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Processo de Execução

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PROCESSO DE EXECUÇÃO
 Extrajudicial Rol Exemplificativo (art. 784)
Títulos Executivos 
 
 Judicial Rol Taxativo (art. 545, CPC)
Os títulos executivos são documentos previstos na Lei para que seja evitada uma resolução de conflito por meio da fase de conhecimento.
Todavia, a ação de execução pode ser iniciada com base em documentos judiciais ou extrajudiciais.
TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS
(ART. 784, CPC)
São títulos extrajudiciais:
Títulos de Créditos (letra de câmbio, nota promissória, duplicata, debenture etc.), exceto se estiverem prescritos.
Documento público (ou escritura) assinado pelo devedor. Ex: Confissão de dívida (no cartório). 
ATENÇÃO: Não há necessidade de testemunhas.
Documento particular mais assinatura de duas testemunhas (poderá ser qualquer pessoa).
Instrumento de transação = ACORDO. 
Neste caso as partes fazem um acordo e levam para o MP, Defensoria Pública, Advogados do Transatores ou conciliar ou mediador.
Seguro de vida em caso de morte. 
 Obs.: Se a seguradora se recusar a efetuar o pagamento do seguro.
Laudêmio = Taxa por usar um terreno a beira mar (como se fosse IPTU) para Marinha.
Crédito de Aluguel de Imóvel, documentalmente comprovado.
Certidão de Dívida Ativa - Possui Lei Própria/ Lei de Execução Fiscal.
Despesa Ordinárias e Extraordinárias de Condomínio.
Dívidas de Cartório.
Todos os demais títulos que a Lei não prevê mas possui força de título de execução.
TÍTULOS JUDICIAIS
(ART. 515, CPC)
São títulos judiciais:
Títulos criados no Poder Judiciário.
Decisões Proferidas no Processo Civil. Ex.: Sentença/ Acordão.
Decisão Homologatória de Acordo.
Acordo realizado extrajudicialmente. Sentença Homologatória.
Atenção: A diferença da decisão homologatória de acordo e sentença homologatória é que na primeira o acordo é realizado após o ingresso da ação e no segundo antes da ação.
Observação: Existe a possibilidade de um documento extrajudicial ser convertido em título judicial.
Formal ou certidão de Partilha. Ex.: Inventário / Separação ou Divórcio.
Certidão de crédito dos auxiliares da justiça.
Sentença Penal Condenatória
OBS:	Utilizado para o reconhecimento de valores. Ex.: Suponhamos que em razão de um acidente de trânsito a vítima ingressou com duas ações distintas (matéria Penal e outra Cível). Uma vez considerado o réu condenado na ação penal, poderá o autor na ação cível utilizar de tal sentença condenatória como título judicial.
Sentença Arbitral
Sentença Estrangeira
OBS: 	Primeiro a sentença passará pelo STJ para ser analisada a respeito da possibilidade de execução do título no Brasil, ou seja, verificar se está em conformidade com a nossa legislação.
A decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do “exequatur” à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça.
PARTES NA EXECUÇÃO
Polo Ativo Exequente (art. 778)
 
Polo Passivo Executado (art. 779)
 Credor Originário
O EXEQUENTE 
 Credor Derivado/ Superveniente
Credor Originário: É aquele na qual a lei confere título executivo.
Credor Derivado/ Superveniente: É o sucessor do exequente originário. 
Poderá ser sucessor do exequente originário (art. 778, §1º):
MP (Conforme previsto em lei. Ex.: Ação de Alimentos/ Ação Civil Pública).
O espólio, herdeiros e sucessores.
O cessionário (cessão de créditos): É aquele que adquire o crédito de credor originário. Ex.: Banco que compra dívidas de outro.
Sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. (Sub-rogado é aquele que pagou a dívida no lugar de outrem, isto é, em favor de terceiro).
ATENÇÃO: A sucessão prevista no §1º independe de consentimento do executado.
O EXECUTADO 
A execução poderá ser promovida contra:
O devedor.
O espólio, herdeiros ou sucessores do devedor.
Novação (Devedor que assumiu obrigação da dívida em razão de consentimento do credor).
Fiador.
Responsável Tributário (A execução será promovida conforme a Lei 6.830/80 – Lei Fiscal).
 Petição Inicial Sentença
 →→→→→→→→→→→→→→→→→
Proc. de Conhecimento Execução = Cumprimento de Sentença
COMPETÊNCIA
Competência de Título Judicial – Art.516
Será executado o título no local onde foi proferida a decisão do cumprimento de sentença.
Atual domicílio do executado.
Local onde está os bens sujeitos a penhora.
Competência de Título Extrajudicial – Art. 781
A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
Foro de domicílio do executado.
Eleição do foro que consta no título.
Situação dos bens sujeitos a execução.
ATENÇÃO:
E se o executado possui mais de um domicílio?
O executado poderá ser demandado em qualquer um deles.
E se o domicílio é considerado incerto ou desconhecido?
A execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado o executado ou no foro de domicílio do exequente.
E se houver mais de um devedor com diferentes domicílios?
A execução poderá ser proposta no foro de qualquer um deles, à escolha do exequente.
A execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
(ART. 789)
Art. 789.  O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Na execução, o devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros.
A regra é a execução real do bem. Salvo para os casos de ação de execução de alimentos. 
Obs.: Na execução sob os bens aplica-se o princípio da realidade. Salvo nos casos de dívida de alimentos (prisão civil).
São sujeitos à execução os bens: Artigo 790º
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória.
II - do sócio, nos termos da lei.
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros.
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida.
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução.
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores.
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Fiador (Art. 794)
Art. 794.  O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora.
§ 1o Os bens do fiador ficarão sujeitos à execução se os do devedor, situados na mesma comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do direito do credor.
§ 2o O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo processo.
§ 3o O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de ordem.
Existe o beneficio de ordem. Isto é, o fiador só responderá subsidiariamente. 
Deste modo, existindo bens em nome do devedor principal, não pode ser exigido o pagamento por parte do fiador, sem que antes, os bens do devedor sejam verificados.
ATENÇÃO:
Patrimônio da pessoa física não se confunde com o patrimônio da pessoa jurídica (REGRA GERAL). Salvo se houver desconsideração da personalidade jurídica (EXCEÇÃO).
Se a dívida for de pessoa jurídica, quem responde é o patrimônio da pessoa jurídica.
Responsabilidade do Espólio: Limitada ao valor do espólio.Espólio: É o conjunto de bens que integra o patrimônio deixado pelo "de cujus" (falecido cujos bens estão em inventário) e que será partilhado no inventário. Note-se que o espólio responde por todas as dívidas do falecido. Ele é representando pelo inventariante e, nos termos do artigo 991, I, do Código de Processo Civil, incumbe a este representá-lo ativa e passivamente, em juízo ou fora dele.
Tabela: Responsabilidade Patrimonial
	
	 REGRA GERAL
	 EXCEÇÕES
	
 BENS USADOS
	 
 Não respondem
	
- Fraude Contra Credores.
- Fraude à Execução.
	
 BENS ATUAIS
	
 Respondem
	
- Bens Impenhoráveis.
- Bem de família.
	
 BENS FUTUROS
	
 Respondem
	
- Bens Impenhoráveis.
- Bem de família.
Art. 789.  O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Art. 790.  São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;
II - do sócio, nos termos da lei;
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida;
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
PERGUNTA:
Iniciada uma execução os bens passados respondem pela execução?
Em regra, NÃO. Todavia, há exceções!
Existem duas possibilidades de os bens passados sofrerem uma execução:
1ª Hipótese: Fraude Contra Credores.
2ª Hipótese: Fraude à Execução.
ATENÇÃO: Não havendo estas duas, a regra é no sentido de não responderem.
FRAUDE CONTRA CREDORES X FRAUDE À EXECUÇÃO
Quando ocorrerá a fraude contra credores?
A fraude contra credores ocorre quando a pessoa, que está devendo credores, efetua negócios jurídicos gratuitos (exemplo: doação), remissão de dívida (extinção da obrigação pelo perdão da dívida), ou contratos onerosos (exemplo: vende ou onera seus bens) com o intuito de prejudicar os direitos dos credores.
Ocorrerá a partir da citação, qualquer venda realizada é fraude à execução, quando ela for praticada antes de ser distribuída a ação.
E quando ocorre a fraude à execução?
Constitui fraude à execução quando o executado aliena imóvel após ser citado em processo, a partir da citação é que ocorre a fraude à execução.
E o período que já houve a distribuição da ação, mas ainda não houve a citação?
Se o devedor levar a registro a distribuição da ação, será considerado fraude à execução.
Ex.: Sujeito possui carro, registra no DETRAN / Sujeito tem um imóvel, registra no cartório para que seja averbado na matrícula.
Posto isto, havendo registro e mesmo assim o sujeito vender o bem e alguém comprar, haverá FRAUDE CONTRA À EXECUÇÃO.
OBSERVAÇÕES
A fraude à execução é procedimento mais grave que a fraude contra credores, tanto é que, é considerado crime previsto no artigo 179 do Código Penal.
A fraude à execução poderá ser comprovada no mesmo processo, apresentando as respectivas datas.
A fraude contra credores para que seja comprovada é necessário ingressar com AÇÃO PAULIANA que deverá ser observado os seguintes requisitos:
Demonstrar a insolvência do devedor (ou seja, o devedor tem que ficar sem patrimônio). 
Dolo (deve ser comprovada a intenção fraudulenta em vender o bem).
BEM DE FAMÍLIA
LEI Nº 8.009/90
Súmula 364, STJ
 O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
Anotações da Aula
Art.3º da Lei 8.009/90 – Exceção: Se a dívida for do imóvel.
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida;        
 IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. 
A lei não protege o fiador.
Fiador: Se der imóvel como garantia? Por lei, poderá perder seu imóvel.
A lei também não protege o devedor que dá como garantia o próprio imóvel.
DOS BENS IMPENHORÁVEIS
Bens que não podem ser penhorados.
São impenhoráveis os seguintes bens:
Inalienáveis = não podem ser transferidos.
Móveis (salvo os de elevados valores ou que ultrapassem as necessidades comuns)
Vestuários (Salvo os de elevados valores)
 
 Pensão de Alimentos
Salários (pensão/ benefício) Bem como quem recebe a importância de no
 Mínimo até 50 salários. 
 
Obs.: Os Tribunais geralmente penhoram 30% do salário.
Os livros, máquinas etc. que são utilizados para o exercício da profissão.
O seguro de vida.
Obs.: Valores recebidos de seguro são impenhoráveis, pois visa garantir a sensibilidade daquele que perdeu muitas vezes um ente querido.
Materiais necessários para obras em andamento.
Pequena propriedade rural.
Recursos Públicos recebidos por Instituições Privadas.
Quantia depositada em poupança (até 40 salários mínimos).
Recursos Públicos dos fundos partidários.
DO CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DA SENTENÇA QUE RECONHECE A OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA
CABIMENTO – Art. 520, Caput –
Art. 520.  O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo.
Quando caberá a sentença provisória?
Cabe execução provisória quando o título executivo que é a sentença ou Acordão tiver sido objeto de um recurso. Recurso esse que foi recebido só sob efeito devolutivo. Isto é, tem um recurso que não possui efeito suspensivo.
Exemplo: Sujeito interpôs recurso de APELAÇÃO (que possui em regra efeito suspensivo + devolutivo). Neste caso, não cabe o prosseguimento de Sentença Provisória, visto que o recurso de apelação possui, em regra, efeito suspensivo. Agora, na hipótese de interposição de Agravo de Instrumento, seria possível a execução provisória.
Sendo assim, podemos concluir que quando no recurso houver efeito suspensivo, não será possível seguir com a execução. 
Notas da Aula:
Cumprimento de Sentença Provisória é a Sentença que condena alguém a pagar determinada quantia.
Até o recurso (sem efeito suspensivo) ser julgado poderá seguir com a execução.
INICIATIVA E RESPONSABILIDADE DO CREDOR
Se a sentença for reformada o exequente (credor) ficará responsável pela reparação de danos que o executado tenha sofrido. Isto é, haverá restituição do valor pago + perdas e danos.
RESTITUIÇÃO DAS PARTES AO ESTADO ANTERIOR 
Art. 520, inciso II e §4º -
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
§ 4o A restituição ao estado anteriora que se refere o inciso II não implica o desfazimento da transferência de posse ou da alienação de propriedade ou de outro direito real eventualmente já realizada, ressalvado, sempre, o direito à reparação dos prejuízos causados ao executado.
Caso não seja possível restituir o bem perdido, o exequente devolverá a quantia em dinheiro. 
PERGUNTA
E o terceiro de boa fé no caso de leilão?
Permanecerá com o bem. E este será devolvido na quantia de dinheiro para o executado que sofreu os danos.
DISPENSA DE CAUÇÃO - ART. 521 –
Art. 521.  A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que:
I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II - o credor demonstrar situação de necessidade;
III – pender o agravo do art. 1.042; 
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
Parágrafo único.  A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
Poderá ser utilizada a execução provisória, porém é necessário que seja dado como garantia CAUÇÃO (art.521). Tal procedimento visa evitar perdas e danos ao executado.
Em suma, toda execução provisória é obrigatória caução como garantia, exceto para os seguintes casos:
Execução de Alimentos.
Credor demonstra situação de necessidade.
Pender o Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário.
Quando houver conformidade com Súmula do STF ou STJ ou Acordão proferido em Casos Repetitivos.
IMPUGNAÇÃO
Impugnação é a defesa típica do devedor executado no cumprimento de sentença.
Na impugnação não poderá ser discutido o que foi pedido no Processo de Conhecimento.
PERGUNTAS
Qual é o prazo para apresentar impugnação?
O prazo é de 15 dias.
Importante: o CPC 2015 prevê expressamente que, se for mais de um executado (litisconsórcio) e eles tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, o prazo para impugnação será em dobro, ou seja, 30 dias (art. 525, § 3º, Cc. Art. 229, caput).
Art. 525.  Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 3o Aplica-se à impugnação o disposto no art. 229.
Art. 229.  Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
E se passar o prazo de 15 dias?
Haverá a penhora de bens.
E depois da penhora, se mesmo assim não houver pagamento?
Atos de desapropriação e o bem poderá ir a Leilão.
NOTAS DA AULA
Uma vez intimado o devedor para efetuar o pagamento, deverá fazê-lo em 15 dias, sob o risco de ser multado até 10% + o cumprimento de pagamento de honorários de 10%
COMPETÊNCIA
A competência para ser executada a sentença provisoriamente é a do Juízo de 1º Grau.
Nota da Aula:
LIDE Art. 522 (Peças cabíveis para que requerer o cumprimento provisório da sentença)
Art. 522.  O cumprimento provisório da sentença será requerido por petição dirigida ao juízo competente.
Parágrafo único.  Não sendo eletrônicos os autos, a petição será acompanhada de cópias das seguintes peças do processo, cuja autenticidade poderá ser certificada pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal:
I - decisão exequenda;
II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;
III - procurações outorgadas pelas partes;
IV - decisão de habilitação, se for o caso;
V - facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias para demonstrar a existência do crédito.
DO CUMPRIMENTO DEFINITIVO DA SENTENÇA QUE RECONHECE A OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA
Diz-se cumprimento definitivo da sentença, uma vez que o título não será mais alterado.
Art. 523, CPC
Art. 523.  No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
§ 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
§ 2o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos no § 1o incidirão sobre o restante.
§ 3o Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.
 Sentença Certo, pois não haver recurso pendente.
Fase de Conhecimento Fase de Cumprimento
__________________________________________________________
 15 dias Penhora de bens
Intimação Do Devedor P/ Pagamento – Art. 513, CPC –
Art. 513.  O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 1o O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.
§ 2o O devedor será intimado para cumprir a sentença:
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV;
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1o do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento.
§ 3o Na hipótese do § 2o, incisos II e III, considera-se realizada a intimação quando o devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274.
§ 4o Se o requerimento a que alude o § 1o for formulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3o deste artigo.
§ 5o O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento.
Regra Geral: Na pessoa de seu advogado.
Exceção: 
Defensor Público.
Réu revel sem advogado.
Processo parado mais de 1 ano (geralmente ocorre quando não encontram a parte, em razão de alteração nos meios de contatos)
PRAZO
15 dias. Se não cumprido esse prazo será aplicada multa de 10%.
MULTA DE 10% (PAGAMENTO PARCIAL)
Art. 523, §1º
A multa de 10%, em regra, irá incidir sobre o valor restante nos casos de pagamento parcial da dívida.
Ex.: Joãozinho foi intimado a pagar uma dívida de R$ 1.000 e dentro do prazo de 15 dias efetuou o pagamento somente R$500. Neste caso, a multa de 10% (+ 10% de honorários) incidirá sob o valor dos R$500 que restam serem pagos.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (Fase da Execução)
O advogado, além de receber os honorários da fase de conhecimento, na fase de EXECUÇÃO recebe + 10% de honorários equivalentes a fase de cumprimento de sentença.
Ex.: Tício, advogado que atuou no processo de conhecimento deJoão (seu cliente), recebeu seus respectivos honorários. Ocorre que não houve cumprimento do devedor inerente a dívida da suposta ação. Ao iniciar um processo de execução, Tício recebe mais 10% equivalentes a esta última ação.
 	
CONTRADITÓRIO
No cumprimento de sentença definitivo, o contraditório poderá ser exercido por meio de IMPUGNAÇÃO, conforme dispõe o artigo 525, §1º CPC.
Na impugnação não poderá ser discutido assunto da fase de conhecimento.
PERGUNTAS
Qual o prazo para Impugnação?
15 dias 
Quando é iniciada a contagem deste prazo?
Após ser transcorrido o prazo previsto no artigo 523, CPC.
Ex.: Fui intimado a efetuar o pagamento de determinada dívida. Sendo assim, começa a contar o prazo de 15 dias para que eu pague esta dívida. Passados estes 15 dias (no 16º dia), começam a contar + 15 dias para que eu apresente IMPUGNAÇÃO (independente de pagamento ou não).
EFEITOS (Art. 525, §6º)
§ 6o A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e se o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação.
A apresentação de impugnação, em regra, não possui efeito suspensivo. Todavia, há exceções nas seguintes hipótese:
Se o executado oferecer caução como garantia.
Se o executado oferecer fundamentos relevantes que motive o juiz.
Se com o prosseguimento da execução houver risco de dano irreparável.
	
REGRA GERAL
	
EXCEÇÃO
	
NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO
	Possui efeito suspensivo se o executado:
Oferecer caução
Fundamento Relevante
Risco de dano irreparável
MATÉRIAS (ART. 525, §1º)
O executado poderá, na impugnação, manifestar as seguintes alegações:
I - Falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia.
II - Ilegitimidade de parte.
III - Inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - Penhora incorreta ou avaliação errônea.
V - Excesso de execução ou cumulação indevida de execuções.
VI - Incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - Qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
CUMPRIMENTO VOLUNTÁRIO (Art. 526)
O réu poderá, voluntariamente, antes de ser intimado para executar o cumprimento da sentença, comparecer em juízo para oferecer pagamento de valor que entender ser o correto. Tal atitude é conhecida como depósito voluntário.
Todavia, o autor deverá ser ouvido dentro de 5 dias para impugnar o valor depositado voluntariamente pelo réu.
EX.: Joãozinho está sendo processado por Mariazinha, em razão de uma dívida de R$ 1.000. Ocorre que, antes de ser intimado no processo de execução para cumprir o pagamento, Joãozinho comparece em juízo, voluntariamente, oferecendo depósito em Juízo no valor de R$ 800, pois segundo seus cálculos (e comprovantes) este seria o valor correto. 
Neste caso, Mariazinha possui o prazo de 5 dias para impugnar o valor de R$ 800 depositado voluntariamente por Joãozinho. - ART. 526, caput e § 1º - 
§ 1o O autor será ouvido no prazo de 5 (cinco) dias, podendo impugnar o valor depositado, sem prejuízo do levantamento do depósito a título de parcela incontroversa.
§ 2o Concluindo o juiz pela insuficiência do depósito, sobre a diferença incidirão multa de dez por cento e honorários advocatícios, também fixados em dez por cento, seguindo-se a execução com penhora e atos subsequentes.
§ 3o Se o autor não se opuser, o juiz declarará satisfeita a obrigação e extinguirá o processo.
PERGUNTAS
E se o valor depositado pelo réu estiver incorreto?
O juiz determinará, nos casos em que o valor for considerado incorreto, que reincida multa de 10% mais 10% de honorários advocatícios sob a diferença equivalente ao valor restante.
EX.: Mariazinha, no prazo de 5 dias, impugnou o valor de R$ 800 depositado por Joãozinho e após a análise de novos cálculos, foi comprovado que de fato Joãozinho devia R$ 1.000. Neste caso, uma vez que ocorreu este embaraço, o juiz determinará que seja aplicada multa de 10% + 10% de honorários advocatícios, sobre a diferença do valor restante (isto é, R$ 200). – Art. 526, §2º - 
E se o autor se opuser, isto é, nada fizer para alegar que o valor depositado em juízo está incorreto?
O juiz entenderá que a obrigação foi satisfatória e julgará extinto o processo (§3º)
FONTES DE PESQUISAS:
https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/318972767/no-novo-cpc-para-que-o-devedor-apresente-impugnacao-ele-nao-precisa-garantir-o-juizo
Áudios das Aulas do LG.
Meu Caderno.
CPC /2015.

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