Buscar

Patologia aula 17

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Neoplasia
Oncologia: é um ramo da medicina que estuda os tumores. Faz parte da patologia, da clínica. As proteínas plasmáticas têm função oncótica: retêm água, provocam um tumor. Oncologia = estudo dos tumores. Existem uma diferença para neoplasia = nova formação, é uma neo formação. 
Neoplasia: é uma proliferação local de clones celulares atípicos, sem causa aparente, de crescimento excessivo, progressivo, ilimitado, incoordenado, autônomo, irreversível, e com tendência à perda da diferenciação celular. 
Quanto à autonomia: embora se nutra à custa do organismo, o tumor vai crescer independente do organismo ter nutriente ou não, o tumor pega nutrientes para ele. Se o animal não estiver ingerindo nutrientes, ele induz catabolismo, o animal fica caquético. 
Irreversível: há alguma causa que inicia essa proliferação, há um estímulo. Mas depois que esse estímulo desaparece, a proliferação continua. Gastrites crônicas são estímulos que podem levar ao câncer. Radiação solar é outro estímulo. Mesmo cessado o estímulo, o câncer persiste.
Neoplasia primária: origem do tumor.
Neoplasia secundária: metástase. 
Características: progressividade, independência, irreversibilidade. 
Progressividade: crescimento excessivo e incoordenado. 
Independência: a célula tumoral não responde aos mecanismos de controle do organismo. As células NK não conseguem reconhecer essas células tumorais. 
Irreversibilidade: mesmo com o estímulo acabado, as células continuam se multiplicando. 
Nomenclatura e classificação
Uma das influencias da epidemiologia é idade. Cães e gatos atualmente têm vida prolongada. A nomenclatura primeiro vai seguir a origem do tumor, depois comportamento. 
Comportamento: benigno ou maligno.
Origem: epitelial, mesenquimal, se forem benignas, têm sufixo OMA. Epitelial maligna: carcinoma. Mesenquimal maligno: sarcoma. 
Benignos epiteliais: tumor de mama: adenoma de glândula mamária. Tireóide: adenoma da tireóide. Adenoma hepático ou hepatoma. Adenoma = tumor benigno de glândula.
No caso de mesenquimal benigno: tecido adiposo = lipoma. Fibroma = de fibrócitos. Músculo estriado = rabdomioma. Músculo liso = leiomioma. Tumor de músculo (liso ou estriado) = mioma.
Exceções: melanoma. Sempre é maligno. Radiação não atinge, pois é a célula que filtra radiação. Linfoma = é maligno, pois causa metástase. Não há linfoma benigno, é tumor de linfócitos. 
Malignos epiteliais: carcinoma hepático ou hepatocarcinoma. Carcinoma de mama.
Malignos mesenquimais: fibrossarcoma, lipossarcoma, rabdomiossarcoma, leiomiossarcoma. 
Há também de origem embrionária. Há dois tipos. Teratomas e os blastomas. Teratoma: tumor monstro, dá em células germinativas. São tumores de testículo e ovário. Blastoma: o tumor se diferencia para algumas células que são precursoras de outros órgãos. Nefroblastoma, neuroblastoma. 
Outras classificações são quanto a: localização (na mama, se é no túbulo, no ácino, na papila), diferenciação (se é diferenciado ou indiferenciado), morfologia (vegetante, ulcerado, etc).
Coristoma e hamartoma (?): não são tumores, são erros de crescimento. Pintas entram nessa classificação de hamartomas, não são tumores. Coristomas: são distopias. Um pedaço de tecido tireóideo na cavidade torácica = é um coristoma. Tem a tireóide normal, e mais um pedaço no tórax.
Ocorrência de tumores: em vegetais, invertebrados, vertebrados. Anfíbios têm carcinomas renais. Em torno de 60% das neoplasias de animais domésticos são encontrados em aves. A maioria nas aves é causado por vírus. Em humanos, especula-se que muitas leucemias são causadas por vírus. Dos animais domésticos, os que menos têm tumores são suínos, até porque não vivem muito. Não é comum tumor de mama em vacas, pois elas amamentam muito. Já cadelas, é muito comum tumor de mama, pois geralmente não cruzam, são expostas a hormônios. 
Epidemiologia em animais não humanos: espécie e idade. A causa pra câncer são mutações genéticas, quanto mais tempo o animal vive, maiores as chances de terem mutações genéticas. 
Epidemiologia no homem: idade, hábitos e costumes (em judeu é praticamente inexistente neoplasia de pênis, pois faz circuncisão; quanto mais a mulher amamentar, menor chance de tumor de mama), profissão, nível sócio-econômico. Ingestão excessiva de calorias aumenta a chance de ter câncer. 
Comportamento: benigna, maligna, borderline (mais na medicina humana, na veterinária não). 
As neoplasias benignas podem ter disendocrinias = provocam alterações hormonais. Isso ocorre em neoplasias de glândulas. Tumores de glândulas, vai produzir muito T3 e T4, pode levar a morte. Tumores benignos de glândulas, mesmo sendo benignos podem matar, vão causar uma alteração no funcionamento do organismo. Tumores de pâncreas, podem levar a hiperinsulinemia, levando a hipoglicemia. Feocromocitoma, tumor de adrenal, pode levar a arritmias e matar, pela produção excessiva de adrenalina. 
Mastocitoma: mastócitos degranulam, geralmente levam a choque. É considerada maligna.
Tumor benigno com evolução maligna: como exemplo, um tumor que cresce no encéfalo, próximo ao centro que controla a pressão arterial. 
Características diferenciais entre neoplasias benignas/malignas:
Tipo de crescimento: benigno = expansivo/compressivo. Maligna = infiltrativo/destrutivo. 
Velocidade de crescimento: benigna = usualmente lento. Maligna = rápida.
Evolução: benigna = pode estacionar ou regredir. Maligna = raramente estaciona geralmente progressivo até o êxito letal. 
Limites: benigna = geralmente o limite é nítido, às vezes com cápsula. Maligna = geralmente não se vê limites, é difícil determinar limite. 
Ulceração: benigna = pouco frequente. Maligna = quase constante.
Metástase: benigna = ausente. Maligna = frequentes.
Recidivas: quando se tira o tumor e ele volta em 5 anos. Benigna = quase sempre ausentes. Maligna = frequentes.
Anemia/caquexia: rara (benigna), frequentes na maligna.
Degenerações, necroses, hemorragia: escassas ou ausentes em neoplasia benigna, muito frequente em maligna. Falta sangue para o tumor maligno, ele cresceu muito rápido, não deu tempo de crescer suprimento sanguíneo, um pedaço do tumor necrosa. 
(PROVA): diferenças entre tumores benignos e malignos (tabelas dos slides). 
Vascularização: quase normal (benigna). Maligna: aumentada e ainda assim deficiente.
Freqüência de mitoses: raras. Numerosas.
Celularidade: normal ou aumentada. Muito aumentada.
Tamanho e forma celular: regular e isomorfa. Pleomorfismo (atipia celular). 
Citoplasma: semelhante ao da célula de origem. Escasso, basófilo (muito RNA). 
Núcleo: semelhante ao da célula de origem. Atípico, hipercromático discariótico, pleomórfico, com maior quantidade de nucléolos (é onde tem o RNA lipossomal).
Relação núcleo/citoplasma: semelhante ao do tecido de origem. Aumentada (núcleo maior, citoplasma menor), ficam parecidas com linfócitos.
Alterações cromossômicas: raras. Frequente.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais