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Percário Ciclo Cardíaco

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Transcrição - Aula de fisiologia Prof. Sandro Percário (17/06/16) 
1- (dúvida) Controle neural na frequência cardíaca (FC)? 
- Efeito celular/ mecanístico: Menor intervalo de tempo do potencial de repouso (-60mV) 
para o potencial de ação( -45 mV) : Entrada de Na em maior quantidade ou a necessidade 
de uma pequena quantidade para a chegada ao limiar. 
Ex: -50mV/ -55mv ---> -60mV ( dependendo do tamanho da distância, é necessário mais ou 
menos tempo pra alcançar o limiar. Nesse caso, menos). 
É na modificação desse tempo que o SNA altera a FC, por meio de alterações de canais de 
íons na membrana na geração do potencial de repouso: 
 - Se aumente o tempo, reduz a FC; se reduz o tempo, aumenta a FC. 
 - Mais canais de Na abertos no momento do processo, temos uma carga mais positiva( 
ex: -50), portanto, menos tempo pra atingir o potencial limiar. 
CONCLUSÃO: O controle se dá pela alteração do potencial de REPOUSO da membrana. 
Simpático: positiva, diminui a negatividade do potencial de repouso = Menor distância, 
menos tempo, maior FC. 
Parassimpático: aumenta a diferença, aumenta a negatividade do potencial de repouso = 
maior distância, mais tempo, menos FC. 
PERGUNTA: Quando se coloca o coração em uma solução nutritiva com Noraadrenalina(NA) o 
coração vai bater muito mais quanto maior a concentração? SIM, mas tem um limite, o 
potencial de repouso vai se aproximar muito do potencial de ação. Mas só se consegue isso 
experimentalmente, pois fisiologicamente a nossa FC estaria em torno de 240bpm ( limite 
fisiológico). 
Any question by now ? No hahhahaha 
CICLO CARDÍACO 
Conjunto de eventos que acontecem durante um batimento cardíaco completo. Ou seja, 
incluindo todos os eventos relacionados ao batimento cardíaco. 
 Válvulas cardíacas: 
a) Valvas atrioventriculares: separa átrio do ventrículo, tendo como papel 
principal impedir o refluxo de sangue do ventrículo para o átrio, com objetivo 
de não reduzir a força de ejeção para as artérias, uma vez que toda a pressão 
de contração dentro da câmara está voltada para a força de ejeção do sangue. 
- Ineficiência valvar: diminuição de força de ejeção e para suprir vai ser 
necessário ou uma maior força de contração para aumentar a pressão ou um 
aumento na frequência dessa ejeção a fim de atender as necessidades dos 
tecidos. (Sopro cardíaco: vibração da lâmina valvar resultante do refluxo do 
sangue, promovendo a bulha de sopro (TUM TA xii). O refluxo pode ser de 
várias intensidades que pode não alterar a função do ciclo cardíaco, porém é 
necessário todo um remodelamento na arquitetura cardíaca para compensar 
essa deficiência na valva. Por exemplo, pessoas que possuem essa deficiência 
não vão poder realizar atividades físicas intensas, pois não vão poder sustentar 
o aumento de débito cardíaco – DC – por conta do refluxo sanguíneo ). 
 
b) Válvula semilunar: Impede o refluxo do sangue para os ventrículos. As artérias 
elásticas dilatam-se (Fibras elásticas). 
Sopro pulmonar: artéria pulmonar – Comprometer a força de ejeção para a 
circulação pulmonar 
Sopro aórtico: artéria aórtica – Comprometer a força de ejeção para a 
circulação sistêmica. 
Consequência para os ventrículos : aumento da massa muscular pra poder 
compensar essa deficiência -> Remodelamento. 
 
 Fases do ciclo cardíaco 
1- Enchimento ventricular ( 2 etapas) 
2- Sístole ventricular ( 2 fases) 
3- Relaxamento isovolúmico 
Ao contrário do que se imagina o batimento cardíaco não começa na sístole, ele começa 
quando TODAS as câmaras estão em diástole (relaxadas) justamente para permitir o 
enchimento do ventrículo. 
Inicio do batimento cardíaco: Átrio e ventrículo relaxados enchendo de sangue. 
- Os dois átrios contraem-se simultaneamente e os dois ventrículos também se contraem 
simultaneamente. 
 O que permite que ambos os átrios contraem-se simultaneamente? É o feixe 
interatrial que permite que o impulso propagado na parede posterior do átrio 
direito no nó SA se propague rapidamente para o átrio esquerdo. Apesar de 
ocorrer, havia uma pequena “dessincronia”, o que pode ser visto no ECG: Onda P 
base maior, onda QRS base menor: isso é fruto da diferença de tempo que as 
fibras atriais estão contraídas. Apesar de o feixe Interatrial estar comunicando os 
átrios, essa comunicação não é tão eficiente quanto à distribuição do impulso no 
ventrículo que ocorre muito mais simultaneamente. As fibras ventriculares 
trabalham de forma muito mais sincrônica do que as fibras atriais. 
 
1- Fase de enchimento ventricular 
a) Fase de enchimento passivo: o sangue flui passivamente do átrio para o 
ventrículo .O momento em que se tem o átrio e o ventrículo em diástole: 
Segmento TP 
Onda P: despolarização atrial 
Onda QRS: Despolarização ventricular 
Onda T: Depolarização ventricular 
 
O ciclo cardíaco começa quando termina repolarização do ventrículo. 
 
2/3 de todo o volume ventricular é preenchido nessa fase, sem nenhuma contração atrial. 
Patologia: Distúrbio muscular causada, por exemplo, por uma endocardite bacteriana, que 
altera a condução elétrica da parede do ventrículo, fazendo com que a onda T aumente a 
base. O que vai acontecer? Aumentar o tempo para que ocorra a diástole ventricular, com 
mais tempo, ele vai permanecer contraído por um tempo maior. O que vai acontecer com 
o início de um novo ciclo? O segmento TP diminui, a capacidade de enchimento passivo 
do ventrículo diminui. Como essa fase é a fase mais importante do enchimento, o 
resultado final do processo é a redução do volume de enchimento menor no ventrículo, o 
coração ejeta menos sangue e a necessidade do organismo precisa ser atendida, portanto, 
se houver a redução do volume de ejeção, a frequência cardíaca vai precisar aumentar 
para compensar e suprir a necessidade do tecido. 
Resposta de uma pergunta: O sopro não altera a onda elétrica, ele altera o volume a ser 
ejetado. Geralmente você vai apenas auscultar. 
b) Sístole atrial (Onda P): 
Contração atrial e isso ejeta o resto (1/3) do volume para dentro do ventrículo. 
Volume final: 120 ml 
Volume após as duas fases: 70 ml 
Volume residual: 50 ml -> Lei de Frank-starling: quanto mais encher o coração, 
mais ele distende maior é à força de contração. Quem é responsável 
principalmente por essa contração são as fibras elásticas. Contração passiva. A 
importância desse sangue residual é promover esse aumento na força de 
contração, uma vez que os volumes são somados e assim há maior distensão. 
Esse é um processo passivo, não há gasto de energia. Batimento cardíaco com 
baixo consumo de energia. O valor do sangue residual não é sinônimo de 
falha, mas sim de inteligência do corpo, já que assim se tem um aumento de 
força sem ter gasto de energia. Por isso a importância da lei de Frank-starling: 
Batimento cardíaco eficiente e de baixo consumo energético. 
 
 
 
2- Fase de sístole ventricular ( Onda QRS) 
Sangue dengue do ventrículo, começar a fazer a contração. À medida que está 
ocorrendo a sístole ventricular, o que acontece com a pressão intraventricular? Ela 
vai progressivamente aumentando, mas vai demorar um certo intervalo de tempo, 
milissegundos, até a pressão aumentar até o certo ponto em que tenha a abertura 
da válvula semilunar e o sangue possa ser ejetado. Antes de isso acontecer, tem-se 
a etapa 1 : 
a) Sístole ventricular isovolúmica(sobe no ECG): Apesar do ventrículo tá 
contraído, o volume de sangue permanece o mesmo, porque a pressão ainda 
não subiu o suficiente para causar a abertura da válvula semilunar. Mas apesar 
de não abrir a válvula, a pressão aumentada causa primeiro O FECHAMENTO 
DA VALVA ÁTRIO VENTRICULAR. Não há ejeção de sangue. 
b)
Etapa de ejeção( Desce no ECG): Aumento da pressão intraventricular com a 
válvula AV fechada e vai chegar ao ponto de promover a ABERTURA DA 
VÁLVULA SEMILUNAR e, consequentemente, a ejeção do sangue. É deixado 
um pouco de sangue no ventrículo, o qual se caracteriza como o sangue 
residual. 
 
 Circulação Sistêmica e pulmonar 
- Se houver ejeção de diferentes volumes, o que vai acontecer? Vai haver 
alternância entre os volumes das circulações. Porém não é o que acontece. 
Independente do tamanho, da espessura das paredes. O volume ejetado pelos 
dois ventrículos é absolutamente o mesmo. 
- As diferenças das pressões entre as circulações se dá 
pela diferença nas resistências periféricas. Pressão na circulação sistêmica é maior 
do que a pressão na circulação pulmonar porque maior a resistência periférica na 
sistêmica é maior (fluxo constante). A espessura do ventrículo é pra aumentar a 
força de contração e não o volume ejetado. 
 
ANY QUESTION BY NOW? LAST TALKING ABOUT THE NEXT... 
Retardo atrioventricular (ver figura acima): não tem sístole atrial, mas ainda não 
tem sístole ventricular. Estruturas responsáveis pelo retardo: Nó sinoatrial e o 
feixe AV. Aproximadamente 0,16s. 
 
3- Diástole ventricular (Onda T) 
Relaxamento do ventrículo e redução da pressão intraventricular, até o ponto da 
valva AV abrir. Antes da abertura, chama-se de relaxamento isovolúmico, já que 
não há alteração no volume. Depois que abre, completa-se a diástole e neste 
momento, inicia-se um novo ciclo cardíaco já que se tem átrios e ventrículos 
relaxados. 
 
Ciclo cardíaco: Conjunto de eventos relacionados há um batimento completo (três 
fases- enchimento ventricular, sístole atrial e relaxamento isovolúmico). 
DÉBITO CARDÍACO (DC) 
Definição: É o volume de sangue ejetado de CADA UM dos ventrículos por minuto. 
Logo, quando se refere a débito cardíaco, fala-se do volume que sai de um 
ventrículo e não há problema, uma vez que eles são iguais. 
Pode-se alterar a quantidade de sangue que sai dos ventrículos pelo 
 Aumento ou redução da frequência cardíaca ou pela alteração do volume ejetado 
de cada câmara. Os dois fatores que interferem no DC são: FC e Volume ejetado. 
 
Por exemplo: AAAAAAAAAH ( Patrick de boa, presi quase infarta, yasmim: AI MEU 
DEUS HAHAHA). 
Aumento da frequência cardíaca, aumento do DC. A partir disso, pode-se afirmar 
que uma das respostas do stress é o aumento do DC? 
 
 
(não achei imagem melhor, mas acho que dá pra ver) 
- Aumento da frequência cardíaca = diminuição do tempo de enchimento ventricular 
COMPENSAÇÃO! DC CONSTANTE 
Para aumentar o DC: ou aumenta os dois, ou aumenta um e mantêm o outro constante. 
 Pra que serve o DC? A finalidade do DC é garantir a nutrição dos tecidos. 
Na outra do susto, a necessidade do tecido não foi alterada. “só acontecerá quando 
você levantar e sair correndo, mas no momento vocês estão sentados”. O DC vai ser 
regulado em medida a se ajustar de acordo com as necessidades do tecido. Quem vai 
em ultima análise alterar o DC é a necessidade sistêmica, é esse o fator determinante. 
 
 
DC: FC x Ve

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