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CONTRIBUIÇÃO PARA SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

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CONTRIBUIÇÃO PARA SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
COSIP: A Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública foi instituída pela Lei nº 5.132 de 17 de dezembro 2009, com a finalidade de custear o serviço de iluminação pública do Município. Contribuinte: é todo aquele que possua ligação de energia elétrica, cadastrado junto à concessionária de serviço público de distribuição de energia elétrica do Município. Valor da Contribuição: O valor mensal da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública será aquele que corresponder à faixa de consumo de energia elétrica indicado na fatura emitida pela empresa concessionária de distribuição de energia elétrica do Município.
O serviço de iluminação pública sempre ensejou controvérsia acerca de seu custeio. Os municípios pensaram em instituir Taxa de Iluminação Pública (TIP) e o STF afastou as taxas de iluminação pública pretendidas. Na Súmula n.670 do STF de 2003, dita “o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa”. Com isso, os entes municipais viram-se desprovidos de uma importante fonte de receitas, razão pela qual pressionaram os membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal com o intuito de obter uma providência legislativa que implicasse em entrada de valores pecuniários nos cofres públicos.
Nesse contexto é que o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional nº. 39, de 19 de dezembro de 2002, para o fim de introduzir o artigo 149-A na Constituição Federal de 1988 e permitir a cobrança da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP).
	Os Municípios e o Distrito Federal poderão por meio de lei Ordinária, instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública (CIP ou COSIP), no bojo da reseva legal deve conter sua alíquota, base de calculo, sujeito passivo, multa e fato gerador. E a partir disso as leis municipais tem disciplinado o assunto em suas esferas respectivas de governo de diferentes formas. Em sua maioria os entes municipais têm previsto a possibilidade de instituição da COSIP, semelhantemente ao que dispõe o art. 1° da Lei Complementar n°. 13.479/2002, do Município de São Paulo. 
Os princípios norteadores a COSIP são: legalidade, irretroatividade e anterioridade. Não lhe é aplicado a anterioridade mitigada ou nonagesimal do §6 do art.195.
O fato gerador da COSIP é a prestação do serviço de iluminação pública, o que denota o caráter vinculado deste gravame genuinamente finalístico. Tendo a atividade estatal mencionada, de se ter a exigência da exação, atrelada à atuação estatal- financiar de um serviço de iluminação pública- Porém, tal fato por si só, não certifica a “ referibilidade” do tributo, pois não e possível definir quais são os usuários do serviço disponibilizado.
Por outro lado, é oportuno observar que, a exemplo do que ocorre no Município de Petrópolis, que em sua Lei Complementar n°. 5.591/2002 determina que nos imóveis não atendidos pelo serviço de energia elétrica a contribuição será calculada a partir das dimensões do terreno, tem-se um critério material diverso, pois a causa de nascimento do tributo não será o "consumir energia elétrica", mas sim, o "ser proprietário de bem imóvel”.
 Nesse caso o campo de incidência da norma coincide com o âmbito de validade territorial da lei, ficando, portanto, circunscrito aos limites interiores do perímetro territorial desse ente federativo . Trata-se de apenas uma das formas de manifestação do critério espacial, e melhor explicado no trecho a seguir transcrito: "hipótese de critério espacial bem genérico, onde todo e qualquer fato, que suceda sob o manto da vigência territorial da lei instituidora, estará apto a desencadear seus efeitos peculiares".
O consequente da norma ou "prescritor" é a parte que regula os direitos e as obrigações das pessoas envolvidas na relação tributária .
O critério pessoal significa que os sujeitos da relação jurídica tributária estão ligados entre si por um vínculo decorrente da lei, e tendo como objeto um prestação qualquer, sendo que sujeito passivo e sujeito ativo se encontram em polos diametralmente opostos nessa relação.
O sujeito ativo (credor) é o titular do direito subjetivo na medida em que pode exigir o cumprimento da obrigação devida pelo sujeito passivo (devedor), que é a pessoa de quem se exige a obrigação.
No parágrafo único do art.149-A da CF, dispõe que é facultada a cobrança de COSIP na fatura de consumo de energia elétrica. Segundo Eduardo Sabbag, a maioria dos municípios cobram esse tributo de modo“ casado” fazendo um ardilosa sistemática, inibitória de litigiosidade, criando uma espécie de blindagem ao mecanismo de cobrança, que se atentem inatacável, por ser impossível a quitação de um sem o fazer em relação ao outro.
 A Lei Complementar n°. 673/2002, oriunda do Distrito Federal, dispõe no §7° do art. 4° - A que: "A receita da CIP será revertida à Concessionária de Distribuição de Energia Elétrica local, responsável pela prestação dos serviços de iluminação pública, Mediante repasse direto da empresa arrecadadora".
Tem-se a denominada parafiscalidade, que ocorre quando pessoa diversa do ente político pode ser sujeito ativo na arrecadação tributária, e em benefício de suas próprias finalidades.
Nessas situações não há transferência da competência tributária* da pessoa política, mas tão-somente da sua capacidade tributária ativa, ou seja, capacidade de integrar a relação jurídica obrigacional.
No formato adotado pelos Municípios tem-se, em síntese, que o sujeito ativo da relação jurídico tributária é o Município ou o Distrito Federal, sendo que, noutro pólo do vínculo, pode estar o consumidor de energia elétrica, o proprietário e o possuidor de imóvel beneficiado ou não pelo serviço de iluminação pública, bem como, em casos extremos, os proprietários ou possuidores de imóveis, ainda que sequer sejam alcançados pelo sistema de distribuição de energia elétrica. 
Os elementos contidos nos textos normativos que permitem a quantificação do valor em dinheiro objeto da obrigação tributária são o que se denomina de critério quantitativo do consequente das normas tributárias, o qual é formado pela conjunção da base de cálculo e Alíquota.
O critério quantitativo da COSIP, adotado pelos entes detentores de capacidade tributária para a sua instituição, tem variado conforme o município instituidor. Mas não só em valores, como também na forma de quantificação, pois em alguns casos apresenta-se como uma quantia fixa e em outros como uma percentagem calculada com vistas, ao consumo de energia elétrica.
Eduardo sabbag- manual de direito tributário- editora saraiva- são Paulo- 2012. 
4. Ed.

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