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Farmaco aula 23

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Trabalho individual, manuscrito: uso de fármacos em felinos. Contraindicações, toxicidade, cuidados. Manual de terapêutica veterinária = Sílvia Andrade. Vale 2 pontos. Dias 13 e 14 não tem aula. Entregar dia 20.
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINE)
Há os AINE e AIE. Geralmente chamamos os AIES de corticóides, esteróides ou glicocorticóides. O glicocorticóide que produzimos é o cortisol. 
Esse é um grupo de medicamento que não atua sobre os receptores. Atuam na síntese dos eicosanóides, vamos inibir a síntese de eicosanóides. Há dois grupos de eicosanóides: protaglandinas e tromboxanos (COX) e leucotrienos (LOX). AINES são inibidores específicos de COX. São inibidores da ciclooxigenase. Continua a produção de leucotrienos. Alguns tipos de inflamação não respondem bem, pois às vezes há participação significativa de leucotrienos. Aquelas inflamações que estão envolvidas somente, ou principalmente, PG e TX, esses medicamentos têm efeito excelente.
Há três COX: 1, 2 e 3. A 3 está localizada principalmente no SNC, está relacionada com algumas patologias do SNC. Nosso foco farmacológico é apenas COX 1 e 2. Não há fármacos que atinjam a 3 significativamente. 
A maioria das PG fisiológicas é sintetizada pela COX1. A maioria das PG sintetizadas pela COX2 está presente em situações patológicas. 
TXA2 é produzida pela COX1, estimula a agregação plaquetária. Já a prostaciclina = PGI2, inibe a agregação, é produzida pelo endotélio, via COX2. Alguns antiinflamatórios dados por longo tempo, por exemplo, inibindo COX2, pode estimular a formação de trombos. 
Classificação dos AINES: é de acordo com a toxicidade. Primeiro grupo de AINE sintetizado, inibia preferencialmente COX1. São drogas com grandes efeitos colaterais, não dá para usar por um período longo, são tóxicos. Exemplos: ácido acetil salicílico (AAS). AAS foi proibido de ser usado como antiinflamatório. AAS só é permitido seu uso como antitérmico e analgésico. Posteriormente, para evitar a deposição de placas, evitar a agregação plaquetária, usa-se AAS. A dose usada para isso é a dose infantil, não chega a ser tóxico. Flunixina meglumina é um antiinflamatório (banamine), é muito usado em equinos. É muito comum dar úlceras em equinos, por causa do uso de banamine. A úlcera estomacal predispõe o animal a câncer estomacal. Úlceras estomacais são raras. Essas úlceras normais são duodenais, não estomacais. Geralmente se associa com omeprazol.
Em uma situação de inflamação, eu quero atingir COX2, pois a maioria das PG patológicas são produzidas por COX2. Tanto COX1 quanto a 2 produzem prostaglandinas, mas quando vai produzir mais, para reações inflamatórias patológicas, entra COX2. 
Os principais efeitos colaterais são GI e renal. 
Há um segundo grupo, de inibidores não seletivos: eles não são preferenciais, a mesma dose que inibe uma inibe a outra. Exemplos: piroxicam, ibuprofeno, fenilbutazona. Ainda lesa muito, pois está inibindo COX1, que é protetora do estomago.
Inibidores preferenciais de COX2: inibe preferencialmente 2, inibe bem menos a 1. Ainda tem um pouco de toxicidade. Exemplos: meloxican, nimessulida, carprofeno. Em humanos, uso de nimessulida tem relatos de mortes súbitas. Não se sabe a causa. 
Inibidores seletivos de COX2: inibe pouco a 1. São os mais caros. São os coxibes: celecoxibe, rofecoxibe, etoricoxibe. Mesmo praticamente não inibindo COX1, ainda há lesões gástricas, vemos que COX2 também tem efeitos fisiológicos. Para uso animal: deracoxibe e firocoxibe. 
Inibidores de COX e LOX: são os mais modernos. Não produz nem PG nem leucotrienos. É mais seletivo para COX2, mas ainda pega 1. Exemplos: licofelone e tepoxalina. 
Ácido acetil salicílico (AAS ou aspirina)
Inibe a enzima COX1 de forma irreversível. Tem bom uso na diminuição da agregação plaquetária. Plaqueta não é uma célula, é um fragmento celular (megacariócito). Ela não é capaz de sintetizar nada, ela não tem sistema enzimático. Quem sintetiza as COX das plaquetas é o megacariócito, antes de se fragmentar em plaquetas. Quando inibe a COX, a plaqueta não consegue substituir por outra. O uso de AAS tem que ser diário pois todos os dias plaquetas estão sendo jogadas no sangue. Em outras células onde há COX, o AAS bloqueia, mas a célula consegue produzir outra no local. 
Pode causar sangramento GI sub-clinico, na dosagem analgésica e anti-térmica. Em pacientes que usam contra a coagulação, é raro isso ocorrer. Isso acontece pois inibe a produção de muco estomacal, há lesão. 
Pode retardar o parto. Cuidado ao usar AAS em animais prenhes. 
Uma dose única, dose analgésica (geralmente de 500mg), inibe a agregação plaquetária por 7 dias. Em cirurgias eletivas (que vai marcar, não é emergência) o paciente que toma AAS cronicamente deve se abster por 7 dias.
Em gatos, é usado em: cardiomiopatia hipertrófica (tendência à trombose) e trombo aórtico obstrutivo. Não se usa AAS em dose analgésica!! O animal morre por acidose metabólica. Só se usa em dose para “afinar” o sangue.
Em cães: usa-se para tratar dirofilariose. A droga que trata dirofilariose, pode causar embolismo, um embolo de vermes. Durante o tratamento, associa AAS, para prevenir um tromboembolismo. 
Flunixina meglumina
É muito usado em choque. Atua em endotoxemia = intoxicação com toxinas endógenas. É muito usada em equinos, pois evita a endotoxemia. Contudo, a dose usada não é antiinflamatória. Essa dose é ¼ da dose antiinflamatória. É indicada no inicio do choque endotoxêmico. Evitar usar em pequenos animais. 
Drogas inibidores não seletivos
Vedaprofeno
Baixos efeitos colaterais, pouca toxicidade para cães e equinos. 
Ácido meclofenâmico
É muito usado em bovinos. É proibido usar em gestante.
Diclofenaco de sódio (voltarem) ou de potássio (cataflan)
Proibido o uso em cães e gatos! Pessoa hipertensa ou cardiopata, não pode tomar diclofenaco de sódio. Pessoas com problemas renais não podem usar o diclofenaco de potássio, pois os rins são os únicos órgãos capazes de jogarem fora esse íon. Não pode usar em carnívoro! Uma única dose é capaz de causar perfuração gástrica. 
Piroxican
Tem meia-vida de 40h em cães. Não pode ser usado com a freqüência que é utilizado em humanos. Promove alívio sintomático da micção dolorosa em cistite, uretrite e carcinoma de bexiga. 
Úlcera gástrica em 18% dos animais.
Cetoprofeno
Inibe a LOX (ação discreta). Não pode ser usado acima de 5 dias. Lesões gástricas, renais. 
Inibidores não seletivos
Fenilbutazona e derizados
É indicada principalmente em equinos, pois são os que mais têm traumatismos, lesões musculares. É uma droga muito boa pois tem afinidade muito grande por tecidos musculares. Não usar SC nem IM, usar IV ou oral. Não usar durante gravidez. Pode causar discrasia sanguínea = quando a droga causa alteração na formação das células sanguíneas na medula. Pode interferir na síntese de algumas células, pode causar anemia, leucopenia, trombocitopenia. Quando inibe a produção de todas as células sanguíneas = anemia aplástica ou aplasia de medula óssea. Isso é gravíssimo, geralmente não reverte sozinho, tem que fazer transplante de medula óssea. Pode acontecer discrasia sanguínea também pelo uso de dipirona, tem pré-diposição humanos de raça pura, os nórdicos. 
Inibidores preferenciais de COX-2
Meloxicam
Funciona muito bem na dor e inflamação de musculatura esquelética de cães e equinos. Não funciona em asininos, pois a metabolização é rápida. Em gato pode usar dose única.
Carprofeno
Pode ser tóxico em gatos. Ele tem analgesia equivalente aos opióides. É muito usado em doenças dolorosas, reações inflamatórias de articulações. Tem ação discreta em LOX. 
Inibidores seletivos de COX-2
Deracoxibe
É especifico para animais, semelhante ao celecoxibe em humanos. Não é comercializado no Brasil.
Firocoxibe
Usado em cães, gatos e cavalos. Também é veterinário, exclusivamente.
Nimessulida
Baixíssima incidência de efeitos colaterais.
Tepoxalina: inibe COX e NOX, é o mais novo AINE de uso veterinário. Naasma, o maior problema são os leucotrienos. Não adianta usar antiinflamatórios comuns.

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