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Contrato de Joint Venture

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Contrato de Joint Venture	Outubro de 2017
Introdução
No presente trabalho o grupo irá abordar um tema de grande relevância quando se trata de realizações de grandes projetos empresarias onde pretendemos ilustrar a sua origem características diferença entre os regimes juridicos relacionados com o contracto de joint venture.
Joint venture é, portanto, uma figura jurídica originada da prática, cujo nome não tem equivalente em nossa língua, mas que pode assim ser entendida como contrato de colaboração empresarial. Ela corresponde a uma forma ou método de cooperação entre empresas independentes, denominado em outros países de sociedade entre sociedades, filial comum, associação de empresas etc.
A característica essencial do contrato de joint venture é a realização de um projeto comum, empreendimento cuja duração pode ser curta ou longa, porém com prazo determinado.
É a celebração de um contrato entre duas ou mais empresas, que se associam, criando ou não uma nova empresa para realizar uma atividade econômica produtiva ou de serviços, com fins lucrativos. Uma joint venture pode ser criada para desenvolver uma série de atividades, tais como, projetos industriais, execução de obras, pesquisas e desenvolvimentos, atividades financeiras, prestação de serviços, etc.
Cada parte que compõe os pólos dessas associações deve trazer aquilo que possui de melhor, além disso, a transparência é essencial, pois a joint venture é a confiança entre as partes.
Breve Historial
Definição e características do contrato de Joint Venture
A origem do contrato de joint venture está na prática empresarial norte-americana, onde os tribunais, através de sucessivas decisões jurisprudenciais, na segunda metade do séc. XIX e início do XX começaram a delineá-lo, apontando para uma identificação das características desse instituto. Inicialmente, as cortes fizeram uso de duas expressões para evidenciar e descrever o objeto de um acordo com caráter associativo, com ou sem a constituição de uma sociedade distinguindo-as, respetivamente, em joint venture e joint adventure, juntados posteriormente com o desenvolvimento daquele, em detrimento deste. Embora a locução joint venture, termo em inglês que significa aventura comum, seja vago e possa significar atualmente quase todas as formas de cooperação em empresas, é usualmente referido como um acordo de parceria visando a consecução de um projeto em conjunto, cuja importância ou complexidade reclamam a integração funcional, sem a qual, dificilmente o empreendimento se concretizaria. 
No país de origem, o contrato de joint venture não é legalmente delineado tratando-se, por isso, de um instituto de difícil assimilação por parte dos países de tradição romano-germânica, o que não impede, todavia, a sua larga utilização por essas nações, tanto as desenvolvidas, quanto as que estão em vias de desenvolvimento. Os joint-ventures aparecem sempre como fórmula de uso apta para diversas atividades, não delimitadas e sem prazo determinado de cooperação empresarial, não necessitando assumir forma jurídica societária com personalidade jurídica autônoma e distinta das empresas.
Os contratos de joint venture são criados a partir de um acordo-base em torno do qual gravitam os contratos satélites, sendo seus objetivos realizados por um órgão de gestão e controle que pode ser uma pessoa física ou jurídica, mandatária, formal como uma sociedade por ações, ou informal, como o gerente de um consórcio .
O acordo-base, também denominado contrato-mãe é o instrumento que regulamenta as condições gerais do empreendimento contendo os objetivos, regras administrativas, direitos e obrigações das partes, distribuição de lucros, cláusula de duração e solução de conflitos, etc. e, os contratos satélites disciplinam algumas particularidades do primeiro como, por exemplo, o estatuto ou contrato social da pessoa jurídica, quando criada. Com efeito, o êxito desse contrato se deve, em grande parte, à possibilidade de uma contínua adaptação do acordo as peculiaridades do negócio, sem a delimitação da manifestação de vontade dos contratantes podendo, ainda, estabelecer sua duração, seja por prazo determinado, determinável, ou indeterminado.
Com essas características, não é de se estranhar o crescente interesse sobre os contratos de joint venture como instrumento para a organização das mais variadas atividades de interesses.
Natureza Jurídica dos contratos de Joint Venture
Ainda hoje, é comum encontrar trabalhos onde os autores, ao se depararem com o contrato de joint venture, não se dediquem a um detalhado estudo, evitando-se qualquer debate acerca de sua natureza jurídica tratando-o, em breves comentários limitados a parênteses ou notas de rodapé envolvendo-o, assim, numa densa neblina, atribuindo à expressão ares etéreos, de valor meramente semântico.
Mesmo nos tribunais, em uma tentativa de defini-la, acabou-se por atenuar suas características sui generis, sofrendo pela atração de institutos similares.
Os contratos de joint ventures foram comparados as partnerships do direito norte-americano, às filiais comuns, às sociedades de fato, às sociedades por ações, ao consórcio, à associação em conta de participação e, por último, há formas societárias atípicas. O joint venture prima pela simplicidade, até mesmo na constatação de sua natureza jurídica, tratando-se de um instituto meramente contratual, evidenciando o seu caráter funcional para a constituição de uma sociedade, ademais, seu êxito se deve, em grande parte, à possibilidade de uma contínua adaptação do acordo às peculiaridades do negócio.
Classificação dos contratos de Joint Venture
Não apenas por interesse didático, como também legal, os joint ventures podem ser classificados de várias formas, sendo, mais usuais, as que destacam a nacionalidade de seus integrantes, a aquisição de personalidade jurídica autônoma, a forma societária adotada, o maior ou menor risco dos seus partícipes, a sua duração e as atividades que desenvolverão.
Quanto à nacionalidade, esses contratos podem ser classificados em três tipos, a saber: 
Joint venture nacional – é aquele concebido ou integrado por empresas de uma mesma nacionalidade; 
Joint venture estrangeiro – é aquele onde é formado por empresas de diversas nacionalidades, não sendo, nenhuma delas, do país hóspede;
Joint venture internacional - onde uma das partes possui a nacionalidade do país onde está localizado o objeto contratual, e a outra, não.
Dependendo da forma jurídica adotada, pode-se dividi-lo em dois tipos: 
Corporate joint ventures, quando os co ventures resolvem constituir uma sociedade com personalidade jurídica;
Non corporate joint ventures, onde o desenvolvimento das atividades não dá enfase a essa constituição.
Em relação ao risco, a distinção se dá entre duas possibilidades: 
Equity joint venture, onde existe investimento direto de capital, sujeita aos riscos do empreendimento;
Non equity joint venture, em que a posição do investidor é a de credor num empréstimo a ser pago, independentemente do resultado do negócio.
No que se refere aos co-venturers que as compõem, as joint ventures podem ser classificadas de três formas: 
Estatais - quando o empreendimento tenha como partícipes somente pessoas jurídicas de direito público;
Privadas - formada apenas por particulares;
Mista - que é a junção dos dois em um projeto comum.
Implementação de uma Joint Venture
Para uma joint venture bem-sucedida é necessário que se cumpra seus objetivos formais de sua proposta, trazendo para os seus parceiros a satisfação almejada, sendo que este instrumento pode ser associado nos seguintes setores de atividades, tais como:
Nas associações de cunho comercial, como as associações para representações, filiais comuns em países estrangeiros, e outras etc.;
Na exploração de recursos naturais, como a mineração e a prospecção de petróleo, onde há exemplos de joint ventures contractuais societárias sendo empregadas;
Nos investimentos de capital, em novas associações com empresas atuandoem outros mercados;
Na concentração de empresas, formando parcerias, alianças, ou mesmo fusões integrais e parciais entre empresas, aquisições, e as formadas para os programas de privatizações estaduais e federal;
Na cooperação entre empresas interessadas no mesmo ramo de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, e na fabricação ou elaboração de produtos industrializados, agropecuária, sempre racionalizando os custos.
A implementação de um acordo de associação na forma de uma joint venture, seja ela no molde que lhe couber, contratual ou societário, necessariamente cumprirá as etapas de:
Identificação e pré avaliação do negócio a ser explorado;
A forma ou maneira de explorá-lo;
A escolha do modelo institucional da associação mais adequada, que pode ser revista no futuro, a luz de outros fatores.
Muitas vezes a sequência das decisões pode ser outra, a bem das características especificas e da oportunidade de negócio. 
A busca e seleção de parceiros e crucial. Os interesses das partes devem ser bem delineados a curto e médio prazo. Conflitos de interesses no presente e mais frequentemente no futuro comprometem os objetivos iniciais, constituindo a causa comum dos fracassos.
Motivação do contrato de Joint Venture
A motivação para cada uma das contratantes não é necessariamente, a mesma, variando caso a caso, isto e das condições que são impostas no momento de analise para o desenvolvimento de projetos, assim enquanto uma empresa pode estar visando lucro, outra poderá estar em busca de novas tecnologias, ou procurando garantir presença num determinado mercado.
Conforme destaca Maristela Basso: ”Não escapam às finalidades dos joint-ventures o estabelecimento de centrais de compras e/ou prestação de serviços, o contorno às restrições legais ao capital estrangeiro, e a possibilidade de financiamentos por entidades de fomento.”
Por esta, os joint ventures sediados em países desenvolvidos tem por meta a realização de concentração empresarial, enquanto, as efetuadas entre empresas de países desenvolvidos e de países em vias de desenvolvimento visam assegurar a presença num mercado e a transferência de conhecimentos técnicos, respetivamente.
Cláusula Compromissória nos contratos de Joint Venture
No joint venture, é comum a previsão da cláusula compromissória, motivada pelas notórias vantagens que um procedimento arbitral pode oferecer na consecução das relações empresariais advindas de um contrato tão característico. Neste ítem, cabe esclarecer que, cláusula compromissória e compromisso arbitral constituem espécies distintas do gênero convenção de arbitragem. É o pacto acessório pelo qual as partes convêm em submeter à jurisdição arbitral as disputas que surjam no transcorrer de determinada relação jurídica, em termos genéricos, sem menção à espécie de litígio nem ao nome dos árbitros.
Mediante a cláusula compromissória, as partes comprometem-se a acatar o procedimento que for instituído para resolver divergências contratuais, constituindo, assim, uma promessa de contratar ou contrato preliminar de arbitragem que fica dependente do conflito, elemento que o torna exigível.
A necessidade leva os co-ventures a optarem por procedimentos rápidos, visando favorecer a solução de controvérsias ou ainda evitar seu surgimento, já que podem prejudicar o êxito do empreendimento conjunto, ademais, a cláusula arbitral também é necessária para especificar modalidades de execução de obrigações assumidas pelas partes, além de completar eventuais lacunas contratuais.
Percebe-se que, a função assinalada ao árbitro é a de um poder decisório, substitutivo ou integrativo da vontade das partes, assim, os tipos de divergências em que se usa a arbitragem são diversos como, por exemplo, avaliação de bens a serem incorporados à empresa, fixação de remuneração de diretores, estabelecimento dos deveres e obrigações deste, saída ou admissão de dirigentes que devam ser escolhidos de comum acordo pelas partes, distribuição de dividendos, estabelecimento de prioridades na liquidação de fornecimentos, dentre outros. Acrescente-se a essa lista que todas as decisões políticas da empresa, quando o tipo de acordo-base prevê situação de poder igualitário e de veto, ou não estabelece as áreas em cada qual tem o poder de decisão.
Todas essas razões fazem com que a maioria dos acordos de joint venture contenha cláusula arbitral, estabelecendo a realização do procedimento por determinadas pessoas ou instituições.
Definir Elementos Diferenciadores
Como é sabido existem elementos diferenciadores entre os regimes, que demarcam singularidade daquela que é a definição do Contrato de Joint Venture, que segundo Frederick Pearce “ Joint Venture é um acordo comercial no qual duas ou mais partes empreendem uma atividade económica especifica conjunta… É, portanto, um negócio onde a ação é determinada por dois ou mais empreendedores, sem ânimo de formar uma sociedade”, entre outros regimes jurídicos-regulatórios.
Na perspetiva de escolher o melhor regime na Indústria Petrolífera, destacam-se os seguintes elementos diferenciadores que abordam em diferentes vertentes o Contrato de Joint Venture, os seguintes:
Propriedade dos Hidrocarbonetos
Fator determinante para a compreensão dos outros elementos diferenciadores, torna este o elemento principal dos regimes jurídico-regulatórios. A análise dos países produtores demonstra que a propriedade da reserva, na maioria dos casos é do Estado como é o caso de Moçambique segundo a Lei de Petróleos nº 21/2014 artigo 18 em que diz que os recursos petrolíferos situados no solo e no subsolo, nas águas interiores, no mar territorial, na plataforma continental r na zona económica exclusiva, são propriedade do Estado. Verifica-se que a diferença entre os regimes no que concerne a propriedade dos hidrocarbonetos começa quando ele é extraído, tal como:
Joint Venture: a produção é compartilhada entre o Estado hospedeiro e a Oil Company, na proporção de suas respetivas participações na SPE.
Instrumento Jurídico Celebrado entre o Pais Produtor e a Oil Company
A diferença notável entre os regimes jurídico-regulatórios é o instrumento jurídico a ser celebrado entre o Estado hospedeiro e a Oil Company, como é o caso do regime que tem o contrato operacional o Joint Operating Agreement (acordo formulado pelas empresas exploradoras e produtoras de petróleo para se desenvolva a sua operação, dividindo funções), que independe do regime. Na Joint Venture, os actos constitutivos e demais documentos societários necessários a formação de SPE.
Mecanismos Típicos de Remuneração ao Governo
A joint venture que define a parcela dos lucros da operação atribuível ao Estado, é um mecanismo típico de remuneração ao Governo como vem na Lei de Petróleo no 21/2014 no artigo 25 ponto 1.
Segundo a Lei, os titulares de direitos para a realização de operações petrolíferas estão sujeitos ao pagamento, para além dos impostos específicos, dos seguintes tributos:
Impostos sobre o Rendimento;
Impostos sobre o Valor Acrescentado;
Impostos Autárquico quando haja lugar;
Outros impostos estabelecidos por lei.
Papel e Responsabilidade da Oil Company e do Governo
Neste elemento diferenciador, as OC’s que detêm a tecnologia e conhecimento necessário para a exploração das reservas, dai o seu papel quase sempre mais destacado na operação no campo, as diferenças começam no que diz respeito a sua área e responsabilidade de atuação. Existem OC’s que atuam de forma isolada, como responsável única e exclusivamente pela extração dos hidrocarbonetos, ou em conjunto com entidades do Governo. Direito este concebido pela Lei de Petróleos nº 21/2014 mencionado no artigo 24 no ponto 1, ou mesmo outras OCs por meio de parcerias como e o caso do contracto Joint Venture em que o Estado regula e fiscaliza através da INP segundo a Lei de Petróleos nº 21/2014 no artigo 22, atua como parceiro das OCs no âmbito da SPE.
Propriedade da Instalações Utilizadas na Exploração e Produção 
Dentre os regimes de propriedade dos bens utilizados em E&P no que concerneà Joint Venture, a propriedade partilhada entre o governo e OC, respeita-se o percentual de cada um dentro do empreendimento, sendo posteriormente revertida ao Estado hospedeiro.
Comparação entre o contrato usado em Moçambique (Contrato de Concessão) e o contrato por nos estudado (Contrato de Joint Venture)
	Na Concessão:
	Na Joint Venture:
	- Os HC extraídos pertencem a OC.
	- Os HC são partilhados entre o Estado e a OC, de acordo com a proporção que cada uma tem na SPE.
	- Participações governamentais (pagamento de direitos autorais).
	- Parcela dos lucros de operação atribuível ao Estado.
	- O papel do Estado é de regular e fiscalizar as atividades de E&P executadas pelas OC’s.
	- O Estado além de fiscalizar e regular as atividades, atua também como parceiro das OC’s no âmbito da SPE, colaborando com a entidade competente (Ex: INP) 
	- Permite a OC obter a titularidade dos HC para poder comercializa-lo e usufruir da volatilidade do mercado.
	- Não permite.
A OC actua como prestador de serviços ou como parceiro.
Aplicação do contrato da Joint Venture
Duas empresas ao unirem-se ou fazerem um acordo de parceria utilizam na maior parte das vezes o contrato joint venture porque é um contrato em que as ambas as partes entram com o objetivo de ganhar dinheiro e fazerem as suas empresas atingirem altos patamares das empresas desenvolveras do tipo de negócio por eles feito. Em seguida, são apresentadas alguns exemplos de negócios feitos usando o contrato de joint venture.
Empresas participantes no desenvolvimento de biobutanol no contexto Brasileiro de biocombustíveis:
Existem atualmente diversas empresas atuantes no desenvolvimento de tecnologias para biobutanol. Algumas destas empresas caracterizam-se pelo foco em biotecnologia e desenvolvimento de processos. Muitas das empresas emergentes foram adquiridas ou efetuaram joint-ventures com empresas tradicionais na fabricação de petro-butanol ou combustíveis, de maneira a obter sinergia. Algumas destas empresas estão listadas abaixo (MASCAL, 2012): 
GEVO: Empresa norte-americana, atuando no desenvolvimento de processos e microorganismos. Seu foco é a conversão de fábricas de bioetanol para biobutanol nos Estados Unidos. Recebe recursos da Cargill, grupo Total (França) e tem acordos com o produtor de borrachas Lanxess. Propõe uma tecnologia chamada GIFT (r) (Gevo Integrated Fermentation Technology). Seus desenvolvimentos iniciais foram baseados em modificações da bactéria E.Coli com enzimas que convertessem ácidos em aldeídos e aldeídos em butanol. Após sucessivas modificações, a empresa defende ter obtido um processo com alto rendimento de isobutanol. 
Butamax: Empresa formada a partir da joint-venture da British Petroleum (BP) e da Dupont. Possui atualmente 150 funcionários ao redor do mundo dedicados ao desenvolvimento e comercialização de isobiobutanol. Sua estratégia envolve a conversão de usinas de etanol a butanol (retrofit). 
Cobalt Technologies: Empresa dedicada ao estudo de processos empregando matérias-primas não alimentícias e desenvolvimento de processos produtivos. Recentemente divulgou sua parceria com a Rhodia no Brasil para a produção de n-butanol. 
Butyl Fuel: Empresa de biotecnologia e químicos renováveis, conhecida também por ser uma das primeiras empresas a divulgar o potencial do n-butanol como combustível em 1992. Associou-se recentemente à Green Biologics, uma empresa britânica fundada em 2003 e especializada em fornecer soluções para conversão de plantas de bioetanol a biobutanol. 
Tetravitae Bioscience: Empresa de biotecnologia, reconhecida por seus conhecimentos em processos fermentativos utilizando Clostridia. Foi recentemente adquirida pela Eastman, um tradicional fabricante de produtos químicos. 
Cathay Industrial Biotech: Empresa baseada em Xangai, iniciou sua produção em 2009 com capacidade demonstrada de 75.000 toneladas e vendas de 20.000 toneladas em 2010. Utiliza fermentação ABE contínua e possui planta de demonstração para produção de bioetanol celulósico a partir de sabugo de milho. 
HC Sucroquímica: Em operação desde 2006 no município de Campos-RJ, adjacente à Usina Paraíso, produz acetona e biobutanol. A produção estimada é de 2.000 toneladas anuais direcionados ao segmento de especialidades químicas.
Outros exemplos
Nestea: ou Beverage Partners Worldwide, foi formada entre a suíça Nestlé e a americana The Coca-Cola Company para a produção e venda de chá pronto entre 2001 e 2017. 
Samarco: formada entre as mineiradoras brasileiras Vale S.A. e a australiana BHP Billiton para a exploração de minério de ferro. 
Lipton Ice Tea: formada entre PepsiCo e Unilever para a fabricação e venda de chá pronto. 
3 Corações: formada pela São Miguel Holding e a israelense Strauss para produção na área alimentícia. 
Douwe Egberts: formada entre a holandesa Jacobs Douwe Egberts e a americana Mondelēz International para a exploração do ramo de bebidas, em especial cafés e chás. 
Autolatina: formada entre a americana Ford e a alemã Volkswagen nos mercados brasileiro e argentino, entre 1987 e 1994, para a fabricação de veículos. 
Simba Content: formada pelas emissoras de TV SBT, Record e RedeTV, sua finalidade é a negociação de direitos de conteúdo, produção de canais alternativos na TV Paga e distribuição do conteúdo produzido pelas referidas emissoras para sistemas de streaming. 
Gerdau Summit: formada entre a brasileira Gerdau S.A. e as japonesas Sumitomo Corporation e Japan Steel Works (JSW) para o fornecimento de peças para a geração de energia eólica. 
Vantagens e Desvantagens do contrato Joint Venture
Vantagens de uma joint venture
O principal atrativo da cooperação econômica é a redução dos custos. Isso possibilita mais competitividade e a expansão de uma marca para novos mercados.
Produção mais barata
Com os custos de produção distribuídos entre diferentes parceiros, o investimento nessa operação tende a baixar. Assim, a empresa pode enxugar as despesas ou, então, aumentar a oferta do produto, oferecendo-o por um preço mais barato ao consumidor final.
Expansão de mercado
Caso o acordo envolva distribuição e logística, uma pequena ou média indústria, por exemplo, pode realizar vendas em regiões antes impensáveis. Isso é possível porque a organização não precisará arcar sozinha com frete, vendedores e demais atravessadores da mercadoria
Acesso a novas tecnologias
Um empreendimento conjunto permite a aquisição de maquinário de ponta. As prováveis consequências são uma linha de montagem mais eficiente, sustentabilidade nos processos e um produto final de maior qualidade. Sozinhos, muitos empresários não conseguem bancar a renovação dos equipamentos.
Competição saudável
Embora uma joint venture não precise, obrigatoriamente, acontecer com empresas do mesmo ramo, é comum que concorrentes diretos se unam. Ainda que haja competição por um mercado único, a demais vantagens garantem lucro a todos os participantes.
Em contrapartida, prejuízos podem igualmente ocorrer. Porém, como também são compartilhados, o baque financeiro não pesa tanto.
Desvantagens de uma joint venture
Apesar dos pontos positivos, esse tipo de acordo também apresenta alguns obstáculos. A maioria deles diz respeito à gestão dos empreendimentos.
Rigidez nas decisões
A aliança entre diferentes organizações significa mais cabeças pensando sobre os rumos do negócio. Um cenário assim pode limitar a inovação nas estratégias e na própria estrutura das operações. Exemplo: enquanto uns estejam preocupados em não contrair dívidas, outros podem vislumbrar financiamentos e linhas de crédito.
Metas em desalinho
A cultura organizacional varia de empresa para empresa. Abordagens distintas para o mesmo problema, muitas vezes, levam a atritos e desgastam a relação. Portanto, as partes devem estar em sintonia e entender muito bem qual é o papel de cada uma no empreendimento conjunto.
Responsabilidades desiguais
O controlo das atividades é compartilhado, mas a execução nem sempre permanece em equilíbrio.Um caso é quando a companhia A entra com o pessoal e a companhia B, com a tecnologia. A situação cria uma disparidade de tempo, dinheiro e demais recursos alocados, o que pode ser interpretado como desfavorável para um dos lados.
Outro cenário delicado é quando a joint venture incorre em dívidas. Por contrato, elas costumam ser responsabilidade de todos os envolvidos, mesmo que apenas uma das empresas tenha contraído o débito.
Conclusão
O Poder Judiciário luta com o dinamismo das rápidas transformações dos negócios tendo, diante de si, uma legislação que, na maioria das vezes, reflete necessidades de décadas atrás.
A globalização da economia, bem como a volatização das transações empresariais caminham em ritmo tal que a sociedade demanda a formação de alternativas para a solução de controvérsias eficazes para coadjuvar a missão do Estado de distribuir justiça.
Nessa perspetiva, colocou-se em análise o joint venture, sendo aqui delineado em suas formas atuais, partindo-se de sua conceituação, origem histórica e características, passando pela análise de sua natureza jurídica , chegando a sua classificação, extraindo-se os momentos norteadores do feito negocial e, em derradeiro, tratando sucintamente da cláusula arbitral e suas vantagens na resolução de contendas entre um dos aspetos joint-venture, compreendendo a razão de sua crescente afirmação nesses contratos. O contrato de joint venture e a cláusula compromissória, possuem outros pontos a serem abordados aqui atenuados, porém, esse estudo, não se teve a pretensão em esgotar o tema, mas tão-somente contribuir no seu desenvolvimento, suscitando ideias e discussões sobre seus mais variados aspetos.

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