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Parasito aula 5

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Família Ancylostomatidae
Esses parasitos costumam vir da mesma situação do toxocara; normalmente, na clínica de pequenos, é comum, acomete o animal ainda filhote; 
Dentro dessa família há duas subfamílias: ancylostomatinae (os parasitos possuem dentes), necatorinae (possuem lâminas cortantes); os parasitos dessas famílias são hematófagos, o que se diferença é a estrutura que vai se fixar e promover a hematofagia; 
Dentro da primeira subfamília, há a subfamília ancylostomatinae, que possuem dentes; há dois gêneros; genero ancylostoma: ancylostoma caninum (cão), tubaeforme e braziliense (gato), ceylanicum, duodenale; são espécies específicas: completa-se o ciclo nos hospedeiros; o caninum completa o ciclo no cão; a princípio, o tubaeforme e o ceylanicum não aparecem muito no Brasil; o duodenale acomete o homem; no caso do ancylostoma caninum e braziliense, ao o humano ser infectado = bicho geográfico, chamado de larva migras cutânea; tanto o braziliense quanto o caninum que vai infectar o humano, não vai se desenvolver para adulto, vai migrando pelo corpo, formando o caminhos pela pele; o ancylostoma duodenale para o homem é importante, causa a ancilostomíase humana; não há o duodenale aqui no Brasil;
Genero agriostomum, tem como espécie agriostomum vryburgi, mais comum em locais mais frios, pode acometer bisão; 
Na subfamília necatorinae, há três gêneros:
Necator: necator americanus, quando crianças brasileiras estão infectadas, geralmente o ancylostomo é esse;
Gênero urcinaria, há duas espécies: urcinaria stenocephala, e criniformis; 
Gênero bunostomum: depois dos strongyloides, talvez seja o segundo parasitismo em relação a bezerros; duas espécies: bunostomum trigonocephalum e plhebotomum (mais comum no Brasil); 
Morfologia geral
Os parasitos adultos têm como hábitat o intestino delgado; lá, ele pode estar nas três porções (duodeno, jejuno ou íleo); esses parasitos costumam não ficar no mesmo local durante muito tempo, ficam em um mesmo local por no máximo 10 minutos; esse parasito roda o intestino delgado o tempo todo, cada hora se fixando em uma porção do intestino; são parasitos cilíndricos; não são muito grandes, mas dá para ver a olho nu (1cm); na porção anterior onde ficaria a cabeça, há a forma de gancho (tanto machos quanto fêmeas) = hookworm; tem coloração avermelhada pois tem o hematofagismo como principal fonte de alimentação; o corpo desse parasito é constituído por uma quitina, na extremidade anterior, essa quitina é mais elaborada, ao invés de ter uma boca, tem uma cápsula bucal; dentro da cápsula bucal existem estruturas para fixar o parasito, sugar o sangue que ele precisa e vão servir para identificação do parasito; 
O parasito apresenta dimorfismo sexual; a fêmea é maior que o macho; o macho tem a cauda enrolada; fêmea possui uma cauda romba, afilada, vai afilando a cauda; o macho possui aparelho reprodutor completo = tem raios bursais (análogos às mãos), espículos e gubernáculo; goteira esofagiana: ligada a ela, há um esôfago que é totalmente musculoso; a goteira parece com agulha, na hora que o parasito está fixo pelos dentes ou pelas laminas, ele introduz a goteira esofagiana, que lança uma espécie de anticoagulante; o esôfago musculoso começa a bombear o sangue, sugando-o (funciona como uma bomba); uma das características que o individuo tem quando está com ancilostomíase, é uma diarréia escura, de sangue “pisado”, levando a um processo anêmico; 
Os dentes estão presentes em quase toda cápsula bucal; cada uma das espécies tem um número de dentes, facilitando o reconhecimento; 
Ovos
Os ovos saem juntamente com as fezes, não embrionados; no meio exterior, há o início do embrionamento / segmentação, depois há formação de larvas L1, L2, L2 eclode no solo; esse ovo não tem resistência, se não houver solo arenoso, umidade e temperatura ideais, ele não consegue sobreviver; assim, de L1 para L2 é um processo muito rápido, L3 assim que se estabelece tem que procurar um hospedeiro extremamente rápido; 
As larvas L1 e L2 são rabditóides; L1 e L2 ficam dentro do ovo, se alimentam da própria substancia do vitelo; a L3 não se alimenta, o esôfago se torna filariforme, a larva é filarióide; 
A larva L3 faz penetração ativa, a via de infecção é cutânea; mesmo se a pessoa ingerir, continua sendo penetração ativa, mas aí será pela mucosa oral; essa larva é a larva infectante; como ela faz a penetração ativa, ela tem que ter alguns tropismos, para que posso exercer sua maneira de infecção; geotropismo negativo: a larva não fica nas camadas profundas, ela fica nas camadas medianas, onde ela consegue obter outro tropismo, que é o hidrotropismo; ela gosta de umidade, não é de local como um rio; termotropismo = ela tem um tropismo pela temperatura entre 20-30 graus no ambiente, e pela temperatura do hospedeiro; tigmotropismo positivo = tropismo pelo contato, sem isso ela não faria a penetração ativa;
Ancylostoma duodenale: dois pares de dentes ventrais;
A. caninum: três pares grandes de cada lado;
A. braziliense: um par grande; 
Transmissão
O A. duodenale no homem, somente vai levar a infecção no hospedeiro através da penetração de L3 pela pele; alguns autores dizem que há possibilidade de transmissão da mãe para o feto, por transmissão transmamária; nos animais, há várias formas de transmissão: ingestão de larvas infectantes, penetração de L3 pela pele, transmissão transmamária, e transmissão transplacentária (raríssima em humanos, mais frequente em animais); 
Ciclo biológico
Ciclo monoxênico; 2 fases de desenvolvimento: vida livre e vida parasitária;
Período pré-patente (da infecção até o momento que elimina), vai ser de acordo com o local da infecção; oral: 2 semanas; percutânea: 2-3 semanas; transplacentária: 2-3 semanas; transmamária: 2-3 semanas; 
O filhote nasce já infectado, vindo da mãe (usando como exemplo o A. caninum); de 0 até 6 meses o cão começa a desenvolver sua imunidade; aos 6 meses, ele não tem mais os anticorpos da mãe, e já está com um imunidade pré-estabelecida; com 1 ano, atinge sua imunidade; com essa imunidade pré-estabelecida, já é suficiente para as larvas entrarem em equilíbrio com o individuo, através da latência nos músculos dos animais; a larva fica em latência durante o período de vida do animal; suponhamos que o filhote seja uma fêmea; o período de estro, é um período de variação hormonal, podendo diminuir a imunidade; suponhamos que no cio, a cadela cruze e fique prenha; há mais uma baixa imunológica; as larvas que estão em latência, “acordam”, e começa a fazer todo o ciclo dentro do animal; quando essa larva cai na corrente sanguínea, ela pode se albergar em qualquer local; a tendência é ir para o intestino, ou glândulas mamárias e placenta, podendo atravessar a barreira placentária; no final da gestação, as larvas circulantes na placenta, passam para o feto, e fica em latência, esperando que haja o estímulo; o filhote nasce, o primeiro estímulo que a larva tem é quando o filhote respira pela primeira vez, ela muda para L4 nos pulmões, vai para intestino, e começa a eliminar via fezes; ao mesmo tempo, a cadelinha tem larvas também na glândula mamária, os filhotes irão mamar, as larvas podem passar diretamente para o intestino; a mãe já tem larvas circulantes, elimina ovos nas fezes no solo, os filhotes podem se contaminar; a mãe, ao limpar o filhote, ingere ovos que estejam no pelo, se reinfectando; por isso, 15 dias após o nascimento é importante tratar a mãe e os filhotes; os anti-helmínticos não funcionam naquelas larvas que estão em latência, nos músculos; 
No gato, há uma diferença; o parasito é o A. braziliense; a transplacentária não ocorre, ocorre somente a transmamária; no cão há 4 tipos, no gato 3 (oral, pele e transmamária);
Patogenia
Há vários fatores que favorecem os desfavorecem a patogenia; há três tipos de patogenia: 
Invasão larvária: a larva penetra na pele, produz uma alteração, evoca reação de hipersensibilidade do tipo I, levando a pele a ficar avermelhada,com edema, prurido, até o momento que passa pelo pulmão, levando a alterações pulmonares;
Infecção intestinal: o parasito adulto instalado no intestino; promove a hematofagia, além de escarificar a mucosa intestinal com os dentes; leva à espoliação sanguínea (acarreta anemia), altera peristaltismo, leva a uma reação inflamatória;
Localizações ectópicas: vias que não são muito normais, pode cair em outros órgãos, levando a processos anêmicos mais profundos; 
Um animal com anemia por falta de ferro = anemia microcítica hipocrômica (hemácia pequena e pálida); após combater os helmintos, deve-se fornecer suplemento de ferro, para recuperar o processo anêmico; 
Animais sensibilizados podem desenvolver reações cutâneas; 
Sinais clínicos
Pneumonia; cães jovens com catarro, debilitados, normalmente são animais que têm ancilostomíase; fezes escurecidas; se o animal for a óbito, vê-se parasitos muito presos, e várias feridas ao longo do intestino; baixo peso, pelagem sem viço, perda de apetite, perversão do apetite; 
Qual a principal ação patogênica: não é a anemia, é o mecanismo que ele utiliza para ter como resultado a anemia; é a fixação e hematofagia (PROVA); 
Hipoproteinemia, dilaceração e maceração da mucosa intestinal pela ação dos dentes; 
Epidemiologia
A idade dos animais, tanto de infecção quanto de transmissão, é geralmente menor que 1 ano de idade; a fonte de infecção é transmamária, percutânea ou oral; essa parasitose ocorre em animais de ambiente limpo; apesar de ocorrer em ambientes limpos, vê-se que a contaminação ambiental é um dos principais fatores de transmissão (piso, cama suja, umidade); aglomeração (muitos filhotes juntos); 
Uma forma de controle seria a dessecação; se em parques, praia, tivesse como revolver a areia, a parte úmida ser colocada para cima, seria uma forma de controle, pelo fato de as larvas serem sensíveis à dessecação; 
Tratamento
Diclorvos, disofenol, pamoato de pirantel, butamisol, fenbendazol, ivermectina, mebendazol; lembrar de fazer suplementação com ferro, proteínas e vitaminas; 
Diagnóstico
Exame de fezes; técnica de flutuação, pois são ovos leves; 
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No cão, quando ele é infectado com duodenali, parece ter o mesmo problema de bicho geográfico; 
No bunostomum, não há infecção transplacentária; 
Sintomas patognomônicos: são sintomas clássicos, se forem achados é certeza que tem a doença;

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