévácuo.
A presença de ar entre os pacotes forma
 bolsões, que prejudicam a penetração do vapor e, em tais locais, não ocorre mudança de coloração do teste.
INDICADORES QUÍMICOS:
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, V. H. S.; MOZACHI, N. O hospital:manual do ambiente hospitalar. 2.ª ed. Curitiba: Manual Real, 2005.
SOBECC, Sociedade Brasileira de
 Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas Recomendadas -SOBECC. 3.ª ed. 2005.

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