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Farmaco aula 3

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Farmacologia – aula 3
Além da ionização, da capacidade de atravessar membrana, o que mais pode interferir na absorção da droga? 
Área de superfície de absorção: a superfície maior absorve mais; circulação local: absorver uma droga é tirar do local onde ela foi colocada e cair na circulação sistêmica, se há bastante sangue, é absorvida mais rapidamente; espécie animal; constante de dissociação iônica da droga; coeficiente de partição lipídeo/água: quanto da droga dissolve em lipídeo, quanto dela dissolve em água, quanto maior o coeficiente, maior a absorção, quanto da droga é lipossolúvel; 
Tipos de absorção: pode ser passiva ou ativa; aqui nem sempre significa gasto de energia; pode ser gasto de energia ou ter transportadores; na passiva: difusão simples: a droga encosta na membrana e se difunde, capacidade de se dissolver na membrana plasmática, se ela dissolver ela passa por difusão simples; outras drogas tem capacidade de atravessar os poros das membranas; há vários tamanhos de poros, algumas membranas não tem poros (como nas células do SNC); filtração e difusão simples são mecanismos passivos; absorção ativa: há drogas que não conseguem atravessa por processos passivos; há três tipos de ativa; difusão facilitada: existe um transportador; na absorção passiva, sempre favorece o gradiente, sempre passa do mais concentrado para o menos concentrado; na difusão facilitada pode ser do mais por – ou do – pra +, mas existe um transportador que faz isso; transporte ativo: gasta energia para atravessar, tem transportador, mas ele precisa de energia; na difusão facilitada não há gasto energético; fagocitose / pinocitose: a própria célula engloba a molécula que tem que entrar e a puxa para dentro; toxina botulínica: só é capaz de entrar por fagocitose, a célula se “suicida”, pois engloba essa substancia que é tóxica; se a droga não passar por nenhuma dessas formas, ela tem que ser injetada;
Locais de absorção: quando uso a via oral a droga vai ser absorvida no trato gastrointestinal; na mucosa gástrica (pouca quantidade); o estômago não é um bom local de absorção; mucosa do intestino delgado: é a maior área de absorção do TGI (o intestino de um humano tem aproximadamente 200m²), é o lugar mais importante de absorção; no caso de poligástricos, a mucosa rumenal também não é muito boa para absorver, é parecido com o estômago monogástrico; o cólon é importantíssimo para os eqüinos em termos de absorção; em carnívoros e onívoros, o cólon é mais para absorção de água, no eqüino absorve drogas; a mucosa retal é excelente para absorver; na mucosa retal, somente 1/3 do medicamento vai para o fígado (para ser metabolizada), outros 2/3 caem na circulação que vai para a veia cava, esse medicamento fica livre da primeira passagem; primeira passagem: ao longo do intestino há vasos que formam o sistema porta, circulação porta, que leva a droga para o fígado; se no fígado existir enzimas que destroem a droga, boa parte da droga vai ser metabolizada = fenômeno de primeira passagem, perdendo seu efeito; existem drogas que são tão destruídas que é impossível administrar por via oral, tem que ser injetável; nem todo medicamento pode ser dado por via oral, pois consegue atravessar membranas mas é destruído no fígado; os fenômenos de primeira passagem ocorrem também no intestino, mas é um fenômeno menor, o mais principal é o hepático; em alguns pacientes com doenças hepáticas graves, consegue-se absorção ideal oral, pois as enzimas do fígado não estão sendo produzidas; 
Glicose fora da veia é extremamente irritante para os músculos, pode causar necrose; 
Outro local de absorção: trato respiratório, é um local bom de absorção, semelhante ao intestino delgado; tem grande superfície de absorção; mucosa alveolar que absorve; é um tecido ricamente vascularizado; partículas com diâmetro abaixo de 10 micrometros; 
Tecido subcutâneo e muscular: o tecido muscular é mais vascularizado; o músculo em humanos tem 2500 capilares/mm²; capilares linfáticos também podem absorver, contudo absorve menos que vasos sanguíneos; drogas que fazem difusão simples e filtração são melhores absorvidas; a velocidade de absorção depende do tamanho molecular (droga lipoinsolúvel); depende também da riqueza vascular e calibre dos vasos; injeção intramuscular profunda: músculos profundos são menos inervados, e o calibre dos vasos é maior = absorve melhor; aplicação muscular tem que ser profunda; músculo ideal é músculo profundo; 
Pele: não é local de absorção, mas infelizmente às vezes absorve; animal com sarna, a pele não é íntegra, tem lesões, essa pele não protege, ela absorve; a pele íntegra não é uma boa área de absorção; geralmente quando se passa um medicamento na pele, é pq ele deve ficar na pele; 
Mucosa geniturinária: não é boa para absorver; medicamentos que são colocados nela é pra ficar nela;
Peritônio: já foi muito usada como área absortiva, é excelente, se iguala à intravenosa; atualmente não se usa, pois os riscos de peritonite são elevados; deve-se evitar;
Medula óssea: também é muito boa, pode substituir a via venosa; injetar pela medula óssea é similar a injetar intravenoso; utilizado em filhotes de raça pequena, gatos por exemplo; dá para atravessar o tecido ósseo; no filhote é mais eficiente que em animal adulto ou velho, pois animal velho tem gordura na medula; geralmente é feito no osso fêmur; 
Vias de administração
Via oral: pode ser usada para efeito sistêmico ou tópico; se eu der um vermífugo, para vermes que são somente intestinais, o vermífugo é tópico, o vermífugo não sai do intestino, ele passa pelo intestino e age naquele local; em uma infecção intestinal é bom utilizar antibióticos tópicos, que não causem toxicidade para o animal; fatores que interferem: motilidade gastrointestinal, podendo ser que a droga é eliminada antes dela ser absorvida (animal com diarreia por exemplo); se a motilidade estiver muito diminuída, a droga pode intoxicar, vai absorver muito; presença de alimento: tem drogas que precisam que o estômago esteja cheio para ser absorvida, outras precisam que o animal esteja em jejum; certos alimentos atrapalham a absorção; as tetraciclinas em geral não podem ser administradas com cálcio, pois o cálcio se associa a elas e é eliminado sem absorver; a espécie animal também interfere; há várias drogas que são utilizadas em ruminantes que são utilizadas somente enquanto são filhotes, e não estão utilizando o rúmen; é uma das melhores pois é a mais fisiológica;
Via retal: não passa pelo fígado, é excelente; a absorção é irregular e incompleta, pois os animais tendem a defecar, reflexo de defecação; evita parcialmente a primeira passagem; 
Via intravenosa: tem que fazer antissepsia; o efeito é imediato, pois não há absorção, pula essa fase; evita fatores que interferem na absorção, pois a droga já foi injetada diretamente na circulação; exige aplicação lenta, mesmo em grandes animais (lento proporcionalmente ao tamanho do animal); permite substancias hipertônicas e irritantes, como glicose, potássio; potássio fora da veia também é necrosante; permite infusão de grandes volumes: às vezes não dá para injetar um grande volume no músculo ou no subcutâneo; posso infundir no sangue de um animal o volume de sangue que ele tem; útil nas emergências; só pode ser usado solução, suspensão jamais, pois causa êmbolo; pode promover flebite: está muito ligado a anti-sepsia; flebite = inflamação de veia, é grave, pode obstruir a veia e ela não funcionar mais; pode inflamar a veia, soltar coágulos de inflamação; 
Via muscular: injetar profundamente no músculo; o tempo para absorção depende da formulação da droga; permite o uso de suspensão ou depósito (mais comum subcutânea); pode causar dor e necrose no músculo; 
Via subcutânea: somente fármacos não irritantes e isotônicos; é muito usada para implante de pellets; a absorção é lenta; 
Via intra-arterial: é pouco utilizada na medicina veterinária; geralmente é para injetar contrastes e antineoplásicos; 
Via intraperitoneal:solução isotônica e não irritante; permite grande volume de líquido; existe risco de peritonite; evitar;
Via tópica e transdérmica: estrato córneo (mais superficial, mais presente em unhas e calos), epiderme e derme; a vascularização da derme pode promover efeito sistêmico; anexos (cascos, glândulas e folículos pilosos); conduto auditivo externo; inalação ou vaporização, que não vai ser absorvido, é tópico; se faço uma inalação para descongestionar e absorve, é indesejável;vagina e útero é tópico, o que absorve é indesejável; 
Via oftálmica: pode ser tópica ou sistêmica; injeção subconjuntival ou retrobulbar pode ter efeito sistêmico; colírios geralmente são tópicos; 
Via intratecal: é para fazer efeito no SNC; são drogas que não atravessam a barreira hematoencefálica; é aplicada entre a membrana aracnoidea e a pia-máter, é onde há o líquido cefalorraquidiano; a via intratecal pode ser chamada de subaracnóidea ou raquidiana; anestesia para cirurgias mais profundas;
Via peridural ou epidural: espaço virtual entre dura-máter e osso; há a anestesia peridural, ela mantém a sensibilidade tátil, só tira a sensibilidade dolorosa, é a anestesia utilizada em cesáreas;
Via intra-óssea: a absorção é utilizada pela medula óssea;
Via intra-cardíaca: se eu quero injetar um medicamento em um animal que está com parada cardíaca, não adianta fazer IV pois o coração não está batendo, tem que ser direto no coração, ventrículo esquerdo geralmente;
Biodisponibilidade
É a porção inalterada da droga que chega à circulação sistêmica; se eu injetar na veia 100mg, vai ter na circulação sistêmica 100mg, eu já estou injetando na circulação sistêmica; na via venosa, a biodisponibilidade é 100%; qualquer outra via, na grande maioria dos casos, não tem biodisponibilidade de 100%; a via oral é uma das vias onde mais se perde a droga; 
Fatores que podem interferir na biodisponibilidade: propriedades físico-quimicas da droga, uma droga ácida é melhor absorvida se o animal estiver em jejum, a droga ioniza menos; forma farmacêutica: se a prensa do comprimido foi maior, a absorção pode ser menor; via de administração: se eu mudar a vida de administração não vai funcionar; passagem pelo fígado: diminui a disponibilidade, há drogas que não podem ser administradas por via oral; características do paciente: às vezes o paciente tem uma motilidade gástrica maior, ou um pH gástrico um pouco diferente; 
Meia vida: é diferente de vida média; é o tempo gasto para a concentração sanguínea da droga reduzir-se à metade; é muito importante pois ajuda a determinar a posologia do medicamento, quantos mg e de quanto em quanto tempo ele será administrado; a meia vida utilizada é a de eliminação e não a de distribuição; há uma queda natural, que é a de distribuição para os tecidos, a considerada é a de eliminação; determina o regime posológico (quantos mg de tanto em tanto tempo) e a duração do efeito farmacológico; a eliminação total da droga é de 4 a 6 meias vidas; 
Droga que tem cinética de primeira ordem, a meia vida é constante; cinética de ordem 0 a meia vida é variável; na cinética de primeira ordem, se tenho 100 moléculas, para cair para 50 (chegar na meia vida), demoram 2h, agora tem 50, para cair para 25, demora 2h também; a de ordem 0, se há 100 moléculas, a célula tem 40 receptores, vai demorar 2h, mas quando tem só 50, para cair para 25 vai demorar menos tempo;

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