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Patologia aula 11

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Eventos celulares da inflamação
No processo de limpeza do tecido lesado, células que morreram, corpos estranhos, são eliminados. Essa reação inflamatória, o acúmulo de células na reação inflamatória é feita principalmente pelos vasos sanguíneos. Proteínas plasmáticas vão colaborar com a fagocitose, opsonizando (por exemplo) os antígenos. Alterações vasculares ajudam as células chegarem ao local = vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular. 
Entre as células que participam da reação inflamatória, as células endoteliais são fundamentais. Atualmente sabe-se que são extremamente dinâmicas, participam ativamente da reação inflamatória. As células endoteliais fazem a retração endotelial, permitindo a saída de líquidos. Além de permitir a saída de líquidos, essas células expressam, em um local inflamado, moléculas de adesão. Essas moléculas são importantes para que a célula consiga aderir à parede do vaso, e sair do vaso. É como se esse vaso se tornasse pegajoso para as células. Há alteração do fluxo axial, as células tendem a correr na periferia do lúmen vascular. As células endoteliais podem se tornar pró-trombóticas, permitindo a agregação plaquetária. 
Células próprias do tecido: antes da injúria, já estão no tecido. Mastócitos, fibroblastos e macrófagos (também chamados de histiócitos). Essas células vão participar de forma variável na reação inflamatória.
Mastócitos: são células bem grandes, com núcleo redondo, repleto de grânulos citoplasmáticos. Um mastócito não ativado tem tantos grânulos que normalmente não se vê o núcleo. Geralmente esses grânulos se coram no azul de toluidina e não no HE. Ao redor de vasos sanguíneos e em locais de contato com o exterior (como mucosas), há muitos mastócitos. É considerada uma célula de alarme. É um dos primeiros a mostrar que teve uma lesão tecidual. Além de sinalizar, age também. Essas células reagem muito rápido a estímulos: estímulos físicos, imunológicos (quando o individuo é alérgico contra alguma coisa), estímulos químicos, reação antígeno-anticorpo. Degranulação de mastócito: quando, após uma injuria ou por mediadores químicos, libera seus grânulos, que são ricos principalmente em histamina (vasodilatador e aumento de permeabilidade vascular) e heparina (anticoagulante). No choque anafilático, em vários locais do organismos mastócitos degranulam, isso leva a vasodilatação generalizada, resultando em choque. A histamina também é capaz de fazer contração de musculatura lisa. O mastócito tem papel muito importante na resistência a parasitos, helmintos em especial. A ação da histamina: contração da musculatura lisa, causa diarreia que pode eliminar parasitos. 
Fibroblastos: vão participar mais da reparação tecidual. Participa da inflamação crônica. 
Macrófagos: também são chamados de histiócitos. São células fixas, estão presentes em vários tecidos: células de kupffer (macrófagos no fígado), macrófagos alveolares, macrófagos peritoniais. Se uma área é lesada, esses macrófagos fagocitam e produzem mediadores como interleucina I e TNF (fator de necrose tumoral), que são citocinas de alarme: essas citocinas vão atuar sobre outras células. Por causa dessas citocinas, que o endotélio sabe quando expressar as moléculas de adesão. Células da microglia, no SNC, são macrófagos modificados.
Células migratórias (leucócitos): são divididas em polimorfonucleares (neutrófilos, eósinófilos e basófilos) e mononucleares (linfócitos e monócitos). Cada uma das células tem atividades mais ou menos específicas. O reconhecimento e quantificação das células, permite supor o agente causal, ou grupo de agentes causais. A proporção relativa dessas células varia de espécie para espécie. O cão tem uma resposta eminentemente neutrofílica. Já bovinos, são mais ricos em linfócitos. Essas células são produzidas na medula, caem na circulação, têm tempo variável de vida, e são descartadas. 
Polimorfonucleares: têm o núcleo lobulado.
Neutrófilo: tem os grânulos, que geralmente não são vistos na coloração de HE. É muito importante. Produtos bacterianos atraem muito essa célula. Ela tem uma grande atividade fagocitária para bactérias. Uma área muito rica em bactérias, normalmente a primeira célula que chega é neutrófilo. Neutrófilos acumulados sugerem infecção bacteriana. Geralmente é a primeira célula a chegar à região lesada. Os neutrófilos fagocitam, e se não morrerem nesse processo, vão morrer por apoptose.
Eonsinófilo: tem grânulos róseo-alaranjados. É uma célula pequena, se comparada com o monócito. É atraído em duas situações principais: infestação parasitária e/ou alergias. Atualmente, em seres humanos, as alergias são mais comuns que parasitoses. Em cães, a mesma coisa. Esses grânulos eosinofílicos, são ricos em algumas proteínas (como a proteína básica principal), que são capazes de quebrar a quitina de parasitos. Larvas que migram para os tecidos são atacadas por eosinófilos. Depois de morrer, há formação de um pequeno granuloma, pode ter calcificação. Os grânulos têm histaminase. É possível que os eosinófilos vão para o local para o controlar o excesso de histamina que está sendo liberada. 
Basófilo: em mamíferos é bem mais raro. Em aves e répteis, há muitos basófilos. Sua função não é muito conhecida. HE não demonstra basófilos. É possível que haja mais basófilos do que se vê. Está presente na reação a carrapatos, em pele. 
Mononucleares:
Linfócito: a morfologia está associada a muitas células diferentes. Sua função é de reconhecimento, é a única célula que consegue reconhecer antígeno especificamente. Tem outras funções como a produção de citocinas, que ativam ou modulam outras células. Produz anticorpos, que são opsoninas, que permitem outras células reconhecerem. Se um antígeno estiver recoberto por anticorpos, a fagocitose feita por um macrófago, por exemplo, será bem mais fácil. Linfócito TCD8 tem capacidade de reconhecer antígeno e destruição da célula infectada. Pode induzir a morte celular (apoptose), ou utilizar perfurinas para matar a célula. Sua presença em tecido vai mostrar que, normalmente, está ocorrendo uma reação a vírus. Inflamações auto-imune. Granulomas. Em tecidos, em especial, no SNC, a presença de linfócitos é indicativo (não posso afirmar) de infecção viral. Normalmente são células arredondadas com núcleo grande, ocupando quase toda a célula. Quando está na forma de plasmócito, é mais alongado, tem o núcleo mais deslocado.
Monócitos: ao saírem do vaso sanguíneo, se tornam macrófagos. A atividade principal do macrófago é fagocitose. Na circulação sanguínea, essas células podem fagocitar mas com uma capacidade limitada, não podem estar muito ativadas. Vamos ver o por que.
Em uma reação inflamatória, a reação aguda, é mais caracterizada por polimorfonucleares. Conforme passa o tempo, os mononucleares tendem a aumentar em quantidade. 
Fagocitose e ativação celular
Um macrófago “vê” as bactérias, pois essas estão recobertas por anticorpos. Elas reconhecem, emitem pseudópodes, e captam as bactérias. Fagossoma: material ingerido pelo macrófago. Na sequencia, lisossomos se fundem com o fagossomo, formando o fagolisossomo, há liberação de enzimas líticas. Além disso, essa célula aumenta a produção de radicais livres = explosão respiratória, a célula gasta mais ATP. Na maioria das vezes, a bactéria morre, e é lisada em pequenos pedaços. Se essa célula não está muito ativada, ou dependendo do parasito, como alguns que impedem a fusão do lisossomo com o fagossomo, o parasito evade, sobrevive mais tempo. É muito importante a ativação da célula. A célula ou adquire funções novas, ou aumenta as funções que já tem. Normalmente, na circulação do sangue as células estão não ativadas ou pouco ativadas. Normalmente citocinas fazem essa ativação, ou os próprios antígenos. Um macrófago ativado destrói leishmania, enquanto um não ativado não é capaz de destruir. 
O neutrófilo, é uma célula pequena, as vezes encontra um antígeno muito grande. Ele não forma um fagossoma, ele joga os conteúdoscitoplasmáticos no meio. Enzimas e radicais livres vão cair tudo no meio externo. Essas enzimas vão atuar no antígeno, mas vão atuar também nas próprias células, podendo levar a uma lesão tecidual = fagocitose frustrada. 
As células não podem estar muito ativadas no sangue, pois degranulação iria ocorrer muito, lesaria o endotélio vascular, ativaria cascata da coagulação. Na septicemia acontece isso, evolui para sepse. 
PADROES MORFOLOGICOS DA INFLAMAÇÃO: TIPOS DE EXSUDATO
Exsudato: material que se acumula fora dos vasos sanguíneos (proteínas, líquido e células), se acumula na área inflamada. É ele que exerce o papel da inflamação. Há as células fagocitárias. Esses exsudatos podem ter aspectos distintos conforme a idade da inflamação ou agente que está causando a inflamação. Conforme o tipo, se dá um nome à inflamação.
Inflamação serosa: presença de exsudato seroso. O líquido que se acumula tem aspecto seroso, sugere soro sanguíneo, é um liquido claro. É quando começa a reação inflamatória. Está presente também em inflamações mais brandas, geralmente está associado a inflamações mais brandas. Macroscopicamente é aquoso, às vezes ligeiramente amarelado, é translúcido. Pode ser confundido com transudato, que é aquele acúmulo circulatório. Acúmulo de transudato normalmente não está associado à hiperemia, a região está fria. Já no caso de acúmulo de exsudato, hiperemia, dor, e calor. Se for em cavidades, não é possível fazer microscopia. Se for em tecidos: há distensão de tecidos, por material eosinofílico. Rinite serosa: o muco/catarro é bem líquido.
Inflamação catarral ou mucosa: tem uma distribuição um pouco mais restrita. Presente em alguns locais onde tem células caliciformes, ou glândulas mucosas. As mucosas produzem muco. Sistema digestório e sistema respiratório. Não existe muco cerebral, não terá inflamação catarral em encéfalo. Irritações de mucosa, doenças parasitárias: parasitos no intestino costumam provocar uma inflamação catarral. No sistema respiratório, quando há irritações, há catarro. Sempre há catarro nas mucosas. Durante a inflamação, as glândulas sofrem hiperplasia e hipertrofia, passam a produzir mais. O muco é viscoso: envolve o agente, fica preso, ajuda a proteger as mucosas. Enterite catarral geralmente está associada com infestações parasitárias. Na macroscopia: acúmulo no sistema digestório ou respiratório, de um material viscoso, gelatinoso. Esse material é ligeiramente opaco, mas pode mudar de cor em função da sobreposição de outra inflamação, pela presença de outro tipo de exsudato. Pra que seja inflamação, há uma hiperemia associada. O catarro prende partículas, bactérias. Microscopia: tem hiperemia, presença de células inflamatórias, há um aumento no tamanho e número de células caliciformes e/ou glândulas mucosas. 
Inflamação fibrinosa: é rica em fibrina, que vem do fibrinogênio, normalmente é produzida pela coagulação do sangue. É característica de serosas das cavidades. É mais característica na parte externa dos órgãos da cavidade abdominal e torácica. Se saiu fibrina para fora dos vasos, isso significa que o aumento da permeabilidade vascular foi muito grande. fibrinogênio é uma proteína bem grande. É uma reação inflamatória bem mais intensa. Está associada com a presença de bactérias. Se houver uma perfuração intestinal, muitas vezes essa fibrina que sai, consegue tapar o buraco. Além disso, ajuda os neutrófilos na sua migração. Quando há perfurações, esse tipo de inflamação geralmente está associado. Retículo-pericardite traumática: ocorre em vacas, é caracterizada por um objeto perfurante ingerido acidentalmente, o objeto cai dentro do estômago, perfura retículo, diafragma e pericárdio, causa uma pericardite, normalmente a inflamação é fibrinosa. Na peritonite infecciosa felina, também é comum esse tipo de inflamação. Macro: inicialmente, quando a fibrina começa a se depositar, a serosa que era brilhante começa a ficar fosca. Forma material flocoso, que recobre aquele tecido. Na microscopia: presença de fibrina, um filamento róseo. Essa inflamação pode assumir algumas características. Espessa camada de fibrina = pseudomembrana, recobre úlceras inflamadas. Inflamações graves do sistema digestório ou respiratório, às vezes formam moldes de fibrina dentro dos tubos. Molde de fibrina dentro do intestino: massa de fibrina no formato do intestino, preenche o lúmen. 
Inflamação purulenta ou supurativa: é bem comum. Há o acúmulo nos tecidos de pus. Pus = necrose liquefativa por ação de enzimas líticas de neutrófilos principalmente. No pus há neutrófilos vivos, material liquefeito, detritos celulares, enzimas dos neutrófilos. O pus surge em situações principalmente de infecções bacterianas, onde há grande quantidade de neutrófilos. Pus sugere uma infecção bacteriana. Aspecto macroscópico: cremoso, cor de creme, amarelo, esverdeado, vermelho tijolo (presença de sangue geralmente). Pode assumir aspecto caseoso. Na microscopia, é caracterizado principalmente pela presença de neutrófilos. No caso da inflamação purulenta a hiperemia é muito mais intensa, por ação das bactérias. Dependendo da forma como o pus se acumula, pode ter nomes variados. Quando se acumula em uma cavidade, e é envolto por uma cápsula: abscesso. Flegmão: reação inflamatória com exsudato purulento se espalha pelos tecidos, normalmente abaixo de epitélios, como pele. Empiema: acúmulo de pus em cavidades. Empiema da cavidade torácica, empiema da cavidade abdominal. Algumas bactérias são chamada de piogênicas porque mais do que outras, causa o acúmulo de pus: E. coli, é um exemplo. 
Inflamações hemorrágicas: não são muito distintas, pode se sobrepor a qualquer uma. Está associada com uma lesão vascular. É um exsudato hemorrágico. 
Úlceras: perda de tecido por necrose, a perda de tecido ultrapassa a camada basal. Mais superficial: erosão. Na úlcera, no fundo da úlcera, há acúmulo de exsudato inflamatório, com halo hiperêmico. Algumas úlceras são associadas com inflamações, ou vice-versa. Animal que está tomando antibiótico: gastrite ulcerativa. 
Os exsudatos explicitados estão presentes em inflamações agudas. No final, o tecido pode sofrer uma reparação. Com freqüência, há uma sobreposição ou sequencia dos exsudatos. Inflamação fibrino-purulenta, por exemplo.

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