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Análise de investimento 1

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Análise de
Investimento
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Edson Nunes
Revisão Textual:
Prof. Dra. Selma Aparecidade Cesarin
Conceitos econômicos e análise de investimentos
• A escassez de recursos
• A relação entre investimento e escassez
• Conceituando valor e preço dos bens e serviços
• A produção e a distribuição de bens e serviços
• A produção de bens e serviços como decisão de investimentos
 · Conhecer os conceitos econômicos básicos e a análise de 
investimentos;
 · Relacionar o conceito de escassez com definições de valor, preço, 
produção e distribuição de bens e serviços na Economia.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Conceitos econômicos e análise
de investimentos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Conceitos econômicos e análise de investimentos
Contextualização
Quando tratamos da importância da análise de investimentos, estamos 
estudando um tema de enorme importância para o profissional ou estudante de 
Finanças, Economia, Engenharia de Produção ou áreas correlatas nas sociedades 
do século XXI. E isso ocorre em razão desse tema ser essencial para o completo 
entendimento e domínio dos temas relacionados com investimentos em ações de 
empresas, títulos de dívidas, debêntures, contratos futuros, opções e demais tipos 
de “ativos” que, diariamente, fazem parte das rotinas de trabalho ou dos processos 
de tomadas de decisões nos ambientes organizacionais.
Iniciaremos os estudos desta Unidade I tratando do tema “escassez”, de forma a 
oferecermos base teórica essencial que facilite nossas futuras discussões, que serão 
ainda mais aprofundadas a respeito das diversas definições e análises relativas ao 
tema “valor”.
Assim, nosso objetivo será o de ter sempre em mente a importância desses 
conceitos nos processos de tomadas de decisões de investimentos por parte do 
financista – seja ele um Analista de Investimentos ou outro profissional do Mercado 
– face aos mais variados tipos de riscos envolvidos na montagem de uma “Carteira 
de Investimentos”.
Assim sendo, é importante sempre pensarmos em Análise de Investimentos 
como sendo um processo de tomada de decisão dinâmico e racional que busca – a 
todo instante – “equilibrar” aplicações de recursos e retornos futuros esperados 
em razão de determinados riscos assumidos pelo investidor em um determinado 
período de tempo. E tudo isso tendo como pano de fundo o conceito de escassez 
de recursos nas economias e nos mercados como um todo.
8
9
A escassez de recursos
O conceito de escassez é um dos principais tópicos de análise quando iniciamos 
qualquer Curso Introdutório de Economia ou Finanças Empresariais. Isso porque esse 
tema é não apenas recorrente, mas, antes de tudo, essencial para compreendermos 
a razão de existência da própria Ciência Econômica.
Mas por que podemos fazer tais afirmações a respeito da escassez?
Podemos porque se não houvesse escassez de recursos como mão de obra, 
energia e de todos os fatores de produção essenciais para a produção de bens 
e serviços necessários ao atendimento de nossas necessidades e desejos, 
provavelmente a Ciência Econômica perderia a sua razão de ser. Em outras 
palavras, o homem começou a se preocupar com o estudo da Ciência Econômica 
quando percebeu que todo o progresso da Ciência o levaria – cedo ou tarde – a 
produzir (e consequentemente, consumir!) mais e mais produtos e serviços.
Percebeu, ainda, que ao agir dessa forma, ele estaria consumindo os recursos 
naturais do Planeta Terra, exigindo, em contrapartida, uma “Ciência” que 
estudasse, portanto, os problemas relacionados à “escassez” dos chamados fatores 
de produção como matéria-prima, mão de obra, capital, tecnologia e terra.
Assim sendo, as questões levantadas acima a respeito do que (e de que maneira) 
produzir bem e para quem vender fazem sentido apenas se levarmos também 
em consideração a questão da escassez dos fatores de produção necessários à 
fabricação do bem ou da prestação do serviço. Mesmo nas economias mais ricas, 
desenvolvidas ou industrializadas, a quase totalidade dos recursos disponíveis para 
o processo produtivo é escassa por natureza.
Quando pensamos na natureza à nossa volta, vemos que talvez apenas o Sol e 
o ar que respiramos não são escassos! Dessa forma, temos sempre de lembrar que 
o homem não pode ter disponível todos os recursos que deseja; haverá sempre 
algum limitador, alguma restrição, o que o forçará sempre a fazer escolhas entre os 
bens ou serviços oferecidos.
Torna-se importante, portanto, compreendermos escassez como sendo uma 
“restrição” naturalmente presente em nossas vidas e, consequentemente, presente 
também nos sistemas econômicos como um todo. Exige-se, assim, que as economias 
se utilizem dos recursos disponíveis com o maior grau possível de eficiência durante 
o seu processo de desenvolvimento, pensando sempre na utilização ótima de cada 
bem disponível, seja ele representado por tecnologia, mão de obra ou demais 
fatores de produção.
Segundo Mankiw:
Os fatores de produção são os insumos usados para produzir bens e 
serviços. Mão-de-obra, terra e capital são os três fatores de produção 
mais importantes. Quando uma empresa de informática produz um novo 
9
UNIDADE Conceitos econômicos e análise de investimentos
programa para computador, usa o tempo dos programadores (mão-de-
obra), o espaço físico em que estão seus escritórios (terra) e um prédio de 
escritórios e equipamentos de informática (capital) (MANKIW, 2014, p. 392).
Importante!
Releia o texto acima. Reflita sobre os chamados “Fatores de Produção”. E pense a respeito 
do caso brasileiro. Como – ou quais – seriam os principais “gargalos” para o empresário 
que pretende produzir um produto ou vender um serviço em nossa Economia? Sabemos 
que somos relativamente ricos em termos de matérias-primas. Mas como estamos 
em termos dos demais “fatores de produção”? E como você acredita que tal “escassez” 
impacta a “decisão de investir” de um empresário nos dias de hoje?
Trocando ideias...O site da Petrobras apresenta uma análise interessante sobre a produção e o consumo de 
petróleo no Brasil. Veja, por exemplo, os números publicados para o ano de 2016. Nesse 
mesmo site, é apresentado o Plano de Negócio e Gestão 2017-2021. Estudando esses dados, 
você, certamente, agregará conhecimento no que se refere aos conceitos de escassez, uso 
de recursos, fatores de produção e demais variáveis presentes nessa nossa discussão inicial e 
sobre análise de investimentos. Acesse: www.petrobras.com.br.
Ex
pl
or
Ainda, segundo Mankiw (2014, p.4), podemos definir escassez como sendo a 
natureza limitada dos recursos da sociedade, e Economia como sendo o estudo 
de como a sociedade administra seus recursos escassos. Assim sendo, com base 
nesse conceito de escassez e no que discutimos nesta Unidade, gostaria de fazer 
uma pergunta: Como o Brasil deveria conciliar a sua produção de petróleo com o 
crescimento da sua frota de veículos?
Você estaria interessado em estudar mais a fundo o tema escassez? Sugiro a leitura da 
Introdução do livro Introdução à Economia, de N. G. Mankiw, 2014. p.3-4.Ex
pl
or
A relação entre investimento e escassez
Segundo Samanez (2006, p.3), quando estudamos investimentos, temos sempre 
de ter em mente que esse princípio está muitíssimo relacionado à preferência das 
pessoas pela “liquidez”, ou seja, R$ 100,00 disponíveis hoje por uma pessoa (ou 
investidor) são preferíveis a essa mesma quantia nominal de R$ 100,00 a serem 
recebidos em data futura e isso em razão de três fatores:
1. Existe risco de o investidor não receber a quantia no futuro; risco esse, aliás, 
muito difícil de ser mesurado (medido), ou mesmo avaliado, pois pode 
decorrer de diversas razões ou por motivos dos mais variados;
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11
2. Essa quantia de R$ 100,00, certamente, valerá menos no futuro em razão 
da inflação; assim sendo, todos nós sabemos (e o investidor mais ainda!) que 
a inflação corrói o poder de compra de nosso dinheiro ao longo do tempo 
por, exatamente, refletir o aumento dos preços nas economias e mercados. 
Logo, todos preferirão esse valor nominal de R$ 100,00 no presente, do que 
esse mesmo montante nominal no futuro, quando poderá comprar menos 
das mesmas mercadorias;
3. Este recurso financeiro representa – em última análise – um custo de 
oportunidade. E por meio do investimento pode-se transformar R$ 100,00 
em um valor nominal maior, caso o investimento possa ser feito agora em 
um ativo rentável; mais uma vez, o chamado custo de oportunidade gera 
para o investidor o desejo de ter este montante financeiro hoje em suas 
mãos por ter certeza de poder fazê-lo render com sua aplicação em algum 
tipo de investimento (financeiro ou produtivo).
Vejamos a seguir uma visão bastante interessante a respeito das relações entre 
investimento, escassez (e uso) de tempo e dinheiro em nossas atividades do dia a 
dia, segundo o financista Zvi Bodie, em seu livro Fundamentos de Investimentos:
Um investimento é o comprometimento atual de dinheiro ou de outros 
recursos na expectativa de colher benefícios futuros. Por exemplo, um 
indivíduo pode comprar ações na esperança de que os futuros resultados 
monetários destas ações justifiquem tanto o tempo em que o dinheiro 
dele estará empatado, quanto o risco do investimento. O tempo em que 
você passará estudando este livro (sem mencionar o seu custo) também é 
um investimento. Você abre mão de lazer, ou da renda que poderia estar 
ganhando em um emprego, na expectativa de que a sua carreira futura 
tenha um impulso capaz de justificar este comprometimento de tempo e 
de esforço (2002, p.23).
Esse valor da preferência pela liquidez, afirma Samanez (2006), é normalmente 
representado pela taxa de juros operada no Mercado ou pelo efetivo custo do dinheiro. 
Assim, vejamos um exemplo a seguir que explica matematicamente este raciocínio.
Exemplo:
João tem R$ 200,00 para gastar ou investir em um mercado que oferece taxa de 
juros de 10% a.a. Assim sendo, caso esse indivíduo decida investir esse montante 
no Banco ao invés de consumir produtos ou serviços (ou seja, fazer um sacrifício 
de deixar de comprar para poupar!), receberá depois de um ano R$ 20,00 de 
juros como remuneração – ou como compensação por ter deixado de consumir. 
Por outro lado, caso a taxa de juros caia para 1% a.a., é provável que João prefira 
consumir (ou seja, gastar os R$ 200,00) ao invés de receber apenas R$ 2 de juros 
depois de um ano de espera.
Perceba, portanto, como a percepção de custo-benefício modifica a decisão 
tomada por João. Caso ele tenha a percepção de que o “valor” monetário recebido 
sob a forma de juros recebidos é maior que o “benefício” gerado pelo consumo, 
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UNIDADE Conceitos econômicos e análise de investimentos
preferirá poupar. Mas, por outro lado, caso tenha a percepção de que a remuneração 
obtida é muito baixa e que, portanto, poupar “não vale a pena”, João preferirá não 
investir e sim consumir produtos ou serviços com estes R$ 200,00.
Vejamos o conceito de taxa de juros segundo C. P. Samanez, em seu livro 
Gestão de Investimentos e Geração de Valor:
 O conceito de taxa de juros de mercado é uma noção prática utilizada 
em matemática financeira para indicar a taxa a que o investidor ou 
aplicador pode teoricamente ter acesso no mercado. Na prática, essa 
taxa de mercado depende de diversos fatores, como o volume de dinheiro 
considerado para aplicação ou empréstimo, o prazo da aplicação e os 
riscos associados à transação (2006, p.3-4).
Conceituando valor e preço dos bens e serviços
O conceito de valor refere-se a uma interpretação predominantemente material 
da habilidade essencial de um produto (ou serviço) de oferecer alguma utilidade ao 
consumidor final. Portanto, o conceito de valor pode ser entendido como sendo a 
percepção de utilidade que um bem ou serviço tem para esse consumidor.
Essa percepção, por sua vez, pode também ocorrer em base de comparação do 
bem ou serviço em face aos outros bens ou serviços comparáveis e disponíveis para 
aquisição no Mercado.
Imaginemos um veículo que custa R$ 20 mil (vinte mil reais) e uma motocicleta que 
custa R$ 2 mil (dois mil reais). Assim, matematicamente, esse veículo tem um valor 
monetário dez vezes superior à motocicleta. Entretanto, caso a pessoa não tenha 
muitos recursos para gastar com combustível, o “valor” percebido pela compra da 
motocicleta pode ser muitas vezes superior ao “valor” percebido pelo cliente do carro. 
E isso em razão da percepção da futura economia financeira que esse consumidor 
estará fazendo com a compra da motocicleta que consome menos combustível.
Podemos, ainda, imaginar o “valor” percebido por um trabalhador com fome 
ao receber uma fatia de pão de R$ 1,00 comparativamente ao valor desse mesmo 
bem para uma pessoa já alimentada. Certamente, o alimento “vale” muito mais 
para quem está com fome do que para outra pessoa saciada, independente do seu 
“preço de venda”.
A produção e a distribuição de bens e serviços
Toda riqueza produzida por um país em determinado período entre os seus 
habitantes, normalmente, ocorre sob a forma de recursos financeiros (dinheiro), 
recursos esses que os cidadãos utilizam para adquirir bens ou serviços necessários 
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13
para a sua subsistência ou demais itens por eles desejados. É importante destacar 
que nas sociedades modernas mais sofisticadas praticamente não ocorrem trocas 
de mercadorias entre os produtores sem que haja a intermediação do dinheiro.
Assim, o que chamamos de escambo (trocas de bens entre seus produtores sem 
o uso de moeda) ocorre apenas em uma pequena parcela da sociedade – entre, por 
exemplo, habitantes de sociedades menos industrializadas e moradores de áreas 
rurais que produzem em regime de subsistência – sendo essa prática, portanto, rara 
nas economias mais industrializadas.
A divisão do trabalho, uma das característicasmais marcantes das sociedades 
contemporâneas, permite a constante busca pela eficiência das empresas no ato 
de produzir bens e serviços. Com o desenvolvimento das sociedades, no decorrer 
dos séculos, esse homem – antes criador e dono de sua própria produção – foi se 
especializando e executando atividades a cada dia mais e mais específicas e reduzidas 
no escopo geral de produção. Assim, quando adquirimos um bem, devemos ter em 
mente que ele foi produzido em decorrência de uma gama de ações conjugadas de 
indivíduos, empresas industriais e financeiras.
Antes, capaz de produzir sozinho um utensílio durante a Idade Média, o 
novo homem pós-Revolução Industrial vê-se praticamente incapaz de executar 
artesanalmente qualquer bem para seu uso ou venda. Consequentemente, nas 
sociedades contemporâneas, o homem vê sua ação reduzida à simples compra 
de produtos e serviços, ou seja, torna-se executor de uma pequena parcela de um 
complexo processo produtivo – simples profissional que troca seu tempo disponível 
por salário (dinheiro).
Essa fragmentação do trabalho entre diversos agentes e trabalhadores decorrente 
de uma efetiva divisão e enorme “globalização” da mão de obra e das atividades 
produtoras entre os diversos países acaba por gerar uma interdependência das 
diversas economias mundiais e, não raro, uma quebra de safra de trigo na Argentina 
pode afetar o mercado de venda de veículos no Brasil!
A produção de bens e serviços como decisão 
de investimentos
Atualmente, todos os países, mesmo os menos desenvolvidos industrialmente, 
produzem enorme quantidade de bens e serviços todos os anos. Sabemos 
que, baseado no significativo número de empresas instaladas nos países mais 
desenvolvidos, ou nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, pode-se 
esperar a produção de não apenas uma grande variedade de bens, mas, também, de 
grande quantidade de produtos e serviços que, de uma forma ou de outra, suprem 
as necessidades dos seus consumidores internos ou externos (estes, no caso das 
exportações efetuadas).
13
UNIDADE Conceitos econômicos e análise de investimentos
Assim, os países contemplam indústrias das mais variadas características e 
voltadas às mais variadas fabricação de bens. Sabemos que classificados sob a 
sigla “automóveis”, o Brasil fabrica grande variedade de produtos em diversas e 
diferentes fábricas de forma a oferecer esses produtos (bens) aos seus consumidores, 
localizados no mercado interno ou mesmo no exterior.
Ano a ano, esses produtos variam e se modificam, ganhando ou perdendo 
componentes e modificando a sua estrutura o que – por sua vez – gera modificações 
na matriz fabricante desses mesmos veículos.
Cabe-nos, como estudantes de Finanças, o entendimento desses aspectos 
ligados à Ciência Econômica que, efetivamente, preocupa-se em medir, mensurar 
e analisar essas variações na produção desses bens e na forma como esses veículos 
são anualmente produzidos.
Nesse sentido, faz-se necessário medir e analisar, a todo instante, as variações 
que ocorrem, anualmente, nessa indústria em particular e replicar esse pensamento 
para todas as demais cadeias de produção no país. Logo, por exemplo, poderíamos 
afirmar que o que se procura é não apenas responder, mas, sim, compreender as 
razões do Brasil, por exemplo, produzir mais de 3 milhões de veículos no ano 
de 2012, chegando a um pico de mais de 3,7 milhões em 2013 e caindo em 
2015 para pouco mais de 2,4 milhões e qual direção e desempenho essa dinâmica 
indústria tomará nos próximos anos.
Certamente, no exemplo citado acima, um dos pontos que mais nos interessa 
como financistas é entender os comportamentos dos fabricantes em face de seus 
custos de produção, valor investido e organização de seus negócios.
Por outro lado, compreender, também, como os consumidores agem frente às 
“ofertas” de veículos por parte dos fabricantes, quais suas preferências e tendências 
de consumo, seus comportamentos, seu poder de compra face ao preço do bem e 
os seus desejos e necessidades para adquirir o bem ofertado.
Vamos agora parar para pensar a respeito das tomadas de decisões por parte do 
consumidor. Sabemos que as tomadas de decisões individuais, quando envolvem a compra 
de determinado bem ou serviço, exigem escolha desse bem em detrimento de outro. Assim, 
ao adquirirmos algo, temos de despender recursos (gastar dinheiro!), dinheiro esse que 
poderia estar sendo poupado ou empregado na compra de outro bem.
Assim, reflita a respeito das razões que o(a) fazem consumir algo em detrimento de poupar 
seus recursos financeiros.
Para aprofundar esse conhecimento, sugiro ler “Como as pessoas tomam decisões” (MANKIW, 
2014, p. 4-8).
Ex
pl
or
Concluindo, torna-se importante compreendermos que, ao tomar uma decisão 
de comprar determinado bem no Mercado, o consumidor estará promovendo o 
14
15
crescimento econômico. Essa ação individual de um consumidor, combinada com 
as ações e investimentos efetuados pelos demais agentes econômicos no período, 
faz com que participem juntos do processo de geração de riquezas no país.
Igualmente fica claro que todo bem ou serviço produzido em um país é – em 
poucas palavras – uma decisão de investimentos e um gerador de riquezas para os 
seus habitantes.
Assim, todos os agentes envolvidos nesse processo: fabricantes dos bens, 
transportadores logísticos, meios de transporte utilizados para movimentação da 
produção, atacadistas e distribuidores envolvidos até a chegada do produto nas 
mãos dos consumidores são, juntos, em última análise, partes de um mesmo 
processo responsável pela geração de riquezas e de decisão de investimentos.
Fatores de produção: são os insumos usados para produzir bens e serviços em uma 
economia. São fatores de produção: capital, matéria-prima, mão de obra, terra e tecnologia, 
utilizados pelo capitalista no processo de produção do bem ou prestação do serviço. Todo 
fator de produção tem seu custo inerente e que será incorporado ao custo da mercadoria 
fabricada ou do serviço prestado.
Ex
pl
or
Importante!
• O estudo da análise de investimentos e a discussão a respeito do conceito econômico 
da escassez de recursos na Economia;
• As relações entre os conceitos de valor e preço dos bens e serviços nos Mercados;
• Valor e preço de bens e serviços e suas relações com o trabalho de análise e 
elaboração da avaliação de empresas;
• Análise do valor percebido do bem comparativamente aos rendimentos futuros 
auferidos com a poupança de recursos dado uma taxa de juros;
• Produção e distribuição de bens e serviços nas sociedades capitalistas do século XXI.
Em Síntese
15
UNIDADE Conceitos econômicos e análise de investimentos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Administração Financeira
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2010
Análise de Balanços
IUDÍCIBUS, S. São Paulo: Atlas, 2009
Análise de Demonstrativos Financeiros e da Performance Empresarial para Empresas não Financeiras
MÁLAGA, F. K. São Paulo: Saint Paulo, 2009
Valuation - Um Guia Prático
SANTOS, J. O. São Paulo: Saraiva, 2012
16
17
Referências
BODIE, Zvi; KANE, A.; MARCUS, A. J. Fundamentos de Investimentos. 3.ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2002.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 10.ed. São Paulo: 
Pearson, 2007.
HOJI, M. Administração Financeira e Orçamentária. São Paulo: Atlas, 2008.
MANKIW, N. G. Introdução à Economia: princípios de micro e macro 
economia. 6.ed. São Paulo: Campus, 2014.
SAMANEZ, C. P. Gestão de Investimentos e Geração de Valor. São Paulo: 
Pearson, 2006. 
17

Outros materiais