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Parasito aula 8

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Raphael Simões Vieira – medicina Veterinária 4º período
Ordem Strongylidea
Família Strongylidae
Família Cyathostomidae
Uma das coisas que mais acomete equinos é a cólica. Esses parasitos podem produzir um tipo de cólica = cólica verminótica ou tromboembólica. Normalmente quando o eqüino tem de uma família, tem de outro. 
Família Strongylidae Subfamília Strongylinae
Há os grandes strongylus e pequenos strongylus. As espécies: Strongylus vulgaris, Strngylus equinus e edentatus são parasito mais patogênicos para equinos.
Na subfamília Cyathostominae há como gênero principal o cyathostomum. 
Dentro dos grandes estrôngilos, há os migratórios (fazem migração visceral, por vários órgãos, de acordo com sua preferência) e aqueles que não têm migração. Os grandes estrôngilos migratórios são aqueles que têm mais importância. 
Grandes estrôngilos migratórios
São parasitos de intestino grosso de eqüídeos. São parasito grandes, robustos, mas não são tão grandes quanto os ascaris. Possuem coloração vermelha escura. Se são avermelhados, isso denota que eles têm uma certa tendência hematofágica, têm cápsula bucal desenvolvida, e dentro dessa cápsula há estruturas que servem para a fixação e hematofagia. Podem ter dentes, ou simplesmente uma cápsula bucal circundada por uma estrutura denominada coroa radiada. 
No geral, os machos possuem uma bolsa copuladora, dois espículos iguais, ovos de casca fina. O esôfago é musculoso, servindo para o bombeamento do sangue. 
Os ovos são de casca fina, já saem segmentados (mas não saem larvados). Possui dupla casca, porém finas. 
Strongylus vulgaris
Vulgar = formato dos dentes, tem dois dentes, que são arredondados, se assemelhando com orelhas. Os adultos medem em torno de 2cm.
Strongylus edentatus
Sem dentes. Apresenta goteira esofagiana e o músculo esofágico. Se fixa pela coroa radiada. Adultos medem de 4-5cm.
Strongylus equinus
Tem uma maior proporção de dentes na boca. Três dentes. Apresenta dois pequenos e um grande. Lembrar de equinos, que tem dentes grandes. 
O ciclo é basicamente, até determinado ponto, igual para os três. Quando entra no eqüino é que vai ter a modificação. O parasito no intestino grosso, machos e fêmeas têm dimorfismo sexual. Ocorre a cópula, juntamente com as fezes saem os ovos segmentados, ou seja, com multiplicação celular. No meio ambiente, a larva começa a se desenvolver dentro do ovo, se transformando em L1, L2 e L3, L3 eclode, ainda no bolo fecal, com água da chuva se dispersa ao longo da pastagem. O eqüino ingere a larva de terceiro estágio. Desse momento em diante modifica. 
Para o Strongylus vulgaris, o ciclo de vida talvez seja o mais patogênico. O tipo de migração é através de artérias, levando à cascata de coagulação, que pode levar à formação de trombos. Normalmente acomete potros. Quando L3 chega ao intestino, no intestino delgado, ela tenta achar uma forma de chegar ao intestino grosso que é seu hábitat. A primeira coisa que faz é penetrar na mucosa do intestino, a hora que ela penetra, vai chegando na submucosa, formando um processo granular, que ocorre devido a questões inflamatórias. O parasito aproveita desse mecanismo para se proteger, ele fica envolto em um nódulo na submucosa, onde ele muda de L3 para L4, demora uns 5 dias para acontecer. Ao fim do 5º dia, a larva L4 sai dos nódulos, e começa a entrar nos vasos adjacentes à submucosa. Quando entra nos vasos, chega às artérias mesentéricas. Quando chega nas artérias, elas vão machucando o endotélio. Como os parasitos ficam continuamente nas artérias, há formação de trombos, o parasito aproveita desses trombos para se proteger. A larva vai se modificando para L5. Cada ramo das artérias podem ficar obstruídos por trombos. Através dos ramos das artérias mesentéricas, L5 chega ao intestino grosso, evocando resposta inflamatória, fica protegida através de nódulos. Dentro desses nódulos se formam adultos, rompem, e caem na luz intestinal onde vão se fixar. As artérias mesentéricas são responsáveis por irrigar intestinos, há hipóxia, necrose, cólica tromboembólica verminótica, não dá para fazer muita coisa, geralmente tem que se fazer enterectomia. O período pré-patente é longo. O primeiro sinal que o animal apresenta geralmente é cólica. 
No strongylus edentatus: há envolvimento do fígado. O tipo de migração vai ser um pouco diferente, apesar de que vai terminar no intestino grosso. Ao invés de L3 formar nódulos no intestino delgado, ela vai direto para o intestino grosso, ficando no cecum e cólon. Ela atravessa a parede intestinal, e consegue chegar ao fígado pelo sistema porta. Quando chega ao fígado, ela muda para L4, e também vai formar nódulos (processos inflamatórios, há sangue, são chamados nódulos hemorrágicos). Ela fica no fígado durante normalmente 9 semanas. Ela volta para o intestino grosso, onde se transforma em L5, faz os nódulos, fica um tempo, se transforma e adulto, rompe o nódulo, cai na luz intestinal, se fixa pela coroa radiada. O ciclo, apesar de ser mais curto em termos de migração, ele tem um maior tempo, de 300 a 320 dias. 
Strongylus equinus: penetra ceco e colo, forma nódulos na submucosa, L3 passa para L4. Quando atravessa a submucosa, ele cai na cavidade peritoneal, vai pro fígado, vai para ligamentos hepátios, dos ligamentos vai para o intestino, forma adulto, cai na luz intestinal. Aqui ele chega no fígado não pelo sistema porta, mas pela cavidade peritoneal. 
Patogenia: os vermes adultos ficam fixos à mucosa intestinal. A presença desses parasitos cortando a mucosa, já é uma forma de causar lesão na mucosa cecal. Além disso, se alimenta de sangue, além de ferir ainda é um espoliador do sangue do hospedeiro. A principal patogenia do adulto é, além da ulceração, a hematofagia, na qual estão associadas enzimas proteolíticas. Sinal clínico de diarreia. Acabam levando a um processo anêmico. O edentatus é o menos hematófago entre os três. Apesar desse processo de anemia, a maior importância que temos, está relacionada ao Strongylus vulgaris, pois pode levar à formação de trombos, embolia, que acaba levando à questão de cólica tromboembólica verminótica. No eqüino, o que é fundamental para sua saúde é um peristaltismo e circulação sanguínea ideais.
O fígado, ou parte do fígado, se torna afuncional, devido à infecção por edentatus. O animal fica apático, com inapetência, depois vem febre e cólica, que não precisa ser necessariamente por verminose, mas a verminose pode causar a cólica. Na necropsia, há sinais associados com arterite, trombose, etc. quase 90% dos casos de cólicas é por migração das larvas.
Triodontophorus sp.
São parasitos também de equinos, de intestino grosso, possuem dentes e algumas vezes a coroa radiada. É muito confundido com Strongylus equinus, pois apresenta os três dentes. 
Diagnóstico geral: sintomatologia, exame clínico, laboratorial.
Controle: manejo. Deve sempre se evitar superlotação dos potreiros, pois ocorre uma facilitação de transmissão. 
Família cyathostomidae Subfamilia cyathostominae e Oesophagostominae
Ciathostominae: há 13 gêneros e mais de 50 espécies. Também de cecum e cólon. Possuem coroa radiada = colar bucal, duas fileiras. Não têm dentes. Exercem menor hematofagia. Exacerbam sempre as lesões dos grandes estrôngilos.
Hipobiose: é uma latência, só que ao invés de ser no músculo, as larvas ficam latentes no intestino, pela formação de nódulos. Quando há um desequilíbrio, ou uma alteração ambiental favorável para o parasito, ocorre liberação de larvas. Isso é um problema, pois anti-helmínticos não afetam esse parasito em latência. Normalmente a hipobiose ocorre quando o potro vai crescendo, quando a imunidade vai chegando a certo nível. Toda vez que houver fator ambiental desfavorável, há a hipobiose. A larva vai saber sobre o ambiente pois as condições ambientais influem no hospedeiro, quando as condições estão boas, o hospedeiro vai estar bem nutrido, ela pode dar continuidade ao ciclo. Quando há fatores desfavoráveis, o animal fica magro, se ela ficar sugando ainda mais, ele vai morrer,ela também vai, é melhor pra ela entrar em latência. 
O ciclo é muito parecido, mas como não migra, há o ciclo direto.

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