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RELATORIO 2 Coeficiente de partição

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FACULDADE GUANAMBI – FG 
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE GUANAMBI – CESG 
 
 
 
 
 
 
 
 RELATÓRIO 
AULA PRÁTICA II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador/Prof.ª.: Karina Fernandes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUANAMBI – BA 
2017 
ANA CLAUDIA COTRIM FAUSTO 
JOSÉ VICTOR DE JESUS OLIVEIRA 
FERNANDA RODRIGUES DE CASTRO 
TAILANE LIMA PESSOA 
TAYNARA CARVALHO BORGES 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO 
AULA PRÁTICA II 
 
 
 
 
 
Pesquisa direcionada ao Centro de Pesquisa Superior de 
Guanambi - CESG da Faculdade Guanambi, sendo 
apresentada a disciplina de Tecnologia Farmacêutica 
visando a obtenção de notas referente ao 7º semestre 
orientado pelo Prof.ª Karina Fernandes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUANAMBI – BA 
2017 
Centro de Educação Superior de Guanambi – CESG 
Disciplina: Tecnologia Farmacêutica 
Professor: Karina Fernandes 
Relatório de Aula Prática 
 
PROPRIEDADES BIOFARMACÊUTICAS: 
AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE PARTIÇÃO DA METFORMINA 
 
 INTRODUÇÃO 
 
A lipofilicidade é definida pelo coeficiente de partição de uma substância 
entre uma fase aquosa e uma fase orgânica. O conceito atualmente aceito para o 
coeficiente de partição (P) pode ser definido pela razão entre a concentração da 
substância na fase orgânica (Corg) e sua concentração na fase aquosa (Caq) em um 
sistema de dois compartimentos sob condições de equilíbrio. Os fármacos que 
apresentam maior coeficiente de partição, ou seja, têm maior afinidade pela fase 
orgânica, tendem a ultrapassar com maior facilidade as biomembranas hidrofóbicas, 
apresentando melhor perfil de biodisponibilidade (fração da dose que atinge a 
circulação), o que pode refletir em um melhor perfil farmacológico (BARREIRO e 
FRAGA, 2008). 
O valor do coeficiente de partição (log P) é um parâmetro frequentemente 
usado em estudos de QSAR como medida quantitativa da lipofilicidade de compostos 
bioativos. O valor do log P de um composto, pode ser interpretado como sendo a 
somatória de dois termos: um relacionado com volume (estéricos) e o outro com 
interações intermoleculares (interações dipolo-dipolo e ligações por hidrogênio) 
(MALVEZZI et al 2015). 
A investigação da natureza e grandeza destes termos pode contribuir para 
uma compreensão do comportamento farmacocinético de drogas candidatas a 
fármacos. 
A metformina é o fármaco de primeira escolha para tratamento de DM2, 
sendo o anti-hiperglicemiantes oral mais amplamente prescrito, devido ao seu perfil 
de toxicidade favorável e eficácia clínica. O fármaco reduz os níveis de glicose 
principalmente diminuindo a gliconeogênese hepática, o que leva a um declínio médio 
nos níveis de insulina, e também promove a captação de glicose no músculo 
(ALEXANDER et al., 2008; BRASIL, 2010b). 
Deste modo objetivou-se determinar o coeficiente de partição de uma 
alíquota de metformina pó por método titulométrico em meio aquoso, e fazendo a 
leitura da absorbância por espectrofotometria. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Neste experimento, determinou-se o coeficiente de partição (log P) de um 
IFA (Insumo farmacologicamente ativo) em pó, a Metformina, através de uma solução 
rotulada I a 0,001% já preparada pela professora (0,05g/500ml, Metformina/água 
destilada). Devido à alta sensibilidade do espectrofotômetro, a solução I teve que ser 
diluída, formando uma solução II, método de diluição esse que foi preparada pelos 
alunos, onde pegou-se 10ml da solução I e adicionou-se ao balão volumétrico de 100 
ml e completou com agua destilada até chegar ao referido volume de 100ml. 
Após essa diluição, levou-se a solução II para fazer a leitura no 
espectrofotômetro na absorbância de ʎ= 232nm, significando a quantidade de luz que 
a amostra absorverá, titulando-se com 1ª ABS: inicial (real). Em seguida determinou-
se a concentração real da solução colocando o resultado a 1ª ABS na equação da 
reta apresentada abaixo: 
Formula I: 
 
 ʎ = 732,33 x + 0,0325 
 absorbância concentração inicial 
 (real) procurada 
 
 
Para a determinação das fases O/A adicionou-se em um funil de 
decantação 50ml da solução II, e 50ml do solvente orgânico éter etílico, servindo para 
simular a fase oleosa já que a solução II já possuía agua destilada referindo-se a fase 
aquosa. Homogeneizou-se a mistura liberando a pressão exercida pelo éter etílico e 
observou-se a separação de fases, logo após, coletou-se amostra da fase aquosa e 
levou-se para o espectrofotômetro para a leitura da 2ª ABS: Aquosa, e colocou-se o 
resultado na equação da reta para obter a concentração real aquosa. 
Para a finalização desse processo, usou-se mais duas formulas que se 
fizeram necessárias para a determinação do log P, descritas abaixo: 
Formula II: 
 
[ ] fase oleosa = [ ] inicial – [ ] aquosa 
 
Formula III: 
C.P= - log [etílica] 
 [ aquosa] 
 
A formula II serviu para encontrar a concentração da fase oleosa e a 
formula III para encontra o resultado final preditor de boa permeabilidade para 
confirmação de teste in vivo, ou seja, a [ ] de P (log P). 
 
RESULTADOS E DISCURSÃO 
 
Considerações sobre a Metformina e fatores que podem influenciar na sua 
biodisponibilidade. 
 
O cloridrato de metformina é um derivado da guanidina, composto ativo da 
Galega officinalis. Essa planta medicinal, tendo como sinonímia popular Lilac francês, 
foi usada por séculos na Europa como tratamento do diabetes desde a época medieval 
(GRAHAM et al., 2011). 
A metformina é o único representante das biguanidas disponível 
atualmente, sendo um agente insulino-sensibilizador utilizado no tratamento do 
diabetes mellitus tipo 2 e na síndrome dos ovários policísticos (SOP) (BRANCHTEIN; 
MATOS, 2004). 
Ao se administrar um fármaco, vários fatores podem interferir na sua 
biodisponibilidade, citando: características físico-químicas da molécula (solubilidade, 
peso molecular, coeficiente de partição, pH em solução, etc); processos tecnológicos 
farmacêuticos (liberação instantânea, prolongada, revestimento); forma farmacêutica 
em si; características do próprio individuo (efeito do metabolismo hepático de primeira 
passagem, esvaziamento gástrico, recirculação entero-hepática, pH gástrico e urinário 
assim como a ingestão de alimentos e o uso de medicamentos) (FANGUEIRO et al 
2012). 
 
Características físico-químicas da Metformina 
 
A metformina é um pó branco, cristalino, que é quase inodoro possuindo 
sabor amargo e propriedades higroscópicas (SIRTORI; PASIK, 1994; BRASIL, 
2010c). Seguem, na tabela 1, dados das características físico-químicas da 
metformina. 
 
Tabela 1: Características físico-químicas da Metformina. 
Peso molecular na forma de cloridrato de metformina (base) 165,6 (129,2) 
Solubilidade álcool 1:100 
Solubilidade água 1:2 
Acetona, cloreto de metileno, éter etílico e clorofórmio 
Praticamente 
Insolúvel 
Faixa de fusão 222 – 226ºC 
 Fonte: Farmacopéia Brasileira, 5ª edição, 2010a. 
 
Os resultados calculados para [ ] P foi de 1,67, não resultando em uma boa 
permeabilidade do fármaco, e podendo-se observar na tabela 1, tirada da 
FARMACOPÉIA BRASILEIRA (2010a), a metformina mostra-se praticamente 
insolúvel em álcool e no próprio solvente utilizado no teste, o éter etílico, observando-
se que o seu Coeficiente de Partição (C.P.) está bem abaixo do valor de referência 
para um fármaco com boa disponibilidade, já que observa-se que é necessário 100 
partes de álcool para 1parte de metformina, não se encaixando em uma boa 
qualificação para fármacos, considerando que um fármaco eficiente é aquele que 
possui permeabilidade dividida, podendo se locomover na corrente sanguínea 
chegando mais rapidamente no seu sítio de ação e obter o efeito desejado em menor 
tempo, e, atravessar as membranas plasmáticas que compõem-se de lipídios o que é 
uma característica de um ótimo candidato a fármaco. 
A tabela 2 mostra os aspectos farmacocinéticos da metformina confirmando 
a sua hidrossolubilidade através da ligação a proteínas plasmáticas, colocando-se em 
consideração a farmacocinética desse fármaco já que o C.P. atinge diretamente essa 
característica, NOLTE & KARAN (2006), relatam que a fração de metformina ligada a 
proteínas plasmáticas pode ser considerada insignificante, característica essa, 
possuída por fármacos lipossolúveis que necessitam de ajuda para se locomover no 
sangue, significando que a metformina possui características lopofóbicas que o 
sangue altamente aquoso tendo em sua maior composição a água. 
 
Tabela 2: Aspectos farmacocinéticos clinicamente relevantes da metformina. 
Absorção 50 - 60% 
Meia-vida Aproximadamente 6h 
Pico de ação (Cmax) 1 - 3 horas 
Efeito máximo 2 semanas 
Eliminação 90% via renal 
Ligação a proteínas plasmáticas Insignificante 
Fármaco dialisável 
 
 Fonte: Formulário Terapêutico Nacional, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Os resultados obtidos neste experimento demonstraram que a Metformina 
apresentou uma baixa afinidade pela fase aquosa fato caracterizado pelo valor muito 
baixo do coeficiente de partição (1,67). 
O coeficiente de partição é uma grandeza considerada parâmetro 
informativo da tendência de uma dada substancia, que, uma vez no nosso organismo, 
atravessa barreiras lipofílicas e soluções aquosas, sendo de suma importância para a 
produção de desenvolvimento de fármacos inovadores para descobrir se o IFA possui 
uma boa permeabilidade tendo como referência da Farmacopéia Brasileira valores 
acima de 3 para considerar fármacos lipossolúveis com boa característica. 
Já para industrias que visão produção de fármacos Genéricos e/ou 
Similares não faz-se necessário a replicabilidade desta procura, pois, as informações 
necessárias deste ativo e de qualquer outro IFA está descrito no vol.2 da Farmacopéia 
Brasileira (2010) e que de acordo com a mesma, a metformina pode ser produzida 
como solução devido sua solubilidade e em comprimidos. 
Pelo exposto percebe-se que a metformina é um fármaco que apresenta 
importante papel no tratamento do DM2, tendo ainda aplicações na terapêutica 
adjuvante de outros distúrbios biológicos como a SOP e disfunções androgênicas na 
mulher. A redução glicêmica, provocada pela metformina, ocorre principalmente por 
suas ações no tecido hepático e muscular que apresentam efeito sensibilizador da 
insulina podendo concluir que a característica físico-química do seu sítio de ação deixa 
a hidrossolubilidade da metformina propicia para alcançar o efeito (DOWLING et al., 
2011), e ao mesmo tempo Esse fármaco possui a capacidade de alterar o 
metabolismo lipídico, culminando na redução de triglicérides plasmáticos e ácidos 
graxos livres, por conta da inibição da lipólise; esse efeito também é associado com 
diminuição do colesterol total e LDL, assim como aumento discreto do colesterol HDL, 
o que faz-se ironia pela sua característica ao controlar níveis lipídicos 
(SANTOMAURO JUNIOR et al., 2008). 
 
 
 
 
 
ANEXO I: EQUAÇÕES E RESULTADOS 
 
1ª ABS (inicial)= 0,745 
ʎ = 732,33 x + 0,0325 
732,33 x = 0,745 – 0,0325 
x = 0,7125 
 732,33 
x = 0,00097% 
(Valor referente concentração inicial real) 
 
2ª ABS (fase aquosa)= 0,733 
ʎ = 732,33 x + 0,0325 
732,33 x = 0,733 – 0,0325 
x = 0,7005 
 732,33 
x = 0,00095% 
(Valor da concentração real da fase aquosa) 
 
Calculo da [ ] da Fase Oleosa 
[ ] fase oleosa = [ ] inicial – [ ] aquosa 
[ ] fase oleosa = 0,00097 – 0,00095 
[ ] fase oleosa = 0,00002 
 
Cálculo do Coeficiente de Partição C.P. (Boa permeabilidade) 
C.P= - log [etílica] 
 [ aquosa] 
C.P= - log 0,00002 
 0,00095 
 C.P= 1,67 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 ALEXANDER, G. C.; SEHGAL, N. L.; MOLONEY, R. M.; STAFFORD, R. S. 
National trends in treatment of type 2 diabetes mellitus, 1994-2007. Arch Intern 
Med, v. 168, p. 2088-2094, 2008. 
 BARREIRO, E. J.; FRAGA, M. C. A. Química Medicinal – As Bases moleculares 
da ação dos fármacos, 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 BRANCHTEIN, L.; MATOS, M. C. G. Farmacologia clínica: fundamentos da 
terapêutica reacional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 
 BRASIL. Farmacopeia Brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
Brasília: Anvisa, 2010a. vol.2, 852p. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos 
Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. 
Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010. 2. ed. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2010b. 
 
treatment. BMC Medicine, v. 9, n. 3, 2011. 
 FANGUEIRO. JF; MARQUES. IR; SEVERINO. P; SANTANA. MHA & SOUTO. 
EB. Desenvolvimento, produção e caracterização de nanocristais de fármacos 
pouco solúveis. 2012 Quim. Nova, 35 (9), 1848-1853. 
 GRAHAM, G. G. et al. Clinical pharmacokinetics of metformin. Clinical 
pharmacokinetics, v. 50, n. 2, p. 81-98, 2011. 
 MALVEZZI. A.; POLICASTRO. D. S.; SILVA. W. C. F. N.; AMARAL. A. T. 
Obtenção dos valores do coeficiente de partição e do pka de análogos de 
procaínamida para estudos de QSAR. Depto. de Química Fundamental, Instituto 
de Química, USP, São Paulo, Brasil, 2015. 
 NOLTE. MS; KARAN. JHE. Farmacologia básica e clínica. 9.ed. Rio de Janeiro. 
Guanabara Koogan, 2006. 
 SANTOMAURO JUNIOR, A. C.; UGOLINI, M. R.; SANTOMAURO, A. T.; SOUTO, 
R. P. Metformina e AMPK: um antigo fármaco e uma nova enzima no contexto da 
síndrome metabólica. Arq Bras Endocrinol Metab., v. 52, n. 1, p.120-125, 2008. 
 SIRTORI, C. R.; PASIK, C. Re-evaluation of a biguanide, metformin: mechanism 
of action and tolerability. Pharmacol Res., v. 30, n. 3, p. 187-228, 1994.

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