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DIREITO PENAL II RESUMÃO

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RESUMO ESQUEMATIZADO DE DIREITO PENAL II
TEORIA DA PENA
CONCURSO DE CRIMES 
CONCURSO MATERIAL
 ART 69 – Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que se haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e detenção, executa-se primeiro aquela.
Concurso homogêneo- Vários crimes de mesma espécie (vários crimes de roubo,ou furto...)
Concurso heterogêneo- Vários crimes de espécies diferentes (estupro,roubo,furto, homicídio ).
CONCURSO FORMAL 
ART 70- Quando o agente , mediante uma só AÇÃO OU OMISSÃO, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou,se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. 
CONCURSO FORMAL PERFEITO ou PRÓPRIO
Vontade designada a uma finalidade (Desígnio único); 
O sujeito deseja 01 (um) resultado; 
Só resultado culposo ou um resultado culposo e um doloso; 
Sistema de aplicação da pena: exasperação. 
CONCURSO FORMAL IMPERFEITO ou IMPRÓPRIO
Pluralidade de desígnio; 
O sujeito deseja vários resultados; 
Mais de um resultado doloso; 
Sistema de aplicação da pena: cúmulo material.
SISTEMA DE APLICAÇÃO DA PENA 
CÚMULO MATERIAL 
	
CÚMULO MATERIAL
	CONCURSO FORMAL IMPERFEITO
	
	CONCURSO MATERIAL 
Determina simplesmente a soma das penas, as sanções serão somadas. 
EXASPERAÇÃO 
	
EXASPERAÇÃO
	CONCURSO FORMAL PERFEITO (1/6 ATÉ ½)
	
	CRIME CONTINUADO (1/6 ATÉ 2/3) 
Evita-se a desproporção da aplicação da lei penal
-Crime mais grave mais fração de aumento. 
	1°crime
	2°crime
	3°crime
	4°crime
	5°crime
	1/6
	1/5
	1/4
	1/3
	1/2
ACRÉSCIMO – (1/6 ATÉ ½ ) O aumento da pena é calculado de acordo com o resultado.
OBS: O sistema da exasperação serve para beneficiar o réu, se não beneficiar não pode ser aplicado, portanto quando a EXASPERAÇÃO é prejudicial aplica -se o CÚMULO MATERIAL.
Art. 70. (segunda parte) As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente , se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
CONCURSO MATERIAL BENÉFICO 
– Compara-se o cúmulo material e a exasperação, quando a exasperação não favorecer o réu, aplica -se a o cúmulo material.
CRIME CONTINUADO 
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de 
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como 
continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou 
a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços . 
Crimes de mesma espécie em condições tempo, lugar e modo de execução. 
Condições semelhantes (requisitos objetivos): 
. Tempo (prazo máximo de 30 dias); 
2. Lugar; 
3. Modo de execução; 
4. Outros, a critério do juiz.
Diferença - concurso material (intenção é cometer vários crimes) e crime continuado (intenção é praticar crime único). 
REQUISITO SUBJETIVO - INTENÇÃO 
Segundo entendimento de doutrina MAJORITÁRIA o CRITÉRIO SUBJETIVO não precisa fazer parte do crime (dispensado). 
Em alguns casos o STF exigiu o requisito subjetivo, antes de 2009, em casos de crimes sexuais. Sistema de aplicação da pena: exasperação (1/6 até 2/3). 
CRIMES DE MESMA ESPÉCIE
 
Crimes previstos no mesmo DISPOSITIVO DE LEI ou aqueles previstos no mesmo ARTIGO (entendimento majoritário nos TRIBUNAIS). 
Aqueles que têm descrição típica assemelhada ou que atinge o mesmo bem jurídico tutelado (entendimento de DOUTRINA majoritária). 
Obs: a pena é aplicada ao crime continuado pelo sistema da exasperação (1/6 até 2/3). A pena é aplicada ao concurso formal perfeito também pelo sistema da exasperação (1/6 até 1/2). 
CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO 
Art. 71. (Parágrafo único) - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, come tidos 
com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do age nte, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, a té o triplo, observadas as regras do parágrafo único do Art. 70 e do Art. 75 deste Código. 
 
Requisito – Violência ou grave ameaça contra vítima diferente. 
Aplicada a pena do crime mais grave, aumentada de até o triplo (3x) – Exasperação. 
	CRIME CONTINUADO
	CRIME PERMANTE
	CRIME HABITUAL
	
02 OU MAIS CRIMES
	01 CRIME
	01 CRIME
	
PUNIDO COMO SE FOSSE CRIME ÚNICO
	
PROLONGA-SE NO TEMPO
	VÁRIAS CONDUTAS QUE ISOLADAMENTE NÃO CARACRTERIZA O CRIME
AULA 02 - FUNÇÕES DA PENA 
Três grandes escolas tentam explicar a função da pena, a principal foi a teoria 
absoluta ou retribucionista. 
ESTADO ABSOLUTISTA VS ESTADO LIBERAL 
TEORIAS ABSOLUTAS 
No Estado absolutista, aquele que viola a lei, é um pecador, portanto se alguém 
comete uma infração, esta sofre uma pena ou um pecado. Surge então a 
penitenciária (de penitência). O sujeito sofre a pena como retribuição (retribucion ista) 
ao pecado por ele causado. 
Com a ascensão da Burguesia surge o Estado Liberal, o povo no poder, e com a 
separação entre Igreja e Estado o conceito de pena deixa de ser pecado, a pena, 
então, passa a ser perturbação da ordem pública. 
A pena no estado liberal é imposta porque uma lei foi violada. 
Surge a teoria de KANT 
Imperativo categórico de Kant - ¨A lei é uma finalidade em si mesma.¨ A sua função 
é garantir a própria lei, um estado sem regra tende a morrer. Logo, o réu deveria ser 
castigado pela única razão de haver delinquido, sem levar em conta nenhum 
utilitarismo da pena para ele ou para os demais integrantes da sociedade. 
KANT - A lei é uma finalidade em si mesma.¨ 
Teoria de HEGEL 
Hegel por sua vez, pregava que a racionalidade e a liberdade são, pois, a base d o 
direito. Assim, o delito é a negação do direito, manifestação de uma vontade 
irracional, vontade particular em contraposição à vontade geral. 
A infração é uma negação das leis, ou seja, quando o delinquente infringe a lei ele 
está negando sua aplicabilidade, assim a pena deve ser imposta como pena de 
negação a conduta do criminoso. 
HEGEL – o delito é a negação da lei. 
As teorias implicam na retribuição da infração através do castigo, por isso são chamadas de retribucionistas. 
Quanto mais grave a conduta do sujeito, maior será a pena aplicada. 
Com o ILUMINISMO surgem as chamadas teorias relativas. 
TEORIAS MISTAS- Teoria adotada pelo CP brasileiro. 
Visa mesclar as teorias absolutas e as teorias relativas, sendo retributiva e preventiva ao mesmo tempo. 
Art. 59 – (caput) O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. 
CATEGORIAS DE PENAS NO CÓDIGO PENAL
	
PENAS DO CÓDIGO PENAL
	PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE – PRISÃO (PPL)
	
	PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)
	
	PENAS PECUNIÁRIAS
	
	PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada (casos excepcionais)
Obs.: hoje, a principal sanção é a pena privativa de liberdade (prisão). 
Prisão (pena) – Direito Penal 
Prisão cautelar – prisão do Direito Processual 
Instrumentos que garantem a eficácia da ação penal. 
	
PRISÃO CAUTELAR
	PRISÃO TEMPORÁRIA (L.7.960/89)
	
	PRISÃO PREVENTIVA (ART 312,CPP)
PRISÃO TEMPORÁRIA (L. 7.960/89) 
Garante a eficiência da investigação, dura 05 dias, renovável por igual período. 
Salvo em caso de crimes HEDIONDOS, prazo de 30 dias, renovável por igual período. 
 
 
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a práticada tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
§ 4oA prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Rol dos crimes hediondos (L. 8.072/90)
1. Homicídio qualificado ou Praticado por grupo de extermínio;
2. Latrocínio;
3. Extorsão com resultado morte;
4. Extorsão mediante sequestro;
5. Estupro;
6. Estupro de vulnerável;
7. Epidemia com resultado morte;
8. Falsificação de documentos;
9. Genocídio.
Tráfico de drogas, tortura e terrorismo – Não são crimes hediondos, mas são equiparados a hediondos. 
PRISÃO PREVENTIVA (Art. 312, CPP) 
A prisão preventiva se difere da temporária por, normalmente, ocorrer durante a 
ação penal, durante o processo. 
Duração – Dura o tempo razoável (Razoabilidade) 
PRISÃO POR ALIMENTOS – prisão unicamente civil (Duração de 90 dias) 
PRISÃO ADMINISTRATIVA – Infração 
PRISÃO (Pena) – Surge depois da condenação transitado em julgado, só surge com 
condenação irrecorrível. 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISÃO (PPL)
	
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE (PRISÃO)
	RECLUSÃO
	FECHADO/ SEMI-ABERTO/ ABERTO
	
	DETENÇÃO
	SEMI-ABERTO/ ABERTO
	
	PRISÃO SIMPLES- (Contravenção penal)
	ABERTO
Pressupõe encarceramento do condenado. 
Formas de cumprimento da pena de prisão (L. 7210/84 – Lei de Execução Penal). 
Art. 34, CP. O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução. 
	
REGIMES PENITENCIÁRIOS
	FECHADO (Segurança máxima ou média)
	Cumprido em Penitenciaria 
	
	SEMI-ABERTO
	Cumprido em Colônia Agrícola, industrial.
	
	ABERTO (Trabalho durante o dia s/vigilância) 
	Cumprido em casa de albergado(a noite)
Art. 88, LEP . O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. 
Parágrafo único - São requisitos básicos da unidade celular: 
a) salubridade do ambiente 
b) área mínima de 6 m2 (seis metros quadrados).
Art. 89, LEP . Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa.
REGIME INICIAL - ART. 33, LEP. 
A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, o u aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. 
§ 1º - Considera-se: 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
REGIME FECHADO (PENITENCIÁRIA) 
1. Cela individual, 6m2; 
2. Condições de salubridade; 
3. Trabalho (trabalho comum ou estudo) diurno e isolamento noturno 
Obs.: trabalho EXTERNO em regime FECHADO só é possível em obras públicas. 
REGIME SEMI – ABERTO 
1. Cumprido em COLÔNIA AGRÍCOLA ou industrial; 
2. Trabalha INTRA ou EXTRA muros (Dentro ou fora da colônia, também pode ser em obras públicas, assim como iniciativa privada) 
3. A principal diferença do regime fechado e aberto se da na cela ou no lugar onde trabalha. 
REGIME ABERTO 
A pena é cumprida em CASA de ALBERGADO. 
Art. 33, § 2º , LEP - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em 
forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes 
critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri -la em 
regime fechado; 
b) o condenado não re incidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi -aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
	 SISTEMA
	RECLUSÃO – Média e maior gravidade
	DETENÇÃO -Média e menor gravidade
	
FECHADO
	Pena Superior a 8 anos
	
	
	Pena superior a 4 anos + reincidência
	
	
SEMI-ABERTO
	Pena superior a 4 anos até 8 anos (primário)
	Pena superior a 4 até 8 anos (primário)
	
	Pena superior ou inferior a 4 anos + reincidência
	Pena igual ou inferior a 4 anos + reincidência
	
ABERTO
	Pena igual ou inferior a 4 anos (primário)
	Pena igual ou inferior a 4 anos (primário)
	
STJ Súmula nº 269 - É admissível a adoção do regime prisional sem i-aberto aos 
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as 
circunstâncias judiciais. 
Posição MAJORITÁRIA – mesmo que o indivíduo seja reincidente, começa no regime SEMI – ABERTO. 
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de: 
 § 1 A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em 
regime fechado. 
REGIME INTEGRALMENTE FECHADO 
Em 2007 o STF declarou inconstitucional o regime integralmente fechado, efeito ERGA 
OMNES. 
Argumento do STF – Princípio da humanidade das penas e princípio da individualização das penas. 
O legislador, então, declara o REGIME I NICIALMENTE FECHADO em substituição ao 
REGIME INTEGRALMENTE FECHADO. 
O STF declara REG IME INICIALMENTE FECHADO inconstitucional para o PEQUENO 
TRAFICANTE.
 
Argumento do STF – Princípio da proporcionalidade. 
Obs.: No cumprimento das penas, as mais graves serão cumpridas antes das mais brandas. 
As penas devem ser aplicadas distintas e integralmente. 
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de: 
§ 2 A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
AULA 03
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE – PRISÃO (PPL)
	
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE (PRISÃO)
	RECLUSÃO
	FECHADO/ SEMI-ABERTO/ ABERTO
	
	DETENÇÃO
	SEMI-ABERTO/ ABERTO
	
	PRISÃO SIMPLES- (Contravenção penal)
	ABERTO
PROGRESSÃO DE REGIME
STJ Súmula nº 269 - É admissível a adoção do regime prisional semi -aberto aos 
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as 
circunstâncias judiciais. 
 
O Brasil adotou o sistema progressivo Irlandês, onde o apenado vai conquistando pouco-a-pouco sua liberdade de acordo com seu mérito (Sistema de cumprimento da pena). Aquele condenado que está no sistema fechado pode passar para o sistema semi-aberto. 
Art. 112 , LEP. A pena priva tiva de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. 
Obs.: Critério objetivo – Crime comum 1/6 da pena. 
Sujeito está no regime fechado e passa obrigatoriamente pelo regime semi-aberto para chegar no sistema aberto. 
O condenado não pode ser punido pela ineficiência do estado, se fazia jus pode passar do sistema fechado para o aberto. 
Esse benefício será calculado de acordo com a pena fixada (cálculo de regime prisional)
Essa regra não se aplica ao exposto nos casosHediondos ou equiparados. 
Aplica-se: 
 Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de: (requisito objetivo p/ progressão – 2/5 ou 3/5) 
§ 2 o. A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes pr evistos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. 
De 1990 até 2007 era vedada a progressão de regime. 
Em 2007 o STF declarou inconstitucional o regime integralmente fechado, efeito ERGA 
OMNES. 
Argumento do STF – Princíp io da humanidade das penas e princípio da individualização das penas. 
O legislador, então, declara o REGIME INICIALMENTE FECHADO em substituição ao REGIME INTEGRALMENTE FECHADO. 
O STF declara REG IME INICIALMENTE FECHADO inconstitucional para o PEQUENO 
TRAFICANTE. 
Argumento do STF – Princípio da proporcionalidade. 
Em 2007 0 congresso passou a admitir a progressão de 2/5 ou 3/5. 
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
 § 2 o. A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
OSTENTAÇÃO DE BOM COMPORTAMENTO CARCERÁRIO 
O Diretor do estabelecimento carcerário emite um boletim para o Juiz da VEP e este 
determina a progressão de regime. 
Obs.: O regime anterior a 2007 não entra na regra da progressão de 2/5 ou 3/5. 
EXAME CRIMINOLÓGICO – Testa as condições de ressocialização do apenado.
Art. 112 - A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a 
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas 
as normas que vedam a progressão. 
A única previsão do exame criminológico, hoje, serve apenas para determinar onde 
ficará o apenado. 
O exame criminológico deixou de ser obrigatório e passou a ser facultativo. 
	
	 5 ANOS
	
	
CRIME
	
AÇÃO PENAL
	
CONDENAÇÃO RECORRÍVEL
	
Novo crime
	
Condenação Irrecorrível
	
Extinção ou cumprimento da pena
	
N/C
	
NOVO
CRIME
	
	Reincidência
	
A condenação IRRECORRÍVEL por crime anterior marca a reincidência. 
Excluem-se aqui os crimes militares próprios (Aqueles que só existem no CPM). 
Crimes militares próprios não geram reincidência.
O sujeito que comete o crime depois de 5 anos da extinção do crime ou do 
cumprimento da mesma não mais é reincidente, esse sujeito tem tão somente maus 
antecedentes. 
Obs.: REINCIDENTE É QUEM PRATICA CRIME DEPOIS DE CONDENAÇÃO IRRECORRÍVEL POR CRIME ANTERIOR. 
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica um a contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil , por motivo de contravenção. 
Condenado por c rime (Irrecorrível), comete uma contravenção, no Brasil ou no estrangeiro: é reincidente. 
Condenado por contravenção (Irrecorrível), comete outra contravenção, no Brasil: é 
reincidente. 
PROGRESSÃO DE REGIME
Art. 118 - A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: 
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena (Unificação) em execução, torne incabível o regime (Art. 111). 
 
Art. 111 - Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distinto s, a determinação do regime de cumprimento será feita p elo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando f or o caso, a detração ou remição. Pela unificação da pena, crime doloso e a falta grave o apenado pode regredir de regime. 
Art. 52 - A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção pena l, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: 
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da 
sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; 
II - recolhimento em cela individual; 
III - visitas se manais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de 
duas horas; 
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. 
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 
§ 2º Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso pro visório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. 
O RDD (art. 52) fere o princípio da taxatividade. 
REMISSÃO E DETRAÇÃO 
REMISSÃO – É o perdão de dias da pena pelo trabalho carcerário, o preso que 
trabalha tem direito a desconto de sua pena pelos dias trabalhados. 
A cada 3 dias de trabalho/ 01 dia de pena. 
Trabalho – Até ¾ do salário mínimo. Ainda que não haja trabalho pra todo mundo o 
preso não pode solicitar remissão da pena. 
O ACIDENTE DE TRABALHO é a única hipótese em que o preso pode ter os dias 
de penas remidos.
O trabalho é pressuposto para concessão do regime aberto. O regime aberto não 
cabe remissão de dias da pena. O JUIZ DA VEP determina o desconto por dias de 
trabalho. 
Caso o preso cometa falta grave perde os dias de trabalho remidos, os dias que por 
sentença o Juiz já havia determinado não serão perdidos.
DETRAÇÃO Faz-se em virtude do tempo de cumprimento de prisão processual ou 
administrativa, ou de internação provisória. A pena cumprida em prisão preventiva 
pode ser descontada através de detração. 
Art. 387, § 2º (Código Penal) O tempo de prisão provisória, de prisã o administrativa 
ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de 
determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei nº 
12.736, de 2012) 
A Lei 12.736/12 alterou a regulamentação da detração penal. 
Segundo a nova lei o JUIZ de ALICAÇÃO DA PENA, na própria sentença 
condenatória, verifica a DETRAÇÃO. (Quando for útil para o criminoso) 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA 
STF Súmula nº 716 - Admite-se a progressão de regime de cumprimento d a pe na ou a aplicação imediata de regime menos severo nela de terminada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 A execução provisória da pena visa garantir todos os princípios de natureza 
processual.
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)EAtravés de estudos da ONU, surgem as regras de Tóquio, segundo a qual as penas de prisão precisam ser evitadas e somente aplicadas aos casos mais extremos. 
Art. 43, CP. As penas restritivas de direitos são: 
I - prestação pecuniária; II - perda de bens e valores; III - (VETADO) IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; V - interdição temporária de direitos; VI - limitação de fim de semana. 
A prestação pecuniária e a perda de bens e valores são PENAS PECUNIÁRIAS que 
atingem o patrimônio do condenado. 
Art. 117, LEP- Somente se admitirá o recolhimento d o beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de: 
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; 
II - condenado acometido de doença grave; 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
IV - condenada gestante. 
Prisão domiciliar - sujeito precisa está em regime aberto. O Estado que não tem CASA de ALBERGADO aplica-se a PRISÃO DOMICILIAR.
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA
Art. 45, § 1º (Código Penal) A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. 
O Juiz fixa um valor de 01 a 360 Salários Mínimos. 
A pena de multa se da em favor do Estado (Fundo Penitenciário Nacional) 
A pena de prestação pecuniária te caráter substitutivo, assim como todas as penas restritivas de direitos. O Juiz primeiro fixa, obrigatoriamente, a pena de prisão e depois é substituída por pena pecuniária (se o sujeito não cumpre a pena pecuniária volta a valer a pena de prisão). A pena de multa pode ser aplicada cumulativamente ou alternativamente a pena de prisão e não ter o caráter de conversibilidade (sujeito não paga multa, não pode ser preso, a multa deverá ser cobrada como se tributo fosse). A pena de prestação pecuniária é fixada em salário mínimo, a pena de multa é fixada pelo sistema de dias-multa (prestação pecuniária e multa podem ser cumulativas). 
Prestação Inominada - O sujeito ativo pode pagar a pena pecuniária através de bens. 
Art. 43, § 2º (Código Penal) No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do 
beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza.
PERDA DE BENS E VALORES Não corresponde ao patrimônio ilícito, mas sim ao patrimônio lícito (Condenação é um confisco, atingindo ao patrimônio do sujeito).
Art. 45, § 3º (Código Penal) A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto - o que for maior - o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime. 
AULA 04 –
	
PENAS DO CÓDIGO PENAL
	PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE – PRISÃO (PPL)
	
	PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)
	
	PENAS PECUNIÁRIAS
	
	PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada (casos excepcionais)
Penas restritivas especiais 
 - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
 - interdição temporária de direitos; 
 - limitação de fim de semana.
Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas.
Art. 46 - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável 
às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade. 
§ 1º A prestação de serviços à com unidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. 
§ 2º A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, 
hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. 
§ 3º As tarefas a que se refere o § 1º serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por d ia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. 
§ 4 º Se a pena substituída for superior a um ano , é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (Art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 
A prestação de serviço é aplicada a condenações superiores a 6 meses. 
A prestação de serviço é uma pena, por isso não é remunerada. 
O tempo é fixado em 1h/dia para não atrapalhar a atividade remunerada do condenado (1h/dia após ou antes do horário de serviço). 
Se a pena restritiva é de 1 ano, a pena de prestação é também de 1 ano. 
Segundo o § 4º do art. 46, o sujeito que tem a pena superior a 1 ano é facultado 
cumprir a pena em até metade do tempo. 
Segundo entendimento da doutrina, esse cidadão irá trabalha r o dobro de 
HORAS/DIA (2h) para que as penas possam ser proporcionais.
LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA 
Obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5h diárias em casa de 
albergado. Todas as penas restritivas com exceção da interdição temporária de direito são genéricas.
INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS – Específica 
Só podem ser aplicadas em determinados crimes, o crime praticado tem que ser 
proporcional a natureza da pena. 
Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são: 
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de 
mandato eletivo; 
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de 
habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; 
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. 
IV - proibição de freqüentar determinados lugares. 
Obs.: Prisão não cumula com pena restritiva 
Art. 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena 
aplicada, se o crime for culposo; 
II - o réu não for reincidente em crime doloso; 
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa 
substituição seja suficiente. 
Crime de ameaça – Crime de menor potencial.
MENOR POTENCIAL OFENSIVO – pena máxima de até 2 anos. 
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito o u gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
Nas infrações de menor potencial ofensivo aplica-se a lei 9.099/95 (JECrim). 
A intenção do Juizado especial criminal era evitar a aplicação da pena. 
 
MÉDIO POTENCIAL OFENSIVO – Pena mínima de até 1 ano. 
GRANDE POTENCIAL OFENSIVO – O que não for menor ou médio potencial. 
HEDIONDOS ou EQUIPARADOS (l.8.072/90)
PENAS DE MULTA 
Art. 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
§ 2º Na condenação igual ou inferior a um ano , a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a u m ano , a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. 
Art. 49 (Código penal)- A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias -multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. 
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 
5 (cinco) vezes esse salário. 
 
Regra do código penal para calcular multa. 
SISTEMA DOS DIAS MULTA - Art. 49 
1. Fixação do número de dias multa entre 10 e 360 dias-multa. 
2. 1/30 até 5X (valor) 
3. Multiplicação. 
Como fixar os dias e o valor (Critério) 
1. Fixação dos dias-multa 
(Posição mais antiga) Calculado de acordo com a reprovabilidade da conduta, a 
análise é calculada de acordo com base na pena de prisão. 
POSIÇÃO MAJORITÁRIA (Mais moderna) Capacidade econômica do condenado 
(quanto melhorescondições tiver o condenado, maior será o valor a ser pago na 
multa). 
2. Fixação do valor de cada dia-multa 
Calculado de acordo com a Capacidade econômica do condenado. 
Obs.: A posição mais moderna é mais adotada porque a pena de multa perdeu seu 
caráter de conversibilidade. 
ANTIGAMENTE – Se o sujeito não pagasse a multa, esta seria convertida em pena de prisão (até 1996), desde então a conversibilidade da pena de multa foi abolida,hoje uma vez aplicada se torna dívida de valor, se o sujeito não paga essa multa (será inscrito na dívida ativa do Estado) sendo cobrada como dívida ativa através de execução fiscal por meio da fazenda pública, se executado e o sujeito não pagar, os bens serão penhorados, se não tiver bens? AZM. Art. 51, CP.
 Se a multa não pode ser convertida em prisão, as condições econômicas do condenado serão afetadas.
PRINCÍPIOS ATINENTES A SANÇÃO PENAL
 
PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA OU DA PERSONALIDADE OU DRESPONSABILIDADE PESSSOAL
A pena não pode passará da pessoa do condenado , ou seja, ninguém pode ser 
punido pela conduta de outrem. As penas não são transmissíveis, não podem 
passar para os herdeiros. As penas tributárias podem ser cobradas, de multa não. 
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS
As penas não podem expor o condenado a tratamento indigno, ou seja, os 
condenados não podem ser atingidos na sua honra, ou na sua integridade física, 
como penas vexatórias, corporais, caráter perpétuo, morte... Devem ser garantidas ao preso as condições mínimas de salubridade. 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Voltada principalmente para o legislador, orienta o legislador no momento da criação 
da pena, não podem ser nem excessivamente altas, assim como não podem ser 
ridiculamente baixas, devem ser compatíveis coma magnitude do crime ou a 
responsabilidade do sujeito. O legislador precisa ser ponderado, razoável. 
PRINCÍPIO DA NECESSIDADE CONCRETA DA PENA
Só pode ser aplicada quando necessária para a reprovação da conduta. 
Art. 59 – (caput) O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. 
O legislador diz se a pena é necessária ou não, o juiz tem uma margem mínima de 
discricionariedade.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
Assim como as leis, as penas também não retroagem. 
Uso de Documento Falso 
Art. 304 - Fazer uso d e qualquer dos papéis falsificados ou a lterados, a que se 
referem os arts. 297 a 302: 
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. 
Uma cominação de pena indireta, embora não exista cominação direta é fácil 
identificar o dispositivo de lei. 
Esse tipo de pena não ofende em nada o princípio da legalidade
AULA 05- 
PRINCÍO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
	PRINCÍPIO DA INDIVIDULAIZAÇÃO DA PENA
	LEGISTATIVA
	
	JUDICIAL
	
	EXECUTÓRIA
Cominação de uma pena em abstrato, o legislador cria o crime sem nenhum caso concreto em consideração, trabalha com situações genéricas. O legislador fixa margens penais (pena fixada no limite mínimo e máximo), estabelece a reprovabilidade mínima e a reprovabilidade máxima. A fixação de pena de certa forma se dirige a sociedade, assim serve como um instituto de garantia para o criminoso, evitando que o estado possa ultrapassar os limites de aplicação da pena, serve principalmente para o Juiz (o legislador balizando a atividade judicial)
	PRINCÍPIO DA INDIVIDULAIZAÇÃO DA PENA
	LEGISTATIVA
	
	JUDICIAL
	
	EXECUTÓRIA
O sujeito infringe a lei, surge então o momento da DOSIMETRIA DA PENA (a individualização judicial). 
O Juiz, balizado nos limites mínimos e máximos, estabelece a pena necessária para o caso concreto, fixando, individualizando, fazendo calculo, aquela pena que era abstrata passa a ser uma pena concreta (aplicação da pena em concreto)
	PRINCÍPIO DA INDIVIDULAIZAÇÃO DA PENA
	LEGISTATIVA
	
	JUDICIAL
	
	EXECUTÓRIA
Efetivação da pena aplicada com todas as suas intercorrências, a pena aplicada será efetivada. 
DOSIMETRIA DA PENA – Calculo da PPL (Prisão) 
SISTEMA TRIFÁSICO (Sistema Nelson Hungria)
	
SISTEMA TRIFÁSICO
	PENA- BASE
	
	PENA PROVISÓRIA
	
	PENA DEFINITIVA
PENA BASE - A aplicação da pena começa no art. 59, CP(Circunstâncias Judiciais). 
QUALIDADE DA PENA 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, ao s ante cedentes, à conduta social, à personalidade do agente , aos motivos, às circunstâncias e consequências d o crime , bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
Dentro dos limites estabelecidos pelo legislador o juiz precisa da pena inicial. 
Parte da doutrina diz que a pena precisa ser começada pelo termo médio , esse é o 
equilíbrio, é justo que a pena comece pelo termo médio (Opinião de parcela 
amplamente minoritária). 
A doutrina majoritária rejeita esse raciocínio, segundo seu entendimento a pena 
inicial tem que ser a mínima, por dois motivos: 
A lei não determina qual a pena inicial; 
 2. A pena média não é a pena justa, a pena equilibrada, ao começar aplicar a p ena 
pelo meio, indiretamente já se reprova a culpabilidade do sujeito, na constituição vigora o princípio da presunção da inocência, por isso, a aplicação da pena deve começar pelo mínimo.
PENA-BASE – É o marco pelo qual se começa fazer o calculo. 
PENA-BASE – PENA INICI AL + CIRCUNSTÂN CIAS JUDICI AIS 
Circunstâncias judiciais, art. 59 (caput), CP. 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, ao s ante cedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
 
A pena inicial só será alterada se houver circunstancias judiciais abonadoras. 
2º P ASSO – O resultado da pena base é transportado para a pena provisória. 
A pena provisória começa com a PENA-BASE mais AGRAVANTES e ATENU ANTES (chega-se a um novo resultado). 
O resultado da PENA PROVISÓRIA é repassado para a PENA DEFINITIVA. 
PENA DEFINITIVA – PENA PROVISÓRIA mais CAUSA DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DA PENA. 
QUALIFICADORAS
AGRAVANTES
CAUSAS DE AUMENTO
PREVILÉGIOS
ATENUANTES
CAUSA DE DIMINIUÇÃO
Cada palavra significa um instituto diferente
QUALIFICADORAS e PREVILÉGIOS 
As qualificadoras e privilégios influenciam na pena inicial. 
Homicídio Simples 
Art. 121 - Matar alguém: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. 
 
Homicídio Qualificado 
§ 2º - Se o homicídio é cometido: 
II - por motivo fútil; Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 
A pena por MOTIVO FÚTIL é uma pena autônoma, diferente da pena do Caput, a pena do § 2º é, portanto, QUALIFIC ADORA.
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza : 
Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. 
 
No Art. 242, Parágrafo único, há uma pena mais branda que a pena do caput, é também uma pena autônoma, pois não depende da pena do caput. Nesse caso o crime é PREVILEGIADO. 
CAUSAS DE AUMENTO e DIMINIUÇÃO de PENA 
Causa de aumento (Majorado) 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência apessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
 Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. 
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
 
Causa de diminuição (Minorado ou Minorante) 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
 Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, dim inuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. 
O ARREPENDIMENTO POSTERIOR é uma causa de diminuição da pena. 
Arrependimento Posterior 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, re parado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será redu zida de um a dois terços. 
 
AGRAVANTES e ATENUANTES 
Nas agravantes e atenuantes o legislador não fala o quanto a pena é agravada ou 
atenuada.
PENA PROVISÓRIA 
PENA PROVISÓRIA
Circunstâncias Agravantes 
Art. 61 - Sã o circunstâncias que sempre agravam a p ena, quando não constituem ou qualificam o crime: 
I - a reincidência; 
REINCIDÊNCIA – É uma causa que sempre agrava a pena. 
II - ter o agente cometido o crime: (...) 
Agravantes no Caso de Concurso de Pessoas 
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; 
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não -punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
 
 
Circunstâncias Atenuantes 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um ), na da ta do fato, ou maior d e 70 (setenta) anos, na data da sentença; 
II - o desconhecimento da lei; 
III - ter o agente: 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; 
b) procurado, po r sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, 
evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento , reparado o dano; 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. 
 
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
 
AGRAVANTES e ATENUANTES GENÉRICAS 
Aplicam-se a quase todos os crimes. 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena. 
EXCEÇÕES 
1. Se a pena já está fixada no seu limite máximo, a agravante não produz efeito se a 
pena já atingiu seu limite máximo. 
2. Quando não constitui ou não qualificam o crime (BIS IN IDEM é vedado em direito 
penal) 
3. A circunstância agravante não será aplicada quando houver uma atenuante 
Preponderante.
STJ Súmula nº 231 
Circunstâncias Atenuantes - Redução da Pena - Mínimo Legal 
 A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. 
PROPORCIONALIDADE - A pena não pode ser nem tão alta, nem tão baixa.
AULA 06 
ART 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; 
A pessoa deste artigo trata do sujeito de 18 a 21 anos. 
Em Direito Penal as HORAS não serão consideradas para calculo, somente os DIAS. 
Considera-se a MAIORIDADE na data em que a sentença é proferida. 
Na MENORIDADE interessa a data do crime. 
Qualquer que seja a sentença, se o sujeito já era maior de 70 anos a pena é atenuada. 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
II - o desconhecimento da lei; 
ERRO – Falsa representação da realidade, não existe desconhecimento da lei. 
IGNORÂNCIA – Ninguém pode alegar ou utilizar o desconhecimento da lei para não 
ser punido (LEGIS MEMINEM EXCUSA, o desconhecimento da lei não exime de 
punição). 
O desconhecimento da lei não exclui punição, mas diminui a pena. 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, 
evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; 
Essa atenuante é admitida Até o julgado (antes do julgamento). 
A atenuante da alínea B será aplicada nas hipóteses em que não são cabíveis a 
desistência voluntaria, o arrependimento eficaz e o arrependimento posterior. 
Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz 
Art. 15 - O a gente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou 
impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Desistência Voluntária – O sujeito inicia a execução, durante os atos executórios 
desiste e evita a consumação. 
Arrependimento Eficaz - O sujeito inicia a execução, depois de terminados os atos 
executórios, desiste e evita a consumação. 
Arrependimento Posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
Arrependimento Posterior - Ocorre a consumação do crime e só depois o sujeito tenta reparar o dano. 
 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; 
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL – Só responderá pelo crime aquele que executa 
a coação, sendo o coagido inimputável. 
OBEDIÊNCIA HIERARQUICA – Se a ordem é manifestamente legal, diminuição de 
pena. Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; 
Confissão provocada não é confissão espontânea. 
O sujeito precisa ter o desejo de contribuir para a justiça, nesse caso a confissão 
espontânea é obrigatória para que se configure atenuante. 
A confissão só vai atenuar a pena quando for total (Cabal). 
A confissão só atenua a pena quando for repetida em juízo. 
A confissão espontânea é considerada pelo STF como circunstâncias 
preponderantes. 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. 
Crime multitudinário – Crime praticado sob influência de multidão. 
O sujeito que pratica crime multitudinário tem sua pena atenuada, sa lvo quando este 
deu início. 
Ex.: CRIME DE RIXA. 
Rixa 
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa. 
 
Art. 66 - A pena poderá ser a inda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
ATENU ANTES INOMINADAS 
Qualquer outra circunstância que se apresente relevante para o juiz mesmo não 
estando previstoem lei. 
As agravantes sempre serão legalmente prevista. 
PENA DEFINITIVA – 3ª FASE 
PENA DEFINITIVA -3° FASE
Na fase definitiva os limites mínimos e máximos da pena podem ser ultrapassados. 
Furto na modalidade tentada – pena base de 1 ano, pena provisória de um ano, 
pena definitiva pode ser menor que um ano. 
O legislador estipulou o quanto a pena deve ser aumentada ou diminuída. 
A uma autorização legislativa para que os limites mínimos e máximos sejam 
violados. 
Se a lei diz que a pena pode ser aumentada ou diminuída e não fala o quanto, esta é uma hipótese atenuante. 
Após o SISTEMA TRIFÁSICO o juiz fixa o REGIME PENITENCI ÁRIO e depois se 
houver calcula PENA DE MULTA, depois, se comportar, PRD , esta será 
substitutiva, só depois o juiz verifica se é cabível a SUSPENS ÃO CONDICIONAL da 
pena.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS)
EQUISITOS (SURSIS): 
 Requisitos da Suspensão da Pena 
Art. 77 - A execução da pena privativa d e liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: 
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso
II - a culpabilidade, os ante cedentes, a conduta social e personalidade do a gente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; 
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no Art. 44 deste Código. 
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. 
§ 2º - A execução da pena privativa de liberdade , não superior a quatro an os, poderá 
ser suspensa, po r quatro a se is anos , desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. 
1. Só a pena de prisão apresenta SURSIS; 
2. Pena igual ou inferior a 2 anos ou não superior a 4 anos (maior de 70 ou saúde); 
3. Não reincidência em crime doloso (subjetivo); 
Exceção ao art. 77, § 1º (mesmo cometido crime doloso e condenado a pena de 
multa). 
4. Pro gnose favorável (subjetivo); 
5. Impossibilidade de substituição por PRD. 
No SURSIS o tempo de punição pode ultrapassar a própria condenação. 
SURSIS não é pena, é suspensão da pena. 
Obs.: os requisitos precisam existir cumulativamente. 
AULA 07- 
LIVRAMENTO CONDICIONAL 
O Livramento será concedido considerado a soma total das condenações, 
mesmo que cada uma delas seja a pena inferior a 2 anos. 
Requisitos objetivos: 
a) PPL igual ou superior a 2 anos; 
b) Cumprimento da pena; 
	
ESPECIAL
	Cumprimento de mais de 1/3 da pena
	Condenado não reincidente em crimes dolosos + bons antecedentes
	
ORDINÁRIO
	
Cumprimento de mais de ½ da pena
	
Condenado reincidente em crime doloso
	CRIME HEDIONDO
	Cumprimento de mais de 2/3 da pena
	Crime hediondo ou equiparado.(salvo reincidência específica)
c) Comportamento satisfatório durante a execução da pena (subjetivo); 
d) Bom desempenho no trabalho e aptidão para prover a própria subsistência pelo 
trabalho honesto (subjetivo); 
e) Reparação do dano (art. 83, IV, CP - salvo impossibilidade). 
O livramento condicional é a última etapa do processo (sujeito passa a ter liberdade 
plena) sem restrição ou liberdade de locomoção, embora ainda esteja cumprindo pena (serve para verificar se o sujeito adquiriu senso de responsabilidade, por isso é 
tratado como um homem livre). 
Se ficar comprovado que o indivíduo não apresenta essas qualidades a sua 
liberdade será cerceada. 
Não existe livramento condicional em PRD. 
A pena de 2 anos cabe tanto SURSIS quanto LIVRAMENTO CONDICIONAL. 
Só pode alcançar o livramento condicional aquela pessoa que cumpriu certo período 
da pena (Requisito temporal
	Cumprimento de mais de ½ da pena.
	Condenado reincidente em crime doloso.
Se o réu não é reincidente, mas possui maus-antecedentes terá que cumprir período de pena intermediário (cumprimento de pena entre 1/3 a ½).
 Se o sujeito for condenado em crime hediondo ou equiparado, este precisa 
cumprir 2/3 da pena; 
Ressalva: Se o sujeito é reincidente em crime hediondo não pode alcançar o 
livramento condicional. 
 c) Basta que seja satisfatório (o diretor do presídio atesta o comportamento 
satisfatório);
 d) Sujeito precisa demonstrar, durante execução da pena, bons antecedente s no trabalho; 
 e) Reparação do dano.
AULA 08 – MEDIDAS DE SEGURANÇA 
	GÊNERO
	ESPÉCIE
	
SANÇÃO PENAL
	PENA
	IMPUTÁVEL
	
	MEDIDAS DE SEGURANÇA
	
INIPUTAVÉL
	
	MEDIDA SOCIO-EDUCATIVAS
	
Pena – A sanção penal é destinada aos IMPUTÁVEIS. 
Medidas de segurança e medida sócio-educativa – São as sanções penais 
reservadas aos INIMPUTÁVEIS (falta discernimento ou auto-determinação). 
Medidas de segurança - Se o sujeito tem retardamento mental ou alienação. 
Medidas sócio-educativas – Idade de 12 a 18 anos (adolescente) Ato infracional 
análogo a crime. Duração máxima de até 3 anos. 
O sujeito pode cumprir medida sócio – educativa até 21 anos. 
 O Brasil adota o SISTEMA VICARIANTE (ou pena ou medida de segurança).
	
 ESPÉCIES
	INTERNAÇÃO (CP)
	CUSTODIA
	
	TRATAMENTO AMBULATORIAL
	POSSIBILIDADE DE IR E VIR
O CP ESTABELECEU A REGRA DE INTERNAÇÃO. 
Espécies de Medidas de Segurança 
Art. 96. As medidas de segurança são: 
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico o u, à falta, em outro estabelecimento adequado; 
II - sujeição a tratamento ambulatorial. 
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem 
subsiste a que tenha sido imposta. 
Imposição da Medida de Segurança para Inimputável 
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determ inará sua internação (Art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê -lo a tratamento ambulatorial. 
Duração mínima da medida de segurança – 1 a 3 anos. 
Através da perícia médica o juiz instaura durante a ação penal incidente de sanidade 
mental, ao ser constatada a imputabilidade pela perícia médica , o juiz instaura 
sentença absolutória denominada imprópria. 
Mesmo sendo absolvido, é aplicada medida de segurança ao condenado, por isso 
chama-se sentença absolutória imprópria. 
O prazo mínimo para a primeira perícia médica é de 1 a 3 anos (visa estabelecer se 
a pessoa continua perigosa ou não). A partir do 3 ano ou depois do prazo mínimo fixa do, caso não tenha cessado a periculosidade do agente a perícia se torna anual.
AÇÃO PENAL 
É o instrumento de que se vale o estado para buscar a satisfação do direito de punir. 
 Jus PUNIEND (direito de punir) este não pode ser exercitado pelo estado sem uma 
apreciação judicial. 
Jus Puniend é uma exclusividade estatal, é um direito atinente exclusivamente ao estado, no entanto a PERSECUTIO CRIMINIS (PERSECUTIO CRIMINIS IN JUDICIS) não é, mas pode ser delegada.
	
AÇÃO PENAL
	PUBLICA INCONDICIONADA
	MINISTÉRIO PÚBLICO
	
	
PÚBLICA CONDICIONADA
	MP (ofendido ou representante legal ou MP)
	
	
	
	
	
PRIVADA
	PROPRIAMENTE DITA
	OFENDIDO ou REPRESENTANTE LEGAL
	
	
	
PERSONALÍSSIMA
	OFENDIDO
	
	SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
	
	
OFENDIDO
A classificação leva em conta a proposição para abertura de ação penal. 
Quando o Estado é legitimado para a abertura da ação: 
PÚBLICA – oferecida através do MP. 
A ação penal pública é feita através de DENÚNCIA pelo MP (propositura pública). 
 O OFENDIDO ou REPRESENTANTE LEGAL ao propor uma ação penal faz-se 
QUEIXA CRIME. 
O sujeito que vai a delegacia narrar um fato faz NOTÍCIA CRIME (delatio criminis)
	AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
	MINISTÉRIO PÚBLICO
O MP pode agir independentemente de qualquer representação ou manifestação 
prévia. 
 Ex: Homicídio, furto, roubo
	AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
	MP (ofendido ou representante legal ou MP)
Quando a atuação do MP fica atrelada a uma manifestação préviade vontade. 
Quem oferece a ação penal pública condicionada é o MP, para isso e necessário 
que haja uma manifestação de vontade que pode ser do ofendido ou representante 
legal ou do ministro da justiça. 
Ação penal pública condicionada a representação do ofendido. 
Ex: crime de lesão corporal, estupro... 
Em alguns casos a ação penal pode ser requisitada pelo Ministro da Justiça. 
Ex: crime contra a honra do presidente da república
	AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALISSÍMA 
	OFENDIDO
Só o ofendido pode oferecer a QUEIXA, não há legitimação para seu representante 
legal (Só existe um crime no CP). 
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou 
ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior. 
A ação penal depende de queixa do contraente. 
Se a vítima morrer extingue a punibilidade.
	AÇÃO PENAL PRIVADA PROPRIAMENTE DITA
	OFENDIDO ou REPRESENTANTE LEGAL
Para que uma ação seja PRIVADA ou INCONDICIONADA precisa está EXPRESSA na lei. 
A vítima tem um prazo de 6 meses para oferecer queixa crime a contar do conhecimento da autoria. 
Crime contra a honra é normalmente de ação penal privada. 
Art. 100 - A Ação Penal é Pública, salvo quando a lei expressamente a declara 
privativa do ofendido. 
 
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora 
legítima, salvo quando a lei o permite: 
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente 
à violência. 
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante 
queixa.
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