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RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___DO JÚRI DA COMARCA DE ___.
MARIA, já qualificada nos autos do processo-crime n. _____, que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, não se conformando com a respeitável decisão que a pronunciou, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fulcro no art. 581, IV, do CPP.
Requer seja recebido e processado o presente recurso, que seja realizado o juízo de retratação, nos termos do art. 589 do CPP e, caso Vossa Excelência entenda que deva ser mantida a respeitável decisão, que seja remetido, com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB n. ....
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
 
RECORRENTE: Maria
RECORRIDA: Justiça Pública
PROC. N. ____
Egrégio Tribunal de Justiça
Colenda Câmara,
Douto Procurador de Justiça.
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz a quo, impõe-se a reforma de respeitável sentença que pronunciou a Recorrente, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
Por ter, supostamente, praticado aborto, com a autorização da gestante, a Recorrente foi denunciada, sendo processada e ao final pronunciada pela conduta descrita no art. 126 do CP.
A vitima não foi submetida a exame de corpo de delito.
II – DO DIREITO
Primeiramente, impõe-se a decretação da nulidade da sentença de pronuncia proferida pelo juiz a quo.
Conforme dispõe o art. 413 §1°, do CPP, a fundamentação da pronuncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou participação.
No caso em apreço o Meritíssimo juiz a quo teceu acusações quanto á culpabilidade da Recorrente e quanto á gravidade do crime, praticamente condenando-a em sua sentença de pronuncia.
Dessa forma, tenso havido excesso de linguagem é de ser anulada a respeitável sentença de pronuncia para que outra seja proferida, nos termos da lei.
Caso assim não se entenda, de rigor a impronuncia da acusada, posto que não comprovada a materialidade delitiva.
O Meritíssimo juiz a quo deixou de cumprir o art. 158 do CPP, que estabelece que, quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. O aborto consiste na interrupção da gestação e , se esta não resultar rigorosamente demonstrada, não há falar no delito do art. 126 do CP, mesmo que o tenha confessado a Recorrente, uma vez que a experiência tem demonstrado que a confissão não se pode, nem se deve, atribuir absoluto valor probatório. Dessa forma, torna-se imprescindível a comprovação da autoria e da materialidade do aborto, não se podendo submeter a Recorrente ao julgamento do Tribunal do Júri sem esclarecimento de laudo pericial baseado em exame de corpo de delito.
No presente caso, não comprovada a gravidez, tampouco a existência do feto sacrificado, é impossível a persecução penal, e, com muito maior razão, mostra-se inviável a subsistência do decreto de pronuncia.
Assim, imperioso o decreto de impronuncia, com fulcro no art. 414 do CPP, pela clara ausência de comprovação da materialidade do fato.
III – DO PEDIDO
Diante do exporto, requer seja conhecido e provido o presente recuso, decretando-se a nulidade da sentença de pronuncia com fundamento no art. 564, IV, CPP, para que seja anulada a decisão de pronuncia com fundamento no art. 564, IV, c/c art. 413 §1° do CPP. Caso não seja este o entendimento, requer-se a impronuncia da Recorrente, nos termos do art. 414 do CPP, expedindo-se contramandado de prisão em seu favor, como medida de inteira justiça.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado 
OAB n. ......
HABEAS CORPUS
EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE _____
 ---------, advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de ___, sob o n. ____, com escritório nesta Comarca, na Rua______, vem, respeitosamente, á presença de Vossa Excelência, impetrar ordem de HABEAS CORPUS, com fulcro no art. 5°, LXVIII, da CF/1988, e arts. 647 e 648, I, do CPP, em favor de Maria, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliada na Rua ___, contra ato ilegal praticado pelo Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Criminal da Comarca de _____, pelas razoes de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
A paciente foi denunciada pelo crime de furto, pois teria subtraído pacote de fraldas avaliado em R$ 20,00 reais da Farmácia ____. Oferecida a resposta á acusação, foi indeferido o pleito absolutório pela atipicidade material, sob o argumento de que a questão seria analisada ao final, no momento da sentença.
Tendo em vista a decisão do Douto magistrado, restou á Paciente o manejo do presente writ, para fazer cessar o claro constrangimento ilegal ao qual esta sendo submetida.
II – DO DIREITO
A existência da ação penal desde logo viola princípios constitucionais penais revela-se arbitrária porquanto a conduta imputada á Paciente é manifestamente atípica. 
O principio da intervenção mínima determina que o Estado deve interferir o mínimo possível na esfera de direitos do cidadão. O principio da insignificância impõe a irrelevância penal de condutas que geram mínimo risco ou pequena lesão ao bem jurídico. Trata-se de critério de interpretação dos tipos penais que reduz a sua aplicação ás condutas que provoquem lesão ou ameaça de lesão relevante ao bem jurídico, excluindo do âmbito de incidência do direito penal como materialmente atípicas aquelas condutas bagatelares ou insignificantes.
É o caso em tela. Um pacote de fraldas avaliado em R$ 20,00 (vinte reais) configura lesão absolutamente insignificante ao patrimônio da vitima, razão pela qual deve ser reconhecida a atipicidade material da conduta.
Inviável a manutenção da ação penal em face da evidente atipicidade material da conduta.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer, após a oitiva do Ministério Publico e das informações prestadas pela autoridade apontada como coatora, seja concedida a ordem de habeas corpus, determinando-se o trancamento da ação penal que tramita contra a Paciente, como medida de inteira justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB n.....

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