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Patologia aula 15

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Inflamação crônica
Inflamação crônica: quando o agente lesivo persiste. Persistência: não é um trauma único, não é uma injúria única, o agente injuriante persiste ou porque a inflamação aguda não consegue eliminar, ou porque há persistência da lesão. A diferença dessa inflamação, é que tem como característica principal, ela ser proliferativa, ao contrário da aguda que é exsudativa = tem como conseqüência a formação do exsudato = acúmulo de líquidos, células no tecido, que levam à formação do tumor. Na inflamação crônica há uma proliferação tecidual. Independente da causa da inflamação crônica, ela SEMPRE, de inicio, passa por uma inflamação aguda. As reações inflamatórias têm a fase aguda, se persistir, passa a ser crônica. Proliferação: há uma sobreposição de células inflamatórias e proliferação tecidual conjuntiva com fibras colágenas e vasos novos. Não forma exsudato em grande quantidade, há proliferação de tecido conjuntivo. Nesse caso, as células inflamatórias são principalmente mononucleares (macrófagos, linfócitos, plasmócitos). Na inflamação aguda prevalece polimorfonucleares, neutrófilos principalmente, fazendo que há os sinais cardiais da inflamação. Na crônica, há dominância de mononucleares (macrófagos e seus derivados – podem originar diferentes tipos celulares). Na macroscopia, em função desse tecido conjuntivo, não há os sinais cardiais da inflamação (tumor, rubor, etc), tem proliferação do tecido conjuntivo, que dá consistência dura ao tecido, cor clara, há retrações, deformação de tecidos. Na verdade, há uma sobreposição entre reação inflamatória e cicatrização. 
Agentes responsáveis pela inflamação crônica: alguns agentes inertes e insolúveis, usa-se o termo mais comum = corpo estranho. São agentes que não são vivos, são inertes, insolúveis (o fagócito não consegue fagocitar e eliminar), portanto, aquele material permanece nos tecidos. Há uma reação inflamatória aguda no começo, como não é possível fazer a limpeza, aquilo fica, formando reação inflamatória crônica. Exemplo: vidro, pelos, fio de sutura de algodão, fragmentos de madeira, etc. 
Outros são agentes antigênicos: são biológicos, capazes de sobreviver à resposta imune. Tuberculose é agente típico, o bacilo da tuberculose quando encontra uma reação inflamatória não modulada por resposta imune (não ativados), ele inibe a fagocitose. Agente da hepatite B, em humanos. No fim há uma proliferação de tecido conjuntivo no fígado, há uma substituição de tecido hepático por tecido fibrótico. Leishmania também. T. cruzi também entra nessa situação, o coração fica insuficiente pois sofre cicatrização, o coração perde a contratilidade. Alguns agentes antigênicos aprenderam a evadir da resposta inflamatória. Posso ter inflamação crônica, não pelo fato do patógeno evadir à resposta imune, talvez é porque está havendo infecções repetidas. 
Agentes piogênicos: são bactérias que levam à produção de pus, mas estão em uma localização que impede a eliminação. 
A inflamação crônica tem como função tentar separar um agente que não pode ser eliminado pela inflamação aguda, deixar esse agente à parte do organismo, tentar isolá-lo. Contudo, se a cronicidade permanecer, como no caso de uma nefrite crônica, há perda de boa parte de túbulos, glomérulos, levando a fibrose renal.
A inflamação crônica pode ser classificada de duas formas:
Inespecífica: as células inflamatórias estão dispersas no tecido, não há uma organização. Inflamação intersticial crônica do rim: vejo glomérulos, túbulos, entre eles proliferação de tecido conjuntivo e células inflamatórias.
Específicas: a reação inflamatória se organiza em nódulos, há uma organização nodular. Nódulo = formação arredondada, maciça, mas não especifica de que é constituído. Esses nódulos são chamados de granulomas. Em muitas situações, a reação inflamatória tem uma estrutura bem definida = granulomas. São grandes, 1-2mm de tamanho, podem se coalescer, formando granulomas grandes, visíveis a olho nu. 
Normalmente há uma área central, no centro há o agente etiológico, que não foi eliminado. Essa área central do granuloma, com freqüência é uma área necrótica. Ao redor da área necrótica há um colar de células, principalmente macrófagos e células que derivam de macrófagos. Mais externamente, pode ter um colar de linfócitos (TCD4, TCD8), e ainda mais externamente, uma cápsula de tecido conjuntivo. Essa estrutura com o agente causal no centro (parasito, fungo, etc), ao redor células inflamatórias, cápsula de tecido conjuntivo = granuloma. Esse é o tipo genérico de um granuloma. 
Granuloma desencadeado pelo mycobacterium tuberculosis: granuloma que vai ser encontrado com freqüência em pulmões, linfonodos que drenam pulmões, podem ser encontrados também em baço, fígado, SNC, intestino. No centro vai estar o mycobacterium, com freqüência esse bacilo está no meio de uma necrose caseosa (associada à tuberculose). Um granuloma desses pode permanecer por anos. Pela persistência desse granuloma, a área necrosada pode sofrer calcificação. É por isso que a lesão de tuberculose range ao corte. Radiografia também ajuda, o cálcio é radiopata, ao tirar raio X vê-se manchas brancas. Ao redor há células inflamatórias, principalmente as células epitelióides = derivam de macrófagos, são macrófagos que se modificaram. Receberam esse nome pois se parecem com epitélio, as extremidades, beiradas das células, se comunicam, não há junção, mas eles se interdigitam. Esses macrófagos fagocitam pouco mas liberam muitas citocinas. Encontra-se também macrófagos, e células gigantes = são macrófagos também, que se uniram, formam grandes células multicelulares. No caso da tuberculose, há as células gigantes, tipo langhans = é uma célula gigante, onde os núcleos se dispõem em forma de ferradura. No caso da tuberculose, ou no caso de granulomas por agentes antigênicos, encontra-se as células gigantes de Langhans. Nesses antigênicos há muitos linfócitos também. Há por fim a cápsula conjuntiva. O granuloma é importante, pois boa parte dos agentes fica restrito. O problema é quando o individuo tem muitos granulomas nos pulmões, dificultando a respiração. Esse granuloma descrito é um granuloma epitelióide, o granuloma tuberculoso é um granuloma epitelióide.
Agora se há um corpo estranho no tecido, um graveto. Há formação de granuloma. Pode ter necrose, não necessariamente caseosa, pode ser mais liquefativa. Ao redor há macrófagos. Tem muito menos linfócitos. As células gigantes são do tipo corpo estranho = núcleos distribuídos aleatoriamente no citoplasma. esse granuloma é denominado granuloma corpo estranho.
Parasitos que migram pelos tecidos, são mortos, forma granuloma parasitário. Com freqüência, há o parasita morto dentro, necrose, células inflamatórias, geralmente há muitos eosinófilos participando do granuloma. Com freqüência calcificam. 
Parte do Matias acaba aqui.
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Alterações do desenvolvimento, do crescimento e da diferenciação celular
Alterações do desenvolvimento = congênitas. Crescimento = adquiridas. Diferenciação celular = ambas. 
Essas alterações ocorrem quando o indivíduo não é um individuo normal. Principalmente quando as alterações são significativas. Ciência que estuda os “monstros”, ou seja, indivíduos que têm alterações, duas cabeças: teratologia. Hemitérios: apresentam pequenas alterações, como aquelas do desenvolvimento: agenesia (falta algum órgão), estruturas extranumerais (dedos em maior número), fissuras labiais, palatinas, fissura da linha Alba. Hemitérios são indivíduos com pequenos defeitos, mas que podem levar a problemas graves. Ainda nos hemitérios, pode ter persistência de estruturas fetais: forame oval, é um exemplo, estruturas que estão presente no feto, têm que desaparecer com o nascimento. Na veterinária ocorre muito fusão de caracteres sexuais, geralmente vacas que têm gêmeos (um macho e uma fêmea), há impregnação de hormônio masculinona fêmea, ela tem características masculinas. Hermafroditismo verdadeiro: pode persistir algumas estruturas, o animal apresenta dois sexos, embora um seja mais rudimentar, outro mais desenvolvimento = fusão de caracteres sexuais. Ainda como hemitério, deslocamento de órgãos ou tecidos = tecidos fora da posição normal. Essas estruturas podem migrar para outro local, como exemplo, tecido tiroidiano às vezes é encontrado dentro da cavidade torácica. 
Monstros: há os duplos inteiramente separados, únicos, duplos com duplicidade. Duplos inteiramente separados: geralmente é amorfo, não tem forma normal. Podem ser gêmeos que nasçam com aparência diferente. Monstros únicos: geralmente apresentam falta de alguma estrutura, como no caso de agenesia, anencéfalos, acrania, ciclopia (fusão dos globos oculares, forma só um globo ocular na região central da cabeça). Há também os monstros duplos com duplicidade: o exemplo típico são gêmeos siameses, que são ligados por alguma parte corporal. Toracopagos: gêmeos siameses ligados pelo tórax. Diprosopo: duas cabeças. Schistosomus reflexus: geralmente é um monstro único, tem dobramento da coluna vertebral e a exposição das vísceras abdominais. 
Gênese = origem, causa, principio. 
Plasia = ação de modelar, de dar feição a algo, de formar. 
Trofo = ação de alimentar, alimento, nutrição. 
Agenesia
Não origem de órgão, ausência inicial de desenvolvimento. Não há o órgão, nem rudimentar. A agenesia de um órgão único geralmente vai comprometer o desenvolvimento ou até a vida. Se for órgão duplo, pode ser unilateral (nasce só com um rim, por exemplo, nem origem teve, se encontrar um resquício, já não é agenesia, é hipoplasia ou aplasia) ou bilateral (nasce sem os dois rins, o individuo vai morrer). Quando o órgão afetado é único e é essencial a vida, geralmente é letal, o individuo já nasce morto. Na macroscopia, vai se notar a ausência completa do órgão. Aqui falta a estrutura embrionária.
Merocrania: quando não desenvolveu todo o encéfalo. Anencéfalo: não tem encéfalo, tem tronco cerebral. Agnatia = falta de mandíbula. Aciclopia: um globo ocular só, ou fusão dos dois. Amelia = falta de membros. 
Aplasia = não formação, ausência de formação. É diferente da agenesia, pois aqui tem a estrutura embrionária que formaria o órgão, contudo essa estrutura não se diferencia, não tem formação da estrutura. Tem como caso aqui a microcefalia = começou a formar a cabeça e parou. Quando o órgão afetado é único e essencial a vida, o animal às vezes já nasce morto. Aplasia segmentar: pode ocorrer em órgãos ocos, segmentares, como intestinos, esôfago, útero. Tem uma porção normal do intestino, de repente uma porção é fechada. 
Hipoplasia = começa a ter a formação do órgão, mas para. Geralmente é um órgão menor com função reduzida. É muito comum nos rins. Hipotrofia = o órgão cresceu até o normal, mas diminui de tamanho, geralmente ocorre por falta de nutrição. Um rim hipoplásico, a cápsula dele vai estar normal, cresceu juntamente com o órgão. Um rim que cresceu, e depois encolheu, a cápsula vai ficar enrugada, pregueada. Se não houver cápsula, macroscopicamente não consigo diferenciar se é hipoplasia ou hipotrofia. Se não tiver cápsula, só microscopicamente para definir. Hipoplasia de esmalte dentário. Hipoplasia de testículo, geralmente testículos criptorquídicos. Hipoplasia de mandíbula, maxila, algumas raças de cães são predispostos a isso, como boxers. 
Atresia = ausência de perfuração. Ocorre geralmente em estruturas ocas, tubulares. Não forma a luz da estrutura tubular. Podem ter fístulas, comunicação entre aparelho digestório e genito-urinário. É comum em casos de atresia anal, há uma fístula entre o reto e a vagina, a fêmea passa a defecar pela vagina. 
Estenose congênita ou constrição: há estenose adquirida, estamos falando da congênita. É o estreitamento de uma abertura natural ou da luz de um órgão. É uma forma mais branda de atresia, abre, mas a abertura não é do tamanho normal, abre pouco. Nas valvas cardíacas pode ter estenose congênita. No sistema de circulação do líquor, pode ter estenose também, entre os ventrículos encefálicos. 
Fístula: comunicação anômala entre duas estruturas. Há congênita e adquirida. Colostomia: faz uma fístula com o intestino, coloca uma bolsa. Fístula reto-vaginal: é uma comunicação anômala. Tem fístula reto-vesical = reto com a bexiga. Traqueoesofágica = tem comunicação da traquéia com o esôfago, o que ele come vai para os pulmões, pneumonia crônica por corpo estranho.

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