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FONTES DO DIREITO 1

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FONTES DO DIREITO (I)
Larissa Vitti
Fontes do Direito: processo de produção da norma jurídica/ processos ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se positivam com legítima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia no contexto de uma estrutura normativa.
Fonte Material: O estudo filosófico/sociológico dos motivos éticos ou dos fatos econômicos que condicionam o aparecimento e as transformações das regras de direito (leis).
Direito: Resultado de um complexo de fatores que a Filosofia e a Sociologia estudam, mas que se manifesta como ordenação vigente e eficaz através de certas formas (estruturas normativas processos legislativos, usos e costumes jurídicos, atividade jurisdicional e ato negocial).
 
Toda fonte de direito implica uma estrutura normativa de poder, pois a gênese (origem) de qualquer regra de direito (nomogênese jurídica) só ocorre com a interferência de um centro de poder que diante de um complexo de fatos de valores, opta por dada solução normativa com características de objetividade.
Fontes do direito: 
PROCESSO LEGISLATIVO: expressão do poder legislativo.
JURISDIÇÃO: poder judiciário.
USOS E COSTUMES JURÍDICOS: exprimem o poder social/poder do povo.
FONTE NEGOCIAL: autonomia da vontade.
DIREITO ROMANÍSTICO E COMMON LAW
A prevalência de determinada fonte do direito depende de razões sociais e históricas. Cabe então, distinguir dois tipos de ordenamento jurídico: O da tradição romanística (nações latinas e germânicas) e o da tradição Anglo-americana (Common Law).
Romanístico: Processo legislativo é priorizado e as demais fontes de direito tem valor secundário. Civil Law (tradição latina/continental) se acentou após a Rev. Francesa Lei passou a ser a única expressão autêntica da Nação (vontade geral).
Common Law: Direito se revela pelos usos e costumes e pela jurisdição. É um direito misto costumeiro + jurisprudencial.
O PROBLEMA DAS FONTES DO DIREITO ATRAVÉS DA HISTÓRIA
As regras jurídicas de desprenderam, paulatinamente, dos costumes primitivos.
Esse período do direito costumeiro é o mais longo da humanidade.
O direito primitivo é anônimo não se sabe quando nem onde surge o costume: a princípio é um chefe que por prepotência ou astúcia impõe uma regra de conduta e é possível que essa regra tenha ficado ligada à sua pessoa durante alguns anos. Aos poucos esquece-se o nome e outras iniciativas surgem para modificá-la e completá-la.
NATUREZA DOS COSTUMES PRIMITIVOS
A jurisdição, a lei e a doutrina só aparecem em um momento já bastante evoluído da cultura jurídica, como se pode ver na história do dir. romano.
Elementos fundamentais que construíram o direito costumeiro: preponderância do mais forte/astuto e influência de elementos religiosos/mágicos, gerando comportamentos “exemplares”. 
Grande parte dos usos e costumes das sociedades antigas estavam ligados à religião. (O autor exemplifica com o livro A cidade Antiga). 
DO COSTUME AO PRIMADO DA LEI OU DO PRECEDENTE JUDICIAL
No início do Dir. Romano, os costumes, aos poucos, vão dando lugar à jurisdição/ direito jurisprudencial.
Através da atividade dos juízes/pretores romanos, foi construído o jus civile (primeiro privativo dos romanos) e o jus gentium ( de caráter mais amplo).
Com o crescer da civilização romana, foram incorporados novos costumes, formando o direito costumeiro internacional.
Aos poucos, o dir. peculiar dos romanos foi se convertendo no dir. comum a romanos e estrangeiros (jus gentium).
Por influência da filosofia grega, essa idéia de jus gentium se alarga e vira jus naturale (direito natural).
Com as invasões bárbaras, novos usos e costumes se integraram aos romanos.
A formação do Dir. Medieval se deu graças ao encontro de elementos germânicos e romanos.
Os juristas da Idade Média querem reconstruir a obra romana. Os costumes já eram outros e foram integrados valores cristãos. Então, esses juristas adaptaram os textos romanos à realidade da época, fazendo considerações (glosas).
Através dos glosadores a ciência jurídica foi se reconstituindo, até o Renascimento e às grandes descobertas, com outras escolas e pensadores.
Surgem os “comentaristas”/”cultos” forrados de cultura filosófica e humanista.
Na época Moderna, os reis sentiram a necessidade de fazer coordenações/ordenações das leis dispersas “ordenações” (primeiras consolidações das leis e normas consuetidinárias) 
Com o passar do tempo, surgem as teorias que compreendem a lei como expressão racional da vontade coletiva (EX: ROUSSEAU). E com a Rev. Francesa e a criação de um direito nacional (perante o qual todos são iguais) constituiu-se na França e na Alemanha uma escola que pretendia constituir o Direito baseado no Cód. Civil.
Apesar das críticas e de não se aplicar à Inglaterra e EUA, cabe ponderar que mesmo nesses países cresce, dia-a-dia, a influência de processos legislativos.
Verifica-se que quer se trate do primado da lei (civil Law), quer do primado do precedente judicial (common law), o que se dá no Estado Moderno é a supremacia das normas editadas pelo Estado sobre todas as demais.
No mundo contemporâneo, predominado o processo legislativo/ processo jurisdicional, prevalecem as fontes de direito da natureza estatal sobre às de caráter puramente social.

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