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Parasito aula 29

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Moscas causadoras de miíases
Miíase: infestação de vertebrados vivos por larvas de dípteros que, pelo menos por um certo tempo, se alimentam dos tecidos vivos ou mortos do hospedeiro, de suas substancias corporais líquidas ou do alimento por ele ingerido. 
Há duas classificações adotadas atualmente. Miíase primária ou obrigatória: a larva vai parasitar necessariamente tecido vivo de um invertebrado. Berne é um exemplo. Exemplos: Dermatobia hominis, Cochliomyia hominivorax, etc. 
Miíase secundária ou facultativa: a larva não necessariamente necessita de um tecido vivo, ela se alimenta de tecido morto. El apode parasitar um individuo vivo, desde que o tecido esteja morto.
Todas as miíases precisam de uma solução de continuidade, à exceção de uma. 
Cochliomyia sp. causa miíase primária. A mosca tem um verde metálico, mais para azulado. Tem três faixas pretas no tórax. Tem um aparelho bucal lambedor-sugador. Se alimentam igual a mosca domestica. A fêmea aproveita um local próximo à ferida para fazer ovoposição. É a principal causa de perdas econômicas por causa de miíase. Dá muito prejuízo na agropecuária: queda de produção, prejudica o couro. Adulto copula uma única vez, os sptz ficam armazenados na fêmea, ocorrendo múltiplas fecundações. 
Há deposição dos ovos em mucosas/cavidades naturais (narina, vulva e ânus) e soluções de continuidade da pele (feridas recentes e incisão cirúrgica). A fêmea ovipõe muito. Em menos de um dia a larva penetra. Em 8 dias já se desenvolve em L3. Depois de L3, a larva cai no chão, se enterra, torna pupa, mais ou menos 1 semana já tem o individuo adulto. As larvas se alimentam de tecido vivo do hospedeiro. 
Os animais ficam inquietos. É comum em descorna e cura mal feita de umbigo de bezerros. Infecções secundárias: as larvas de miíase secretam antibiótico potente, enzimas que destroem bactérias, não permitindo infecções secundárias. há queda de produtividade. 
Tratamento/controle: impedir ou restringir o contato das moscas com o individuo. Catação manual (humanos e animais de estimação), usa-se capstar, que causa irritação nas larvas, elas saem. O ideal é tentar fazer a limpeza total, o máximo possível. O mata bicheiras deve se colocar no entorno, e não dentro da ferida. Dentro faz tratamento químico normal. O mata bicheira dentro, vai matar as larvas, causa infecção secundária. Higiene e tratamento adequado das feridas. Cuidado com feridas cirúrgicas. 
Nos EUA foram utilizados insetos estéreis, por radiação. Atualmente não há Cochiomyia nos EUA.
Chrysomya: tem listras transversais, é verde mais brilhante. É uma mosca que causa miíase secundária. Se alimenta de tecido necrosado de animal vivo ou morto. É uma mosca que tem alto grau de sinantropia. É a que chamamos de varejeira. Está mais presente próximo a fezes, e animais mortos. Colocar Chrysomya sp. na prova. Ovoposição em carcaças e matérias orgânicas, como fezes. Tem aparelho bucal lambedor. 
Lucilia sp.: é uma espécie cosmopolita. Também tem coloração verde metálica. Causa miíase facultativa = se alimenta tanto de tecido vivo quanto necrosado, preferencialmente tecido necrosado. Material em decomposição, como fezes e outros materiais orgânicos. O ciclo evolutivo é rápido, cerca de 12 dias. É mais adaptada a climas temperados e frios, há mais problemas no sul com a Lucilia. Para a nossa região, há mais problemas com Chrysomya.
Terapia larval: principalmente com larva de Lucilia. Geralmente se usa uma mosca que se alimenta de tecido necrosado. Às vezes em feridas que não curam, feridas crônicas, com infecções secundárias. se produz em laboratório larvas L1, que são menores, causam menos incômodo. Faz-se emplastro com essas larvas, elas comem tecido necrosado, estimulando a cicatrização do local. Após uns 2, 3 dias, retira-se as larvas. além de estimular a cicatrização, há produção de antibióticos, impedindo infecções secundárias.
Mosca do berne: Dermatobia hominis, é importantíssima. É uma mosca grande, de aproximadamente 1,5cm. Ela não tem aparelho bucal, o seu aparelho bucal é rudimentar. Os adultos não se alimentam, vivem da reserva adquirida da fase de larva, por isso a larva de berne é grande, pois precisa fazer reserva grande. não tem dimorfismo sexual! Causa perdas econômicas muito grandes. 20 larvas de berne pode causar a perda de 20kg de peso em animal vivo/ano. O adulto copula várias vezes. Eles nascem só para copularem. Foresia = capturar um outro díptero, principalmente a musca domestica, e faz oviposição em cima desses insetos. A mosca do berne captura a mosca domestica em pleno vôo, e faz oviposição em cima da mosca domestica. É a mosca domestica que carrega os ovos. A mosca do berne fica mais em matas, ela não pode gastar energia voando longe, prefere capturar os insetos que estão perto. Não tem energia suficiente pois não se alimenta. A larva penetra de forma ativa, não precisa de solução de continuidade. Na pele se desenvolve em L2 e L3. O período de parasitismo é grande, de aproximadamente 2 meses. Precisa adquirir muito nutriente. L3 sai do hospedeiro, se enterra, vira pupa, fica 30 dias mais ou menos no solo. O adulto eclode, e vive por volta de 2 dias. a larva L3, tem o corpo coberto de espinhos, para se fixar no hospedeiro. Essa larva não secreta nenhuma enzima que mata bactérias, ela precisa de bactérias para se alimentar, pois as bactérias causam reação purulenta, ela se alimenta desse pus. Há várias espécies que podem funcionar como espécie forética, dentre elas: musca domestica, Stomoxys calcitrans. Causa a miíase nodular cutânea ou furuncular. 
Tratamento/controle: raspar os pelos da região. Colar um pedaço de esparadrapo, deixar por uma hora: a larva fica sem ar e sai. Tratar a ferida. Controle dos foréticos.
Gasterophilus sp.: é rara na nossa região. Dá larva em estômago e duodeno dos equinos. Não é uma miíase externa. G. nasalis, mais comum no Brasil. Ela ovipõe no pelo no animal, geralmente na região do pescoço. Esses ovos vão eclodir. L1 penetra na mucosa bucal, mudam para L2, saem da mucosa, sendo deglutidas. Vai para no estomago ou duodeno. Vira L3, vai parasitar. Sai nas fezes, no solo, vira pupa, adulto. Tem um período muito grande de parasitismo, L3 parasita por quase 1 ano. Isso causa muita cólica em eqüino. Pode ter periodontite, glossite, ulcerações gástricas, etc. 
Oestrus sp.: causa miíase nos seios paranasais, principalmente em ovinos e caprinos. Mais na região sul e nordeste, onde há muita criação de caprinos. As fêmeas depositam os ovos na narina. É vivípara, libera larva dentro do nariz no carneiro.

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