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contabilidade gerencial

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Prévia do material em texto

CONTABILIDADE 
GERENCIAL
Professor Me. Silvio César de Castro
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Direção Pedagógica
Kátia Coelho
Coordenação de Pós-Graduação, 
Extensão e Produção de Materiais
Renato Dutra
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nalva Aparecida da Rosa Moura
Design Educacional
Nádila de Almeida Toledo 
Camila Zaguini Silva
Fernando Henrique Mendes 
Rossana Costa Giani 
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Editoração
André Morais de Freitas
Humberto Garcia da Silva
Revisão Textual
Jaquelina Kutsunugi, Keren Pardini, Maria 
Fernanda Canova Vasconcelos, Nayara 
Valenciano, Rhaysa Ricci Correa e Susana 
Inácio
Ilustração
Robson Yuiti Saito
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância:
 Contabilidade Gerencial. Silvio César de Castro. 
 Maringá - PR, 2014. 
 172 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Contabilidade 2. Gerencial. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 657
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca 
por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma 
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar – 
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir 
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a 
educação de qualidade nas diferentes áreas do 
conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais 
e sociais; a realização de uma prática acadêmica 
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e 
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela 
qualidade e compromisso do corpo docente; 
aquisição de competências institucionais para 
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade 
da oferta dos ensinos presencial e a distância; 
bem-estar e satisfação da comunidade interna; 
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de 
cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quan-
do investimos em nossa formação, seja ela pessoal 
ou profissional, nos transformamos e, consequente-
mente, transformamos também a sociedade na qual 
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capa-
zes de alcançar um nível de desenvolvimento compa-
tível com os desafios que surgem no mundo contem-
porâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialó-
gica e encontram-se integrados à proposta pedagó-
gica, contribuindo no processo educacional, comple-
mentando sua formação profissional, desenvolvendo 
competências e habilidades, e aplicando conceitos 
teóricos em situação de realidade, de maneira a inse-
ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais 
têm como principal objetivo “provocar uma aproxi-
mação entre você e o conteúdo”, desta forma possi-
bilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação pes-
soal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cres-
cimento e construção do conhecimento deve ser 
apenas geográfica. Utilize os diversos recursos peda-
gógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possi-
bilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente 
Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e en-
quetes, assista às aulas ao vivo e participe das discus-
sões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de 
professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
Professor Me. Silvio César de Castro
Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de 
Maringá (1998), pós-graduação em MBA-Finanças pela Unicesumar - 
Centro Universitário Cesumar (2000) e mestrado em Administração com 
concentração em Gestão de Negócios pela Universidade Estadual de Maringá 
(2006).
A
U
TO
RE
S
Seja bem-vindo(a)!
Olá, prezado(a) acadêmico(a)! Seja bem-vindo(a) ao livro de Contabilidade Gerencial. 
Pelo fato deste livro ter sido organizado especialmente para o seu estudo, procuro aqui 
mostrar qual é a melhor maneira para estudá-lo, e desta forma lhe proporcionar maior 
aproveitamento. 
Eu sou o professor Me. Silvio César de Castro, trabalho junto à Unicesumar no ensino da 
contabilidade há mais de dez anos e fiquei imensamente feliz em poder construir este 
material para nossos alunos. Essa satisfação se dá tendo em vista que com isso tive a 
liberdade de incorporar todos os aspectos que acredito serem importantes aos nossos 
acadêmicos em relação ao ensino da contabilidade.
Agora faço um breve relato, para facilitar o entendimento da obra por você, acadêmi-
co(a) leitor(a). 
Na unidade I, chamada Da Contabilidade: Aspectos Introdutórios e Patrimônio Contábil, 
procurei introduzir os aspectos básicos e conceituais da contabilidade geral, focando 
sua função principal, que é evidenciar a informação necessária para a tomada de deci-
são, ou seja, para a gestão do negócio. Por isso, iniciei o assunto com o tópico Contabili-
dade e seu posicionamento científico, demonstrando que a contabilidade é uma ciência 
social com objeto de estudo e objetivos próprios, assim como mencionamos o seu cam-
po de atuação. Trabalhamos também nas questões com os princípios contábeis, dando 
foco ao regime da competência. Foram tratados também os aspectos relacionados aos 
atributos da informação contábil, que podem inclusive ser ampliados a qualquer tipo de 
informação utilizada para a tomada de decisão. Ou seja, a Informação Contábil, elencan-
do os usuários e os principais atributos da informação contábil.
Em relação ao Patrimônio Contábil, inserimos subsídios relacionados ao objeto de estu-
do da contabilidade, o patrimônio. Dessa forma, iniciamos primeiramente com a defini-
ção e conceitos do Patrimônio Contábil, que se refere ao patrimônio da própria empresa 
dividido em bens, direitos e obrigações. Junto a isso, será discorrido de forma introdutó-
ria aquilo que será foco da próxima unidade, ou seja, o Balanço Patrimonial. 
Portanto, nosso propósito nessa unidade é que você compreenda as bases da contabili-
dade e a sua função de apoio à gestão.Na unidade II, denominada de Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultado do 
Exercício, serão apresentados os dois principais relatórios da contabilidade. Primeira-
mente, explicarei de forma detalhada, porém simples e bem ilustrada, como é constitu-
ído o balanço patrimonial de uma entidade por meio de seus respectivos grupos: Ativo 
e Passivo. Os prazos de classificação e sua estrutura de apresentação e também apro-
fundaremos nos subgrupos que compõem os grupos do Ativo e do Passivo, focando na 
liquidez e nos prazos. 
Será apresentado um importante aspecto, o das origens e aplicações de recursos, de-
monstrando de onde vêm e onde são utilizados os recursos das entidades, os quais são 
a base e princípio do Balanço Patrimonial. Utilizamos também a metodologia de ba-
APRESENTAÇÃO
CONTABILIDADE GERENCIAL
APRESENTAÇÃO
8 - 9
lanços sucessivos com o propósito de evidenciar a você como se forma o balanço 
patrimonial de uma empresa e sua variação após qualquer evento ou fato ocorrido 
na empresa.
Em relação ao Demonstrativo de Resultado do Exercício, poderemos verificar que 
a finalidade principal é demonstrar o lucro ou prejuízo que a empresa auferiu em 
um determinado período. Neste ponto, falamos também sobre Receitas, Despesas, 
Custos e Impostos e a consequente formação do resultado da empresa.
O propósito da apuração do resultado está ligado à eficiência econômica da empre-
sa, por isso, esta demonstração não tem finalidade financeira, ou seja, compor um 
fluxo de caixa, das entradas e saídas de dinheiro no período. 
Desta forma, essa unidade tem o objetivo de fazer com que você compreenda a 
importância, a estrutura e os itens que compõem esses dois importantes relatórios 
oferecidos pela contabilidade.
Na unidade III, chamada de Ativo Permanente: Imobilizado, nos aprofundaremos 
em um dos grupos do Ativo do Balanço Patrimonial, que contém os bens que têm 
a finalidade de gerar receitas futuras. É o grupo que compõe os bens físicos da em-
presa: imóveis, veículos, equipamentos, maquinários, benfeitorias, ou seja, a infraes-
trutura da entidade.
A finalidade deste aprofundamento é entendermos um pouco dos ajustes que a 
contabilidade faz ao patrimônio, especificamente, as perdas de valor decorridas por 
uso, obsolescência ou ação da natureza.
Discorremos sobre os conceitos da Amortização em geral, os cálculos para chegar 
a estes valores e os percentuais definidos na legislação fiscal sobre os limites para 
estas reduções, que têm como contrapartida reduzir o resultado, ou seja, são custos 
ou despesas.
Citamos exemplos para a depreciação, exaustão e amortização, e seus respectivos 
cálculos.
Atrelado a isto, também investimos um espaço para falar sobre o controle de bens, 
que são formulários destinados a descrever a “vida” destes, desde sua aquisição, 
amortização e venda, se for o caso.
Na unidade IV, Contabilidade de Custos: Controles Gerenciais, é tratado de um as-
sunto importantíssimo para a Contabilidade Gerencial, devido à sua respectiva im-
portância para a gestão de um negócio, que é a conhecimento dos elementos que 
compõem o custo de produtos e serviços.
A grande importância deste assunto está no fato de que custos estão diretamente 
relacionados a gastos na produção, que por sua vez, influenciam a apuração da mar-
gem bruta do produto.
Abordamos nessa unidade itens como terminologias, classificação e os elementos/
APRESENTAÇÃO
8 - 9
insumos que são considerados custos.
A unidade V apresenta um tema muito discutido na gestão de custos das empresas, 
pois a maior dificuldade quando se fala em acumular custos a um produto é o rateio 
dos custos indiretos, ou seja, aqueles que não têm uma relação diretamente pro-
porcional à produção. Aí entram os critérios de rateio. Veremos instrumentos que 
auxiliarão na tomada de decisão no que se refere à produção e ao produto. Conhe-
ceremos, também, a formação da margem de contribuição, isto é, o quanto cada 
produto contribui para que a empresa possa arcar com os seus gastos fixos. 
Na sequência, entenderemos como encontramos o ponto de equilíbrio. Você já pa-
rou para pensar em qual fase de um mês, ou em qual mês (no caso especifico da 
agricultura e pecuária) o empresário sabe que sua empresa tem condições de pagar 
seus gastos fixos, e daí o que vier é lucro?
Vamos conhecer também os pontos de equilíbrio contábil, financeiro e econômico, 
que têm o mesmo princípio, mas peculiaridades distintas.
Bom, é isso, caro(a) acadêmico(a)! Esperamos que esta iniciação ao conhecimento 
da contabilidade seja de grande valia para sua vida profissional. 
Qualquer dúvida, estarei à disposição juntamente com nossa equipe.
10 - 11
SUMÁRIO
10 - 11
UNIDADE I
CONTABILIDADE: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
17 Introdução
18 Objetivos, Objeto e Campo de Atuação da Contabilidade 
28 Usuários da Informação Contábil 
30 Atributos da Informação Contábil 
33 Patrimônio Contábil 
37 Considerações Finais 
UNIDADE II
BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO 
EXERCÍCIO
47 Introdução
48 Balanço Patrimonial 
49 Ativo 
49 Passivo 
49 Patrimônio Líquido 
51 PL=Ativo-Passivo Exigível 
52 Prazos no Balanço Patrimonial 
54 Origens E Aplicações 
56 Balanço Patrimonial: Grupo de Contas 
56 Estrutura Patrimonial 
57 Ativo 
SUMÁRIO
12 - 13
58 Ativo Circulante 
59 Ativo não Circulante 
61 Passivo 
63 Contas Dedutivas, Redutoras ou Retificadoras 
66 Balanços Sucessivos 
68 Apresentação da Metodologia 
70 Introdução 
71 Demonstrativo de Resultado do Exercício 
71 Custos 
72 Despesas 
76 Forma de Preparação do DRE 
80 Comentários Sobre os Itens que Compõem a DRE 
88 Considerações Finais 
UNIDADE III
ATIVO PERMANENTE: IMOBILIZADO
101 Introdução
102 Ativo Permanente 
102 Depreciação 
108 Exaustão 
109 Controle de Bens 
114 Considerações Finais 
SUMÁRIO
12 - 13
UNIDADE IV
CONTABILIDADE DE CUSTOS: CONTROLES GERENCIAIS
121 Introdução
121 Conceitos e Terminologias Utilizadas na Contabilidade de Custos 
122 Gastos 
125 Investimentos 
125 Receitas 
126 Perdas 
126 Desembolso 
126 Classificação dos Gastos 
127 Gastos Fixos (Despesas / Custos Fixos) 
129 Gastos Variáveis (Despesas / Custos Variáveis) 
130 Gastos Diretos (Despesas / Custos Diretos) 
132 Gastos Indiretos (Despesas / Custos Indiretos) 
133 Elementos de Custos 
134 Matéria-Prima/Materiais 
134 Mão de Obra 
137 Custos Indiretos de Fabricação 
137 Considerações Finais 
SUMÁRIO
14 - PB
UNIDADE V
CONTABILIDADE DE CUSTOS: ASPECTOS DECISÓRIAIS
143 Introdução
143 Rateio dos Custos Indiretos de Fabricação – CIFS 
146 Métodos de Custeio 
147 Custeio por Absorção 
152 Custeio Variável 
156 Margem de Contribuição 
159 Ponto de Equilíbrio 
160 Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) 
161 Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) 
162 Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) 
165 Considerações Finais 
169 Conclusão
171 Referências
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Professor Me. Silvio César de Castro
CONTABILIDADE: ASPECTOS 
INTRODUTÓRIOS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conhecer a Contabilidade por meio do seu posicionamento 
científico.
 ■ Averiguar os objetivos, objeto e campo de atuação da Contabilidade.
 ■ Distinguir os Usuários da Contabilidade.
 ■ Tomar conhecimento dos Atributos da Informação Contábil.
 ■ Identificar o Conceito de Patrimônio Contábil.
 ■ Averiguar os itens do Ativo: bens direitos.
 ■ Averiguar os itens do Passivo ou obrigações.
 ■ Conhecer o Patrimônio Líquido.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Reconhecer a Contabilidade como ciência social
 ■ Conhecer o objetivo da Contabilidade e sua abrangência■ Identificar os usuários da Contabilidade e os atributos da informação 
contábil
 ■ Compreender os elementos que compõem o patrimônio contábil
 ■ Classificar os itens entre ativo, passivo e patrimônio líquido
16 - 17
INTRODUÇÃO
Tem-se percebido que a maioria das pessoas que nunca tiveram contato com a 
literatura a respeito da Contabilidade julga-a como uma ciência exata. No entanto, 
tendo a contabilidade objeto próprio de estudo – o patrimônio das entidades (pes-
soas físicas e jurídicas), que o examina de forma mais intensa qualitativamente, 
buscando descrever e explicar as mutações patrimoniais, do que quantitativa-
mente, faz com a mesma seja considerada como uma ciência social.
Nesse sentido, esta unidade tratará dos objetivos, objeto e campo de atuação 
da contabilidade, bem como dos seus princípios, que são regidos pelo Conselho 
Federal de Contabilidade.
É de suma importância também o conhecimento dos atributos da informa-
ção contábil, bem como dos tipos de usuários da informação contábil e o foco 
que cada um deles tem em relação à demanda de informações que a contabili-
dade proporciona.
Por fim, teremos a apresentação de como se constitui o patrimônio contábil, 
com ênfase na origem a aplicações de recursos de uma organização.
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Introdução
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CONTABILIDADE: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
OBJETIVOS, OBJETO E CAMPO DE ATUAÇÃO DA 
CONTABILIDADE
A Contabilidade é conside-
rada um sistema com objetivo 
de fornecer informações a 
uma gama de usuários. As 
informações são elaboradas 
com base no objeto de estudo 
da Contabilidade, ou seja, o 
patrimônio das entidades. Em 
relação ao patrimônio, que 
será objeto de estudo mais 
adiante, pode-se informar 
A Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade, em seu apêndi-
ce, descreve que:
Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consis-
te em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições 
de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhan-
te às demais ciências sociais. A Resolução alicerça-se na premissa de que a 
Contabilidade é uma Ciência Social com plena fundamentação epistemoló-
gica. Por consequência, todas as demais classificações – método, conjunto 
de procedimentos, técnica, sistema, arte, para citarmos as mais correntes 
– referem-se a simples facetas ou aspectos da contabilidade, usualmente 
concernentes à sua aplicação prática, na solução de questões concretas.
O patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, da 
Economia, da Administração e do Direito – que, entretanto, o estudam sob 
ângulos diversos daquele da contabilidade, que o estuda nos seus aspec-
tos quantitativos e qualitativos. A contabilidade busca, primordialmente, 
apreender, no sentido mais amplo possível, e entender as mutações sofridas 
pelo patrimônio, tendo em mira, muitas vezes, uma visão prospectiva de 
possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da ação do homem, 
quanto, embora quase sempre secundariamente, dos efeitos da natureza 
sobre o patrimônio.
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Objetivos, Objeto e Campo de Atuação da Contabilidade
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por hora que são os bens os diretos e as obrigações de cunho financeiro, ou seja, 
mensuráveis em moeda corrente, das entidades (FIPECAFI, 2000).
Essas informações a respeito do patrimônio são disponibilizadas em forma de 
relatórios/demonstrações, impressas ou não, podendo ser analisadas pelos usuá-
rios sob a ótica financeira, econômica e de produtividade, entre outros aspectos da 
entidade em questão, e têm como objetivo a tomada de decisões (FIPECAFI, 2000).
Nesse contexto, a Contabilidade Gerencial é um dos segmentos da contabili-
dade geral ou financeira que se relaciona mais ao registro, controle e gerenciamento 
do patrimônio das organizações. A contabilidade gerencial visa avaliar financei-
ramente a empresa, controlar e levantar custos, orçamentos, ou seja, de forma 
geral, tem um enfoque voltado para a emissão de relatórios gerenciais. Os seguin-
tes aspectos organizacionais são englobados pela contabilidade gerencial:
 ■ Contabilidade de Custos Industriais.
 ■ Sistema Orçamentário.
 ■ Fluxos de Caixa e Orçamentos de caixa da empresa.
 ■ Avaliação financeira e de resultados segmentada.
Auxiliar a gerência na tomada de decisões é o objetivo principal da contabilidade 
gerencial. A identificação dos fatos contábeis e sua quantificação para estabelecer 
as diretrizes a serem adotadas pelos administradores devem acompanhar passo 
a passo o cotidiano empresarial. Nesse sentido, compete ao contador gerencial 
evidenciar aquilo que é relevante ou irrelevante para ser objeto de análise, aliás, 
a simples aglomeração de dados é algo extremamente simples de se obter através 
dos atuais sistemas de informações computacionais. A relevância da contabilidade 
gerencial reside na identificação daquilo que realmente vai fazer a diferença nas 
decisões das empresas, por exemplo: fabricar um bem ou adquirir de terceiros, 
deixar de produzir uma linha de produtos, terceirizar, enfim, cabe ao contador 
atuar para subsidiar o modelo para a decisão entre diferentes linhas de ação.
Nesse sentido, os campos de atuação da Contabilidade são
[...] entidades econômico-administrativos, assim chamadas aquelas 
que, para atingirem seu objetivo, seja econômico ou social, utilizam 
bens patrimoniais e necessitam de um órgão administrativo, que pra-
20 - 21
CONTABILIDADE: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
tica atos de natureza econômica necessários aos seus fins (SILVÉRIO 
VICECONTI, 2000, p.2).
Ou seja, podem ser organizações, associações, pessoas físicas, o Estado (prefeituras, 
por exemplo) etc, que possuem algum patrimônio e o utilizam economicamente 
no mercado em que atuam para atingir seus objetivos.
De acordo com Marion(2009), todas as pessoas que tenham a necessidade 
de informações contábeis, ou quando se fala contabilidade é para essa ou outra 
pessoa, temos uma entidade contábil. Isso pode ocorrer para pessoas físicas ou 
jurídicas (organizações).
Diante do exposto, pode-se afirmar que os objetivos da contabilidade são:
 ■ Proceder ao registro da estrutura societária da organização, bem como 
alterações futuras.
 ■ Registrar, analisar e controlar o patrimônio das entidades.
 ■ Gerar informações para tomada de decisão da administração.
 ■ Gerar informações para terceiros com vínculo de interesse para com o 
empreendimento (acionistas, investidores, fornecedores, governo etc.).
Silva(2002) afirma que a Contabilidade pode ser estudada de modo geral (para 
todas as empresas) ou em particular (aplicada em certo ramo de atividade ou 
setor da economia). Assim, no estudo da Contabilidade, pode-se enfocar, den-
tre outros, os seguintes ramos:
 ■ Contabilidade Comercial e de Serviços.
 ■ Contabilidade Industrial
 ■ Contabilidade Bancária.
 ■ Contabilidade Hospitalar.
 ■ Contabilidade Pública.
 ■ Contabilidade Agropecuária.
 ■ Contabilidade Securitária.
 ■ Contabilidade de Transporte (rodoviário, marítimo, aéreo).
 ■ Contabilidade das Pessoas Físicas e Atividade Rural.
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Objetivos, Objeto e Campo de Atuação da Contabilidade
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 ■ Contabilidade de Autônomos.
Nesse ponto, é importante relatar que a contabilidade, independentemente de 
sua aplicação e especialização, é regida por meio de princípios. A resolução 
do Conselho Federal de Contabilidade nº750 de 29/12/1993, atualizada pela 
Resolução CFC 1.282/2010, dispõe sobre tais princípios.
RESOLUÇÃO CFC Nº 750/93 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1993
DISPÕE SOBRE OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC). (Redação dada pela Re-
solução CFC nº. 1282/10).
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições le-
gais e regimentais, CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação 
apropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileiras de Contabilida-
de, (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10).
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA
Art. 1º. Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta 
Resolução.
§ 1º. A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da 
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Conta-
bilidade (NBC).
§ 2º. Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a 
essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação 
dada pela Resolução CFC nº. 1282/10).
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO
Art. 2º. Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predo-
minante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à 
Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patri-
mônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10).
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela  Resolução CFC nº. 
1282/10):
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CONTABILIDADE: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
I) o da ENTIDADE;
II) o da CONTINUIDADE;
III) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1282/10);
VI) o da COMPETÊNCIA; e
VII) o da PRUDÊNCIA.
SEÇÃO I
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art. 4º. O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Con-
tabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de 
um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independente-
mente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou 
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por 
consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos 
seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta 
em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
SEÇÃO II
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Art. 5º. O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes 
do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução 
CFC nº. 1282/10).
SEÇÃO III
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apre-
sentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e 
tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na di-
vulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por 
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10).
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SEÇÃO IV
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 7º. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componen-
tes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das 
transações, expressos em moeda nacional.
§ 1º. As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e 
combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pa-
gos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são 
entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos 
valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas 
circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão 
necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componen-
tes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos se-
guintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equiva-
lentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes 
fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os pas-
sivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não des-
contados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período 
das demonstrações contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os 
passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não des-
contados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obriga-
ções no curso normal das operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo 
futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso 
normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, 
descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário 
para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liqui-
dado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favo-
recimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda 
nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamen-
to da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
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CONTABILIDADE: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
I
§ 2º. São resultantes da adoção da atualização monetária:
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não represen-
ta unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações 
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim 
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes 
patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o 
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de 
indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo 
da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1282/10).
(O artigo 8º, seu § único, e os incisos I, II e III,que tratavam do Princípio da Atuali-
zação Monetária, foram revogados pela Resolução CFC nº. 1282/10).
SEÇÃO VI  - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Art. 9º. O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independen-
temente do recebimento ou pagamento. 
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da 
confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolu-
ção CFC nº. 1282/10).
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresen-
tem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimo-
niais que alterem o patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau 
de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas 
condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superes-
timados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior 
confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes 
patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10).
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Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas 
alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 e, 
quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1282/10).
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor a 
partir de 1º de janeiro de 1994.
Brasília, 29 de dezembro de 1993.
Contador IVAN CARLOS GATTI
Publicada no Diário Oficial da União de 31.12.1993.
Quadro1: Resolução CFC 750/93 - Princípios de Contabilidade
Fonte: Brasil (1993)
A resolução CFC 750/93 apresenta do princípio da competência como sendo o 
utilizado pela contabilidade, tendo em vista que existe também o regime de caixa. 
A seguir, vamos trabalhar um pouco com as diferenças práticas desses dois regi-
mes. Isso é de extrema importância no estudo da contabilidade. Mesmo porque 
os relatórios contábeis são apresentados com base no regime de competência, 
logo, não podem ser confundidos com o regime de caixa.
a. Regime de competência: As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultanea-
mente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento 
ou pagamento.
b. Regime de caixa: É o regime contábil que apropria as receitas e despesas 
no período de seu recebimento ou pagamento (embolso ou desembolso), 
respectivamente, independentemente do momento em que são realizadas.
A despesa só é considerada no regime de caixa quando for paga, independente 
do momento que esta foi realizada. O que se considera aqui é o momento do 
pagamento, da saída do dinheiro do caixa ou conta bancária.
Exemplo:
Vamos supor que a assinatura semestral de um jornal custou $ 120,00 e esta 
quantia foi paga para a editora em quatro vezes sem juros de $ 30,00. No regime 
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de caixa, especificamente no fluxo de caixa, os valores pagos serão considerados 
e agendados no momento em que ocorrerá seu pagamento, ou seja, $ 30,00 por 
mês. Já no regime de competência, a despesa deverá ser apropriada $ 20,00 por 
mês perfazendo um total de $ 120,00 (período seis meses de assinatura), inde-
pendente de como ela foi paga.
JunMaiAbrMarFevJan
Veja como ficaria o lançamento dessa transação pelo regime de caixa:
$ 0$ 0$ 30$ 30$ 30$ 30
Veja como ficaria o lançamento dessa transação pelo regime de competência:
$ 20$ 20$ 20$ 20$ 20$ 20
A receita só é considerada no regime de caixa quando for recebida, indepen-
dente do momento que esta foi realizada. O que considera aqui é o momento 
que foi recebida e não o momento em que foi efetuado o negócio e emitido a 
nota fiscal de venda. Lembrando, a contabilidade trabalha com o regime de 
competência.
Havendo a venda de um bem para pagamento futuro, ou seja, uma venda a 
prazo, no regime de caixa a receita só será considerada quando for recebida, ou 
seja, no dia que a parcela correspondente for quitada pelo cliente. Esse agenda-
mento do recebimento da parcela será efetuado junto ao fluxo de caixa. Já no 
regime de competência, a receita é considerada receita ganha no momento da 
negociação, ou seja, o total da emissão da nota fiscal de venda, independente do 
momento que será paga.
Exemplo:
Na venda de mercadorias a prazo no mês de janeiro no valor de $ 200,00, 
sendo o recebimento em quatro parcelas iguais de $ 50,00, sendo uma parcela 
àvista e as demais três parcelas nos próximos meses, veja como ficaria:
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Lançamento dessa transação pelo regime de caixa:
$ 0$ 0$ 50$ 50$ 50$ 50
Lançamento dessa transação pelo regime de competência:
$ 0$ 0$ 0$ 0$ 0$ 200
Veja que nesse caso da venda, como supostamente a mercadoria sai da 
empresa no momento da venda, ou seja, ela deixa o patrimônio da empresa, ela 
é contabilizada em sua totalidade no primeiro mês. Resumindo:
• Independente do fato gerador, ou negociação.
Interessa saber quando do recebimento ou
pagamento (embolso/desembolso)
• Efetuado pelo Fluxo de caixa
Regime de
caixa
• Independente do Recebimento ou pagamento.
O que interessa é quando foi efetuada a 
negociação. O que é considerado é o quando
ocorreu o fato gerador, emissor de notas �scais
• Efetuado pelo DRE-Demonstrativo de Resultado
Regime de
competência
Figura 1: Regime de caixa X Regime de competência
Fonte: O autor 
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CONTABILIDADE: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Anteriormente foi informado que as informações contábeis são destinadas aos 
usuários para tomada de decisões.
Os usuários
[...] compreendem todas as pessoas físicas e jurídicas que, direta ou 
indiretamente, tenham interesse na avaliação da situação e do desen-
volvimento da entidade, como titulares (empresas individuais), sócios 
acionistas, administradores, governo (fisco), fornecedores, bancos etc. 
(SILVA, 2002, p.3).
No entanto, verifica-se que pode existir uma variedade de usuários com necessi-
dades de informações específicas. Nessa variedade, existem dois grupos distintos: 
internos e externos. A Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade 
conceitua: 
Os usuários internos incluem os administradores de todos os níveis, 
que usualmente se valem de informações mais aprofundadas e espe-
cíficas acerca da Entidade, notadamente aquelas relativas ao seu ciclo 
operacional.
Segundo Miranda, 2002 usuários internos são todas as pessoas ou grupos de 
pessoas relacionadas com a empresa e que têm facilidade de acesso às informa-
ções contábeis, tais como:
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Usuários da Informação Contábil
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 ■ Gerentes:para a tomada de decisões.
 ■ Funcionários: com interesse em pleitear melhorias.
 ■ Diretoria: para a execução de planejamentos organizacionais.
O usuário interno principal da informação contábil é a alta administração, que 
pela proximidade à Contabilidade, pode solicitar a elaboração de relatórios e 
demonstrativos de acordo com suas necessidades específicas, auxiliando-lhes 
na gestão do negócio. Os relatórios específicos podem, além de abranger quais-
quer áreas de informação (fluxo financeiro, disponibilidades, contas a pagar, 
contas a receber, aplicações financeiras, compra e vendas no dia ou no período 
e os gastos gerais de funcionamento), ser elaborados diariamente ou em curtos 
períodos de tempo (semana, quinzena, mês etc.), de acordo com as necessida-
des administrativas.
Os usuários externos concentram suas atenções, de forma geral, em aspec-
tos mais genéricos, expressos nas demonstrações contábeis.
Para Miranda (2002), os usuários externos são todas as pessoas ou grupos 
de pessoas sem facilidade de acesso direto às informações, mas que as recebem 
de publicações das demonstrações pela entidade, tais como:
 ■ Bancos: interessados nas demonstrações financeiras a fim de analisar a 
concessão de financiamentos e medir a capacidade de retorno do capi-
tal emprestado.
 ■ Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa para poder 
atuar no mercado.
 ■ Governo: que necessita obter informações sobre as receitas e as despe-
sas para poder atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua 
parcela de tributação.
 ■ Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para poder 
continuar ou não as transações comerciais com a entidade, além de medir 
a garantia de recebimento futuro.
 ■ Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de 
que seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo acordado.
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CONTABILIDADE: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Como a Resolução Nº 785/95 do Conselho Federal de Contabilidade, que aprova 
a NBC T 1 (Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas) – Características 
da Informação Contábil, descreve de forma completa sobre os seus atributos e 
características, a mesma encontra-se reproduzida em parte a seguir:
DOS ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
1.3.1 – A informação contábil deve ser, em geral e antes de tudo, veraz 
e equitativa, de forma a satisfazer as necessidades comuns a um grande 
número de diferentes usuários, não podendo privilegiar deliberadamente 
a nenhum deles, considerado o fato de que os interesses destes nem sem-
pre são coincidentes.
1.3.2 – A informação contábil, em especial aquela contida nas demons-
trações contábeis, notadamente as previstas em legislação, deve propiciar 
revelação suficiente sobre a entidade, de modo a facilitar a concretização 
dos propósitos do usuário, revestindo-se de atributos, entre os quais, são 
indispensáveis os seguintes: 
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Atributos da Informação Contábil
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 ■ confiabilidade;
 ■ tempestividade;
 ■ compreensibilidade; e
 ■ comparabilidade.
1.4 – DA CONFIABILIDADE
1.4.1 – A confiabilidade é atributo que faz com que o usuário aceite a 
informação contábil e a utilize como base de decisões, configurando, 
pois, elemento essencial na relação entre aquele e a própria informação.
1.4.2 – A confiabilidade da informação fundamenta-se na veracidade, 
completeza e pertinência do seu conteúdo. 
§ 1º A veracidade exige que as informações contábeis não contenham erros 
ou vieses, e sejam elaboradas em rigorosa consonância com os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade 
e, na ausência de norma específica, com as técnicas e procedimentos res-
paldados na ciência da contabilidade, nos limites de certeza e previsão 
por ela possibilitados.
§ 2º A completeza diz respeito ao fato de a informação compreender todos 
os elementos relevantes e significativos sobre o que pretende revelar ou 
divulgar, como transações, previsões, análises, demonstrações, juízos ou 
outros elementos. 
§ 3º A pertinência requer que seu conteúdo esteja de acordo com a res-
pectiva denominação ou título.
1.5 – DA TEMPESTIVIDADE
1.5.1 – A tempestividade refere-se ao fato de que a informação contábil 
deve chegar ao conhecimento do usuário em tempo hábil, a fim de que 
este possa utilizá-la para seus fins. 
1.5.2 – Nas informações preparadas e divulgadas sistematicamente, como 
as demonstrações contábeis, a periodicidade deve ser mantida. Quando 
por qualquer motivo, inclusive de natureza legal, a periodicidade for alte-
rada o ato e suas razões devem ser divulgados junto à própria informação.
1.6 – DA COMPREENSIBILIDADE
1.6.1 – A informação contábil deve ser exposta da forma mais compre-
ensível possível ao usuário que se destine. 
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CONTABILIDADE: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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§ 1º A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhe-
cimentos de Contabilidade e dos negócios e atividades da entidade, em 
nível que o habilite ao entendimento das informações colocadas à sua 
disposição, desde que se proponha a analisá-las, pelo tempo e com a pro-
fundidade necessários.
§ 2º A eventual dificuldade ou mesmo a impossibilidade de entendi-
mento suficiente das informações contábeis por algum usuário jamais 
será motivo para a sua não-divulgação.
1.6.2 – A compreensibilidade concerne à clareza e objetividade com que 
a informação contábil é divulgada, abrangendo desde elementos de natu-
reza formal, como a organização espacial e recursos gráficos empregados, 
até a redação e técnica de exposição utilizadas.
§ 1º A organização espacial, os recursos gráficos e as técnicas de exposi-
ção devem promover o entendimento integral da informação contábil, 
sobrepondo-se, pois, a quaisquer outros elementos, inclusive de natu-
reza estética.
§ 2º As informações contábeis devem ser expressas no idioma nacio-
nal, sendo admitido o uso de palavras em língua estrangeira somente 
no caso de manifesta inexistência de palavra com significado idêntico 
na língua portuguesa. 
1.7 – DA COMPARABILIDADE
1.7.1 – A comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento 
da evolução entre determinada informação ao longo do tempo, numa 
mesma entidade ou em diversas Entidades, ou a situação destas num 
momento dado, com vista a possibilitar-se o conhecimento das suas 
posições relativas.
1.7.2 – A concretização da comparabilidade depende da conservação dos 
aspectos substantivos e formais das informações. 
Parágrafo único – A manutenção da comparabilidade não deverá consti-
tuir elemento impeditivo da evolução qualitativa da informação contábil. 
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PATRIMÔNIO CONTÁBIL
Dando continuidade ao que foi verificado na unidade anterior, onde foi definido 
como objeto de estudo da contabilidade o patrimônio das entidades, essa uni-
dade tem como objetivo explorar de forma mais aprofundada o que compõe o 
patrimônio. Segundo Miranda (2002, p. 19), o patrimônio “é o conjunto de bens, 
direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica, com finalidade 
definida e mensurável economicamente”. Isso será verificado com o auxílio de 
exemplos que possam tratar do assunto com uma maiorproximidade da prá-
tica das entidades no dia a dia. Diante do balanço patrimonial, o lado esquerdo 
acomoda o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma entidade, e o lado 
direito inclui as obrigações a serem pagas por essa entidade.
BENS
Segundo Ferrari (2001), bens representam tudo o que pode ser avaliado econo-
micamente e que satisfaça necessidades humanas/corporativas.
Pode-se classificar os bens em:
 ■ Tangíveis, corpóreos, concretos ou materiais.
 ■ Intangíveis, incorpóreos, abstratos ou imateriais.
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CONTABILIDADE: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
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Bens Tangíveis, Corpóreos, Concretos ou Materiais:
Têm existência física; existem como coisa ou objeto.
Exemplos:
 ■ Numerários: dinheiro.
 ■ Mercadorias em estoque, produtos, materiais de consumo.
 ■ Fixos ou imobilizados (representam os bens duráveis, com vida útil supe-
rior a um ano): imóveis, veículos, máquinas, instalações, equipamentos, 
móveis e utensílios etc.
 ■ De renda: não destinados aos objetivos da empresa (imóveis destinados 
à renda ou aluguel).
 ■ De consumo (não duráveis ou que são gastos ou consumidos no processo 
produtivo); depois de consumidos, representam despesas: combustíveis e 
lubrificantes, material de escritório, material de limpeza etc.
Bens Intangíveis, Incorpóreos, Abstratos ou Imateriais
Não possuem existência física, porém representam uma aplicação de recursos 
imprescindível aos objetivos da entidade cujo valor reside em direitos de pro-
priedade que são legalmente conferidos aos seus possuidores, como marcas e 
patentes, fórmulas ou processos de fabricação, direitos autorais, autorizações 
ou concessões, ponto comercial, fundo de comércio, benfeitorias em prédios de 
terceiros, pesquisa e desenvolvimento de produtos, custo de projetos técnicos, 
despesas pré-operacionais, pré-industriais, de organização, reorganização, rees-
truturação ou remodelação de empresas etc. (FERRARI, 2001).
Bens Móveis
São os bens que fazem parte do patrimônio das entidades que se movem ou podem 
mover-se, todos os objetos materiais que podem se transportar ou mudar sua 
localização sem perder as características e direitos a eles inerentes.
Bens Imóveis
São aqueles bens que fazem parte do patrimônio das entidades que se não movem, 
são de forma geral inertes, imutáveis. Bem que não é móvel, como terrenos, pré-
dios, edifícios, casas etc.
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Patrimônio Contábil
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DIREITOS
São valores a serem recebidos de terceiros, por vendas a prazo ou valores de pro-
priedade da empresa que se encontram em posse de terceiros. A tendência é de 
que os valores correspondentes aos direitos se tornem bens.
Exemplos:
Títulos a receber, clientes, contas a receber, notas promissórias a receber, 
dinheiro depositado no banco, aplicações financeiras, adiantamento a funcio-
nários, empréstimos a sócios etc.
Propriedade
Fávero et al. (1997) esclarecem que, para ter propriedade, é necessário possuir o 
legítimo poder de decisão sobre o destino do objeto. Nem sempre para ser o pro-
prietário é necessário ter a posse. Um arrendamento mercantil (Leasing) de uma 
máquina ou veículo, pelo qual a empresa pagará aluguel mensal, não se caracteriza 
como ativo, embora o bem esteja dentro da empresa (posse e não propriedade). 
Avaliável em Dinheiro
O mesmo autor afirma que qualquer bem ou direito dever ser mensurável em 
dinheiro para poder ser considerado como ativo de uma empresa. 
Ludícibus e Marion (2000) colocam que um dos itens mais significativos que 
normalmente não é contabilizado como ativo, pois não tem um valor objetivo, é 
o que denominamos de Goodwill (traduzido para o português como Fundo de 
Comércio, Aviamentos e Mais Valia). Para eles, inicialmente pode-se dizer que 
goodwill é o valor a maior, um ágio, de uma empresa em virtude de bons serviços 
prestados; da imagem/reputação; dos consumidores conquistados ao longo dos 
anos etc. Esses aspectos considerados positivos, e outros, no momento de se ava-
liar uma empresa, podem representar montantes algumas vezes maiores que seu 
ativo tangível, no entanto, não existe a possibilidade de ser realizar uma avalia-
ção precisa dado o seu subjetivismo, assim sendo, o goodwill não é demonstrado.
Benefícios Presentes ou Futuros
Fávero et al .(1997) afirmam que é necessário que o bem ou direito tenham a capa-
cidade de trazer benefícios presentes ou futuros para a empresa, ou seja, tenham a 
36 - 37
CONTABILIDADE: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Reprodução proibida. A
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potencialidade de geração de caixa. Se a empresa possuir um “título a receber” de 
uma empresa falida, não teremos mais um ativo, pois não existe mais a possibili-
dade de convertê-lo em dinheiro, não trazendo benefício algum para sua portadora.
OBRIGAÇÕES
Segundo Miranda (2002, p. 18), as obrigações “constituem-se em ato da pessoa 
ou empresa dispor de algum bem ou serviço e que em troca destes originam um 
compromisso futuro de pagamento, representado por um documento, como as 
duplicatas a pagar”. São dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natu-
reza assumidos perante terceiros ou bens de terceiros que se encontram em 
posse da entidade.
Exemplos: financiamentos, empréstimos bancários, salários a pagar, impos-
tos a pagar etc.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido é constituído pela soma dos bens mais os direitos menos 
as obrigações, ou seja, (pl=bens+direitos-obrigações). Como o próprio nome 
sugere, patrimônio líquido significa a fatia de recursos que é da própria enti-
dade, pois se somar o que ela possui (bens) mais o montante do que tem para 
receber (direitos) e efetuar a quitação do que ela deve (obrigações), o que resta 
é o líquido (patrimônio líquido). 
Exemplo:
Se uma empresa possui em bens: $ 50.000; direitos: $ 60.000 e em obriga-
ções $ 40.000, seu patrimônio líquido será:
PL= 50.000+60.000-40.000
PL = 70.000
A contabilidade é vista no Brasil, de forma geral, como uma ferramenta para 
tomada de decisões?
36 - 37
Considerações Finais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar da maioria das pessoas que nunca tiveram contato com a Contabilidade 
pensarem, ela não uma ciência exata, mas sim social, e tem como objeto de estudo 
o patrimônio das entidades. Lembrando que o patrimônio é tudo aquilo que 
pode ser mensurado financeiramente nas entidades/empresas, tais como esto-
ques, veículos, contas a pagar, contas a receber, dinheiro no banco e em caixa etc.
A contabilidade é regida por uma série de princípios que foram normatiza-
dos pelo Conselho Federal de Contabilidade.
O objetivo da contabilidade é gerar informações para a tomada de decisões 
por parte dos usuários, que podem ser internos e externos. No que tange a infor-
mação gerada, essa requer os seguintes atributos: confiabilidade; tempestividade; 
compreensibilidade; e comparabilidade.
Por meio do quadro abaixo, pode-se verificar os conceitos trabalhados a res-
peito do patrimônio contábil. Inicialmente uma indicação das origens e aplicações 
dos recursos, isso significa que todos os recursos que a entidade possui vêm das 
origens (passivo e patrimônio líquido). Quando pensamos dessa forma, é pos-
sível perceber que o passivo da empresa é apenas um registro de quem forneceu 
os recursos para a empresa. É similar quando se compra algo e vem com uma 
etiqueta de sua procedência. As origens (passivoe patrimônio líquido) represen-
tam a etiqueta e não o bem, o bem se encontra no ativo (aplicações). Por meio 
do quadro abaixo é possível também observar alguns exemplos de bens, direi-
tos, obrigações e do patrimônio líquido.
ATIVO
Aplicações
PASSIVO
Origens
Aplicações Origens
BENS
Estoques
Caixa
Veículos
Edi�cações
Marcas e Patentes
Instalações
DIREITOS
Duplicatas a Receber
Impostos a Recuperar
Adiantamento a funcionários
Banco conta movimento
Aplicação �nanceiras
BENS + DIREITOS - OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS = PATRIMÔNIO LÍQUIDO
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OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS
Fornecedores
Financiamentos
Empréstimos Bancários
Funcionários a Papar
Impostos a pagar
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PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Lucro/prejuízo acumulado
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1. Responda:
a. Quais os objetivos da contabilidade?
b. Qual é o objeto de estudo da contabilidade?
c. As informações contábeis são disponibilizadas aos usuários de que forma, e 
podem ser analisadas sob qual ótica?
d. Qual o campo de atuação da contabilidade?
e. O que é entidade? Como podem ser classificadas?
f. Por que a contabilidade é considerada uma Ciência Social?
g. O que são usuários internos e externos?
h. Descreva quais os atributos da informação contábil, segundo a Resolução 
CFC Nº 785/95.
i. O que significa veracidade em termos de atributo da informação contábil?
j. Qual o significado de completeza em relação à informação contábil?
k. De forma geral, os escritórios de contabilidade têm prestado serviços volta-
dos à tomada de decisão por parte dos usuários?
l. Qual a solução para os microempresários que não possuem condições finan-
ceiras para manter um contabilista em seu negócio?
m. Os relatórios contábeis gerados por empresas terceirizadas atendem aos atri-
butos da informação contábil?
n. Os atributos da informação contábil são mais relevantes para os usuários inter-
nos ou externos? Por quê? Qual o conceito de Patrimônio?
o. O que são bens? Cite 5 exemplos de bens.
p. Qual a diferença entre bens móveis e bens imóveis.
q. Qual a diferença entre bens materiais e imateriais.
r. O que se entende por Direitos? O que se entende por Obrigações?
s. No senso comum, patrimônio pode ser entendido como?
t. Contabilmente, como é composto o patrimônio?
38 - 39
u. Riqueza líquida de uma empresa é medida de que forma?
v. Quando os Bens + Direitos forem menores que as Obrigações, como é consi-
derada a situação da empresa?
w. Como pode ser definido o patrimônio líquido?
x. Se uma empresa possui em bens e direitos $ 30.000 e em obrigações a pagar 
$ 20.000, sua situação líquida (patrimônio Líquido) será de quanto?
y. Em determinado mês, uma empresa comprou mercadorias a prazo de $ 8.000 
e as vendeu, a vista, pelo valor de $ 20.000. Em princípio, pode-se afirmar que 
o Patrimônio Líquido aumentou em quanto?
2. Relacione a coluna da esquerda com a da direita:
a. Direitos ( ) Veículos
b. Bens Materiais ( ) Duplicatas a Receber
c. Bens Imateriais ( ) Fornecedores
d. Obrigações ( ) Marcas e Patentes
3. Assinale a alternativa que contém apenas Direitos e Bens:
a. Fornecedores, Duplicatas a Receber, Dinheiro.
b. Móveis, Adiantamento a Funcionários, Estoque de mercadorias.
c. Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a Pagar.
4. Complete:
a. Os elementos que devem ser representados do lado esquerdo do 
gráfico representativo do Patrimônio são os _____________ e os 
______________________.
b. Os elementos que devem ser representados do lado direito do gráfico re-
presentativo do Patrimônio são as ___________________________.
5. A Cia Densada apresentava em 25/05/2007 o seguinte conjunto de bens, direitos 
e obrigações:
 ■ Banco Conta corrente $ 50.000
 ■ Aplicações financeiras $ 45.800
 ■ Títulos a pagar $ 20.000
 ■ Estoques $ 58.400
40 - 41
 ■ Veículos $ 145.000
 ■ Empréstimos a pagar $ 60.000
 ■ Prédios $ 960.000
 ■ Fornecedores $ 115.000
 ■ Salários a pagar $ 63.000
Pede-se:
a. O total dos bens.
b. O total de direitos.
c. O total de obrigações.
6. Relacione a coluna da esquerda com a da direita:
a. Direitos ( ) Adiantamento de Clientes
b. Bens Materiais ( ) Empréstimo a sócios
c. Bens Imateriais ( ) Dinheiro em caixa
d. Obrigações ( ) Marcas e patentes
7. Assinale a alternativa que contém apenas Obrigações:
a. Fornecedores, Duplicatas a Receber, Dinheiro.
b. Móveis, Clientes, Fornecedores.
c. Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a Pagar.
8. O aspecto qualitativo consiste em _______________________________ 
os Bens, Direitos e Obrigações. O aspecto quantitativo consiste em 
___________________________ aos Bens, Direitos e Obrigações os seus respec-
tivos _____________________.
9. Coloque V se a afirmativa for verdadeira e F se for falsa:
( ) Elementos positivos são as Obrigações.
( ) Elementos positivos são os Bens e as Obrigações.
( ) Elementos positivos são os Bens e os Direitos.
( ) Ativo é composto por Bens e por Obrigações.
10. Coloque V se a afirmativa for verdadeira e F se for falsa:
( ) A Situação Líquida Patrimonial é igual à soma dos Bens com os Direitos.
( ) A Situação Líquida Patrimonial será sempre negativa.
40 - 41
( ) A Situação Líquida Patrimonial é igual à soma dos Bens e Direitos menos as 
obrigações exigíveis.
11. Qual a equação que representa a o patrimônio líquido?
12. Separe as contas abaixo em Bens, Direitos e Obrigações e informe qual o patri-
mônio líquido.
Caixa 3.000,00
Veículos 3.000,00
Móveis e utens. 2.000,00
Duplicatas a pg. 24.000,00
Máquinas 10.000,00
Ordenados a pg. 2.000,00 
Promissórias a pg. 2.000,00
Duplicatas a receber 7.000,00
Impostos a pg 4.000,00
Títulos a receber 5.000,00
Aluguéis a receber 500,00
13. Cia. Comercial Vision:
Adiantamento de clientes $ 5.000
Adiantamentos a funcionários $ 1.500
Adiantamentos a terceiros $ 3.000
Bancos Conta Movimento $ 17.000
Caixa $ 12.000
Cofins a recolher $ 900
Dividendos a pagar $ 12.000
Duplicatas a pagar $ 23.000
Duplicatas a receber $ 39.000
Financiamentos $ 7.000
Gratificações a empregados a pagar $ 2.000
ICMS a recolher $ 1.200
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Imóveis $ 87.000
Imposto de Renda a Pagar $ 18.000
Impostos a recuperar $ 1.000
Instalações $ 13.000
Marcas, Patentes industriais $ 18.000
Mercadorias $ 23.000
PIS a recolher $ 800
Terrenos $ 50.000
Títulos a receber $ 15.000
Utilidades e serviços a pagar $ 3.500
Com base nos valores anteriores, informe:
a. O total dos bens.
b. O total de direitos.
c. O total de obrigações.
d. O patrimônio líquido.
e. O total de bens móveis.
f. O total de bens imóveis.
14. Classifique as contas abaixo em Bens, Direitos ou Obrigações:
Veículos 100.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Prédios 400.000,00
Contas a pagar 5.000,00
Impostos a pagar 12.000,00
Dinheiro em Caixa 2.500,00
Bancos conta corrente 4.000,00
Duplicatas a receber 80.000,00
Nota promissória a receber 14.500,00
Impostos a recuperar 2.000,00
Fornecedores a pagar 45.000,00
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Adiantamento a funcionários 2.500,00
Ordenados e salários a pagar 3.000,00
Empréstimos e financiamentos a pagar 20.000,00
Empréstimos e financiamentos após 360 dias 40.000,00
Duplicatas a receber após 360 dias 12.000,00
Títulos a pagar 10.000,00
Instalações 10.000,00
Estoque de mercadorias para revenda 60.000,00
Máquinas 50.000,00
Com base nos valores anteriores, determine:
a. O total dos bens.
b. O totalde direitos.
c. O total de obrigações.
d. O patrimônio líquido.
e. O total de bens móveis.
f. O total de bens imóveis.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Caro(a) aluno(a), este vídeo mostra a questão dos bens, direitos e obrigações:
<http://www.youtube.com/watch?v=EyAaG1B1iXk>.
Este vídeo apresenta os usuários da informação contábil:
<http://www.youtube.com/watch?v=NBzn-Hftrx8>.
Este vídeo apresenta questões relacionadas aos objetivos da contabilidade:
<http://www.youtube.com/watch?v=w1EOtXgc4QU>.
Acesse a homepage e veja como ela apresenta um conjunto de termos que são utilizados na 
contabilidade. A contabilidade utiliza termos que são inerentes a ela, assim como existem termos 
que são inerentes a outras áreas, como a medicina, por exemplo. Conhecê-los e saber o que 
significam ajuda muito a entender melhor a contabilidade.
Fonte: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/glossario.htm>.
Contabilidade Básica. 7ª. Edição 
MARION, José Carlos 
Editora: ATLAS
Ano: 2004
Sinopse: Marion apresenta os objetivos da contabilidade, relacionados com os usuários 
da informação contábil e a natureza das informações geradas pela contabilidade e do seu 
relacionamento com outras ciências sociais. Além de uma visão clara e objetiva a respeito do 
patrimônio, objeto de estudo da contabilidade, apresenta também o conceito de patrimônio 
líquido, utilizando-se de exemplos de empresas fictícias com a finalidade de facilitar o 
aprendizado a respeito dos aspectos que envolvem o patrimônio contábil.
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Professor Me. Silvio César de Castro
BALANÇO PATRIMONIAL 
E DEMONSTRATIVO DE 
RESULTADO DO EXERCÍCIO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Tratar de alguns aspectos introdutórios sobre os relatórios dessa 
unidade.
 ■ Evidenciar os itens do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.
 ■ Visualizar os recursos patrimoniais por meio das Origens e 
Aplicações.
 ■ Verificar a técnica de aprendizado denominada de Balanços 
sucessivos.
 ■ Apresentar o funcionamento do DRE: Demonstrativo de Resultado do 
Exercício.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ A importância do Balanço Patrimonial
 ■ A composição do ativo, passivo e patrimônio líquido
 ■ Obter compreensão sobre receitas e despesas
 ■ Compreender os itens que compõem o DRE
 ■ De que forma os recursos ingressam nas entidades
 ■ Compreender as variações patrimoniais por meio de balanços 
sucessivos
46 - 47
INTRODUÇÃO
A unidade anterior trabalhou com os elementos organizacionais que fazem parte 
do patrimônio contábil. Foi possível verificar que o patrimônio, no sentido contá-
bil, inclui as obrigações das entidades, diferentemente do entendimento do senso 
comum, onde erroneamente patrimônio diz respeito apenas às posses mensurá-
veis financeiramente de posse das entidades. 
Foi possível também identificar o patrimônio líquido, onde as obrigações são 
deduzidas dos bens e direitos. Nessa unidade será apresentado, talvez, o mais conhe-
cido e importante relatório da contabilidade para as entidades, o balanço patrimonial. 
Ou seja, a demonstração que expõe, em dado momento, a posição financeira 
dos elementos que compõem o patrimônio (bens, direitos, obrigações e patri-
mônio líquido), devidamente valorados, denomina-se Balanço Patrimonial, se o 
período corresponder ao exercício social da empresa, ou Balancete Patrimonial, 
se for mensal (MARION, 2004).
A Demonstração do Resultado do Exercício evidencia de uma forma estrutu-
rada os componentes que provocaram a alteração na situação líquida patrimonial 
(patrimônio líquido) em determinado período. Ela é elaborada seguindo o 
princípio de confrontação das receitas com as despesas. Como o próprio nome 
diz, este relatório evidencia (demonstra) o resultado (lucro ou prejuízo) que a 
empresa obteve num determinado período (ano, semestre, bimestre, mês). Por 
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Introdução
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Reprodução proibida. A
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isso, trata-se da demonstração que torna evidente o lucro ou prejuízo da enti-
dade em questão, em um determinado período. Se as despesas forem maior que 
as receitas, o resultado será prejuízo. Contrariamente, se as receitas forem maior 
que as despesas, o resultado será lucro no período.
Segundo Iudícibus e outros (2009), a apresentação da DRE é de forma dedu-
tiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas até que seja encontrado 
o lucro ou prejuízo.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Balanço Patrimonial expõe os seus componentes em agrupamentos de Ativo, 
Passivo Exigível e Patrimônio Líquido, de forma a permitir o reconhecimento do 
capital acumulado dos proprietários e de sua variação, de um período para outro. 
O Balanço Patrimonial reflete a posição financeira em determinado momento 
de uma empresa (FIPECAFI, 2000).
Ferrari (2001) afirma que obter dados do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, 
analisar suas variações durante determinado período de tempo, por meio da veri-
ficação direta dos registros contábeis, é tarefa trabalhosa. Mesmo nas pequenas 
empresas, podem ocorrer, diariamente, inúmeras operações e seus registros con-
tábeis contêm grande número de particularidades.
Daí a necessidade de resumir e apresentar os dados de forma adequada que 
permita às pessoas interessadas conhecer a situação patrimonial da empresa e 
as variações ocorridas durante certo período de tempo.
De forma geral, o Balanço Patrimonial é um quadro (mapa, gráfico etc.) 
onde é demonstrada a situação econômica/financeira da empresa na data a que 
o balanço diz respeito. O balanço avalia a riqueza, isto é, o valor da empresa, mas 
não demonstra o seu resultado, apenas o apresenta em valor total, sendo a sua 
demonstração feita em outro documento chamado “demonstração de resultados”. 
O balanço é composto por duas partes, que se encontram sempre em equilíbrio. 
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Ativo
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O Ativo é igual ao Passivo mais o Patrimônio Líquido.
Como já foi apresentado anteriormente, o Balanço Patrimonial abriga no seu lado 
esquerdo os bens e direitos e do lado direito as obrigações e o patrimônio líquido.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lado Esquerdo – Bens e Direitos Lado Direito – Obrigações e o Capital investido pelos sócios
Tabela 1: Balança Patrimonial 
Fonte: O autor
ATIVO
De acordo com Miranda (2002, p. 17), “o ativo representa a parte dos valores 
positivos do patrimônio, tudo aquilo que a entidade possui ou que ela tem a rece-
ber de terceiros. Abrange o conjunto de bens e direitos da entidade”.
PASSIVO
O passivo representa todas as obrigações financeiras que uma empresa possui 
com terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas com data de ven-
cimento e beneficiário certo e conhecido. Todos os itens do passivo representam 
os valores negativos do patrimônio (FERRARI, 2001).
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido é a diferença entre os valores positivos do ativo (bens e 
direitos) e os valores negativos do passivo (obrigações) de uma entidade em um 
determinado momento. É a parte do balanço que representa o capital investido 
pelos sócios e está graficamente localizada no seu lado direito (MARION, 2004).
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BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRATIVO DE RESULTADODO EXERCÍCIO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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ATIVO
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
BENS OBRIGAÇÕES
Estoques Fornecedores
Máquinas, Imóveis, Veículos Salários a pagar
Dinheiro Empréstimos e Financiamentos
DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Duplicatas a receber Capital Social
Banco conta movimento Lucro/Prejuízo acumulado
Tabela 2: Balanço Patrimonial 
Fonte: O autor 
Silva (2002) descreve que o Balanço Patrimonial é uma demonstração que 
relata os bens e direitos (Ativo), e as obrigações e a par-
ticipação dos acionistas (Passivo) 
da empresa, dando, dessa forma, 
ao leitor, a posição patrimonial e 
financeira da empresa.
O termo balanço tem a 
ver com balança, pois os dois 
lados, ativo e passivo, devem 
estar em harmonia, ou seja, 
equilibrados com os mes-
mos valores totais. Nesse 
sentido, esse aspecto é chamado 
de Equilíbrio Patrimonial, de onde resulta a 
seguinte equação patrimonial:
ATIVO=PASSIVO EXIGÍVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ao final de um período, quando comparamos os valores do Ativo com os do 
Passivo, podemos obter três situações.
Pode-se afirmar então, que a riqueza líquida ou patrimônio líquido da empresa 
pode ser medido pela seguinte equação: 
PASSIVO+ 
P.L.
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PL=Ativo-Passivo Exigível 
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PL=ATIVO-PASSIVO EXIGÍVEL 
A entidade pode apresentar três situações patrimoniais:
a. PL > ATIVO - PASSIVO EXIGÍVEL à essa situação nos proporciona 
uma situação líquida positiva, pois os valores componentes do Ativo per-
mitem solver as obrigações e ainda apresentam saldo. 
Exemplo:
Ativo: $ 100.000
Passivo Exigível: 70.000
PL= 100.000-70.000 = 30.000
b. PL < ATIVO - PASSÍVEL EXIGÍVEL à essa situação nos proporciona 
uma situação líquida negativa, pois os valores componentes do Ativo NÃO 
são suficientes para cobrir as obrigações. Quando ocorre essa situação, 
contabilmente dizemos que a empresa apresenta um Passivo a Descoberto. 
Exemplo:
Ativo: $ 70.000
Passivo Exigível: 90.000
PL=70.000-90.000 = (20.000)
c. PL = ATIVO – PASSÍVEL EXIGÍVEL à essa situação nos proporciona 
uma situação líquida nula, pois os valores do Ativo cobrem tão somente 
o montante das obrigações, não apresentando saldo positivo ou negativo.
Exemplo:
Ativo: $ 100.000
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BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
Reprodução proibida. A
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Passivo Exigível: 100.000
PL=100.000-100.000 = 0 ( zero)
PRAZOS NO BALANÇO PATRIMONIAL
Iudícibus e Marion (2000) esclarecem que em contabilidade, Curto Prazo sig-
nifica normalmente o período de até um ano. Para facilitar a interpretação e 
análise do balanço, existe uma preocupação constante em estabelecer uma ade-
quada distribuição de contas.
Para tanto, duas regras básicas orientam a distribuição de contas no Balanço 
Patrimonial:
Prazo: em contabilidade CURTO PRAZO significa normalmente o período 
de até um ano.
Grau de Liquidez decrescente: os itens de maior liquidez são classificados em 
primeiro plano. Os de menor liquidez aparecem em último lugar. Por exemplo, 
entre três contas: Estoque disponível e Duplicatas a Receber, o mais líquido é o 
disponível (1O lugar); em segundo lugar, recebe-se mais rapidamente as dupli-
catas do que os estoques (estes possuem uma liquidez mais lenta – 3º lugar).
Assim, pode-se relacionar tudo aquilo que a empresa receberá no Curto Prazo 
(aquilo que será transformado em dinheiro) confrontando com tudo aquilo que 
será pago no Curto Prazo:
ATIVO PASSIVO
Itens que já são dinheiro ou que serão 
transformados em dinheiro rapida-
mente (Curto Prazo).
Todas as contas que serão pagas rapi-
damente, no Curto Prazo, ou até 1 ano.
Como essas contas recebidas e pagas rapidamente se renovam constante-
mente (estão sempre girando), foi dado o nome de Circulante (corrente), tanto 
para o Ativo como para o Passivo.
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Prazos no Balanço Patrimonial
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O grupo seguinte seria o das contas que a empresa espera muito tempo para 
receber (Ativo), confrontando com as contas que se demora muito para pagar 
(Passivo). Que são denominados de Longo Prazo.
ATIVO PASSIVO
Circulante
Recebe-se rapidamente
Recebe-se lentamente, no Longo Prazo
Circulante
Paga-se rapidamente
Demora-se muito tempo para pagar
Caso a empresa tenha de esperar mais de um ano para receber, pode-se denomi-
nar esse grupo de Realizável a Longo Prazo. E, por outro lado, se o período para 
pagar é superior a um ano, denomina-se um Exigível a Longo Prazo. Assim, no 
Passivo, existem compromissos que se pagam relativamente rápido (menos de 
um ano) e compromissos demorarão mais de um ano para se pagar (exigível a 
longo prazo). E o terceiro grupo será de contas que não serão pagas enquanto a 
empresa estiver em atividade (IUDÍCIBUS; MARION, 2000). Esses autores com-
plementam o que é o caso do Patrimônio Líquido: enquanto a empresa estiver em 
um processo de continuidade, não precisa pagar (não exigível) aos seus donos.
Iudícibus e Marion (2000) afirmam que no Ativo, o que se recebe de forma 
mais rápida encontra-se em primeiro lugar (circulante), posteriormente, vem o 
que demorar mais tempo para receber. Nesta sequência, em terceiro lugar, vem 
o grupo dos itens que a empresa não receberá, pois não estão à venda, mas des-
tinados ao uso e à renda (permanente). Esses itens permanecem muito tempo 
dentro da empresa, daí serem chamados de permanentes.
ATIVO (APLICAÇÕES) PASSIVO (ORIGENS)
Circulante Circulante
Já é dinheiro disponível (caixa ou banco 
ou aplicação financeira) recursos para 
o desenvolvimento das atividades da 
empresa (estoques de mercadorias para 
revenda, matérias primas, produtos 
acabados etc.). Ou será recebido em até 
um ano os direitos (duplicatas e títulos a 
receber, impostos a recuperar etc.).
Obrigações da empresa que serão 
reclamadas até o prazo de um ano. 
Geralmente corresponde a pagamen-
tos a serem efetuados (fornecedores, 
empréstimos bancários, impostos a 
pagar etc.)
54 - 55
BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II
ATIVO (APLICAÇÕES) PASSIVO (ORIGENS)
Não Circulante Não Circulante
Serão recebido após um ano os direitos 
(duplicatas e títulos a receber, impos-
tos a recuperar etc.).
Ou ainda, os itens que compõem o 
subgrupo do imobilizado geralmente 
não se vendem, são os itens que fazem 
parte da infraestrutura da empresa 
(imóveis, máquinas, equipamentos, 
veículos etc.).
Obrigações da empresa que serão 
reclamadas após um ano. Geralmente 
correspondem a pagamentos a serem 
efetuados (fornecedores, empréstimos 
bancários, impostos a pagar etc.)
Patrimônio Líquido
Não precisa pagar enquanto a empre-
sa estiver em continuidade, trata-se 
dos recursos próprios, consistindo no 
investimento inicial efetuado pelos 
sócios e resultados obtidos com as 
atividades da empresa. Não é exigível, 
ou seja, não precisa pagar.
Quadro 3: Balanço Patrimonial - Prazos
Fonte: O autor
ORIGENS E APLICAÇÕES
No desempenho de suas atividades, as pessoas jurídicas podem contar com recur-
sos provenientes de duas origens ou fontes:
Recursos próprios: (capital dos sócios + lucro) = (patrimônio líquido) ou 
recursos de terceiros: (fornecedores, instituições

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