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APOSTILA DE CONTROLADORIA 2017.1

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SISTEMA DE PRODUÇÃO CONTÍNUA (produção em série)
Este conceito de indústria de produção contínua caracteriza-se por possuir fases ou processos de produção determinados por certo tipo de produto ou linha de produtos uniformes.
Normalmente, o produto é padronizado quanto às dimensões e especificações. É típico, ainda, nesta modalidade de indústria, que suas máquinas e equipamentos estejam colocados de acordo com o fluxo do processo produtivo, visando obter continuidade e maior rendimento na produção.
São características das seguintes indústrias:
Indústria alimentícia
Indústria de lâmpada
Indústria de tintas
Indústria farmacêutica
Indústria química
Indústria de cimento etc.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Os produtos são padronizados;
A produção é contínua, isto é, existe um fluxo lógico de operações;
O custo unitário médio é determinado pela divisão do custo total pelas unidades produzidas;
Os custos são registrados por departamentos ou por fases de fabricação;
Exige-se menor esforço burocrático em comparação à produção por ordem, para controle e apuração dos custos de cada unidade produzida;
Os clientes sujeitam-se aos produtos que existem no mercado;
Apontamentos simplificados de mão de obra em cada departamento, em razão de cada área etc.
METODOLOGIA DE APURAÇÃO DE CUSTOS:
Nesse sistema, a fábrica é divida por fases de produção para alocação dos custos por determinado período (diário, semanal, mensal etc). No fim deste período os custos totais acumulados por fase são divididos pelas unidades produzidas à medida que a produção é transferida para outra fase, para outras transformações. O custo vai sendo acumulado de uma fase a outra até o acabamento final do produto, a débito de quem receber e a crédito de quem expedir.
EXEMPLO: Produção por fases.
	FASES DA PRDUÇÃO
	A
	B
	C
	Total dos custos apropriados (MP, MOD e CIF)
	100,00
	70,00
	30,00
	Unidades produzidas
	10 un
	10 un
	10 un
	Custo unitário médio por fase
	10,00
	7,00
	3,00
	Custo unitário médio acumulado 
	10,00
	17,00
	20,00
PRODUÇÃO EQUIVALENTE
Na apuração de Custos por Processo, os gastos da produção são acumulados por período para apropriação às unidades feitas. Suponhamos, num primeiro caso que um único produto seja elaborado com os seguintes dados:
CPP: R$ 5.000.000,00
Volume de produção: 20.000 (iniciadas e acabadas)
O CPU será: R$ 5.000.000,00 / 20.000 = R$ 250,00/unid.
Suponhamos que no período seguinte existam esses outros dados:
CPP: R$ 5.544.000,00
Volume de produção: 23.000
Acabadas: 21.000
Em elaboração no fim do 2º período: 2.000
Essas 2.000 unidades em elaboração estão “meio acabadas”, isto é, cada uma delas recebeu metade de todo o processamento necessário.
Para calcular agora o custo médio por unidade, não podemos dividir os R$ 5.544.000,00 nem por 21.000 nem por 23.000 unidades; é necessário o seguinte raciocínio:
	21.000 acabadas vão entrar no cálculo pelo valor integral
	21.000,00
	2.000 semiacabadas receberam cada uma, metade do processamento
	 2.000,00
	Equivalente total de produção
	22.000,00
Custo médio de cada unidade totalmente acabada:
R$ 5.544.000,00 / 22.000 unid = R$ 252/unidade
Os R$ 5.544.000,00 serão então distribuídos:
Produção acabada: 21.000 unid x R$ 252/unid............... R$ 5.292.000,00
Produção em andamento: 2.000 unid x ½ x R$ 252,00 ..... R$ 252.000,00
Total...............................................................R$ 5.544.000,00
EXERCÍCIOS
1) A Cia.Vine utiliza o sistema de custeamento por processo. Num determinado mês, em que não havia estoque inicial de Produtos em Elaboração, foi iniciada a produção de 1.000 unidades do produto X, das quais 800 foram acabadas no período. 0 quadro abaixo reproduz o total dos custos de produção incorridos no período e o grau de acabamento das 200 unidades remanescentes em elaboração, por tipo de custo:
	TIPO 
DE
CUSTO
	TOTAL DOS
CUSTOS
INCORRIDOS
(R$)
	GRAU DE ACABAMENTO
DOS PRODUTOS
EM ELABORAÇÃO
	Matéria-Prima
	500.000,00
	100%
	Mão-de-Obra Direta
	300.000,00
	80%
	C. Indiretos de Fabricação
	900.000,00
	50%
a) Pode‑se afirmar que, no final do mês, o saldo da conta Produtos em Ela​	boração corresponderá a (em R$):
a) 362.500,00; b) 250.000,00; c) 1.450.000,00; d) 340.000,00; e) 238.000,00.
b) No caso da Cia. Vine citado na pergunta anterior, o valor a ser transferido no mês para a conta de Produtos Acabados será de (em R$):
a) 1.360.000,00; b) 1.337.500,00; c) 1.450.000,00; d) 1.462.000,00; e) 250.000,00.
c) Ainda no caso da Cia. Vine, admitindo‑se que esta tivesse iniciado o mês com um estoque de 400 unidades acabadas a um custo unitário de R 1.700,00 e que 900 unidades tivessem sido vendidas no mês, o valor ser lançado a débito da conta de Custo dos Produtos Vendidos (CPV), se a Cia. utilizar o critério do Custo Médio Ponderado para a avaliação dos seus estoques, seria de (em R$):
a) 1.631.250,00; b) 1.530.000,00; c) 1.586.250,00; d) 2.130.000,00; e) 1.597.500,00.
d) Se a Cia. Vine utilizasse o critério PEPS, o valor a ser debitado ao CP (considere os dados fornecidos na questão anterior) seria de (em R$):
a) 1.530.000,00; b) 1.620.000,00; c) 1.580.000,00; d) 1.586.250,00; e) 2.130.000,00.
2) Considere os dados a seguir:
	1) Estoques, em 01‑07‑X0:
		Produtos Prontos ‑ 2 unidades		 R$ 6,00
		Produtos em Elaboração			nulo
		Matérias‑Primas				R$ 12,00
	2) Compras de Matérias‑Primas:			R$ 40,00
	3) Custos incorridos em julho de X0:
		Mão‑de‑Obra Direta empregada		R$ 6,00
		Castos Gerais de Produção		 R$ 4,00
		Custo das Matérias‑Primas empregadas	R$ 39,00
	4) Estoques de Produtos, em 31‑07‑X0, em unidades:
		Produtos em Elaboração			5 unidades
		Produtos Prontos				7 unidades
5) A cada produto em elaboração foram agregados custos equivalentes a 20% dos custos de cada produto acabado no mês de julho.
6) Vendas em julho de X0: 1 unidade por R$ 20,00.
7) Os estoques são avaliados pelo método PEPS.
Nota.‑ Desconsidere a incidência de IPI e de ICMS e, nos cálculos e nas respostas, despreze os centavos.
Os estoques, em 31‑07‑XO, de Matérias‑Primas, Produtos em Elaboração e Produtos Prontos, são, respectivamente, de:
a) R$ 52,00, R$ 7,00 e R$ 42,00; 
b) R$ 13,00, R$ 8,00 e R$ 56,00; 
c) R$ 13,00, R$ 8,00 e R$ 51,00; 
d) R$ 13,00, R$ 7,00 e R$ 48,00; 
e) R$ 13,00, R$ 7,00 e R$ 45,00.
3) O Balanço de 28‑02‑X0 apresentou os seguintes dados (em R$):
Matérias Primas 			800.000,00
Produtos em Elaboração 		300.000,00
Produtos Prontos 	 	1.500.000,00
A empresa produz um único produto e os saldos de balanço representam 500 peças, que estavam no estágio de elaboração equivalente a 50% do produto pronto, e 1.250 peças prontas.
No mês de março de X0 foram registrados os seguintes custos de produção (em R$):
Matérias‑Primas	 	3.600.000,00
Mão‑de‑obra Direta	 	7.200.000,00
Gastos Gerais de Produção 	1.200.000,00
No período foi concluída a produção de 6.000 peças, sendo 500 do estoque inicial, e foi iniciada a produção de 7.500 peças que estavam, em 31‑03‑X0, no estágio de elaboração equivalente a 30% do produto pronto. A metade do estoque de produtos prontos foi vendida, em março de X0, ao preço unitário de R$ 2.500,00. Os estoques, em 31‑03‑X0, de produtos em elaboração, utilizando‑se o critério PEPS, eram de (em R$):
a) 3.375.000,00;
b) 13.675.000,00;
c) 15.437.500,00;
d) 10.800.000,00;
e) 10.875.000,00.
4) A Cia. Lambada usa o sistema de custo por processo, estando apresentados abaixo os dados de custo para o processo (A) referentes ao mês de janeiro de X0.
	‑ Unidades em fabricação em 02‑01‑X0			nulo
	‑ Unidades iniciadas em janeiro 				20.000
	‑ Unidades transferidas ao processo B durante janeiro 	16.000
	‑ Unidades em fabricação no dia 31‑01‑X0 			4.000
	‑ Custo de Materiais Diretos utilizados em janeiro 		R$ 50.000,00
	‑ Custo da Mão‑de‑Obra Direta incorrida em janeiroR$ 39.800,00
	‑ Custos Indiretos da Fabricação incorridos em janeiro 	R$ 38.000,00
Supondo‑se que a matéria‑prima é utilizada somente no início do período do processo e que as unidades em fabricação em 31‑01‑X0 estão 50% acabadas, pede‑se o cálculo do custo unitário da produção de janeiro:
a) R$ 6,39 por unidade;
b) R$ 6,82 por unidade;
c) R$ 7,98 por unidade;
d) R$ 12,78 por unidade;
e) R$ 15,97 por unidade.
 
CONTROLADORIA – parte 1
1. Empresa como sistema aberto
Neste ambiente, a empresa caracteriza-se como um sistema aberto e essencialmente dinâmico, isto é, como um conjunto de elementos interdependentes que interagem entre si para a consecução de um fim comum, em constante inter-relação com seu ambiente.
Como um sistema aberto, a empresa encontra-se permanentemente interagindo com seu ambiente. Como um sistema dinâmico, realiza uma atividade ou um conjunto de atividades, que a mantém em constante mutação e requerem seja constantemente orientadas ou reorientadas para sua finalidade principal.
A empresa pode ser visualizada como um processo de transformação de recursos (materiais, humanos, financeiros, tecnológicos etc) em produtos e serviços, composto de diversos processos menores, interdependentes, que são suas atividades.
A figura abaixo demonstra a visão sistêmica da empresa:
CONTROLADORIA COMO CIÊNCIA
“A Controladoria pode ser conceituada como o conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade, que se ocupa da gestão econômica das empresas, com o fim de orientá-las para a eficácia” (Mosimann, p.96)
Na visão de alguns autores, a Controladoria é uma ciência autônoma e não se confunde com a Contabilidade, apesar de utilizá-la como ferramenta, o que torna questionável a definição desses autores.
Sendo mais aceitável entender a Controladoria como uma Ciência Contábil evoluída. Sendo definida como a unidade administrativa responsável pela utilização de todo o conjunto da Ciência Contábil dentro da empresa.
Consideramos que a Ciência Contábil é a ciência do controle no passado, presente e futuro, e como Ciência Social exige a comunicação da informação econômica, cabendo a ela a responsabilidade de implantar, desenvolver, aplicar e coordenar todas as ferramentas da Ciência Contábil dentro das Empresas, dando suporte nas suas mais diversas necessidades de informação.
A CONTROLADORIA É A UTILIZAÇÃO DA CIÊNCIA CONTÁBIL EM TODA A SUA PLENITUDE
********************************************
CONTROLADORIA E CONTABILIDADE
ESCOLAS DE PENSAMENTO CONTÁBIL
ESCOLA ITALIANA: “Considerada em seu aspecto teórico, é a ciência que estuda e enuncia as leis do controle econômico das empresas de todas as classes e deduz as normas oportunas a seguir para que esse controle seja verdadeiramente eficaz, persuasivo e completo. Considerada em sua manifestação prática, é a aplicação ordenada das ditas normas” (Fábio Besta apud D”Amore, p.51).
ESCOLA AMERICANA: “Contabilidade é o processo de identificação, mensuração e comunicação de informação econômica para permitir formação de julgamentos e decisões pelos usuários da informação” (A.A.A., apud Glautier, p2).
Podemos verificar analisando essas definições, duas vertentes nos conceitos, onde a Escola Italiana enfoca o conceito de controle econômico do patrimônio e de suas mutações e a Escola Americana enfatiza o conceito de processo de comunicação de informação econômica.
A controladoria tem por objeto identificação, mensuração, comunicação e decisão relativas aos eventos econômicos. Ela deve ser a gestora dos recursos da empresa, respondendo pelo lucro e pela eficácia empresarial.
Evento econômico: é uma ocorrência no ambiente da empresa, tanto interno como externo, que tem uma significância econômica para os seus tomadores de decisão. É uma ocorrência que modifica a estrutura patrimonial da empresa e é uma representação genérica do processo maior da execução das atividades empresariais.
2. Conceito de Controladoria
Na definição de um modelo de controladoria, devemos observar o cenário composto pelos usuários das informações contábeis e suas necessidades
A figura a seguir apresenta alguns dos principais usuários:
Conceito:
A controladoria contribui para uma organização da qual faça parte ao desempenhar atividades como: colaborar na formação de estratégias, organizar, analisar e apresentar dados coletados, elaborar informações relevantes à administração e gerar modelos decisórios coerentes e consistentes com a missão e visão da empresa.
A controladoria gera informações sobre os ambientes internos e externos à empresa, úteis na tomada de decisão pela administração. 
O órgão administrativo controladoria tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborar com os gestores em seus esforços de obtenção da eficácia de suas áreas quanto aos aspectos econômicos e assegurar a eficácia empresarial, do ponto de vista econômico, por meio da coordenação dos esforços dos gestores da área.
A INFORMAÇÃO CONTÁBIL E A TEORIA CONTÁBIL
A informação contábil deve atender as três raízes teóricas contábeis: a teoria da decisão, a teoria da mensuração e a teoria da informação. Assim sendo, a informação contábil, no SIG, tem que atender os seguintes aspectos:
A produção da informação deve estar em um nível ótimo em termos de quantidade, dentro da qualidade exigida, a um custo compatível com o valor de sua utilização:
Deve ter uma modelo de mensuração que uniformize todos os dados envolvidos, dentro dos conceitos necessários para o usuário;
Deve estar de acordo com o modelo de decisão do usuário para cada evento econômico, para ter o caráter preditivo;
Deve permitir o processo geral de controle patrimonial e suas mutações.
CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Mensuração Econômica;
A informação deve trazer mais benefício que o custo de obtê-la;
Deve ser compreensível;
De ter utilidade para o decisor;
Deve possuir relevância, deve ter os aspectos de:
Oportunidade
Valor preditivo
Valor de feedback
Dentro da confiabilidade, deve ter os seguintes aspectos:
Verificabilidade
Confiança representacional
Neutralidade
Deve ter consistência (possibilitar a comparabilidade)
O quadro a seguir aponta as responsabilidades da controladoria:
 A controladoria, fortemente apoiada na contabilidade gerencial, é responsável por traduzir economicamente os resultados das decisões adotadas pela empresa. Trata-se de uma área coordenadora das informações para a gestão econômica.
A evolução da área de contabilidade para a controladoria é uma necessidade gerada pelo moderno ambiente de negócios
Na figura a seguir, representa-se um quadro indicativo das principais diferenças entre o que seria uma área de contadoria e uma área de controladoria. Dessa figura, obtém-se a percepção inicial da evolução necessária em relação a vários aspectos de atuação do contador e da contabilidade.
Da contadoria à controladoria:
EFICIÊNCIA E EFICÁCIA
Segundo Gibson, “Do ponto de vista da sociedade, a eficácia é o grau segundo o qual as organizações atingem suas missões, metas e objetivos dentro das restrições de recursos limitados... Nesse sentido, devemos introduzir o conceito de eficiência; ele se refere ao processo pelo qual a organização maximiza seus fins com um uso mínimo de recursos”.
EFICÁCIA E CONTROLADORIA: Planejamento com Enfoque em Resultados
LUCRO COMO MEDIDA DA EFICÁCIA DA EMPRESA
PLANEJAMENTO E CONTROLE COM ENFOQUE EM RESULTADOS
VALOR DA EMPRESA
Como premissa de que o lucro é a melhor medida da eficácia a empresa, o foco da Controladoria deve ser o processo de gestão baseado em resultados, por isso a missão devem ter como referência o processo de criação de valor para os acionistas, através da mensuração econômica do valor da empresa.
PROCESSO DE GESTÃO
É o conjunto de processos decisórios e compreende as fases do planejamento, execuçãoe controle da empresa, de suas áreas e atividades. Por processo entende-se a sucessão de estados de um sistema, que possibilita a transformação das entradas do sistema nas saídas objetivas pelo mesmo sistema. Ele se subdivide em Planejamento Estratégico e Planejamento Operacional, esse incorpora a Programação, que é a finalização.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
É a etapa inicial do processo de gestão, onde a empresa fórmula ou reformula suas estratégias empresariais dentro de uma visão específica do futuro. É a fase da definição de políticas, diretrizes e objetivos estratégicos, e tem como produto final o equilíbrio dinâmico das interações da empresa com suas variáveis ambientais.
	PLANEJAMENTO É A DEFINIÇÃO DE UM PLANO PARA LIGAR UMA SITUAÇÃO DESEJADA COM A SITUAÇÃO ATUAL
PLANEJAMENTO OPERACIONAL
Este planejamento define planos, políticas e objetivos operacionais da empresa e tem como produto final o orçamento operacional.
PROGRAMAÇÃO
É a fase do processo de planejamento em que se replaneja a curto prazo, adequando-se às expectativas, em face das alterações dos ambientes externo e interno. Consiste na ordenação das necessidades, meios, recursos, ações, programas, análises e interações operacionais para executar o plano operacional adotado.
EXECUÇÃO
É a etapa do processo de gestão onde as coisas acontecem. A execução deve estar em coerência com o planejado e programado.
CONTROLE
É um processo contínuo e recorrente que avalia o grau de aderência entre os planos e sua execução, compreendendo a análise dos desvios ocorridos, procurando identificar suas causas e direcionando ações corretivas.
Alguns estudiosos entendem que a Controladoria é uma posição de staff na empresa, e outros defendem a sua atuação como área operacional. Tendo como referência este capítulo, faça sua análise e apresente os argumentos que justifique sua posição sobre o assunto.
Dê alguns exemplos de como a Controladora pode apoiar os gestores operacionais no processo de condução de suas atividades.
Qual a missão básica do subsistema de informação Contábil.
Pesquise sobre Sistemas Operacionais, de apoio à gestão e apoio à decisão.
LIMITAÇÃO DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ANTES DA EXISTÊNCIA DE LIMITAÇÕES
Digamos que determinada empresa fabricante de barracas para camping produza quatro modelos diferentes: A, B, C e D.
Os dados de Custos que a empresa possui são estes:
Os Custos Indiretos Fixos são os seguintes:
	MOI
	$ 64.000/ANO
	ALUGUÉIS
	$ 16.000/ANO
	DEPRECIAÇÕES
	$ 12.000/ANO
	OUTROS INDIRETOS FIXOS
	 $ 8.000/ANO
	TOTAL
	$100.000/ANO
Base de rateio: MOD, pois o maior item corresponde à supervisão de operários. Portanto ela utiliza o conceito de Margem de Contribuição, para efeito de análise e decisão ela procede como indicado no primeiro quadro, alocando apenas os custos variáveis. Com isso ela tem o seguinte:
	
	Custo Variável Total
	Preço de Venda
	Margem de Contribuição
	
	
	
	
	MODELO A
	60,00
	80,00
	20,00
	MODELO B
	50,00
	72,00
	22,00
	MODELO C *
	116,00
	140,00
	* 24,00
	MODELO D
	40,00
	48,00
	8,00
EXISTÊNCIA DAS LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE PRODUTIVA
Previsão de demanda:
MODELO A: 3.300 unid
MODELO B: 2.800 unid
MODELO C: 3.600 unid
MODELO D: 2.000 unid
Na tentativa de atender essa demanda, ela esbarra em um problema de capacidade de produção, tendo em vista que ela possui um nível máximo de 97.000 horas-máquina, enquanto aquela demanda lhe consumiria 103.150 horas-máquina, conforme o tempo de cada modelo a seguir:
	
	Horas-máquina necessárias
	Demanda prevista
	Total horas-máquina
	
	
	
	
	MODELO A
	9,50
	3.300
	31.350
	MODELO B
	9,00
	2.800
	25.200
	MODELO C 
	11,00
	3.600
	39.600
	MODELO D
	3,50
	2.000
	7.000
	TOTAL
	
	
	103.150
A empresa está diante da verificação de qual modelo deixará de ser total ou parcialmente atendido.
Suponhamos que a firma tenha interesse de maximizar seu lucro nesse ano e por isso sua decisão será baseada nesse objetivo.
Onde efetuar o corte das 6.150 horas excedentes a sua capacidade? (103.150 h– 97.000 h)
Considerar para essa decisão, a Margem de Contribuição é mais correto. Com isso, é provável que a nossa empresa venha decidir pela redução na linha do MODELO D, já que apresenta a menor Margem de Contribuição por unidade. Teria assim que deixar de produzir 1.757 unidades desse tipo:
6.150 h = 1.757 unidades aproximadamente
3,50h/um
Quadro projetado:
	
	Quantidade
	MCu
	MCT
	
	unidade
	$/unidade
	$
	MODELO A
	3.300
	20
	66.000
	MODELO B
	2.800
	22
	61.600
	MODELO C 
	3.600
	24
	86.400
	MODELO D
	243
	8
	1.944
	
	Total da MCT
	
	215.944
	
	(-) Custos Fixos
	
	(100.000)
	
	Resultado
	
	115.944
COMPROVAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DO CRÉDITO CORRETO
 Para termos certeza de que a decisão tomada de corte do Modelo D é a correta, podemos fazer alguns cálculos com o resultado que seria obtido caso se decidisse de maneira diversa. Para isso, basta verificarmos qual seria a nova Margem de Contribuição Total com a nova escolha, já que de todas as hipóteses possíveis interessa a que maximizar a Margem de Contribuição Total, pois o mesmo montante de Custos Fixos será deduzido dela para se chegar ao Resultado. 
Vamos verificar, se ao invés da empresa escolher o modelo D, escolhesse o modelo C, o número de unidades não produzidas de C, seria:
6.150 h = 559 unidades aproximadamente.
11,00 h/um
E o resultado seria:
	
	Quantidade
	MCu
	MCT
	
	unidade
	$/unidade
	$
	MODELO A
	3.300
	20
	66.000
	MODELO B
	2.800
	22
	61.600
	MODELO C 
	3.041
	24
	72.984
	MODELO D
	2.000
	8
	16.000
	
	Total da MCT
	
	216.584
Essa margem de contribuição é maior! Portanto estará invalidado nosso conceito de Margem de Contribuição?
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR DE LIMITAÇÃO
Vamos analisar a discrepância acima: na primeira hipótese deixamos de produzir 1.757 unidades de D, o que nos eliminou a possibilidade de obtenção de uma Margem de Contribuição Total de:
1.757 un x $ 8/un = $ 14.056
Enquanto que, na segunda hipótese, cortando da Linha C, diminuímos um potencial de Margem de Contribuição Total de:
559 un x $ 24/un = $ 13.416
Contribuição é de $ 2,18, enquanto o produto D produz só $8 por unidade, mas leva apenas 3,5 horas para ser elaborado, Apesar de por unidade o modelo C produzir mais de Margem de Contribuição do que o D, dentro das 6.150 cortadas ele produz menos. E isso é devido ao tempo de máquina que cada unidade leva para ser elaborada.
Uma unidade de C produz $24 de Margem de Contribuição, mas leva 11 horas para ser feita. Assim, em cada hora a Margem de fornecendo $ 2,29 por hora. Logo, cada hora usada na linha D rende mais do na linha C.
	
	
MCu
	
Tempo de Fabricação
	
Margem de Contribuição por Hora-máquina
	
	
	
	
	MODELO A
	20
	9,50
	2,11
	MODELO B
	22
	9,00
	2,44
	MODELO C 
	24
	11,00
	2,18
	MODELO D
	8
	3,50
	2,29
Vemos que o modelo que menos traz Margem de Contribuição por hora-máquina é o A, e este deverá então ser o item a ter sua produção limitada. O modelo D, que parecia ser o primeiro a ser eliminado, sé seria cortado como 3ª opção, depois de A e C. Ele é na realidade, o segundo produto mais interessante nessa situação.
Concluímos que a Margem de Contribuição contínua sendo o elemento-chave em matéria de decisão, só que agora não por unidade, mas pelo fator limitante da capacidade produtiva.
Portanto, se não houver limitação na capacidade produtiva, interessa o produto que produz maior Margem de Contribuição por unidade, mas, se existir, interessa o que produz maior Margem de Contribuição pelo fator limitante da capacidade.
Bibliografia: Martins, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10ª ed.São Paulo: Atlas,2010
EXERCÍCIOS
Uma determinada empresa produz apenas dois produtos(enceradeiras e aspiradores de pó), cujos preços de venda, líquidos dos tributos, são $ 120 e $80, respectivamente, e sobre esses preços ela paga comissões de 5% aos vendedores.
	
	Enceradeiras
	Aspiradores
	Matéria-prima
	2 Kg/un a $ 8/Kg
	1 Kg/un a $ 8/Kg
	Mão de Obra Direta
	2,5 h/un a $ 20/h
	1,5 h/un a $20/h
Segundo o Diretor de Marketing, o mercado consome, no máximo, 100 unidades de cada produto da empresa por período.
Pede-se calcular:
a Margem de Contribuição unitária (MC/un) de cada produto;
a Margem de Contribuição Total (MCT) de cada produto, considerando o volume máximo de venda;
a combinação ótima (melhor mix de produção) no caso de haver, em determinado período, apenas 200 kg de matéria-prima disponíveis para utilização.
2) A Cia. Pacaembu fabrica os produtos Alfa, Beta e Delta, utilizando a mesma matéria-prima. Os preços e custos são os seguintes:
	Produtos
	PREÇO
	MAT
	MOD
	CIF variável
	ALFA
	75,00
	1 kg a 10,00
	2h a 10,00
	4,00
	BETA
	140,00
	2,5 kg a 10,00
	3h a 10,00
	8,00
	DELTA
	180,00
	3Kg a 10,00
	4h a 10,00
	12,00
Os Custos Indiretos Fixos são de $ 3.500.000 por mês
Em consequência de uma greve da indústria, em agosto, as horas de mão de obra ficaram limitadas a 150.000 h para a produção de setembro.
O mercado deverá consumir em setembro: 20.000 unidades do produto Alfa; 20.000 unidades de Beta e 40.000 unidades do produto Delta. 
Pergunta-se: qual a quantidade de cada produto que a empresa deve fabricar nesse mês para maximizar seu lucro? Qual é esse lucro máximo?
Uma empresa apresentou os seguintes dados:
Produtos Demanda Preço Unitário Custo Variável Unitário Horas de Fabricação
A 400 10,00 6,00 1,0
B 350 6,00 2,00 0,5
C 750 12,00 5,00 1,5
D 800 12,00 7,00 1,0
E 1.000 8,00 6,00 0,8
Sabendo que os custos fixos mensais são de $10.000 e a empresa possui uma limitação de produção de 3000 horas, pede-se:
a) O resultado sem a limitação de produção.
b) O resultado considerando a limitação de produção.
4) Uma empresa apresentou os seguintes dados:
	
	Quant vendida
	Preço Unitário
	Custo Variável Unit
	MAT/unidade
	P1
	10.000
	1,50
	0,70
	0,500
	P2
	12.000
	2,00
	1,30
	0,750
	P3
	6.000
	1,80
	0,80
	0,600
	P4
	8.000
	0,75
	0,45
	0,450
	P5
	13.000
	0,90
	0,70
	0,250
Sabendo-se que os custos mensais são de $ 17.000 e a empresa possui um fator limitativo de 20.000 de matéria-prima, pede-se:
O resultado sem a limitação de produção;
O resultado considerando o fator limitativo de produção.
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
	A competitividade tem exigido das empresas a busca contínua em aprimorar a qualidade em todos os processos e atividades que executam, buscando obter a aceitação dos seus produtos e/ou serviços e alcançar não apenas a permanência no mercado que atuam, mas também, outros objetivos desejados.
	Alguns dos aspectos que impactam fortemente a obtenção desses objetivos são aqueles que dizem respeito à análise dos custos e suas influências nas decisões que impactam a formação do preço de venda.
	Estas decisões que objetivam a definição do preço de venda envolvem aspectos muitas vezes analisados de forma empírica, baseadas em dados e informações históricas ou subjetivas, apenas com alguma base científica.
	Este tipo de análise e decisão não mais atende as necessidades que a competitividade trouxe, principalmente em períodos recessivos e de crise, quando a demanda cai de forma relevante, passando a dominar o ambiente a chamada “briga de preços”, fato que permite, por exemplo, a existência de duas empresas com a mesma estrutura física e de recursos financeiros, praticando preços muito diferentes.
	Percebe-se então que o preço de venda não pode mais ser objeto de decisões empíricas, mas, sobretudo, objeto de estudo, o que torna necessário conhecer todos os elementos que o compõem, sejam internos ou externos.
	Para conhecer esses elementos que compõem o preço de venda, são necessários procedimentos organizacionais que informem sobre a estrutura patrimonial, assim como os relacionamentos sistêmicos que as empresas estabelecem com o ambiente no qual estão inseridas, pois, qualquer decisão sobre preço de venda poderá provocar alterações em todas as áreas das empresas e, conseqüentemente, neste relacionamento.
	Ao buscar apoio em estudos realizados, García (1998, p.109) afirma que “La determinación del precio de venta es uno de los más importantes problemas en las decisiones de planeamiento que la gerencia maneja.. Los contadores internos puedem proporcionar una contribuición importante en esta materia, utilizando técnicas indicadas.”
	Santos (1999, p.21) também acentua a importância, quando considera que “a formação do preço de venda dos produtos e serviços nas empresas constitui-se numa estratégia competitiva de grande relevância para as organizações.”
	Em razão desses aspectos apresentados e, entendendo a necessidade de contribuir para uma melhor clareza por parte das empresas na análise dos custos e na formação do preço de venda, este artigo busca comentar sobre cada elemento, conceituando-o e buscando compreender seu comportamento nas operações comerciais.
	
	
 PREÇO DE VENDA
Com base no custo de Absorção (custo Pleno)
Os preços de venda são iguais ao custo total da produção mais um acréscimo percentual para cobrir as despesas operacionais e proporcionar uma margem desejada de lucro.
Exemplo: A Cia das Flores apresenta:
Custo de material direto R$ 100,00
Custo de mão de obra R$ 70,00
Custo gerais de Fabricação R$ 80,00
Custo unitário total R$ 250,00
 A experiência prévia da Cia é de as despesas operacionais representam cerca de 40% dos custos e desejando obter um lucro, antes do IR, de 30% sobre o total de custos e despesas. Qual é seu preço de venda?
	
Com Base no Custo Variável
 Neste método, a margem de lucro é calculada sobre a soma dos custos com as despesas variáveis e não sobre a soma do total dos custos com o total das despesas, como ocorre no custeio pleno.
Exemplo: A Cia das Rosas apresenta:
- Custo variável unitário R$ 80,00
- Despesa variável unitário R$ 40,00
- M (taxa de Mark-up) 50% 
a) Qual o preço de venda? 
b) Qual a Margem de Contribuição (MC)?
c) Caso a Cia fabrique somente um produto com CF + DF de R$ 90.000,00, quantos unidades deverá vender (no mínimo)?
Com Base no Rendimento sobre o Capital Empregado
Trata-se de uma variante do método com base no custeio pleno, no qual, ao invés de ser fixar uma margem de lucro sobre os custos e despesas, esta margem é determinada como percentagem do capital empregado pela empresa.
Exemplo:
Custo de produção e venda – R$ 1.000,00
Capital empregado (CI) – R$ 5.000,00
Margem de lucro desejada sobre o investimento 30% (R) – R$ 1.500,00
- Produção e vendas estimadas – 1000U
Taxa de marcação (Mark-Up) é um índice – multiplicador ou divisor – que aplicado ao custo do produto fornece o preço de venda.
Exemplo:
 A Cia do Mar gostaria de vender seus produtos com uma margem igual a 10%. Sabe-se que o custo variável da empresa é igual a R$ 540,00 por unidade. As demais taxas associadas ao preço são iguais a 40%, incluindo custos fixos, demais despesas e impostos. Pede-se:
Qual deve ser o Mark-up multiplicador correspondente?
Qual deve ser o preço de venda?
5) A Cia Quero-Quero, apresentou os dados financeirosrelatados a seguir. Sabendo que a empresa deseja obter um lucro igual a 18% do preço de venda, estime:
a) o Mark-up multiplicador da empresa, considerando que ele é aplicado sobre os custos variáveis;
b) o preço de venda a ser praticado pela empresa.
Dados: Mão de obra direto R$ 100, Matéria-Prima R$ 300, embalagem R$ 550, material secundário R$ 200, comissão 2% do preço de venda, despesas administrativas 15% do preço de venda, impostos sobre vendas 3,65%.
 
6) A Cia Metal do Bom, deseja alterar sua tabela de preços para a venda de arruelas de aço e dispõe das seguintes informações:
Custos diretos para produzir e vender para pagamento a vista R$ 12,00/ Kg;
Impostos sobre vendas para pagamento a vista 20%
Ganho Marginal desejado 16%
Volume previsto de venda: 500Kg
Custos fixos do período: R$ 1.000,00
Pede-se:
a) O preço por Kg, para venda a vista e financiado em 30, 60 e 90 dias considerando custo financeiro à razão de 3% ao mês.
b) O ponto de equilíbrio: em unidades, em valor, justificação e representação gráfica.
c) Margem de Segurança: em unidades, em valor, em percentual e o percentual do lucro.
d) Comprovação do percentual do lucro encontrado.
7) A Cia do metal, apresenta os seguintes dados: Desejando obter um lucro de 5%, determine o preço de venda.
Dados:
Volume previsto de vendas R$ 500.000,00
Despesas administrativas R$ 40.000,00 
Despesas de vendas R$ 15.000,00
ICMS das compras – 18% 
ICMS das vendas – 12%
Comissão – 2%
PIS – 0,65%
Cofins – 3%
Compras do mês (quantidade comprada 100und.) 
 Mercadorias - R$ 1.000,00
 IPI 10% - R$ 100,00 (não recuperável)
 Frete – R$ 200,00
 Seguro – R$ 100,00
 Total da N. Fiscal – R$ 1.400,00
CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES 
( Activity Based Costing – ABC)
OBJETIVOS:
Apropriar os Custos Indiretos aos produtos através de cada atividade envolvida no processo do negócio, que se comparado ao sistema de custeio por absorção poderá analisar os custos de forma mais adequada, principalmente para conhecer os custos das atividades que não agregam valor ao produto pago pelo cliente.
Os custos atribuídos aos produtos são tradicionalmente realizados através da forma direta, que são os casos de Matéria-prima e da mão–de-obra direta (custeio por absorção e direct costing) e os custos indiretos apropriados através de rateios, a princípio dos mais arbitrários através de taxas únicas ou por centro de custos.
O sistema de custeio por atividades veio com o propósito de não mais apropriar os “custos indiretos” pelos rateios tradicionais e sim pelas “atividades” envolvidas em seu processo industrial ou comercial.
ANÁLISE DAS ATIVIDADES:
Definição de atividade:
No âmbito empresarial normalmente atividade é fazer alguma coisa. Então, atividade pode ser definida como um “conjunto de tarefas e atos imputados a um grupo de pessoas ou a uma pessoa ou a um grupo de máquinas ou a um departamento de uma empresa.”
O que se observa na marcha diária de uma empresa é a realização de uma série de atividades coordenadas entre si com o mundo exterior gerando uma série de fluxos internos e externos para atingir o objetivo do negócio.
O objetivo de toda atividade, pelo menos em curto prazo é o de adicionar valor ao produto ou serviço final.
As características básicas de uma atividade no ambiente empresarial são as seguintes:
Ter uma finalidade, isto é, gerar um output (saída);
Dispor de meios, ou seja, consumir inputs ou fatores;
Ter um sistema de apropriação, ou seja uma única forma de relacionar os meios e a finalidade no que concerne ao consumo pela produção.
Em toda empresa existe um processo de negócio composto por uma série de funções, que por sua vez divide-se em atividades. De um outro lado, dentro das atividades se realizam as tarefas e estas de subdividem em operações. Sendo no final das operações a média mínima de execução de um output (saída).
Algumas definições:
PROCESSO DE NEGÓCIO: sequência de atividades relacionadas e dependentes unidas pelos produtos que estas trocam (intercambiam);
FUNÇÃO: agregação de atividades que estão orientadas por um objetivo comum;
TAREFA: é um elemento e trabalho em que se decompõe uma atividade, ou seja, como se finaliza tal atividade. Uma atividade comum a várias organizações poderia incluir tarefas muito diferentes;
OPERAÇÃO: é a unidade menor de trabalho utilizada com o propósito de planejamento e controle. As tarefas são, portanto, formadas por operações.
 FUNÇÃO
 
OPERAÇÃO...................TAREFA....................ATIVIDADE 
 PROCESSO DO NEGÓCIO
Por que foi escolhido um conceito de atividade? Porque admitimos que possui um nível adequado de informações para suportar um Sistema de Contabilidade contínuo. A informação em nível de função é muito genérica para determinar com exata precisão os custos dos produtos, enquanto os informes em nível de tarefas constituem um campo difícil de ser localizado e encontrado.
Este conceito de atividade utilizado pelo modelo ABC há de cumprir os seguintes requisitos:
Precisa existir homogeneidade entre as tarefas que agrupam tais atividades;
As tarefas devem ser quantificadas empregado uma mesma unidade de medida, através de “geradores” de custos que veremos mais adiante.
Uma atividade será, portanto, uma tarefa que uma organização realize para produzir, distribuir, comercializar, cobrar preço contratado etc. de um produto ou serviço.
Exemplos de atividades comuns em uma empresa:
Ordens de compra
Inspeção de qualidade
Ordens de produção
Horas-máquina
Homens-hora
Consumo de energia elétrica
Quilômetros percorridos
Quantidade de entregas
Materiais recebidos
Movimentação de estoques
Ordens de manutenção
Nota fiscal-fatura
Essas atividades são, por sua vez, direcionadores de custos incorridos e a incorrer.
Quando a organização pretende que seus produtos sejam competitivos, deverão conhecer:
As atividades que são necessárias para produzir um produto ou serviço;
O custo respectivo das atividades consumidas; 
Como complemento se poderá obter e conhecer as atividades que não agregam valor;
EXERCÍCIOS
1) O Hotel Garden Plaza possui apartamentos das categorias Standard, simples e duplo, e de categoria luxo simples e duplo. Considerando as taxas médias de ocupação, o volume estimado de diárias é de cerca de 3.650 standard simples, 14.600 standard duplo, 4.380 luxo simples e 6.570 luxo duplo, por ano.
Os custos diretos e os preços são os seguintes:
	
	Standard
	Luxo
	
	Simples
	Duplo
	Simples
	Duplo
	Custos diretos (em $/apto.)
	15
	30
	20
	35
	Preço da diária (em $/apto.)
	75
	100
	150
	200
	Nº de diárias por ano
	3.650
	14.600
	4.380
	6.570
	Por meio de entrevistas, análise de dados na contabilidade etc., verificou‑se que os principais custos indiretos referiam‑se às seguintes atividades relevantes (em $):
	Atividades
	$
	Inspecionar apartamentos
	148.000
	Recepcionar hóspedes
	153.000
	Requisitar materiais
	135.000
	Lavar roupa (enxoval)
	169.000
	Total
	605.000
	
 Os custos e despesas fixos estruturais totalizam $ 1.852.500 por ano, e não devem ser rateados. A administração fez um levantamento dos direcionadores de custos dessas atividades. São eles:
	
	Standard
	Luxo
	
	Simples
	Duplo
	Simples
	Duplo
	Tempo gasto por inspeção
	300 h
	1.500 h
	500 h
	1.100 h
	Nº de hóspedes
	3.600
	29.000
	4.300
	13.100
	Nº de requisições
	700
	4.230
	670
	1.500
	Quilogramas de lavagem
	5.000
	37.000
	4.000
	13.000
Pede‑se calcular:
a) O custo de cada categoria, pelo Custeio Baseado em Atividades (ABC).
b) A margem de lucro, em porcentagem, por categoria, pelo ABC.
c) O lucro operacional do hotel, antes do Imposto de Renda (LAIR), por ano.
SOLUÇÃO:
a) Custos indiretos pelo ABC:Escolha dos direcionadores para as atividades:
	Atividades
	Direcionadores
	Inspecionar Aptos
	Tempo gasto por inspeção (horas)
	Recepcionar Hóspedes
	Nº de hóspedes
	Requisitar Materiais
	Nº de requisições
	Lavar Roupa (Enxoval)
	Quilogramas de lavagem
Proporções para alocação dos CIP:
	Atividades
	Standard
	Luxo
	
	Simples
	Duplo
	Duplo
	Duplo
	Inspecionar Aptos
	
	
	
	
	Recepcionar Hóspedes
	
	
	
	
	Requisitar Materiais
	
	
	
	
	Lavar Roupa (Enxoval)
	
	
	
	
Lucro operacional do hotel, antes do imposto de renda:
	Demonstração de Resultados (em $)
	
	Standard
	Luxo
	Total
	
	Simples
	Duplo
	Simples
	Duplo
	
	Receita Líquida
	
	
	
	
	
	(-) Custos Diretos
	
	
	
	
	
	(=) Margem Direta
	
	
	
	
	
	(-) Custos das Atividades:
	
	
	
	
	
	Inspecionar Apart. 
	
	
	
	
	
	Recepcionar Hóspedes 
	
	
	
	
	
	Requisitar Materiais 
	
	
	
	
	
	Lavar Roupa (Enxoval)
	
	
	
	
	
	(=) Lucro Bruto
	
	
	
	
	
	(-) Custos Estruturais Fixos
	
	
	
	
	
	(=) Lucro operac. A.I.R.
	
	
	
	
	
2) A empresa Tiquita produz dois produtos, A e B, cujos preços de venda líquidos de tributos são, em média, $80 e $95, respectivamente, e o volume de produção e de vendas é de 12.000 unidades do Produto "A" e 4.490 unidades do "B", por período.
Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em $):
	
	A
	B
	Material Direto
	20
	27,95
	Mão-de-obra Direta
	10
	5
Os Custos Indiretos de Produção (CIP) totalizaram $500.000 no referido pe​ríodo. Por meio de entrevistas, análise de dados na contabilidade etc., verificou‑se que esses custos indiretos referem‑se às seguintes atividades mais relevantes:
	Atividade
	$
	Inspecionar material
	60.000
	Armazenar material
	50.000
	Controlar estoques
	40.000
	Processar produtos (máquinas)
	150.000
	Controlar processos (Engenharia)
	200.000
	Total
	500.000
Uma análise de regressão e de correlação identificou os direcionadores de custos dessas e de outras atividades, e sua distribuição entre os produtos, a saber:
	
	A
	B
	Nº de lotes inspecionados e armazenados
	3
	7
	Nº de horas-máquina de processamento de produtos
	4.000
	6.000
	Dedicação do tempo dos engenheiros
	25%
	75%
Pede‑se para calcular:
a) o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIP) de cada produto, utilizan​do o Custeio Baseado em Atividades (ABC) como base de rateio;
b) o valor e o percentual de lucro bruto de cada produto.
SOLUÇÃO
Custos indiretos de produção rateados pelo ABC:
	Atividades
	Direcionador utilizado
	Inspecionar material
	Nº de lotes inspecionados e armazenados
	Armazenar material
	Nº de lotes inspecionados e armazenados
	Controlar estoques
	Nº de lotes Inspecionados e
	Processar produtos
	Nº de horas-máquina de processamento
	Controlar processos
	Dedicação do tempo dos engenheiros
Proporções para alocação dos CIP
	Atividades
	Produto A
	Produto B
	Inspecionar material
	
	
	armazenar material
	
	
	Controlar estoques
	
	
	Processar- produtos
	
	
	Controlar Processos
	
	
Margem bruta e lucro pelo ABC
	
	Produtos (em $)
	
	A
	B
	Total
	Receita líquida
	
	
	
	(-) Custos diretos
	
	
	
		Material
	
	
	
		Mão-de-obra
	
	
	
	(-) Custos indiretos
	
	
	
		Inspecionar material
	
	
	
		Armazenar material
	
	
	
		Controlar estoques
	
	
	
		Processar produtos
	
	
	
		Controlar processos
	
	
	
	(=) Lucro bruto
	
	
	
	Margem bruta
	
	
	
CUSTO PADRÃO
1 . Algumas definições:
“Custo-Padrão é uma técnica para avaliar a utilização do custo real.”
“Custo-Padrão é um sistema de custeamento de produtos e tem filosofia de controle das operações da empresa.”
“Custo determinado a priori, ou seja, predeterminado, e que se fundamenta em princípios científicos e observa cada componente de custos (matérias, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação) dentro de suas medidas de verdadeira participação no processo de produção, representando o quanto deve custar cada unidade em bases racionais de fabricação.”
“Custo-Padrão é uma previsão ou predeterminação do que os custos reais devem ser dentro de condições projetadas, servindo como uma base para o controle de custos e como uma medida da eficiência de produção.”
Diante dos conceitos, há unanimidade em reconhecer o Custo-Padrão como uma medida de eficiência, pois quando colocado em comparação com os custos reais, ele fornece oportunidade de controle e avaliação de desempenho no sentido de buscar o curso esperado, através das análises das variações identificadas. Tal discrepância do objetivo do custeio são os desvios resultantes dessa comparação, que após sua identificação devem ser investigados e a medidas corretivas acionadas, bem como acompanhadas até que os seus efeitos sejam plenamente alcançados.
2. Finalidade do Custo-Padrão:
A grande finalidade do Custo-Padrão é o controle dos custos, tendo como objetivo o de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. O custo padrão não elimina o Real, nem diminui sua tarefa, aliás, a implantação do padrão só pode ser bem sucedida onde já exista um bom Sistema de Custo Real. Outra grande finalidade do Custo-Padrão, decorrente da adoção de qualquer base de comparação fixada para efeito de controle, é o efeito psicológico sobre o pessoal. Este efeito pode ser positivo ou negativo.
Efeito positivo: se o padrão for fixado considerando-se metas difíceis, mas não impossíveis de serem alcançados, acabará por funcionar como alvos e desafio realmente de todo pessoal, com mais ênfase ainda, se tiver sido firmado com a participação dos responsáveis pela produção. Haverá uma preocupação por parte dos altos administradores em analisar as comparações e eliminação das divergências.
Efeito negativo: se o padrão for fixado com base num conceito ideal, cada funcionário já saberá de antemão que o valor é inatingível, que todo e qualquer esforço jamais culminará na satisfação máxima de objetivo alcançado, e poderá haver a criação de um espírito psicológico individual e coletivo amplamente desfavorável.
Em resumo, o objetivo principal do custo-padrão é estabelecer uma medida planejada que será usada para compará-los com os custos reais ou históricos (aqueles que aconteceram e foram registrados pela Contabilidade) com a finalidade de revelar desvios que serão analisados e corrigidos, mantendo, assim, o desempenho operacional dentro dos rumos previamente estabelecidos.
3. Fixação do Padrão:
O padrão a estabelecer deve, sempre que possível, ser fixado em quantidades físicas e valores monetários, quer de mão-de-obra, KWh, horas-máquinas, etc. A fixação final do Custo-Padrão de cada bem ou serviço produzidos depende de um trabalho conjunto entre a Engenharia de Produção(cabe fazer as fixações físicas) e a Contabilidade de Custos (cabe transformar as fixações físicas em valores monetários). 
4. TIPOS DE CUSTO-PADRÃO
	Segundo MARTINS (1990), são três o tipo de Custo-Padrão: Custo-padrão ideal, corrente e estimado.
4.1. Custo-Padrão ideal: Em desuso, nasceu da tentativa de se fabricar um custo em laboratório.
4.1.1. Características
Os cálculos relativos a tempo de fabricação (de homem ou máquinas) seriam com base em estudo minucioso de tempos e movimentos, com experiências, usando o operário mais habilitado, sem se considerar sua produtividade oscilante durante o dia, mas aquela medida num intervalo de tempo observado no teste feito;
As perdas de material seriam apenas as mínimas admitidas como impossíveis de serem eliminadas pela Engenharia de Produção;
No final, Custo-Padrão Ideal seria um objetivo da empresa a longo prazo, e não uma meta fixada para o próximo ano ou para um determinado período;
Só é possível comparação deste custo de período a período, para se teruma idéia de quanto se evoluiu com relação aos anos anteriores.
Diante dessas características apresentadas, é sabido que as empresas não trabalham em condições ideais. Sempre acontecerão imperfeições, embora possam ser controladas. Portanto, o padrão deveria ser estabelecido dentro de condições normais de eficiência em relação ao uso dos recursos, pois, as perdas, os desvios, os tempos desperdiçados, o uso ineficiente de máquinas e ferramentas e não utilização da capacidade produtiva normal podem ser controlados, ou seja, os fenômenos comuns devem permanecer dentro de limites considerados normais , em um nível de significância, que possa garantir a continuidade da empresa.
4.2. Custo-Padrão Corrente
	Mais válido e prático, diz respeito ao valor que a empresa fixa com custo de produção para o próximo período para um determinado produto ou serviço. Buscam-se padrões de custos e produção que, mesmo calculados cientificamente, consideram as eventuais condições de imperfeições ambientais, empresariais e de mercado.
4.2.1. Características
Para os seus cálculos, leva-se em conta as deficiências sabidamente existentes em termos de qualidade de materiais, mão-de-obra, equipamentos, fornecimentos de energia, água, etc;
Consiste de um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, porém não impossível:
È tomado como meta para todos os setores da empresa, mas em patamares que, ao mesmo tempo que ideais e com certa dificuldade de obtenção, permitem, porém, seu atingimento. È um custo ideal, adaptado, permitindo-se seu alcance:
O custo-padrão, além de experiências passadas, utiliza-se de experiências simuladas dentro de condições normais de produção:
Os dados físicos e monetários são determinados com bases racionais:
Considera as perdas e as sobras normais de materiais, a ineficiência ou ganho de produtividade da mão-de-obra:
São comparados com os custos históricos, e as causas dos desvios entre ambos são investigadas e as medidas corretivas devem ser acionadas.
5. CUSTO REAL
	O Custo Real representa o custo acontecido.
5.1. Características
Como instrumento de planejamento estratégico, o custo real têm pouco significado;
O custo real para avaliação de inventário serve apenas para atender às necessidades legais e fiscais;
O custo real tem validade no sentido em que, após a análise de suas variações, em cima de um custo-padrão, se identificam as causas do porquê das variações, e através dela, se permitem corrigir os rumos atuais.
6. VARIAÇÃO E CUSTO PADRÃO
6.1. Variações
	Compreende-se como variação, qualquer afastamento de uma variável em relação a um parâmetro pré-estabelecido, e dessa maneira já se fica implícito de que será necessário haver uma base quantitativa para se mensurar o evento(custo-padrão), a fim de permitir uma análise qualitativa dos desvios a partir da variação, requerendo assim a utilização de modelos matemáticos e estatísticos para o estudo do significado das variações e seus efeitos no resultado desejado.
	As variações se verificam normalmente em qualquer organização, dado a dinamicidade da economia e das inúmeras variáveis que circundam a vida de qualquer empresa.
	A capacidade administrativa de um gerente pode ser medida através das variações que seu departamento incorre num determinado período. Este se defronta com problemas de todos os níveis e setores do organismo empresarial.
6.2. Tipos de variações
	Fixado o padrão e posto em prática, sua composição final abrangerá matéria prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação, e cuja realização trará desvios em quatro significativos aspectos:
Variações de preços: Assim compreendido qualquer desvio entre o preço estabelecido e o preço realizado. O mercado é o responsável por tais variações e o critério de reduzí-las ao mínimo é através de estudo econômico baseado no conceito de preço de mercado na forma em que se encontra a indústria em questão(monopólio, oligopólio, concorrência). Deve-se eliminar o efeito da inflação imbutido no preço;
Variações de quantidades: É a relação entre a quantidade de insumo estabelecida para a produção sob análise e aquela efetivamente incorrida. São variações de natureza técnica, e a melhor forma de controle é aquela realizada concomitante ao processo de fabricação, e sua eliminação se torna relativamente fácil, salvo casos de matérias-primas deficientes qualitativamente ou mão-de-obra despreparada;
Variação mista: Neste caso ocorre o efeito das variações de preço na variação de quantidades e seu isolamento deve ser realizado, dado sua importância nas análises. Sua eliminação depende das medidas tomadas quanto às variações de preço e eficiência e 
Cálculo das variações da Matéria-Prima : 
Variação de Quantidade – (QR – QP) x PP
Variação de Preço -	(PR – PP) x QP
Variação Mista - 	(PR – PP) x (QP – QP)
Cálculo das variações da MOD: 
Variação de Eficiência -	(HR – HP) x TP
Variação de Preço -	(TR – TP) x HP
Variação Mista - 	(TR – TP) x (HP – HP)
	EXEMPLO:
Uma determinada empresa tem os seguintes custos-padrão por unidade para a fabricação do seu produto X:
	CUSTOS
	R$
	MAT
	100,00
	MOD
	80,00
	CIF
	70,00
A produção de X foi de 4.000 unidades totalmente acabadas, sendo 3.200 foram vendidas no período (80%).
	CUSTOS REAIS APURADOS NO FINAL DO PERÍODO
	MATERIAL DIRETO
	410.000,00
	MAO DE OBRA DIRETA
	310.000,00
	CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
	300.000,00
	TOTAL
	1.020.000,00
	CUSTOS-PADRÃO TOTAIS REFERENTE À PRODUÇLÃO DE 4.000 UNIDADES
	MATERIAL DIRETO ( R$ 100,00 X 4.000 u)
	400.000,00
	MAO DE OBRA DIRETA (R$ 80,00 x 4.000 u)
	320.000,00
	CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (R$ 70,00 x 4.000 u)
	280.000,00
	TOTAL
	1.000.000,00
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES
	CUSTO
	CUSTO REAL
	CUSTO PADRÃO
	VARIAÇÃO
	MAT
	410.000,00
	400.000,00
	+ 10.000,00 Desfavorável
	MOD
	310.000,00
	320.000,00
	- 10.000,00 Favorável
	CIF
	300.000,00
	280.000,00
	+ 20.000,00 Desfavorável
	TOTAL
	1.020.000,00
	1.000.000,00
	+ 20.000,00 Desfavorável
Marque a única alternativa correta:
1. O custo-padrão atende aos preceitos da Contabilidade:
a) Financeira.
b) Societária.
c) Geral.
d) Gerencial.
e) Tributária.
2. No que se refere ao processo de gestão de custos, o custo-padrão é útil nas seguintes etapas:
a) Controle.
b) Execução.
c) Planejamento.
d) Estratégica, tática e operacional.
e) Planejamento, execução e controle.
3. Ainda em relação ao uso do custo-padrão, pode-se afirmar que:
a) O custo-padrão é mais eficaz em ambientes em que não exista custo real.
b) Custo-padrão é o custo estabelecido pelas empresas como meta para seus custos.
c) O uso do custo-padrão é característico de processos de gestão focados apenas em custos.
d) A implantação do custo-padrão não deve envolver pessoas de outras áreas além da Controladoria.
e) A implantação do custo-padrão só pode ser bem-sucedida onde não haja utilização de métodos de custeio (variável, ABC ou absorção).
4) Qual é o principal benefício de um sistema de custeio padrão?
a) Registra os custos em que se deveria incorrer;
b) Permite uma comparação das diferenças entre os custos reais e os custos padrão;
c) É fácil de ser implementado;	
d) É barato e fácil de ser utilizado.
5) Qual das seguintes não é uma maneira de se determinar um custo padrão?
a) A adoção de uma taxa que aumenta a cada período;
b) A realização de estudos de tempos e movimentos;
c) A análise de dados passados;
d) A adoção do que é especificado nos planos de engenharia.
6) Falso ou Verdadeiro? A variação de preço de mão-de-obra é igual à diferença entre a taxa de remuneração real e a taxa de remuneração padrão vezes a quantidade-padrão de horas de mão-de-obra.
7) O que uma variação de eficiência de mão-de-obra favorável significa?
a) As taxas de mão-de-obra foram maiores que o determinado pelo padrão;
b) Foi contratada mão-de-obra inexperiente, propiciando uma taxa menor que o padrão;
c) Mais mão-de-obra foi usada que odeterminado pelo padrão;
d) Menos mão-de-obra foi usada que o determinado pelo padrão;
8) O que uma variação de volume de custos indiretos desfavorável significa?
a) Os custos indiretos estão fora de controle;
b) Os custos indiretos estão sob controle;
c) A produção foi maior que o previsto;
d) A produção foi menor que o previsto.
9) Por custo padrão, entendem-se:
a) todos os gastos aplicados na obtenção de produtos para serem comercializados e/ou consumidos na produção;
b) todos os gastos que uma empresa aplicou na obtenção de um padrão na contabilidade de custos;
c) os custos totais de fabricação incorridos em um determinado mês;
d) os custos determinados previamente, baseados em cálculos analíticos sobre os processos produtivos, incluindo os estudos do tempo e dos movimentos relativos a cada operação;
e) os custos calculados e contabilizados de acordo com o critério de custeio por absorção.
10) Uma empresa que trabalha com custos-padrão previu que gastaria 5 Kg de matéria-prima, a um custo de R$ 15.000,00/Kg, para produzir uma unidade de determinado produto. Ao final do período, constatou que, embora tivesse economizado 20% no preço do material, havia gasto 20% a mais de material que o previsto.
a) igual ao previsto;
b) Favorável em R$ 3.000,00
c) Favorável em R$ 15.000,00
d) Desfavorável em R$ 3.000,00
e) Desfavorável em R$ 15.000,00
OBSERVE OS DADOS ABAIXO PARA RESPONDER AS QUESTÕES DE 12 A 17
DADOS:
Custo padrão por unidade do produto A:
Material direto: 50,00
Mão de Obra Direta: 40,00
CIF: 35,00
A produção de A foi de 4.000 unidades acabadas, sendo que 80%, ou seja, 3.200 unidades foram vendidas no período;
Não existem estoques iniciais de produtos acabados em elaboração;
Custos reais apurados no final do período:
	MAT
	R$ 205.000,00
	MOD
	R$ 155.000,00
	CIF
	R$ 150.000,00
	TOTAL
	R$ 510.000,00
Os custos padrão correspondentes à produção de 4.000 unidades, foram:
	MAT
	R$ 50,00 x4.000 u
	R$ 200.000,00
	MOD
	R$ 40,00 x 4.000 u
	R$ 160.000,00
	CIF
	R$ 35,00 x 4.000 u
	R$ 140.000,00
	TOTAL
	
	R$ 500.000,00
12) Quanto foi a variação ocorrida em MAT, no período? Foi Favorável ou desfavorável?
13) Quanto foi a variação ocorrida em MOD, no período? Foi Favorável ou desfavorável?
14) Quanto foi a variação ocorrida em CIF, no período? Foi Favorável ou desfavorável?
15) Quanto foi a variação total ocorrida no período? Foi Favorável ou desfavorável?
16) Qual o valor dos Custos dos Produtos Vendidos no período?
17) Qual é o valor do estoque final de produtos acabados?
18) Utilizando os dados fornecidos para responder as questões de 12 a 17, se o CIF fosse 135.000,00, o custo real seria R$ 495.000,00, inferior, portanto em R$ 5.000,00 ao custo padrão. Nessa hipótese a variação total ocorrida no período e o CPV nessa ordem seriam:
20.000,00 (D) e 396.000,00;
15.000,00 (F) e 404.000,00
15.000,00 (D) e 400.000,00
5.000,00 (F) e 396.000,00
5.000,00 (D) e 396.000,00
Exercícios práticos Custo-Padrão
1) No início do mês passado, a Cia. Industrial RLC elaborou seu orçamento, segundo o qual o custo-padrão de uma unidade de seu único produto deveria custar R$10,00 por unidade. O custo-padrão considerava a matéria-prima sendo consumida da seguinte forma: Matéria-prima: (MP): 4kg/unid. x R$ 1,00/kg. No início deste mês, verificou-se que a Cia. Industrial RLC comprou a matéria-prima a R$ 1,50/kg e consumiu 3,5kg/unid. Considerando, somente, essas informações, calcule o que se pede:
Variação de Quantidade;
Variação de Preço;
2) Numa empresa fabril que trabalha com custo-padrão, o tempo de mão-de-obra direta, em certo período, foi de 100 (cem) horas acima do número previsto, que foi de 1.000 (mil) horas. No mesmo período, o custo da mão-de-obra direta por unidade de tempo foi de $0,10 (dez centavos) abaixo do valor orçado que foi de $1,00 por hora. O valor da variação total entre o custo-padrão e o custo real foi de:
a) Custo-Padrão > $110,00.
b) Custo-Padrão < $110,00
c) Custo-Padrão > $10,00
d) Custo-Padrão < $10,00
e) Custo-Padrão > $100,00
3) A Alva Indústria de Roupas Ltda. que adota o custo padrão, verificou, em fevereiro de 2010, que a mão-de-obra direta efetivamente consumida foi de 100 horas superior ao padrão estabelecido de 1.200 horas, e que o custo despendido com essa mesma mão-de-obra direta, por unidade de tempo, ficou R$ 25,00 abaixo do valor previsto de R$ 145,00 por hora.
3.1) Considerando as anotações da produção, feita pela Alva Indústria de Roupas, a variação de eficiência ocorrida, em fevereiro de 2010, em reais, foi:
a) R$ 18.000,00 desfavorável
b) R$ 14.500,00 desfavorável
c) R$ 12.000,00 desfavorável
d) R$ 2.500,00 favorável
e) R$ 30.000,00 favorável
4) Uma empresa industrial estabeleceu os seguintes padrões de custos diretos por unidade:
 
	QUANTIDADE
	PREÇO
	Matéria-Prima 0,5 kg
	R$4,00 por kg
	Mão de Obra Direta 15 minutos
	R$10,00 por hora
Em determinado período, foram produzidos 10.000 produtos, com os seguintes custos reais:
 
	QUANTIDADE
	PREÇO
	Matéria Prima 6.500 kg
	R$4,20 por kg
	Mão de Obra Direta 2.500 h
	R$12,00 por hora
Em relação aos custos apurados no período e variações do custo real em comparação ao custo padrão, assinale a opção INCORRETA.
a) A variação no custo da matéria-prima foi de R$0,73 favorável.
b) A variação no custo de mão de obra é devido unicamente à variação no preço.
c) O custo padrão é de R$4,50, composto por R$2,00 relativo a custo de matériaprima e R$2,50 de custo com mão de obra.
d) O custo real superou o custo padrão em R$1,23, e a diferença é devida às variações no custo da matéria-prima e no custo da mão de obra.
5) A Pimpolho Indústria e Comércio produz entre outros produtos infantis, creme dental com sabor de frutas, com os seguintes custos para cada tubo:
	
	PADRÃO
	REAL
	Material Direto
	35 g. x $ 0,06 / g
	36 g x $ 0,08 / g
	Mão-de-obra direta
	12 min x $ 0,12 / min
	9 min x $ 0,12 / min
Pede-se calcular, por unidade produzida, as seguintes variações, em $. Indicar-se a variação é Favorável (F) ou Desfavorável (D):
De eficiência no uso do material.
De preço na compra do material.
De eficiência no uso da mão de obra direta.
De preço (taxa) da mão-de-obra direta.
6) A Empresa Wissen, fabricante de um único produto, tem os seguintes padrões de custos:
Quantidade de matéria-prima			1 kg. / um.
Preço da matéria-prima				$ 1,00 / kg
Tempo da mão-de-obra direta			1 h / um.
Taxa da mão-de-obra direta			$ 3,00 / h
Em determinado mês, ocorreram os seguintes eventos:
Custo de mão-de-obra direta incorrido		$ 259.250
Quantidade de horas de MOD trabalhadas	85.000
Matéria-prima adquirida ( 100.000 kg. )		$ 110.000
Volume da produção				80.000 um.
Pede-se calcular, por unidade produzida, as seguintes variações, em valores monetários ( $ ). Indicar se a variação é Favorável ( F ) ou Desfavorável ( D ):
De eficiência no uso do material.
De preço na compra do material.
De eficiência no uso da mão-de-obra-direta.
De preço ( taxa ) da mão-de-obra direta.
7) A Empresa Níquel, fabricante de um único produto, tem os seguintes dados de custos:
	
	PADRÃO
	REAL
	Matéria Prima X
	16 Kg. a $ 4,00 o Kg.
	19 Kg. a $ 4,20 o Kg.
	Matéria Prima Z
	5 Metros a $ 10,00 o metro
	4 Metros a $ 13,55 o metro
	Embalagem Y
	80 Folhas a $0,70 cada folha
	75 Folhas a $0,68 cada folha 
Pede-se calcular por unidade produzida: 
Custo padrão do material;
Custo real do material;
Variação total do material; 
Variação de quantidade e preço do uso do material ( de cada material ). 
OBS: Indicar se a variação é Favorável ( F ) ou Desfavorável ( D )
8) A Empresa Mercúrio, fabricante de um único produto, tem os seguintes dados de custos:
	
	PADRÃO
	REAL
	Mão de obra depto. A
	40 h. a $ 1,20 a hora
	46 h. a $ 1,25 a hora
	Mão de obra depto. B 
	20 h. a $ 2,35 a hora
	19 h. a $ 2,50 a hora
	Mão de obra depto. C 
	30 h. a $ 3,30a hora
	35 h. a $ 3,20 a hora 
Pede-se calcular por unidade produzida: 
Custo padrão da mão de obra;
Custo real da mão de obra;
Variação total da mão de obra; 
Variação de eficiência e taxa do uso da mão de obra direta ( de cada departamento ). 
 OBS; Indicar se a variação é Favorável ( F ) ou Desfavorável ( D )
EXERCÍCIOS - CONTROLADORIA
1) Granja Animal Ltda.
Com base nas informações disponíveis:
a) calcule o custo unitário de produção de janeiro e de outubro;
b) apure a margem de contribuição de janeiro e outubro;
c) apure o resultado do mês, antes dos impostos sobre o lucro.
Em novembro, você foi contratado pela controladoria de um complexo industrial, composto de diversas fábricas e divisões de negócios, para o cargo de Assistente do Departamento de Custos.
Uma de suas primeiras tarefas foi analisar e explicar as variações dos custos de um dos produtos da Granja Animal Ltda. – uma fábrica de ração para animais –, uma das empresas do grupo.
Desde dezembro do ano anterior que os custos desse produto não sofriam análises detalhadas.
Outras informações disponíveis:
a) O preço de venda por tonelada, já líquido dos tributos, era de $ 500 em janeiro e foi alterado para $ 550 em outubro, sendo que a produção é totalmente vendida no próprio mês.
b) As despesas variáveis de vendas correspondem a 10% do preço de venda.
c) Para a produção de uma tonelada de ração, é a seguinte a composição das matérias-primas, em kg:
	
Composição de uma tonelada de ração
	
Quantidade (kg)
	Milho
	660
	Farelo de Soja
	220
	Óleo de Soja
	30
	Farinha de Carne
	60
	Outras
	30
d) Variação dos custos das principais matérias-primas no período da análise de custo, janeiro a outubro:
O custo da saca de milho com 50 kg aumentou 46%, média de $ 8,59 no início do ano para $ 12,55 em outubro.
A tonelada do farelo de soja custava $ 197,70 em janeiro e passou para $ 365,00 em outubro, um aumento de 85%.
e) As demais matérias-primas não sofreram aumentos relevantes durante o período sob análise. Em janeiro, representavam 5% da soma do custo total das matérias-primas milho e soja, sendo que em outubro passaram a representar 3%.
f) O total dos custos fixos mensais é de $ 2.000.000, mantendo-se praticamente inalterado durante o período.
g) O total das despesas fixas mensais é de $ 200.000, mantendo-se também praticamente inalterado durante o período.
h) Em janeiro, foram produzidas 25.000 toneladas de ração. Em outubro, a produção aumentou para 40.000 toneladas.
i) Em janeiro, o total da folha de pagamento da fábrica, incluindo os encargos sociais, foi de $ 1.800.000, para um total de 150.000 horas de mão-de-obra direta.
j) Em outubro, o total da folha de pagamento da fábrica, incluindo os encargos sociais, foi de $ 3.060.000, para um total de 225.000 horas de mão-de-obra direta.
k) A Diretoria da fábrica aceita como normal uma perda de até 5% na utilização das matérias-primas.
l) Em janeiro, os outros custos variáveis de produção eram de $ 30 por tonelada, e não sofreram alterações significativas de janeiro a outubro.
m) Consumo das principais matérias-primas, em toneladas:
	MATERIA PRIMA
	JANEIRO
	OUTUBRO
	
	
	
	MILHO
	17.078
	28.800
	FARELO DE SOJA
	5.747
	9.600
2) Granja Animal Ltda. (continuação)
Com base nas informações disponíveis do caso prático anterior:
Analise a composição dos custos de cada tonelada, de janeiro e outubro, e explique as principais variações nos custos no período. Demonstre a eficiência da utilização das matérias-primas em janeiro e em outubro, supondo que a Diretoria aceita como normal uma perda de até 5% na utilização das matérias-primas principais, milho e farelo de soja.
Demonstre a eficiência da utilização das horas de mão-de-obra direta em janeiro e em outubro.
3) Indústria Graxix Ltda.
Com base nas informações disponíveis e considerando a inexistência de estoques iniciais ou finais, efetue uma análise comparativa dos custos e das receitas dos meses de março e abril, antes e depois das alterações procedidas pela Engenharia de Produção, como segue:
a) Demonstre o custo de produção unitário para março e abril, antes e após as mudanças no produto acabado.
b) Demonstre o lucro bruto de abril após as mudanças, comparativamente com o que seria se não houvesse as mudanças. Nessa comparação, suponha que a quantidade vendida seria a mesma de março, se não houvesse mudanças.
c) Responda se foi correta a decisão da Engenharia de Produção em alterar em abril as características do produto acabado, ou seja, o acréscimo no lucro compensou as mencionadas mudanças?
d) Explique ou justifique as variações, com as devidas atribuições de responsabilidades.
e) Comente a decisão do Departamento de Engenharia. Decisões de tal magnitude podem ser tomadas apenas por um departamento?
A Indústria Graxix Ltda. produz diversos produtos. Um de seus produtos mais rentáveis é uma graxa especial para manutenção de máquinas, comercializada em tambores de 50 kg.
São as seguintes as informações sobre o custo de cada tambor em março:
	Custo de fabricação de cada tambor de 50 kg, no mês de março
	$
	Matéria-prima A = 30 kg × $ 2
	60
	Matéria-prima B = 20 kg × $ 9
	180
	Mão-de-obra direta = 3 horas × $ 9
	27
	Custos indiretos de fabricação
	
	Variável
	7
	Total dos custos variáveis
	274
	Custos indiretos de fabricação fixos
	16
	Total do custo de março, para cada tambor produzido
	290
Em março, foram produzidos 30.000 tambores, sendo que toda a produção foi vendida no próprio mês.
Em abril, a Engenharia de Produção resolveu alterar a composição do produto, para reduzir os custos de produção. A matéria-prima B, como era a mais cara, passou a compor o produto em apenas 10%, em vez dos 40% anteriores.
Em decorrência dessa mudança na composição do produto, houve as seguintes conseqüências imediatas:
O preço de venda de cada tambor foi reduzido de $ 500,00 para $ 440,00, em razão da queda na qualidade da graxa.
Com a redução no preço, o volume de vendas aumentou, exigindo a produção de 40.000 tambores no mês.
A matéria-prima A é de mais difícil manuseio pelos operários. Em conseqüência, a eficiência da mão-de-obra foi desfavorável em abril comparativamente com o mês de março, e foram necessárias quatro horas para cada tambor produzido.
Com o maior volume de atividades, houve necessidade de 20.000 horas extras, ao custo unitário de $ 13,50 por hora. Não houve alteração no custo da taxa horária das horas normais.
Os custos indiretos fixos no mês de abril totalizaram $ 600.000.
Com o maior consumo da matéria-prima A, o Departamento de Suprimentos teve que procurar novos fornecedores, com o acréscimo de custo de aquisição. No mês, o custo total da matéria-prima A consumida na produção foi de $ 5.400.000.
Não houve alteração nos demais custos.
4) Fertilizantes Adubom S.A.
Efetue uma análise dos custos, com base nas informações disponíveis, e dê sua opinião sobre qual seria a alternativa mais rentável para a empresa:
a) fabricação do fertilizante Fortil; ou
b) fabricação do fertilizante Adubol.
A Fertilizantes Adubom S.A. utiliza em um de seus processos industriais uma matéria-prima estratégica, denominada XRT-2001, de difícil obtenção no mercado, por ser um mineral cujas jazidas estão extinguindo-se em toda parte do mundo.
No início do ano, assinou um grande contrato de fornecimento de 120.000 toneladas, para recebimento durante 12 meses, ou seja, 10.000 toneladas por mês, ao custo de $ 800 por tonelada.
Os diretores da Adubom sabem que dificilmente conseguirão comprar novamente a matéria-prima XRT-2001, havendo necessidade, portanto, de utilizar as 120.000 toneladas da forma mais rentável possível.
A matéria-prima XRT-2001 pode ser utilizada na fabricação de dois tipos de fertilizantes, que são: (a) Fortil e (b) Adubol. Qualquer que seja o fertilizante produzido, a matéria-prima XRT-2001 é misturada com outras matérias-primas, para asquais não há problema de suprimento.
As composições das matérias-primas são diferentes para os dois produtos.
Para a produção de uma tonelada dos produtos acabados, a utilização da matéria-prima XRT-2001 é a seguinte, já considerando as perdas no processo:
• Produto acabado Fortil = 200 kg da matéria-prima XRT-2001
• Produto acabado Adubol = 500 kg da matéria-prima XRT-2001
Para ajudar nessa tomada de decisão, contratou serviços profissionais de especialista em custos e processos industriais.
Informações disponíveis Fortil Adubol
Preço de venda por tonelada ($) 2.500 4.500
Estimativa de potencial máximo de mercado para as vendas
mensais, em toneladas 50.000 35.000
Custos variáveis por tonelada ($)
Matéria-prima XRT-2001 160 400
Outros materiais 300 700
Mão-de-obra direta 500 600
Despesas variáveis por tonelada ($) 300 500
Total dos custos e despesas fixas por mês 7.000.000
2) Artefatos de Alumínio Veneza S.A.
Com base nas informações disponíveis:
a) Refaça o cálculo da margem de contribuição de cada produto, levando em consideração a margem de contribuição de cada hora máquina, em razão de ser esse o fator limitativo da empresa.
b) Apure o novo mix da produção total, que maximizaria o lucro da empresa.
c) Com base nesse novo mix de produção, demonstre a margem de contribuição total e o resultado do mês.
A Artefatos de Alumínio Veneza S.A. é fabricante de peças de alumínio para a construção civil. Produziu e vendeu, em julho, três produtos, com a seguinte margem de contribuição para cada unidade:
Valores unitários Produto A Produto B Produto C
Preço de venda ($) 300 250 400
Menos: custos e despesas variáveis 160 130 240
Margem de contribuição 140 120 160
Os custos e despesas fixas totalizaram $ 600.000 no mês, e a empresa trabalhou em julho com a capacidade máxima de produção das máquinas e equipamentos.
Seguem informações sobre suas vendas durante o mês, margem de contribuição por produto e total, bem como o resultado antes dos tributos sobre o lucro:
Resultados Produto A Produto B Produto C
Quantidade vendida – unidades 2.000 1.000 3.000
Margem de contribuição ($) 140 120 160
Total da margem de contribuição de cada produto 280.000 120.000 480.000
Total da margem de contribuição de todos os produto 880.000
Custos e despesas fixas (600.000)
Lucro antes dos tributos sobre o lucro 280.000
Em reunião da Diretoria, você ficou sabendo que:
a) A empresa atendeu totalmente à demanda para o produto C, que oferece a maior margem de contribuição, mas não conseguiu atender a toda a demanda para os produtos A e B, cujas demandas são de 2.800 e 1.400 unidades, respectivamente, por mês, ou seja, 40% acima do volume atendido pela empresa em julho.
b) O produto B é produzido, apesar de apresentar a menor margem de contribuição, por causa da necessidade de atender a quatro grandes construtoras, clientes antigos e importantes, que compram também os produtos A e C. Tais clientes compraram, no total, uma média mensal de 1.000 unidades de cada produto nos últimos dez anos. São, portanto, clientes que, estrategicamente, não podem deixar de ser atendidos. Na visão da Diretoria, a Produção de B tem que ser a mínima possível para atender a tais clientes, em razão da utilização de importante parcela da capacidade produtiva, que poderia ser mais bem utilizada para a produção de A, o que aumentaria o lucro da empresa.
c) A empresa não tem como aumentar a capacidade produtiva em curto prazo, visto que as máquinas e equipamentos produtivos têm que ser importados de fabricantes na Alemanha, que exigem uma encomenda com três meses de antecedência. Dias após a reunião da Diretoria, analisando com detalhes as informações relacionadas com o custo da produção, você constatou que o único fator limitativo da produção são as horas-máquinas gastas no mês.
Em julho, foram gastas as seguintes horas-máquinas, com base no gasto de horas em cada unidade dos produtos, como segue:
Itens Produto A Produto B Produto C
Quantidade de horas-máquinas para produzir cada unidade 4,0 2,5 8,0
Unidades produzidas em julho 2.000 1.000 3.000
Total gasto de horas-máquinas 8.000 2.500 24.000
Total 34.500
As 34.500 horas-máquinas representam a capacidade máxima da fábrica, de acordo com a Engenharia de Produção.
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
1) Indústria Estudando Você Consegue Ltda.
Com base nas informações disponíveis, calcule:
a) a margem de contribuição do produto;
b) o ponto de equilíbrio contábil;
c) o ponto de equilíbrio financeiro;
d) o grau de alavancagem operacional, com nível de atividade de 130.000 unidades.
A Indústria produziu e vendeu em abril o total de 130.000 pacotes de ração, ao preço unitário de vendas de $ 8 líquido dos tributos.
Durante o mês, o total dos custos de produção e das despesas foi:
Custos variáveis $
Diretos – matérias-primas: 208.000
Diretos – mão-de-obra direta: 143.000
Indiretos – outros custos: 39.000
Custos fixos
Energia elétrica: 50.000
Depreciação: 75.000
Materiais: 50.000
Outros custos fixos: 20.000
Despesas variáveis de vendas: 299.000
Despesas fixas (inclui $ 19.500 de depreciação): 61.500
2) Indústria Estudando Você Consegue Ltda. (continuação)
Com base nas informações do caso prático anterior:
a)Supondo que os sócios desejem um retorno(lucro contábil antes da tributação) mínimo de 20% por trimestre sobre o patrimônio líquido da empresa, que é de $ 600.000, qual é a quantidade mínima que a empresa precisa produzir e vender por mês?
b)Supondo que (1) existe mercado consumidor para a produção e venda de mais 40% de pacotes de ração, sem redução no preço de vendas unitário; (2) no entanto, a Indústria não dispõe dos recursos financeiros (falta de capital de giro)para aumentar a produção; (3) pode solicitar um empréstimo bancário que irá custa $ 100.000 por mês de encargos financeiros.
Considerando tais suposições, responda: o acréscimo no lucro compensará o pagamento de mais $ 60.000 de despesas? Utilize o grau de alavancagem operacional obtido no caso prático anterior para facilitar sua resposta.
3) Produtos Químicos

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