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Parto SILVIA HELENA CARDOSO DE ARAÚJO CARVALHO O PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO NO PRÉ-NATAL E NASCIMENTO • Ministério da Saúde com a Portaria/GM n. 569, de 01 de junho de 2000; • Reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna e perinatal; • Melhoria o acesso, cobertura e qualidade do acompanhamento: pré-natal, da assistência ao parto, puerpério e neonatal; PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS • Em 28 de abril de 2011, foi publicada a Lei n° 12.401, que altera diretamente a Lei nº 8.080 de 1990; • Incorporação, exclusão ou alteração de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. • Contra o conceito: gravidez, o parto e o nascimento como doenças e não como expressões de saúde. ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL Parto normal: Parto de início espontâneo, baixo risco, durante todo o processo. Objetivos: Mãe e criança saudáveis com o mínimo de intervenção compatível com a segurança. PARTO NORMAL Um parto normal não inclui: •Indução eletiva do parto antes de 41 semanas •Analgesia ráqui / combinadas •Anestesia geral •Episiotomia de rotina •Monitoração eletrônica contínua (baixo risco) •Má apresentação fetal •Fórceps ou vácuo extração PERGUNTAS BÁSICAS ASEREM RESPONDIDAS NA ADMISSÃO • A gestante está em trabalho de parto? • Qual a idade gestacional? • Qual a estática fetal? • Quais as condições maternas? • Quais as condições fetais? • Como evolui o trabalho de parto? • Como conduzir o trabalho de parto? EVOLUÇÃO CLINICA DO PARTO Período Premunitório (pré-parto) Trabalho de parto: 1. Dilatação 2. Expulsão 3. Secundamento / Dequitação 4. 4º período • Período acessório • Período de Greenberg PERÍODO PREMUNITÓRIO • Polo cefálico adapta-se ao estreito superior: • descida do fundo uterino (2-4cm) • Dor lombar • Início da percepção das metrossístoles; • Início do amolecimento e apagamento do colo uterino; • Aumento secreções endocervicais (tampão mucoso); • Duração horas a dias. TAMPÃO MUCOSO. ECA!!!! Primeiro: Período Dilatação • Inicio: contrações efetivas dilatação Término: 10cm • Formando o canal do parto • Duração: 10 A 12h (primíparas) ou 6 a 8h(multíparas) • Contrações dolorosas: mínimo de 2/10’, duração > 40s; • Primíparas: colo apagado e dilatação de 2 cm; • Multíparas: colo semi-apagado e dilatação de 3 cm; • Perda do tampão mucoso. • Formação da bolsa-das-águas e Rotura espontânea da geralmente ocorre no final da dilatação. APAGAMENTO E DILATAÇÃO Primítara Multípara Apagamento e dilatação do colo uterino ACOMPANHAMENTO CLÍNICO PARTOGRAMA • Representação gráfica do trabalho de parto; • Acompanhar a evolução do TP ; • Relação dilatação x tempo curva sigmoidal • Aumento inclinação máximadesaceleração • Descida x tempo hipérbole • As duas linhas devem se cruzar ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL ANAMNESE E EXAME FÍSICO: Identificação DUM IG Dados do TP Antecedentes SSVV BCF Manobras de Leopold AFU Toque Solicitação de exames ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL RECOMENDAÇÕES (OMS) • Avaliar risco anestésico; •Avaliar necessidade de repor as fontes; • Permitir ingesta à gestante de baixo-risco (líquidos claros, alimentos leves); • Respeitar as concepções populares regionais; “Jejum não é recomendado de rotina em pacientes de Baixo Risco. Não há evidências da necessidade de restringir ou proibir dieta.” • NÃO REALIZAR TRICOTOMIA DE ROTINA; • Evitar tricotomia para os partos normais, salvo se for solicitado pela parturiente (devem ser explicados os riscos e a falta de necessidade); • Caso se verifique indicação de cesárea, realizar a tricotomia DO LOCAL DA INCISÃO imediatamente antes do procedimento. TRICOTOMIA ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL ESTIMULAR A DEAMBULAÇÃO • A deambulação pode aumentar o controle de seu TP, prover distração e facilitar suporte, interação com o acompanhante. • Evidencias em estudos, sem grande diferença; ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL • Reduz a necessidade de analgesia; • Maior grau de satisfação materna; • Maiores benefícios: suporte contínuo e precoce; • Todas as mulheres devem ter apoio contínuo durante o trabalho de parto e o parto e pós-parto. LEI Nº 11.108, DE 7 DE ABRIL DE 2005. ACOMPANHANTE ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL Toque vaginal • Material estéril; • Avaliação do colo, bolsa-das-águas e apresentação; • Freqüência: 1 a 2h de intervalo mínimo; • Cuidado com traumas e infecções! ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL MONITORIZAÇÃO FETAL AUSCULTA INTERMITENTE • Estetoscópio de Pinard; • Sonar Doppler; • A cada 15’BR-30’AR • 30 segundos após o término da contração; • Simples, fácil utilização e garante liberdade na movimentação. . ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL Amniotomia • Não deve ser recomendada de rotina. • Não houve evidência em relação à duração do 1º estágio do TP; satisfação materna; • Realizar durante a contração; • Avaliar aspecto do LA . Ocitocina - OMS não recomenda infusão rotineira de ocitocina em parturientes saudáveis. • - ↑ necessidade de monitorização e vigilância ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL Segundo Período - expulsão • Início: final da dilatação Término: saída do feto; • Aumento intensidade contrações e queixas maternas (compressão assoalho pélvico); • Contrações voluntárias de prensa abdominal; • Dilatação da vulva; • Duração: 40’ primíparas / 20’ multíparas; • Após saída do feto, o útero se retrai (cicatriz umbilical). • Euforia materna! Mecanismo do trabalho do parto ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO • Encaminhamento sala parto • Quando? final do primeiro período • Posição: dorsal, vertical, cócoras • Vertical: acelera 2º período / aumenta lacerações e perda sangüínea • Horizontal: dificulta trocas materno-fetais • Toque vaginal • Confirmar dilatação completa e evolução • Antisepsia da região perineal • Episiotomia • Indicação rotineira contestada • ↑ dor, dificuldade retorno sexual Assistência ao Segundo Período • Incentivar esforços expulsivos • colocação de compressas mornas prevenir lacerações espontâneas Evitar manobra Kristeller • Proteção perineal • Despreendimento polo cefálico • Delivramento ombro • p/ baixo ombro anterior • p/ cima ombro posterior • Clampeamento do cordão umbilical • Coletar sangue do cordão umbilical Período Expulsivo Coroamento (1) Coroamento (2) Período Expulsivo Delivramento da Cabeça Rotação da Cabeça Período Expulsivo Delivramento de Ombros Delivramento do Tórax Assistência ao RN • Diminuir intensidade da luz na sala de parto • Evitar conversas em tom muito alto RN deve ficar em um nível mais baixo que a mãe, secar boca, face e fossas nasais; • Ligadura do cordão umbilical 1 a 5 min. após o nascimento, exceto nos casos de mãe Rh- quando esta deve ser feita de imediato Contato pele a pele com a mãe ( cerca de 30 min.) Estimular aleitamento materno Exame físico geral, vitamina k, profilaxia da oftalmia; • Evitar a separação mãe-filhona primeira hora após o nascimento para procedimentos de rotina TERCEIRO ASSISTÊNCIA AO PERÍODO • Início: expulsão fetal Duração: 5’ – 30’ • Término: saída da placenta (secundamento) Descolamento • Retração uterina, contrações persistentes e pregueamento • Formação do hematoma retroplacentário Descida e expulsão • Força gravitacional • Auxiliadas pela contração e prensa abdominal ASSISTÊNCIA AO TERCEIRO PERÍODO Secundamento • Evitar manobras vigorosas de tração inversão uterina • Tração leve do cordão • Revisão faces materna e fetal Revisão canal parto • Colo, vagina, períneo Avaliação do globo de segurança de Pinard Quarto Período de Greenberg Início: imediato após dequitação e Término: após 1 hora • 2 fases: ▫ Miotamponamento Retração uterina após dequitação Fechamento das bocas vasculares entre as fibras encurdadas (Ligaduras Vivas de Pinard) Utero fixo entre púbis e umbigo Quarto Período de Greenberg Trombotamponamento Trombos no interior dos vasos Coágulos preenchem a cavidade uterina Útero na altura do umbigo (equilíbrio miotrombótico) • Grande risco de hemorragia (indiferença miouterina) • Manter assistência ativa e vigilância • Globo de segurança de Pinard PUERPÉRIO PUERPÉRIO • CONCEITO É o período do ciclo grávido- puerperal em que as modificações locais e sistêmicas, provocadas pela gravidez e parto na mulher, retornam à situação do estado pré- gravídico. PUERPÉRIO Puerpério imediato: 1º ao 10º dia. Puerpério tardio: 11º ao 42º dia. Puerpério Remoto: a partir do 43ºdia PUERPERIO IMEDIATO PRIMEIRA FASE: PRIMEIRA HORA APÓS A DEQUITAÇÃO 1 . RETRAÇÃO DO UTERO FICANDO SEU FUNDUS ABAIXO DA CICATRIZ UMBELICAL 2 . MECANISMOS DE HEMOSTASIA MIO TAMPONAMENTO TROMBO TAMPONAMENTO CONTRAÇÃO UTERINA FIXA CUIDADOS OBSERVAÇÃO DOS SINAIS VITAIS, DO VOLUME DO SANGRAMENTO, DO ESTADO GERAL DA PACIENTE. REPOUSO ALIMENTAÇÃO. PUERPÉRIO •Aspectos Gerais •Aumento da temperatura axilar nas primeiras 24 horas de 36,8º a 37,9ºC. •Calafrios PUERPÉRIO •ÚTERO •Macroscópicas - peso •1ª semana = 500g •2ª semana = 350g •Após a 6ª semana = 60g PUERPÉRIO › ÚTERO • Diminui 1 cm/dia, até o 3ºdia, 0,5cm/dia nos seguintes • No 12º dia está atrás da pube, o fundo na Altura da sínfise. • Macroscópicas - peso • 1ª semana = 500g • 2ª semana = 350g • Após a 6ª semana = 60g PUERPÉRIO •COLO UTERINO •Macroscópicas • flácido, edemaciado • Em torno do 10º dia estará fechado PUERPÉRIO • LÓQUIOS • Classificação • VERMELHOS: até o 3º dia Sangue da ferida placentária, retalhos da decídua, células epiteliais, muco LÓQUIOS › Classificação • ESCUROS: do 3º ao 10ºdia Hemoglobina decomposta, diminuição de hemáceas, aumento de leucócitos Podem estar serossanguinolentos do 5º O 10º dia • LÓQUIOS • Classificação • AMARELOS: a partir do 10ºdia • Avaliar odor! ASSISTÊNCIA AO PUERPÉRIO • Puerpério imediato: • Atenção física e psíquica humanizada; • Alimentação; • Estimular deambulação precoce; • Orientar higienização com agua e sabão; • Explicar sobre colostro, apojadura. • Cuidados com as mamas; • Avaliação dos lóquios; • Orientar cuidados com a FO nas cesariadas; • Cuidados com a episiorafia • Suplementação de ferro e vit. A; • Alta hospitalar. (APOJADURA) ASSISTÊNCIA AO PUERPÉRIO • Consulta puerperal precoce (7 a 10 dias): • Avaliação física; • Esclarecimento de dúvidas; • Rastreamento de complicações puerperais; • Incentivar AMEX; • Orientar quanto aos direitos da maternidade. • Consulta puerperal tardia (até 42 dias): • Exame físico; • Encaminhar para término do esquema vacinal; • Esclarecer dúvidas; • Encorajar AMEX até 6º mês; • Orientar contracepção (LAM). •MENSTRUAÇÃO •25%: 6 semanas, não lactantes •60%: 12 semanas, lactantes •75%: 24 semanas Fiquem com Deus!
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