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AULA 1 – Prof. Arlindo Elias RTM–TRIGGER POINTS Prof. Arlindo Elias AULA 1 – Prof. Arlindo Elias RTM– Aula 06 • TEMA DA AULA: Trigger Points • REFERÊNCIA: Trigger Point Manual – Travell & Simons • OBJETIVO: 1) Conceito, diagnóstico e tratamento das alterações miofasciais através das técnicas de pompages AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Agenda Conteúdo • Definição • Classificação • Fisiopatologia • Diagnóstico • Tratamento AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Trigger Points Um trigger point é uma área fortemente irritada, contida em uma banda muscular ou fascial hipertônica (taught band). O trigger point é doloroso à palpação e quando estimulado provoca um padrão de dor referida específica, tensão em outros músculos adjacentes ou ainda reações vegetativas. Definição AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Trigger Points “Ponto hiper-irritável palpável na musculatura esquelética associado a um nódulo palpável hipersensível em uma banda tensa. O ponto é doloroso na compressão e pode originar as características de dor referida, sensibilidade referida, disfunção motora e fenômenos autonômicos”. Janet Travell Definição AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Trigger points ativos o Provocam dor durante atividades ou repouso. o Podem se tornar latentes • Trigger points latentes o Apresentam todos os sinais diagnósticos de um trigger point ativo apenas quando estimulados durante a palpação. o Podem persistir silenciosamente no músculo e depois se transformar em ativos devido a fatores como hipersoliticação muscular durante atividades repetitivas ou estiramento excessivo Classificação AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Trigger points miofasciais o TP central o TP de inserção. o TP ativo o TP latente o TP primário ou principal o TP satélite • Trigger points não miofasciais o Tendíneos, ligamentares, cicatriciais, cutâneos, periosteais. Classificação AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Trigger points centrais o Localizados no centro das fibras musculares. • Trigger points de inserção o Localizado na junção miotendínea e/ou na êntese muscular Classificação AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Trigger points primário o Geralmente ativado de forma direta por sobrecarga aguda ou crônica ou por uso excessivo ou repetitivo. É o responsável pela ativação dos TP satélites • Trigger points satélites o É ativado pela ação do TP primário por uma ligação neurogênica. Classificação AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Banda tensa (Taught Band) • Nódulo sensível • Resposta contrátil local • Aumento de temperatura local • Sinais sensoriais de dor referida • ADM diminuída • Contração muscular dolorosa • Sensação de fraqueza Características AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Os ponto-gatilhos ao serem pressionados manifestam os sintomas referidos • Os pontos sensíveis ao serem pressionados referem apenas dor local • Pode-se qualificar estes pontos sensíveis como PG latentes, que em uma situação de estresse adicional manifestará também os sintomas característicos • São tratados através das mesmas técnicas Trigger point x tender point AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • 1) Componente da crise de energia o Atividade contrátil sustentada ou repetitiva o Aumento das demandas metabólicas o Compressão de pequenos feixes neurovasculares o Diminuição da nutrição e oxigenação da região o Crise local de energia o Falha na recaptação de íons Ca++ para o retículo sarcoplasmático o Contração prolongada do sarcômero o Produção de substâncias vasoreativas, com sensibilização dos nociceptores locais Hipóteses AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • 2) Neuropática o Neuropatia do nervo que serve o músculo afetado o Compressão dos nervos motores pode ativar e perpetuar a disfunção primária do TP na placa terminal motora • 3) ciclo dor-espasmo-dor o Espasmo muscular focal provocando aumento da sensibilidade o Identificação da região acometida pelo SNC o Resposta de proteção com contração adicional. Aumentando o espasmo e a dor, perpetuando o ciclo o Justificativa para as posições antálgicas Hipóteses AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • 4) Tecido cicatricial fibrótico o A firmeza palpável dos tecidos do TP representa um tecido fibrótico o Possível consequencia da disfunção da placa terminal motora por longo período de tempo o Adaptação ao encurtamento do endomísio que reveste a fibra muscular. Hipóteses AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Atividade limitada e encurtamento do músculo acometido • Hipotrofia do músculo acometido • Padrão de dor referida característica para o músculo acometido durante palpação • Trigger point ativos apresentam dor referida durante atividades, repouso ou palpação. • Trigger points latentes provocam sintomas apenas durante a palpação • A manifestação dos sintomas e a sensibilidade palpatória dos triggers ativos podem persistir por horas ou dias. Sintomas e Fatores de perpetuação AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Sintomas adicionais: Alterações vegetativas dentro da área de dor referida: Vasoconstricção, Sudorese, Aumento da secreção lacrimal ou nasal. Distúrbios de equilíbrio Aumento da irritabilidade tecidual Diminuição da coordenação motora Sintomas e Fatores de perpetuação AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Principais causas e fatores de perpetuação • Hipersoliticação muscular ativa • Estresse repetitivo crônico com fadiga muscular • Trauma direto • Atividades esportivas sem aquecimento prévio • Outros trigger points • Doenças de órgãos internos • Artrite Sintomas e Fatores de Perpetuação AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Tensão aumentada nos trigger points e dor referida • O aumento da tensão tecidual na região dos trigger points está relacionado com aumento da sensibilidade das fibras III e IV (nociceptores) • Um pequeno estímulo causa uma reação muscular amplificada: • Aumento da intensidade dolorosa percebida • Reação vegetativa mais pronunciada • Em termos gerais: • Uma forte reação das fibras nociceptivas aferentes a um estímulo gera respostas eferentes anormais • O processamento dessas informações ocorrem ao nível medular Fisiopatologia AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Projeção convergente o Ao nível medular, as aferências da pele, múscular e visceral compartilham uma via em comum antes do estímulo ser conduzido à via eferente correspondente o As informações aferentes são também levadas ao SNC através do trato espinotalâmico. o O SNC não consegue distinguir a origem do impulso nociceptivo o A dor é manifestada nas regiões da pele ou músculo associadas ao segmento correspondente Fisiopatologia AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Fisiopatologia AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Ramificações axonais • Os dendritos de nervos aferentes se ramificam em diversas direções. • Diferentes áreas corporais são influenciadas por essas informações sensitivas • Distúrbios do nervo aferente resultam em falhas de interpretação do SNC sobre a origem do estímulo irregular, comprometendo todas as regiões influenciadas pelo nervo. Fisiopatologia AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Nervos simpáticos • Contribuem para a perpetuação da dor referida ao liberar substâncias que aumentam a sensitização aferente • Podem ainda diminuir a microcirculação local da área acometida • Comprometimento metabólico • A região do trigger pointestá associada à diminuição da atividade metabólica local: • Diminuição da demanda de oxigênio • Redução da microcirculação local Fisiopatologia AULA 1 – Prof. Arlindo Elias • Feixe muscular hipertônico • O feixe muscular hipertônico (taught band) é um segmento muscular e 1 a 4mm de espessura, presente ao redor do trigger point. • Mais fácil de ser palpada quando as fibras do músculo em questão estão alongadas Fisiopatologia AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Feixe muscular hipertônico • Fibras musculares normais contém sarcomeros de aproximadamente mesmo tamanho • São arranjados em série, permitindo o desenvolvimento da força muscular máxima • Os filamentos de actina e miosina devem se sobrepor em um determinado grau. Se isso ocorrer demais , a força muscular é reduzida • As fibras musculares das taught bands são diferenciadas histologicamente; • O comprimento do sarcomeros são variados • Os sarcomeros em torno do trigger point são encurtados e não demonstram atividade eletromiográfica Fisiopatologia AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Histórico clínico detalhado O ponto chave da avaliação é a identificação do músculo acometido e das causas que originaram o trigger: • Os sintomas iniciaram após um trauma direto? • O início dos sintomas ocorreu depois de um esforço excessivo • Em qual posição ou movimento a dor surgiu pela primeira vez • Existem outras disfunções segmentares, tais como bloqueios articulares ou discopatias? • Existem disfunções viscerais associadas? Diagnóstico AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Padrões de dor referida Os padrões de dor apresentados pelo paciente devem ser devidamente marcados em um mapa corporal de comparados com os padrões de referencia descritos. - A dor referida pode se apresentar em combinação com diversos outros sintomas e variar por tempo indefinido - Notar ainda alterações presença de alterações vegetativas durante a estimulação do ponto Diagnóstico AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Diagnóstico - Padrões de dor referida AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Diagnóstico - Padrões de dor referida AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Exame da atividade muscular Após a identificação do músculo alvo, devemos testá-lo em atividade Atenção a: • Posições ou movimentos que provocam os sintomas • Testar a força máxima do músculo • Observar se o padrão de dor referida é desencadeado ou exacerbado após contrações isométricas • Observar se o alongamento ativo ou passivo desencadeiam os sintomas • Testar o comprimento muscular Diagnóstico AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Palpação dos Trigger Points • O exame palpatório deve ser feito em posição neutra • A palpação é realizada inicialmente com a ponta dos dedos, perpendicularmente ás fibras do músculo de interesse • Após encontrar a área de tensão excessiva, buscar a região mais sintomática com palpação em pinça polegar-indicador • Em músculos profundos, a palpação é mais difícil, devendo ser aplicado pressão direta para tentar encontrar as zonas de tensão exessiva Diagnóstico AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Palpação dos Trigger Points Diagnóstico AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Palpação dos Trigger Points Diagnóstico AULA 1 – Prof. Arlindo Elias Tratamento • Injeção do ponto gatilho • Spray e alongamento • Eletroterapia • TEM (técnica de energia muscular) • Técnicas posicionais: Jones, PRT • Técnicas de inibição direta • Alongamento do músculo envolvido Tratamento Slide Number 1 RTM– Aula 06 Agenda Trigger Points Trigger Points Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Slide Number 15 Slide Number 16 Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29 Slide Number 30 Slide Number 31 Slide Number 32 Slide Number 33
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