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O Mercado de Software 
 
 
Deste total de US$ 15,36 bilhões, o segmento de serviços representou US$ 9,9 bilhões (64,5%), 
o segmento de software representou US$ 5,45 bilhões (35,5%), a exportação de serviços 
movimentou US$ 271 milhões e a exportação de software gerou US$ 92 milhões. 
Sendo que 71% do faturamento do segmento de software (US$ 3,88 bilhões) vêm de produtos 
desenvolvidos no exterior. Enquanto que 97,5% do segmento de serviços (US$ 9,64 bilhões) 
vêm de serviços da indústria nacional. 
O Brasil tem 47% de participação no resultado de US$ 65 bilhões da América Latina no setor. 
Conforme o estudo realizado pelo IDC, o mercado brasileiro de software e serviços teve nos 
anos de 2005 a 2008, crescimentos superiores a 20% por ano, mais especificamente, de 24% em 
2005, de 23% em 2006, de 22% em 2007 e de 35% em 2008. 
Segundo a avaliação do presidente da ABES, Gerson Schmitt, o ritmo de crescimento em 2009 
foi afetado pela crise econômica global e a alta do dólar. Ele afirma que o Brasil precisa rever 
seu modelo de negócios, atualmente concentrado em serviços, e passar a apoiar o 
desenvolvimento de software, que tem maior valor agregado, para conquistar posições 
superiores no ranking global do setor. 
O setor brasileiro é composto de 94% de micro, pequenas e médias empresas. 
Os segmentos de finanças e indústria, que representam 48,1%, são os principais consumidores 
de software no Brasil. 
Segundo Gerson Schmitt, o potencial para os desenvolvedores de software encontra-se 
especialmente nos segmentos financeiros, de governo eletrônico (e-gov), segurança e em 
sistemas de gestão empresarial (Enterprise Resource Planning - ERP). 
Sharma (2010) apresenta que as maiores empresas indianas de terceirização de serviços de 
tecnologia da informação (TI), como Tata Consultancy Services Ltd. (TCS), Infosys 
Technologies Ltd., Wipro Ltd., divulgaram resultados financeiros robustos em 2010, 
beneficiadas pela recuperação mundial nos gastos com TI por clientes como bancos e 
seguradoras e pelo interesse em terceirização como medida de redução de custos. 
As maiores empresas indianas do setor têm mais de 100.000 empregados, e acrescentam 
milhares de novos empregados cada vez que a demanda sobe e elevam salários para manter os 
funcionários. 
 
 
A TCS de Mumbai, Índia, maior empresa indiana de terceirização de serviços de TI, com 
faturamento anual de US$ 6,3 bilhões, contratou 8.358 empregados no semestre de 2008 e 
aproximadamente 30.000 no semestre seguinte. 
O mercado de software foi favorecido pelo interesse de empresas pela renovação de 
infraestrutura de TI, que no primeiro semestre de 2010 obteve um crescimento acima da média 
do mercado, de 20% segundo a ABES. 
Paula Bellizia, diretora de marketing e negócios da Microsoft, afirma que a cada sete segundos 
uma licença do Windows 7 é vendida no mundo e que o Brasil é onde a Microsoft tem avançado 
mais em sua estratégia com o Azure, modelo de computação em nuvem (clould computing) em 
que o Windows passa a ser alugado. O desempenho com o pacote de sistemas de produtividade 
Office 2010 também está acelerado. A versão teste do Office 2010, oferecida por meio de 
download pela internet, teve mais de 260 mil downloads no Brasil até junho de 2010. 
Segundo o vice-presidente executivo e financeiro e diretor de relações com investidores da 
TOTVS, José Rogério Luiz, a TOTVS, empresa brasileira de TI, é líder no mercado de ERP nos 
países emergentes e fechou o ano de 2009 com desempenho expressivo, mantendo a expansão 
de dois dígitos verificada nos últimos dez anos. Ele afirma que "o fato de fabricarmos um 
produto de primeira necessidade para as empresas, a ainda pequena utilização de software de 
gestão pelas pequenas e médias companhias no país e o programa do governo sobre a nota fiscal 
eletrônica permitiram o crescimento. Apenas 8% dessas companhias no Brasil têm software de 
gestão, o que mostra o nosso potencial de expansão". Da base de 20 mil clientes da TOTVS, 
cerca de 4,1 mil voltaram a comprar software no quarto trimestre de 2009, um aumento de 23% 
sobre o mesmo período de 2008. Luiz destaca que o volume de investimento a ser movimentado 
no Brasil pela Olimpíada, pela Copa e pela exploração de petróleo nos próximos anos deve 
impulsionar a economia e contribuir para os negócios (FREGONI, 2010). 
Marco Stefanini informa que a Stefanini, empresa de serviços de TI que ele fundou em 1988, 
fechou 2008 com crescimento de 35% e em 2009 obteve receita de R$ 674 milhões, com 
crescimento de 32%. A Stefanini prevê chegar a uma receita de R$ 900 milhões em 2010 com a 
aquisição de novas empresas. A expectativa é adquirir de três a quatro empresas em 2010. A 
expansão internacional é importante para a empresa porque está relacionada a uma das 
principais áreas de negócio da empresa que é o desenvolvimento de software sob encomenda 
para outras empresas. As demais atividades estão relacionadas ao service desk (serviços de 
atendimento técnico), à terceirização de data centers (centro de dados) e às implementações de 
software de gestão. Stefanini revela aos clientes que, às vezes, não importa só o tamanho global 
do fornecedor, mas também manter as operações geograficamente próximas aos clientes vem se 
 
 
tornando um movimento importante, especificamente na Europa e nos Estados Unidos. Dos 7 
mil funcionários da empresa, 1,3 mil estão no exterior, sendo 600 no México (ROSA, 2010). 
O mercado brasileiro de software e serviços sofrerá com a carência de 140 mil profissionais em 
2013, de acordo com o levantamento de 2009 da Associação para Promoção da Excelência do 
Software Brasileiro (SOFTEX), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE).

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