Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso de Direito Disciplina: Direito do Trabalho II PROFESSOR LUÍS ALVES DE FREITAS LIMA Fortaleza, 2017.2 Momento das Apresentações Bacharel em Administração de empresas Bacharel em Direito Especialista em Direito do Trabalho e Processo Trabalhista Auditor Fiscal do Trabalho Professor Universitário há 9 anos Apresentação do professor Plano de Ensino • A disciplina Direito do Trabalho II tem por objetivo dar continuidade a explanação dos direitos garantidos ao empregado já iniciada em Direito do Trabalho I. A disciplina tem início com a análise do instituto das férias. Em seguida, é preciso identificar os casos de cabimento de aviso prévio e cada modalidade de terminação contratual, eis que a forma de rompimento repercute diretamente nas verbas trabalhistas devidas ao empregado na extinção contratual. • As peculiaridades trabalhistas no que se refere à prescrição e decadência também são objeto de estudo nessa disciplina, assim como a análise da indenização do tempo de serviço. Identificar as hipóteses de estabilidade e garantia de emprego constitui outra abordagem de grande relevância, pois representam um importante papel no conjunto de medidas sociais de proteção ao emprego. Plano de Ensino • Encerrando a disciplina tem destaque o direito coletivo do trabalho, cuja finalidade é demonstrar a importância do papel do sindicato, o movimento associativista e os meios de negociação coletiva como forma de pacificação dos conflitos coletivos. • A importância dessa disciplina decorre não só da abordagem dos direitos assegurados a mais importante forma de trabalho como também do fato de os principais temas envolvidos estarem interligados entre si, o que desperta no aluno a capacidade de estabelecer relações e integrações contribuindo, sobremaneira, para o seu aperfeiçoamento e desenvolvimento, sendo assim, importante ferramenta para sua atuação acadêmica e profissional. Plano de Ensino Procedimentos de ensino Aulas expositivas, interativas e discussões dirigidas. Leitura e aplicação de dispositivos legais voltados para a resolução de casos concretos, com ênfase no estudo da norma jurídica. Realização de pesquisas e debates. Sempre que possível, deverá o professor utilizar-se de recursos físicos para complementar sua aula (data show; computador; estudo dirigido etc.) Plano de Ensino Procedimentos de avaliação No Curso de Direito, a avaliação se dá de forma continuada, isto é, antes de cada aula o estudante deverá solucionar os casos concretos que se encontram na webaula da disciplina e postar suas respostas no ambiente on line. Após a revisão e autocorreção, o estudante deverá refazer a análise do caso concreto, no ambiente webaula, acrescentando citações doutrinárias e jurisprudenciais. O conjunto dos trabalhos práticos realizados ao longo do período valerá um ponto na AV1. Plano de Ensino A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização e valerá até 9,0 (nove) pontos, sendo um ponto atribuído ao aluno que enviar, via internet, os casos concretos indicados pelo professor. As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina, serão realizadas através de provas escritas, valendo até 10,0 (dez) pontos, contendo questões objetivas e discursivas, sendo, ao menos uma das questões, um caso concreto para análise e resolução. Plano de Ensino • Para aprovação na disciplina o aluno deverá: 1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. 2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 3. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. Plano de Ensino Tolerância de 15 minutos para o professor iniciar a aula O aluno tem direito a 25% de faltas As faltas só poderão ser abonadas se o aluno solicitar o regime especial e a instituição deferir Atestados médicos isolados não abonam faltas Faltas por motivo de trabalho também não são abonadas A chamada será realizada uma única vez, ao final da aula Celular deve ficar no silencioso ou desligado Não atender ligações em sala de aula O material exposto nas aulas será disponibilizado no ambiente da “webaula” Regras básicas de convivência Unidade 1 – FÉRIAS 1.1. Conceito 1.2. Natureza jurídica 1.3. Período aquisitivo / concessivo 1.4. Remuneração e abono 1.5. Férias coletivas 1.6. Efeitos da cessação do contrato de trabalho Conteúdo Programático Unidade 2 – INDENIZAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO 2.1. Conceito, fundamentos jurídicos e evolução histórica 2.2. O sistema do FGTS 2.2.1. Evolução histórica 2.2.2. Natureza jurídica dos depósitos 2.2.3. Opção com caráter retroativo 2.2.4. Hipóteses de movimentação Conteúdo Programático Unidade 3 – A ESTABILIDADE E A GARANTIA DE EMPREGO 3.1. Princípio constitucional de proteção contra despedida arbitrária 3.2. Estabilidade: conceito, classificação, hipóteses, requisitos 3.2.1. Decenal 3.2.2. Gestante 5.2.2.1. Proteção à maternidade 5.2.2.2. Licença maternidade 3.2.3. Acidentado Conteúdo Programático 3.2.4.Dirigente sindical 3.2.5.Representantes dos empregados na CIPA 5.2.5.1. Objetivos da segurança e medicina do trabalho 5.2.5.2. Comissão interna de prevenção de acidentes de trabalho (CIPA) 3.2.6. Representantes dos empregados na Comissão de Conciliação Prévia Conteúdo Programático 3.2.7. Representantes dos empregados no Conselho Curador do FGTS 3.2.8. Representantes dos empregados no Conselho Previdenciário 3.2.9. Servidor Público Celetista da Administração direta, autárquica ou fundacional - art. 41 da CF/88 3.3. Readmissão e reintegração Conteúdo Programático Unidade 4 – AVISO PRÉVIO E TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 4.1. Aviso Prévio 4.1.1. Conceito 4.1.2. Natureza jurídica e finalidade 4.1.3. Cabimento, duração e efeitos 4.2. Terminação do Contrato de Trabalho 4.2.1. Causas de extinção do contrato de trabalho e os direitos decorrentes 4.2.2. Terminação normal do contrato de trabalho, efeitos 4.2.3. Terminação anormal do contrato de trabalho, efeitos Conteúdo Programático 4.2.3.1. Resilição 4.2.3.2. Resolução 4.2.3.3. Rescisão 4.2.3.4. A terminação do contrato de trabalho por fato ou ato não dependente da vontade das partes (factum principis e força maior) 4.2.3.5. A terminação do contrato de trabalho por motivo de morte, aposentadoria 4.3. A homologação na extinção do contrato de trabalho 4.3.1. Termo de quitação 4.3.2. Prazo e efeitos Conteúdo Programático Unidade 5 – PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 5.1. Conceito e distinções 5.2. Prazos: prescrição total e parcial 5.3. Regras especiais: anotação CTPS, menor, FGTS e férias Conteúdo Programático Unidade 6 – O TRABALHO DA MULHER E DO MENOR 6.1. Fundamentos e finalidade 6.2. Proteção à maternidade 6.3. Normas de proteção ao menor (Estatuto da Criança e do Adolescente) 6.4. Contrato de aprendizagem Conteúdo Programático Unidade 7 – SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO 7.1. Evolução e inspeção do trabalho no Brasil 7.2. Objetivos da segurança e medicina do trabalho 7.3. Insalubridade e periculosidade7.4. Prevenção de acidentes e as comissões internas nas empresas (CIPAs) Conteúdo Programático Unidade 8 – O DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 8.1. As relações individuais e coletivas do trabalho 8.2. Movimento associativista 8.3. A organização sindical 8.3.1. O sindicato: definição, características e finalidades 8.3.2. Entidades sindicais 8.3.3. Unicidade e pluralidade sindical 8.3.4. Enquadramento e contribuições sindicais Conteúdo Programático 8.4. A negociação coletiva 8.4.1. Os conflitos coletivos do trabalho 8.4.2. Formas de solução dos conflitos coletivos 8.4.3. As convenções e acordos coletivos do trabalho Conteúdo Programático Unidade 9 – A GREVE 9.1. Conceito e natureza jurídica 9.2. Tipos e finalidade da greve 9.3. Lockout Conteúdo Programático • CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 7ª ed. Revista, Atualizada e Ampliada. São Paulo: Método, 2012 • CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa; JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito do Trabalho. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2012. • SARAIVA, Renato. Direito do Trabalho. Série Concursos Públicos. 15ª Ed. Método, 2013. • Biblioteca virtual da Estácio. Bibliografia Básica • BARROS, Alice Monteiro. Curso de Direito do Trabalho. 9ª Ed. LTr, 2013; • DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12ª Ed., LTr, 2013. • CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37ª ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2012. • SÜSSEKIND, Arnaldo et al. Instituições de direito do trabalho. 22. ed. São Paulo: LTr, 2005. 2 v. • NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho: história e teoria geral do direito do trabalho: relações individuais e coletivas do trabalho. 19. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2004 Bibliografia Complementar Unidade I Férias Férias Novidade!! Reforma Trabalhista Lei n. 13.467 de 13.07.2017 (publicada em 14.07.2017) Vigência: 120 dias após a publicação (11.11.2017) Férias 1.1 . Conceito É o lapso temporal remunerado, de frequencia anual, constituído de diversos dias sequenciais, em que o empregado pode sustar a prestação de serviços e sua disponibilidade perante o empregador, com o objetivo de recuperação e implementação de suas energias e de sua inserção familiar, comunitária e política. (Maurício Godinho Delgado) . Previsão legal: Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração (Art. 129, CLT). Férias 1.2 . Natureza jurídica As férias têm natureza jurídica de direito público subjetivo, são um direito/dever. O empregado tem direito à concessão e o dever de gozá-las, não podendo trabalhar durante esse período, salvo no caso da exceção prevista no artigo 138 da CLT. As normas reguladoras das férias são de ordem pública e não podem ser objeto de renúncia ou transação diretamente pelas partes integrantes da relação (ver novo artigo 611-B, incisos XI e XII, da CLT). Classifica-se como interrupção do contrato de trabalho: o empregado não está trabalhando, mas recebe pagamento da empresa e conta como tempo de serviço. Férias 1.3 . Períodos aquisitivo e concessivo Aquisitivo: Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias (art. 130, CLT) Exemplo: 11.03.2015 a 10.03.2016 Concessivo: As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito (art. 134, CLT) Exemplo: 11.03.2016 a 10.03.2017 Férias Férias Individuais: Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele (Art. 138, CLT). Proibição de desconto de faltas do empregado no período das férias: como fica então a tabela das faltas do art. 130??? A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador (art. 136, CLT). Férias O período a ser gozado de férias está diretamente relacionado ao número de faltas sem justificativa legal, ocorridas no período aquisitivo, conforme se extrai do art. 130 da CLT, conforme a seguinte regra: Férias No regime de tempo parcial, após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção (art. 130-A, CLT): O artigo 130-A (acima citado) foi revogado pela Lei n. 13.467/2017 (reforma trabalhista) passando a vigorar a mesma tabela do art. 130 para os empregados em regime de tempo parcial. Férias Não será considerada falta para perda do direito de férias (art. 131, CLT): A) Nos casos referidos no Art. 473 da CLT; B) Durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social; C) Por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; Férias Não será considerada falta para perda do direito de férias (art. 131, CLT): D) Falta justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; E) Durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quanto for impronunciado ou absolvido; F) Nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133. Férias Fracionamento do gozo de férias (Art. 134, CLT): CLT NOVA CLT Art. 134. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Não houve alteração § 1º. Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. 1º. Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. Férias Fracionamento do gozo de férias (Art. 134, CLT): CLT NOVA CLT § 2º. Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinquenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. § 2º. Revogado § 3º. É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. NR Férias Comunicado ao empregado (Art. 135, CLT): Concessão deve ser comunicada por escrito ao empregado. Antecedência mínima: 30 dias. A empresa deve ter recibo dessa comunicação. Férias Direito de Coincidência (Art. 136, CLT): Estudantes menores de 18 anos: coincidência com as férias escolares. Os membros de uma mesma família, que trabalhem no mesmo estabelecimento ou empresa. OBS.: Os Estagiários não têm direito às férias e sim a um recesso, sendo que tal recesso deve ser concedido preferencialmente durante as férias escolares (Lei nº 11.788/08, art. 13). Férias Perda do Direito à férias (Art. 133, CLT): – deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída; – permanecer em gozo delicença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias: licença remunerada; – deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa (ver obrigação constante do parágrafo 3º); – tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. OBS.: Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de qualquer das condições acima. Férias Exemplo de perda de férias por afastamento pelo INSS: Admissão: 01.10.2014 Período afastado por doença: 02/02/2015 até 24/08/2015 Retorno: 25.08.2015 Início de novo período aquisitivo: 26.08.2015 Neste caso o afastamento do empregado foi superior a 6 meses dentro do período aquisitivo, perdendo assim o direito às férias. Férias 1.4 . Remuneração e abono: Prazo para pagamento: dois dias antes de início do gozo A Remuneração do empregado é o salário devido na data da concessão das férias (Art. 142, CLT), acrescido de 1/3 (CF, art. 7º, XVII). Na base de cálculo das férias são computados os adicionais de horas extras, noturno, de insalubridade ou periculosidade (CLT, art. 142, §5º). Remuneração variável: média duodecimal ou outra mais favorável prevista em instrumento coletivo. Férias 1.4 . Remuneração e abono: Concessão das férias fora do prazo: empresa deverá pagar em dobro a remuneração (art. 137, CLLT) A dobra tem que incluir o acréscimo de 1/3 constitucional e só incide sobre os dias que ultrapassarem o prazo legal. Essa dobra tem natureza de pena e não de remuneração, por isso, não incide os encargos. Além disso, a empresa está passível de multa administrativa. Férias Cálculo de remuneração de 30 dias férias: Salário: R$ 937,00 1/3: + R$ 312,33 Total Bruto: R$ 1.249,33 Férias 1.4 . Remuneração e abono: O empregado pode requerer 1/3 das férias em dinheiro (abono pecuniário – CLT, Art. 143). Prazo para requerimento: Até 15 dias antes do término do período aquisitivo. Requerido no prazo legal: obriga o empregador Art. 143,§ 3º: revogado. O abono não integra a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho. Férias 1.4 . Remuneração e abono: • Caso prático: em face da nova lei que permite ao empregado fracionar as férias individuais, como fica esse fracionamento no caso de um empregado resolver “vender” 1/3 dessas férias??? Férias 1.4 . Fracionamento x abono pecuniário: • Caso 1: empregado que converte 10 dias de um total de 30 dias: Restam 20 dias de gozo: pode fracionar em no máximo 2 períodos (um de 14 dias e outro de 6 dias) • Caso 2: empregado que converte 8 dias de um total de 24 dias: Restam 16 dias de gozo: não pode fracionar. • Caso 3: empregado que converte 6 dias de um total de 18 dias: Restam 12 dias de gozo: não pode fracionar. • Caso 4: empregado que converte 4 dias de um total de 12 dias: Restam 8 dias de gozo: não pode fracionar. Férias 1.5 . Férias coletivas São concedidas pelo empregador a todos os empregados da empresa ou de um de seus estabelecimentos, ou setores da empresa, ao mesmo tempo (Art. 139, CLT), sendo que aos empregados com menos de ano no emprego serão computadas como proporcionais, começando a fluir novo período aquisitivo (CLT, art. 140). Fracionamento: 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. Férias 1.5 . Férias coletivas Com relação aos empregados com menos de 12 meses de trabalho, a empresa pode: Convocá-los nos demais dias para executar trabalhos no estabelecimento ou Considerar de licença remunerada o período excedente, caso os empregados não sejam convocados para trabalhar nos dias excedentes. Férias 1.5 . Férias coletivas Comunicação ao MTE: Antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. Sindicato da Categoria: também 15 dias antes Obrigação de afixar na empresa os avisos de férias coletivas. Férias 1.5 . Férias coletivas Não há direito de opção ao menor de 18 anos e estudante fazer coincidir férias coletivas com férias escolares. Não há direito de opção aos membros da mesma família de gozarem férias coletivas conjuntamente. Para converter parte das férias coletivas em abono pecuniário há necessidade de negociação coletiva. Férias 1.6 . Efeitos da cessação do contrato de trabalho: Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido (art. 146, CLT) Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. Férias • Conceitos importantes: Férias vencidas: já se consumaram os períodos aquisitivo e concessivo. O empregador está inadimplente e a remuneração deverá ser paga em dobro. Férias simples: o período aquisitivo já se consumou, mas o concessivo ainda não. Férias proporcionais: o próprio período aquisitivo ainda não se completou. Férias Jurisprudência do TST sobre o tema: Antes de apresentar a jurisprudência do TST sobre o tema cabe esclarecer o seguinte: Do ponto de vista prático, as súmulas, orientações jurisprudenciais e precedentes normativos possuem a mesma função, qual seja, a de orientar as decisões em questões semelhantes, de forma a estabelecer o entendimento do TST sobre determinadas matérias. A distinção entre as três está justamente nas áreas de atuação (dissídios individuais ou dissídios coletivos) e no processo de tramitação. Férias Jurisprudência do TST sobre o tema: Também é importante ressaltar a nova redação do artigo 8º, § 2º, da CLT: Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. Férias Jurisprudência do TST sobre o tema: Súmula 7: A indenização pelo não deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato. Súmula 14: Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Férias Jurisprudência do TST sobre o tema: Súmula 46: As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina. Súmula 81: Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro. Súmula 89: Se as faltas já são justificadas pela lei, consideram-se como ausências legais e não serão descontadas para o cálculo do período de férias.Férias Jurisprudência do TST sobre o tema: Súmula 171: Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT). Súmula 261: O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. Férias Jurisprudência do TST sobre o tema: Súmula 328: O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da CF/1988, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII. Súmula 450: É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. Férias Jurisprudência do TST sobre o tema: OJ 195: FÉRIAS INDENIZADAS. FGTS. NÃO INCIDÊNCIA. Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias indenizadas. Precedente Normativo Nº 100: FÉRIAS. INÍCIO DO PERÍODO DE GOZO. O início das férias, coletivas ou individuais, não poderá coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso semanal. (Precedente perde sentido frente ao novo § 3º, do artigo 134, da CLT) Férias Jurisprudência do TST sobre o tema: Precedente Normativo Nº 116: FÉRIAS. CANCELAMENTO OU ADIANTAMENTO. Comunicado ao empregado o período do gozo de férias individuais ou coletivas, o empregador somente poderá cancelar ou modificar o início previsto se ocorrer necessidade imperiosa e, ainda assim, mediante o ressarcimento, ao empregado, dos prejuízos financeiros por este comprovados.
Compartilhar