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Aula_02 - SLIDE - MEDIAÇÃO DE CONFLITO;

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MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
Profª.Dra. Stella Aranha
Aula 2: Evolução histórica da 
mediação
APRESENTAÇÃO
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OBJETIVOS
1. Conhecer o surgimento da mediação
2. Contrastar as diversas formas de aplicação da mediação no mundo;
3. Analisar o aparecimento da mediação no Brasil;
4. Estudar a Lei da Mediação do Brasil.
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BREVE HISTÓRICO DA MEDIAÇÃO
A mediação há muito tempo é utilizada em várias culturas no mundo, como a judaica, a cristã, a islâmica, a hinduísta, a budista, a confucionista e até as indígenas. Os primeiros registros do uso da mediação datam de 3000 a.C., na Grécia Antiga, bem como no Egito, Kheta, Assíria e Babilônia. 
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A MEDIAÇÃO NO MUNDO
Somente a partir da virada do século XX, a mediação tornou-se institucionalizada, em vários países, e desenvolveu-se como uma profissão reconhecida, em vários países.
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A MEDIAÇÃO NO MUNDO
O crescimento da mediação deve-se, principalmente, ao reconhecimento dos direitos humanos, aspirações em relação à participação democrática em todos os níveis sociais, a crença de que o indivíduo tem o direito de participar e ter controle sobre as decisões que afetam a sua vida e maior tolerância à diversidade.
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AMÉRICA DO NORTE
O uso da mediação aumentou em muitos países e culturas , mas talvez tenha aumentado de forma mais rápida nos Estados Unidos e Canadá. Os primeiros setores em que a mediação foi formalmente instituída situavam-se na área trabalhista, para tratar de conflitos entre patrões e empregados, em 1913.
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AMÉRICA DO NORTE
Em muitas comunidades norte-americanas e canadenses a mediação, segundo Moore (1998) , vem sendo aplicada em conflitos entre proprietários e arrendatários de terras, em questões relacionadas aos desabrigados, conflitos entre os cidadãos e a polícia e disputas entre consumidores.
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AMÉRICA DO NORTE
Os sistemas de Justiça Criminal do Canadá e Estados Unidos têm utilizado a mediação para as queixas criminais, incluindo os programas de mediação entre vítima e agressor. Uma outra área de crescimento muito rápido da mediação é a área de disputas familiares, em questões como guarda de filhos e nas separações.
Nos setores corporativos e comerciais ,a mediação é mais utilizada do que a arbitragem 
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ASIA
Na República Popular da China a mediação tem sido introduzida para resolver disputas ambientais entre jurisdições e entre entidades governamentais. Hong Kong institucionalizou as mediações comerciais e familiares.
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ASIA
 O Japão tem uma longa história quanto ao uso da mediação. As bases da mediação japonesa estão ligadas aos costumes do país. A mediação está incorporada à cultura empresarial e nos tribunais é utilizada para casos cíveis de uma forma geral, principalmente, na área de família. A mediação familiar é obrigatória para a maior parte dos procedimentos de divórcio e para muitas questões entre pais e filhos.
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AUSTRÁLIA, NOVA ZELÂNDIA E MELANÉSIA
A Austrália e a Nova Zelândia tiveram um desenvolvimento, na mediação, muito semelhante aos Estados Unidos. 
Na Austrália, a mediação em vários setores teve apoio financeiro de agências governamentais. 
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AUSTRÁLIA, NOVA ZELÂNDIA E MELANÉSIA
Na Nova Zelândia, a mediação é utilizada em várias disputas como: comerciais, cíveis, crimes de menor potencial ofensivo, familiares , trabalhistas, habitacionais, agrárias e ambientais.
Na Melanésia, as aldeias têm um conselheiro e um comitê que se reúne para analisar as disputas. 
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AFRICA E ORIENTE MÉDIO
Segundo Moore (1998), a mediação é usada tanto nas sociedades africanas tradicionais como nas sociedade modernas, variando de tribo para tribo e de região para região.
Na África do Sul, desde as eleições nacionais, de 1994, a mediação mudou seu enfoque da violência para o desenvolvimento e reconciliação neste país.
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AFRICA E ORIENTE MÉDIO
Há séculos, nas sociedades árabes, a mediação, a nível tribal e das cidades, tem sido o método utilizado para resolver disputas e tem sido adaptado, atualmente, para questões políticas e militares internas e entre os Estados Árabes.
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EUROPA
A Comunidade Européia, em 1986, através do Conselho Europeu, encaminhou aos Estados Membros, uma recomendação do Conselho de Ministros, sugerindo que fossem estudados mecanismos alternativos para o tratamento de conflitos, dando ênfase à mediação e reconhecendo a sobrecarga de processos dos tribunais europeus.
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EUROPA
As formas como as nações europeias se organizam, dependem dos seus fatores constitucionais culturais e políticos, no entanto, os mecanismos alternativos de resolução de conflitos têm sido amplamente utilizados. 
Em 1998, foram publicados os Princípios Europeus sobre Mediação Familiar, pelo Conselho Europeu, cujo texto foi elaborado pelos representantes dos quarenta Estados Membros, deste Conselho.
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AMÉRICA LATINA
Nos últimos cinco anos, tem aumentado na América Latina o uso das resoluções alternativas de disputas aplicadas ao Direito Objetivo e à administração da Justiça
Na América Latina, a Colômbia é um dos países que tem maior experiência na mediação. A Colômbia foi a pioneira no uso da mediação entre os países da América Latina. Optou-se por um modelo descentralizado e desjuridicializado de solução de conflitos, judicial e extrajudicial. 
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AMÉRICA LATINA
Na Argentina, especificamente, desde 1991 existe a RADs (“Resolução Alternativa de Disputas”), quando foi desenvolvida a arbitragem e iniciada a mediação por meio da criação de uma comissão de juízes e advogados. Posteriormente, foi aprovada a Lei Nacional de Mediação e Conciliação, a qual teve vigência a partir de 1996. 
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AMÉRICA LATINA
Organizado em Centros de mediação e arbitragem, o sistema do Equador, permite balancear adequadamente a atividade de resolução de alternativa de conflitos de interesses no setor público e no privado. É considerado um modelo adequado para o desenvolvimento adequado da mediação, sendo acessível, inclusive, às comunidades indígenas.
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BRASIL
A primeira tentativa de encaminhar uma lei versando especificamente sobre a mediação foi apresentada em 1998 .
O Instituto Brasileiro de Direito Processual – IBDP e a Associação de Magistrados Brasileiros – AMB, através de uma equipe de juristas, elaboraram um anteprojeto de lei sobre mediação
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BRASIL
Diante da variedade de propostas legislativas e diversidade de abordagem da questão, houve audiência pública promovida pelo Ministério da Justiça, em 17 de setembro de 2003, e que resultou numa “versão única”.
Esse projeto não conseguiu avançar na Câmara dos Deputados, assim como outras propostas legislativas referentes à utilização da mediação
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BRASIL
O Conselho Nacional de Justiça – CNJ - editou a Resolução n. 125, de 29 de novembro de 2010, indicando a mediação como meio de resolução de conflitos inserido na Política Judiciária Nacional de tratamento adequado de conflitos, a ser desenvolvida pelo próprio Conselho e pelos Tribunais do País, em parceria com outros órgãos e instituições 
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BRASIL
Foram propostos mais três anteprojetos (PLS 517/2011, 405/2013 e 434/2013) que analisados conjuntamente pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, sob a Relatoria do Senador Vital do Rego, apresentou substitutivo. Encaminhado o projeto de lei à Câmara dos Deputados(PL7.169/2014), foi elaborado substitutivo pelo Deputado Sergio Zveiter. 
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BRASIL
Remetido novamente ao Senado, o projeto foi finalmente aprovado no dia 02 de junho de 2015, esforço conjunto envolvendo os 3 Poderes e todos que participaram de sua elaboração, e foi sancionado em 26 de junho de 2015, pela Presidenta Dilma Roussef , como Lei 13.140.
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LEI DA MEDIAÇÃO (13.140/2015)
A aprovação e posterior promulgação do marco legal da mediação é mais um passo na direção de um moderno sistema de resolução de conflitos no país e na construção de uma cultura que privilegie o diálogo, o consenso e a paz. 
A Lei prevê, em suas disposições finais, que a mediação seja amplamente utilizada no país, podendo ser aplicada em diferentes tipos de conflito. 
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LEI DA MEDIAÇÃO(13.140/2015)
A intenção do legislador é de incentivar o desenvolvimento de novas modalidades de mediação, abrindo espaço, dessa forma, para ampliação de sua aplicação a diversos tipos de conflitos.
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MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
Profª. Dra. Stella Aranha
ATIVIDADE
A Comunidade Européia vêm recomendando as RAD’s (Resolução Alternativa de Disputas) em seus Estados Membros. Podemos enfatizar neste sentido:
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a) Acesso para países latino-americanos e africanos participarem das mediações internacionais, respeitando a soberania local. 
b) Criação de um tribunal internacional de arbitragem para composição de litígios judiciais na Europa. 
c) Padronização dos procedimentos de mediação familiar para todos os estados-membros, alterando a legislação interna deles. 
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d) Publicação dos princípios europeus sobre a mediação familiar cujo texto foi elaborado pelos representantes dos estados-membros.
e) Possibilidade de mediação empresarial nas diferentes empresas em diferentes países. 
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d) Publicação dos princípios europeus sobre a mediação familiar cujo texto foi elaborado pelos representantes dos estados-membros.
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SÍNTESE DA AULA
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