Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Governança Corporativa O conceito Governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas monitoradas e incentivadas, envolvendo o relacionamento entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle. As boas práticas da governança corporativa convertem princípios em recomendações alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para sua longevidade. Introdução A governança lida com o processo decisório de alta gestão e com relacionamento entre os principais personagens das organizações (executivos, conselheiros e acionistas). Surgiu para superar o conflito de agência decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. Nessa situação o proprietário (acionista) delega a um agente especializado (executivo) o poder de decisão sobre sua propriedade. Contudo os interesses no gestor estão alinhados com os do proprietário resultando em um conflito de agentes ou de interesses. Preocupa-se em criar um conjunto eficiente de mecanismos tanto de incentivos como de monitoramento alinhando o comportamento dos executivos com os interesses dos acionistas. As principais ferramentas que asseguram o controle da propriedade sobre a gestão são: O conselho de Administração, a auditoria independente, e conselho fiscal. A ausência de conselheiros qualificados e de bons sistemas de governança tem elevado empresas a fracassos decorrentes de: Abusos de poder de acionistas controladores sobre minoritários; Da diretoria sobre acionistas - erros estratégicos resultados de muito poder concentrado em única pessoa (executivo principal); Fraudes - uso de informações privilegiadas em benefício próprio. A prática da governança relacionada aos problemas nas organizações Os mecanismos da governança devem estar presentes em função da existência de três potenciais problemas de cúpula das empresas. Conflito de interesses É possível que pessoas com poder decisório obtenham ações que maximizem seu bem estar pessoal ou o bem estar do acionista que o elegeu em detrimento do melhor resultado para a companhia. Limitação técnicas individuais Quando as decisões são concentradas em uma única pessoa é bem possível que não possua todos os conhecimentos técnicos necessários para as decisões chaves. Assim mecanismos de governança com um conselho de administração qualificado, reunindo pessoas com diferentes qualificações e formações podem levar as melhores decisões. Vieses cognitivos Viés erros sistemáticos ou tendências cognição. Constituem padrões no desvio de julgamento ocorrem em situação específica nas quais as conclusões são baseadas em fatores de conhecimento individual em detrimento das evidências. Um executivo com grande poder de decisão poderia ser excessivamente otimista em relação as perspectiva de um negócio Fenômenos Globais que contribuem para o tema Crescimento e maior ativismo dos investidores individuais Investidores institucionais são constituídos por fundos de pensão, fundos mútuos e companhias de seguros reunindo a poupança coletiva de milhões de pessoas. Buscam retorno a longo prazo, atuando como minoritários em várias companhias, diversificando o risco em sua carteira. (SUSEPE, regulariza, as companhias seguradoras/fundos de pensões [grandes investidores]/ esses fundos investem em ações.)Seu crescimento, criou um grupo de investidores com poder suficiente para influenciar as praticas da governança das empresas. Passaram a utilizar mecanismos de voz junto aos executivos e acionistas tornando-se participantes ativos do mercado. Onda de aquisições hostis EUA anos 1980 Durante as aquisições hostis executivos da ‘’empresa -alvo’’ usaram de artifícios defensivos como objetivo de dificultar as tentativas de aquisição de controle, muitas vezes entendidas como mais benéficas aos acionistas. Onda de privatizações nos países europeus e em desenvolvimento Além das privatizações levantarem a questão sobre como as novas empresas deveriam ser controladas e dirigidas, também aumentou a importância dos mercados de capitais dessas empresas. Desregulamentação e interação global dos mercados de capitais Nos anos 90 as empresas passaram a disponibilizar suas ações para negociações em bolsas de outros países estabelecendo a importância da governança corporativa. Crise nos mercados emergentes Crise asiática e russa 1997 e 1998 expos a deficiência de governança de grupos empresarias e a proteção dos investidores. Escândalos corporativos nos EUA e Europa. 2201/2003 Problemas com causas contábeis e financeiras. Mostrou que a governança precisa se ser aprimorada não somente nos países emergentes, mas também nos desenvolvidos. Crise financeira global 2008 Precipitada por problemas do mercado norte americano de hipotecas de urbanos demostrou que ;praticas deficiente e governanças corporativas tiveram sua parcela de culpa, o sistema de remuneração dos executivos e falhas dos concelhos de administração no monitoramento dos riscos das companhias. II- BENEFÍCIOS E CUSTOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA AS COMPANHIAS. 1-Benefícios internos *Os benefícios internos estão vinculados ao aprimoramento do processo decisório de alta gestão. *Separação mais clara de papeis entre acionistas conselheiros e executivos especialmente em empresas de controle familiar. *Aprimoramento dos mecanismos de avaliação e recompensa dos executivos, com remuneração adequada. *Diminuição das probabilidades de fraude em decorrência do melhor gerenciamento dos riscos e aprimoramento do controle interno. *Menor dependência de pessoas especifica e maior transparência para as partes interessadas. 2- Benefícios Externos. *Os benefícios externos estão relacionados à maior facilitação de capitação de recursos e redução do custo de capital. *As companhias que possuem uma boa governança são diferenciadas. *Tornam-se mais atraente para os investidores aumentando a quantidade de indivíduos interessados na compra de ações. *O aumento da demanda de investimentos gera a diminuição do custo do capital (o dinheiro é de terceiros), possibilita a execução de mais projetos bem como o aumento da rentabilidade dos projetos existentes. 3- custos da governança *A adoção de uma politica de maior transparência envolve custos substanciais. Produção de relatórios financeiros mais sofisticados. *Montagem de área dedicada ao relacionamento com investidores. *Gastos com conselho de administração com remuneração compatível as elevadas responsabilidades. OBS: TAIS CUSTOS PODEM SER PROIBITIVOS PARA EMPRESAS DE MENOR PORTE, SUPERANDO OS BENEFICIOS DA BOA GOVERNANÇA. EXISTE UM CUSTO SUBJETIVO POIS UMA MAIOR TRANSPARÊNCIA PODE PREJUDICAR A POSIÇÃO COMPETITIVA PELA OBSERVAÇÃO DE SUAS ESTRATÉGIAS PELOS CONCORRENTES. III – VISÕES DA GOVERNANÇA COORPORATIVA A governança como Guarda de direitos. A governança especifica a distribuição dos direitos e responsabilidades entre os diferentes participantes da corporação. Governança como sistema de relações Governança é o campo da administração que trata do conjunto de relações entre a direção seu conselho e acionistas Governança como estrutura de poder A governança estabeleceu o divorcio entre a propriedade e a gestão, seu foco é a definição de uma estrutura que aumente a relação e o retorno dos acionistas. Governança como sistema normativo A governança é um campo de investigação focado em como monitorar as corporações através de mecanismos normativos definidos em estatutos legais. IV- OS VALORES DA GOVERNANÇA Justiça Senso de justiça e equidade (igualdade) em tratamento dos acionistas respeitando os direitos dos minoritários Divulgação Transparência das informações especialmente nas que impactam nos negócios que envolvem resultados de riscos. Responsabilidade Prestação responsável de contas fundamentadas nas melhores praticas contábeis e de auditoria Observância Cumprimento integral das normas, estatutos e leis dopais
Compartilhar