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Universidade Federal de Lavras Departamento de Zootecnia Aula 2: Aspectos morfológicos e hábito de crescimento de plantas forrageiras GZO 149 - Forragicultura Prof. Márcio Lara Roteiro de Aula Principais diferenças entre gramíneas e leguminosas Coevolução entre ruminantes e vegetais Morfologia de gramíneas Morfologia de leguminosas Porte e hábito de crescimento O dossel como uma população de plantas Considerações finais Introdução Duas Famílias: Poaceae (Gramineae) Gramíneas, capins, grama, “Forragem” Fabaceae (Leguminosae) Leguminosas, Legume,“Vagens” Principais Diferenças Poaceae (Gramineae) Fabaceae (Leguminosae) 1 - Cotilédones 1 (Monocotiledônea) 2 (“Dicotiledônea”) 2 - Folhas Nervação simples paralelinérvea compostas pinadas/reticuladas Principais Diferenças 4 - Crescimento 2ário (espessura) ausente presente Poaceae (Gramineae) Fabaceae (Leguminosae) 3 - Raízes fasciculadas pivotante nodulações (Rhizobium) A Planta Forrageira Co-evolução com os grandes ungulados em ecossistemas de alta pressão de seleção (pastejo, fogo, seca...) Nas espécies Perenes, reflexos sobre morfologia, fisiologia e fenologia Resultado: Organismos altamente especializados, especialmente as gramíneas perenes Coevolução: Ruminantes x Vegetais COEVOLUÇÃO DAS PLANTAS E HERBÍVOROS AO LONGO DAS ERAS “MANEJO”. DA EVOLUÇÃO AOS SISTEMAS ATUAIS (Belovsky et al., 1999) Adaptações Aparato bucal Mecanismos de Resistência Tolerância Preterimento ou EscapeFormato da cabeça Estômago compartimentalizado (simbiose) Sistema em equilíbrio Sistema com condições artificiais Forma (morfologia, ou como a planta é) Gramínea: Como a planta é Parte aérea Sistema radicular Folhas Lâmina Bainha Colmos Nó Entre-nó Absorção de água e nutrientes Armazenamento de reservas Leguminosa: Como a planta é Parte aérea Sistema radicular Folhas Lâmina Pecíolo Haste Nó Entre-nó Absorção de água e nutrientes Armazenamento de reservas Gramíneas (parte aérea) Produção de perfilhos Perfilho: Unidade vegetativa de uma forrageira (Ex: cada indivíduo de uma touceira) A produção de perfilhos (perfilhamento) garante o estabelecimento e a perenidade das forrageiras nas pastagens Perfilho Perfilho Folhas Perfilhos 1 2 3 4 5 1 2 Perfilho Basal Perfilho formado a partir de meristema apical Perfilho formado a partir de uma gema basal Desenvolvimento vegetativo Desenvolvimento vegetativo Corte longitudinal de um perfilho Raízes Nó Perfilho jovem Meristema apical Bainha das folhas Parte aérea das folhas não ilustrado Gema axilar Gramíneas (aspectos morfológicos de folhas e caules) Folha Folha de gramínea Região de meristema intercalar Região do colar Lígula Bainha Foliar Lâmina Foliar Formas mais comuns de lâminas foliares Formas mais comuns de lâminas foliares Linear Linear lanceolada Lanceolada Estreitamente elípticaCerda Tipos de lígula Tipos de lígula Membranosa aguda Membranosa Membranosa com projeção de cerdas Membranosa com projeção de cílios Ciliada Membranosa Membranosa Aguda Membranosa Com projeção de cílios Membranosa Com projeção de cerdas Colmo ENTRE-NÓ NÓ Parte do caule de um perfilho Nó Nó entrenó Sobreposição das margens da bainha Folha removida Colmo GEMA AXILAR - dá origem a perfilho aéreo (lateral) - germina sob condições específicas de ambiente e s/ dominância apical - novo perfilho é clone do perfilho-mãe - menos vigorosos que os perfilhos que lhes deram origem - importante na propagação vegetativa (Capim elefante, Cynodons, Cana-de-açúcar) - aplicações específicas no manejo de espécies com alto potencial de alongamento de colmos (Pennisetum, Panicum) Qual a altura do colmo? Introdução Corte longitudinal Fim (ou ápice) do colmo Corte longitudinal em caule de gramínea Aqui ó... Tá vendo? Colmo Colmo verdadeiro Pseudo-colmo (feixe de folhas jovens e bainhas) nós e entre-nós Colmo Colmo Colmo Para que serve esse conhecimento? 1) Compreender tolerância a níveis de intensidade de desfolhação por corte ou pastejo. Implicações sobre as respostas das plantas forrageiras e reflexos na persistência (questão da degradação) 2) Particularidades de manejo e entendimento da “hierarquia” existente no perfilho 3) Manejo de espécies de alto potencial de alongamento de colmos (capim elefante e Panicuns) 4) Estabelecimento vegetativo Gramíneas (aspectos morfológicos de estolões e rizomas) Estolão ESTOLÃO Estolão Estolão Rizoma RIZOMA Rizoma NÍVEL DO SOLO Rizoma Funções de rizomas e estolões - conferir habilidade competitiva à espécie (capacidade de colonizar e ocupar novas áreas) - conferir habilidade de persistir a intempéries como fogo, seca, frio - armazenamento de compostos de reserva (por exemplo carboidratos não-estruturais) - material para propagação vegetativa; presença de pontos de crescimento Inflorescência com fruto tipo cariopse Inflorescência Digitata Panícula Racemo Panícula contraída Eixo Principal com racemo Espádice paniculada Espigueta Características da rebrotação e do perfilhamento Leguminosas (Parte aérea) Desenvolvimento vegetativo Leguminosas (aspectos morfológicos de folhas e caules) Folhas de leguminosas pina folíolo pecíolo raque pulvino Limbo Folhas de leguminosas Inflorescência com fruto tipo vagem Capítulos Leguminosas (Sistema Radicular) Raiz de leguminosas Introdução Porte e habito de crescimento Gramíneas 1 - Cespitosa ou Ereta: Geralmente forma touceiras, porte médio a alto. Exemplo: Capim elefante Panicuns Andropogon 3 – Prostrada ou rasteira: presença de estolões, porte baixo. Exemplo: Cynodon Paspalum notatum 2 – Geniculada ou Decumbente: Porte médio. Exemplo: Brachiaria decumbens Leguminosas 1 – Arbustivas ou árbóreas: Porte médio a alto, às vezes formam árvores. Exemplo: Leucena Guandú Estilosantes 3 – Rasteiras: volúveis ou não: (rizomas e estolão). Exemplo: Soja Perene Siratro Centrosema Amendoim perene 2 – Semi arbustivas: Porte médio. Exemplo: Galactia striata Alfafa Rebrotação P ro d u çã o d e M S tempo Vigor de rebrotação Área foliar residual Reservas Pontos de crescimento Considerações Finais 1. Importante conhecer as características morfológicas das plantas forrageiras 2. Influência no manejo 3. Estratégias de uso mais eficientes
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